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Banco Mundial alerta para o risco de fim dos oceanos EM 2012



Durante a Cúpula dos Oceanos do Mundo em Cingapura o Bird propôs que governos, ONGs e outros grupos se associem para proteger os oceanos
Pescadores puxam suas redes de pesca no Golfo de Omã


25/02/2012



CIDADE DE CINGAPURA - O Banco Mundial (Bird) advertiu nesta sexta-feira (24) que os oceanos estão em perigo e propôs que governos, ONGs e outros grupos se associem para protegê-los, uma tarefa para a qual será necessário arrecadar 1,5 bilhão de dólares em cinco anos.

"Os oceanos do mundo estão em perigo com a sobrepesca e a degradação do meio marinho", afirmou o presidente do Bird, Robert Zoellick, na Cúpula dos Oceanos do Mundo em Cingapura.

Quase 85% dos pesqueiros situados em oceanos são explorados no nível máximo, sobre-explorados ou esgotados, incluindo a maioria das reservas das dez principais espécies, segundo Zoellick. "Os fatos não mentem e as estatísticas mostram que não estamos fazendo o suficiente (...) e que os oceanos continuam doentes e morrendo", declarou.

Para combater a situação, o economista apresentou uma iniciativa para reunir "países, centros científicos, organizações não governamentais, organizações internacionais, fundações e o setor privado para compartilhar conhecimentos, experiência, perícia e investimentos ao redor de um conjunto de objetivos estabelecidos".

Concretamente, Zoellick propôs vários objetivos que a Associação Global para os Oceanos deverá alcançar nos próximos dez anos, incluindo a redução a menos da metade dos estoques mundiais de pescado.

Para obter os meios necessários, a Associação arrecadará pelo menos 300 milhões de dólares destinados a reformas, anunciou o presidente do Banco Mundial. Também serão arrecadados mais 1,2 bilhão de dólares para promover "oceanos saudáveis e sustentáveis".

"No total, somam 1,5 bilhão de dólares em novos compromissos ao longo de cinco anos", disse Zoellick, antes de anunciar que o Bird organizará a primeira reunião da Associação em abril em Washington.

A Associação também tem como objetivo aumentar os lucros líquidos anuais da pesca entre 20 e 30 bilhões de dólares, contra as perdas atuais, calculadas em cinco bilhões de dólares por ano.


As zonas marinhas protegidas devem dobrar, já que atualmente menos de 2% da superfície dos oceanos está protegida, enquanto 12% da terra está preservada. No aspecto econômico, o presidente do Bird destacou que mesmo pequenas as ações terão um grande impacto.

Nos países em desenvolvimento, os peixes e frutos do mar são a principal fonte de proteínas para um bilhão de pessoas. Além disso, mais de 500 milhões de pessoas têm a pesca como meio de vida. Nestes locais, o peixe é o alimento mais comercializado. Em muitos estados insulares do Pacífico, os peixes representam 80% das exportações.

FONTE;HOJE EM DIA

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