Estudantes do mundo todo podem participar até o dia 2 de dezembro.
Corpo celeste (101955) 1999 RQ36 tem nome provisório desde 1999.
A iniciativa vai receber sugestões de alunos menores de 18 anos do mundo todo, até o dia 2 de dezembro. Cada concorrente deve apresentar um nome com até 16 caracteres. As inscrições devem ser feitas por um adulto responsável e incluir uma breve explicação e justificativa para a escolha. Para saber mais sobre como participar, clique aqui.
No vídeo acima, feito especialmente para o concurso, um estudante tenta se cadastrar em um site, mas percebe que precisa digitar um login. Então aparece a mensagem: "O (101955) 1999 RQ36 precisa de um nome. Por favor, ajude."
Asteroide descoberto em 1999 ainda tem um
nome provisório (Foto: Nasa/NSF/Cornell/Nolan)
A ação é uma parceria da Nasa com a Sociedade Planetária, em Pasadena,
na Califórnia, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a
Universidade do Arizona, em Tucson. Após o envio dos nomes, uma comissão
deve analisar as propostas. O primeiro lugar será eleito por um comitê
da União Astronômica Internacional.nome provisório (Foto: Nasa/NSF/Cornell/Nolan)
Segundo o pesquisador Dante Lauretta, da Universidade do Arizona, a ideia é obter uma alcunha mais simples de pronunciar que os vários números atuais.
Assim que foi identificado, o (101955) 1999 RQ36 recebeu uma designação alfanumérica que é dada para qualquer corpo recém-descoberto, com critérios que determinam sua órbita. Já 1999 é o ano em que ele foi encontrado.
Na opinião do diretor-executivo da Sociedade Planetária, Bill Nye, asteroides são bacanas e merecem um nome condizente. Além disso, essa é uma forma de envolver crianças e adolescentes e colocá-los em sintonia com a ciência.
Uma missão da Nasa prevista para 2016, denominada OSIRIS-REx, deve trazer à Terra as primeiras amostras desse asteroide, que tem cerca de 500 metros de diâmetro. Os cientistas esperam descobrir pistas sobre a origem do Sistema Solar e de moléculas orgânicas que podem ter originado a vida no nosso planeta.
Para 2025, a agência americana planeja o primeiro voo tripulado a um asteroide, que não necessariamente será esse. Por essa razão, estudar a composição de corpos assim deve ajudar o projeto.
Segundo o cientista Jason Dworkin, do projeto OSIRIS-REx no Centro de Voos Espaciais Goddard, em Greenbelt, no estado de Maryland, essas amostras vão permitir, por exemplo, que a mesma pessoa responsável por nomear o (101955) 1999 RQ36 possa estudá-lo quando adulta.