A Nasa se prepara para fazer, na madrugada deste domingo (5) para segunda, a aterrissagem mais ousada da história da exploração não tripulada de outros planetas.
A nave da missão MSL (Laboratório de Ciências de Marte) chegará ao planeta vermelho e tentará colocar o jipe-robô Curiosity com segurança no chão após uma sequência inédita de manobras.
05/08/2012
Às 2h31 (hora de Brasília), a MSL faz uma entrada de alto impacto, atravessando a atmosfera marciana a 21 mil km/h. Logo em seguida, tenta depositar o jipe com segurança dentro de uma cratera, acionando um paraquedas e ativando um guindaste voador que deve colocar o Curiosity no chão com suavidade.
Por não serem capazes de pilotar o módulo de aterrissagem do MSL a distância durante o procedimento, engenheiros do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa) apelidaram esse pequeno período de "os sete minutos de terror". É o tempo durante o qual a única coisa a fazer é torcer para tudo dar certo.
Apesar do desafio, os técnicos exibiam otimismo ontem no laboratório em Pasadena, na Califórnia, ainda que não conseguissem esconder a ansiedade.
"A nave está indo direto ao alvo; tivemos uma reunião hoje cedo para decidir se precisávamos fazer alguma correção de rota, mas não foi necessário", disse à Folha o diretor de voo da missão, David Oh. "Todos os dias eu checo cinco previsões de tempo: a de Marte, a do espaço e as das nossas estações em terra na Austrália, na Espanha e aqui na Califórnia. Até agora tudo parece ótimo."
Assim que o Curiosity pousar, seu computador de bordo deve acordar e mandar algumas fotografias.
"Isso pode levar uns cinco minutos, se tudo sair perfeito, mas pode levar alguns dias, se o pouso não for tão perfeito assim", explica Oh.
Na cratera para onde se dirige, o jipe investigará a presença de compostos orgânicos e avaliará a capacidade de Marte ter abrigado vida no passado. Os dados serão transmitidos pelas sondas Mars Odyssey e Mars Reconaissance Orbiter, que já estão na órbita do planeta.
"No último minuto em que a nave está descendo, a informação que ela transmite passa pela Odyssey, que vai ficar sobre o jipe por mais uns 5 minutos", explica Ramon de Paula, brasileiro que trabalha como executivo de programa das duas sondas. "Nessa hora, já esperamos saber se vai estar tudo bem. Depois, as sondas somem no horizonte marciano e só voltam a sobrevoar o jipe uma hora e meia depois."
Outro brasileiro trabalhando na missão é Nilton Rennó, engenheiro da Universidade de Michigan que projetou o sistema de monitoramento ambiental do jipe. "Vamos medir temperatura, vento, pressão, radiação infravermelha, temperatura do solo, umidade do ar", explica Rennó, que também se diz ansioso. "Agora é mais uma questão de esperar o pouso."
Às 2h31 (hora de Brasília), a MSL faz uma entrada de alto impacto, atravessando a atmosfera marciana a 21 mil km/h. Logo em seguida, tenta depositar o jipe com segurança dentro de uma cratera, acionando um paraquedas e ativando um guindaste voador que deve colocar o Curiosity no chão com suavidade.
Por não serem capazes de pilotar o módulo de aterrissagem do MSL a distância durante o procedimento, engenheiros do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa) apelidaram esse pequeno período de "os sete minutos de terror". É o tempo durante o qual a única coisa a fazer é torcer para tudo dar certo.
Apesar do desafio, os técnicos exibiam otimismo ontem no laboratório em Pasadena, na Califórnia, ainda que não conseguissem esconder a ansiedade.
"A nave está indo direto ao alvo; tivemos uma reunião hoje cedo para decidir se precisávamos fazer alguma correção de rota, mas não foi necessário", disse à Folha o diretor de voo da missão, David Oh. "Todos os dias eu checo cinco previsões de tempo: a de Marte, a do espaço e as das nossas estações em terra na Austrália, na Espanha e aqui na Califórnia. Até agora tudo parece ótimo."
Assim que o Curiosity pousar, seu computador de bordo deve acordar e mandar algumas fotografias.
"Isso pode levar uns cinco minutos, se tudo sair perfeito, mas pode levar alguns dias, se o pouso não for tão perfeito assim", explica Oh.
Na cratera para onde se dirige, o jipe investigará a presença de compostos orgânicos e avaliará a capacidade de Marte ter abrigado vida no passado. Os dados serão transmitidos pelas sondas Mars Odyssey e Mars Reconaissance Orbiter, que já estão na órbita do planeta.
"No último minuto em que a nave está descendo, a informação que ela transmite passa pela Odyssey, que vai ficar sobre o jipe por mais uns 5 minutos", explica Ramon de Paula, brasileiro que trabalha como executivo de programa das duas sondas. "Nessa hora, já esperamos saber se vai estar tudo bem. Depois, as sondas somem no horizonte marciano e só voltam a sobrevoar o jipe uma hora e meia depois."
Outro brasileiro trabalhando na missão é Nilton Rennó, engenheiro da Universidade de Michigan que projetou o sistema de monitoramento ambiental do jipe. "Vamos medir temperatura, vento, pressão, radiação infravermelha, temperatura do solo, umidade do ar", explica Rennó, que também se diz ansioso. "Agora é mais uma questão de esperar o pouso."
fonte;folha
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