Eleições à parte, cada vez mais o movimento financeiro pede passagem neste período. Isso precisa mudar e A HORA É AGORA! Realmente é uma aberração o que se faz com o dinheiro público numa eleição, que antes de mais nada deveria ser igualitária em moralidade e equilíbrio de condições.
30/11/2020
O conceito programático e de ideias deveria ser a referência para todo eleitor.
Em detrimento ao que pensa cada candidato para exercer de fato sua função, seja ele como governante ou como legislador, o dinheiro acaba influenciando no resultado, o que convenhamos não é bom para a saúde da sociedade como um todo. Isso acaba refletindo na atuação de cada um que passa a dever obrigações não ao cidadão, mas sim a seus pares, ao estado dominante e aos “coronéis” de cada região. Especialmente neste ano de pandemia, ficou latente como pensam os políticos brasileiros.
Enquanto todos os setores da sociedade davam sua cota de sacrifício, muitos por imposição política dos governantes e legisladores, a discussão de uma proposta para reduzir os valores do fundo eleitoral não chegou nem a ser pensada, pelo contrário, alguns queriam mais e mais.
Conferir os números publicados pelo TSE sobre os valores de muitos candidatos facilita o entendimento para perceber o quão nocivo é esta gastança. Publico os dados da cidade de Belo Horizonte e seus 15 candidatos, e em seguida algumas considerações. De imediato vamos fazer um exercício matemático, e conclusões.
Num universo de 15 candidatos, onde apenas três não fazem uso de recursos públicos, o montante alocado, até o dia 02 de novembro, chega a R$13.344.295,67. Supondo que o candidato que mais usa destes recursos, o campeão dos gastos, no caso Alexandre Kalil (R$4.935.000,00), saia vencedor do pleito, teremos R$8.409.295,67 jogados no lixo. Ainda dentro do campo das hipóteses, qualquer um dos três que não usarão nenhum dinheiro público, Bruno Engler, Fabiano Cazeca ou Cabo Washington Xavier, faria que 100% dos recursos vá direto para o ralo.
A bem da verdade, os recursos não gastos podem ser devolvidos aos cofres públicos via justiça, como bem lembrou a deputada federal Alê Silva, mas não há motivos para acreditar que isso vá acontecer. Ainda que a justiça eleitoral conte com ferramentas e leis para controle do uso destes recursos, sabemos que nem sempre a credibilidade dos julgamentos é confiável.
Fora o tempo que leva, e muito menos que as punições aconteçam. Já citado, o campeão de gastos, aquele que ganhou a alcunha de covarde por muitos, por sua política de controle sanitário imposto ao povo belo-horizontino na pandemia, o atual prefeito alia aos recursos financeiros um eventual uso da máquina pública. Esse desequilíbrio na corrida eleitoral tem um elemento que pode trazer surpresas ao pleito. Esse elemento tem história recente, surpreendeu o Brasil inteiro em 2018 e tem nome: Jair Bolsonaro.
O até então, “desconhecido” do grande público não tinha uma grande estrutura partidária atrás de si, não tinha recursos e contou apenas, e tão somente, com as redes sociais. Suas incursões pelo Brasil acabaram por arregimentar um exército de cidadãos que soube ouvir seu discurso, reacendendo um sentimento patriótico e conservador que parecia hibernar ao longo de décadas.
E em Belo Horizonte, um candidato se habilita, nas mesmas condições, e se atreve a seguir este mesmo caminho. Seu nome: Bruno Engler! Iniciou sua caminhada para o pleito municipal sem ser conhecido, com parcos recursos financeiros, e contando com as redes sociais.
As afinidades não ficam por aí. Sem tempo de TV e espaço para debates, Engler foi ao encontro pessoal com o eleitor, e suas redes sociais vem crescendo a cada dia. Vem, a exemplo do presidente brasileiro, conseguindo transmitir sua mensagem de novos tempos para Belo Horizonte.
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