A partir deste ano, a Hyundai do Brasil irá produzir 3 modelos em Piracicaba (SP), especialmente desenvolvidos para o Brasil -inicialmente não serão vendidos em nenhum outro país. O primeiro a ser fabricado será um hatch, com motorização 1.0 e 1.6 flex, câmbio manual ou automático, disse o gerente de comunicação da empresa. O modelo deve começar a ser feito em novembro e chegará às lojas ainda em 2012. No ano seguinte, "mais para o fim do segundo semestre de 2013", será a vez de um sedã, com a mesma configuração mecânica, e de um utilitário (ao ser publicada, esta reportagem utilizou o termo minivan; a pedido da empresa, a informação foi alterada às 17h29), que deverá ter motor 1.6 -a versão 1.0 não está confirmada.
16/02/2012
Todos fazem parte do chamado "projeto HB", até pouco tempo mantido em segredo pela montadora sul-coreana. Para esses carros, a Hyundai diz ter observado as exigências do consumidor brasileiro. Por isso, informa Jordão, optou por incluir o trio elétrico (que, nesse caso, constarão de vidros elétricos, direção com assistência elétrica e travas) como item de série de todos os 3 modelos, inclusive na versão 1.0.
Quando ao preço, o gerente diz que os carros devem ser posicionados "na faixa de R$ 30 mil e até R$ 40 mil", onde estão o Fiat Palio e o Volkswagen Gol, por exemplo.
Também, segundo Jordão, houve atenção especial ao acerto da suspensão, "específico para o Brasil", a itens de segurança "dos passageiros e em relação a furtos" e à montagem dos pacotes de opcionais.
Fábrica em fase finalA fábrica de Piracicaba deverá produzir 150 mil veículos anualmente e é a primeira da própria Hyundai no Brasil. Até agora a marca atua em parceria com o Grupo Caoa, que importa os modelos da Coreia do Sul e possui uma planta em Anápolis (GO), onde faz o Tucson e os comerciais HR e HD no processo CKD (sigla para Complete Knock-Down), em que os carros são apenas montados no país. Na nova fábrica do interior de SP, a montadora pretende realizar o processo completo, desde a estamparia (corte das chapas).
De acordo com Jordão, a produção usará 65% de peças nacionais desde o início das atividades. Esse índice é exigido pelo governo federal para uma montadora instalada no Brasil ficar livre da alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que ocorreu em dezembro passado e atingiu os modelos importados da Hyundai.
BNDES emprestará R$ 307 milhõesNesta quinta-feira (16), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que aprovou financiamento de R$ 307,4 milhões para a fábrica. Em comunicado, o banco diz que "todos os modelos terão, desde o início de sua produção, o índice de nacionalização mínimo exigido na legislação brasileira".
Jordão afirma que esse montante do BNDES servirá para compra de equipamentos nacionais. "No começo, recebemos algumas máquinas importadas, mas esse empréstimo será para aquisição de equipamentos feitos no Brasil."
O gerente de comunicação diz que a construção em Piracicaba está na fase final. "A fase de instalação termina no final de maio, quando começarão a ser realizados os testes", explica. Esse período deve terminar com novembro, quando começa a produção comercial.
Segundo o comunicado do BNDES, "o projeto deverá gerar cerca de 2 mil empregos diretos, a partir do primeiro ano de produção, e outros 3 mil empregos junto aos fornecedores".
Parceria com a CaoaQuestionado sobre a parceria com o grupo Caoa, o gerente afirmou que a Hyundai pretende manter os 3 tipos de operação no Brasil: a importação, a montagem de veículos (CKD) e a fabricação completa. Em março de 2011, o presidente da Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, afirmou ao G1 que sua rede de concessionárias continuaria com a venda exclusiva dos modelos da Hyundai, mesmo com a nova fábrica em Piracicaba, e que a produção em Anápolis não terminaria.
“Acima de 2.0 é com a gente, abaixo disso, a Hyundai irá fazer”, completou o vice-presidente da Hyundai Caoa, Annuar Ali, na época. "Não confirmo essa questão do 2.0, mas a estratégia da montadora para o Brasil é que nunca haverá concorrência entre essas 3 formas de ter os veículos aqui", responde Jordão. "Não vamos importar um concorrente de um modelo que é montado aqui em CKD, e assim por diante."
fonte;G1
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