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Censura, Fake news: o que será discutido em sabatina de CEO do Google 2018 UMA AGENDA GLOBALISTA 2030





Censura, fake news: o que será discutido em sabatina de CEO do Google EM 2018

Em abril, Mark Zuckerberg foi submetido a uma sabatina por membros do Congresso dos Estados Unidos. Nesta terça-feira (11/08/2018), será a vez de Sundar Pichai, executivo-chefe do Google, prestar esclarecimentos aos políticos em Washington. A situação é de pressão, ainda que não tanta quanto a que o chefão do Facebook sofria quando deu as caras para explicar como funcionava sua empresa.

31/05/2020



Pichai preferiu se ausentar, em setembro de um comitê do Senado americano que contou com figurões do Vale do Silício – Jack Dorsey, do Twitter, e Sheryl Sandberg, do Facebook -, uma decisão que pegou mal. Desde então, a imagem pública do gigante das buscas ganhou novas feridas, pois um projeto secreto veio a público: um mecanismo de pesquisa exclusivo para China, com direito a bloqueio de palavras-chave como “direitos humanos” e “prêmio Nobel”.

Este deve ser um dos tópicos da audiência, que está na agenda do Congresso com o nome “Transparência e responsabilidade: examinando o Google e suas práticas de coleta, uso e filtro de dados”. Analistas americanos enxergam o evento como crítico na carreira de Pichai, que está no Google desde 2004, mas nunca teve que lidar com políticos.

Isso muda a partir de hoje, no evento que terá início às 13h (de Brasília).
O que será discutido?

O tema mais quente é o chamado projeto Dragonfly, uma versão adaptada do buscador do Google para a China – e sua internet altamente regulada pelo Estado. Escondido até agosto desse ano, quando foi descoberto pelo “The Intercept”, o projeto está em curso desde 2017 e foi alvo de críticas de organizações de defesa dos direitos humanos e políticos de ambos espectros partidários dos Estados Unidos.

Internamente, a ideia foi recebida com resistência, tanto é que cerca de 1,4 mil funcionários assinaram uma carta com questionamentos éticos sobre o projeto. Há também quem defenda a versão censurada do buscador, como noticiou o “Tech Crunch” há duas semanas.

O Google também teve seu nome relacionado a outras notícias negativas neste ano, como a multa-recorde de 4,34 bilhões de euros aplicada pela Comissão Europeia pelo fato do Android ser usado para consolidar a posição de domínio da empresa no ramo das buscas online. Questões nessa linha, de competitividade de mercado, também devem ser feitas a Pichai.

O executivo-chefe será certamente pressionado sobre como a empresa usa e protege dados. O assunto foi levantado a Mark Zuckerberg em abril e foi um dos temas tecnológicos de 2018, especialmente após o escândalo de Cambridge Analytica. Os vazamentos de dados do Google+ servem como garantia de que isso será debatido.

Assim como Zuckerberg, Pichai deverá ouvir questionamentos sobre algoritmos supostamente tendenciosos contra parte dos políticos e suas bases eleitorais. Isso porque congressistas, de maioria republicana, acreditam que as maiores plataformas digitais têm ferramentas que minam conteúdos valorizados por conservadores. O presidente Donald Trump é um dos que defendem essa tese.

“Resultados de buscas do Google para ‘notícias Trump’ mostram apenas a visão/reportagem da imprensa fake news. Em outras palavras, eles têm a busca manipulada para mim e outros, para que a maioria das notícias sejam ruins”, escreveu o político em seu Twitter.


Donald J. Trump
✔@realDonaldTrump




Google search results for “Trump News” shows only the viewing/reporting of Fake News Media. In other words, they have it RIGGED, for me & others, so that almost all stories & news is BAD. Fake CNN is prominent. Republican/Conservative & Fair Media is shut out. Illegal? 96% of....
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12:02 PM - Aug 28, 2018
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Trump cita “fake news”, que é outro tema que deve ser mencionado na discussão de terça-feira com Pichai. Tanto a busca do Google quanto o YouTube tiveram problemas com a desinformação em tempos recentes, embora não haja registro de casos como os motivados pelo WhatsApp na Índia.

Além dos assuntos sérios, se a sabatina de Mark Zuckerberg serve de referência, deve-se esperar um enorme desconhecimento por parte dos políticos de como funciona o Google, cujas engrenagens são tão (ou mais) obscuras que as da maior rede social do mundo.

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