Comentário de Olavo de Carvalho:
O Filipe G. Martins tem razão: O Caio Blinder fala por experiência própria ao imaginar que prever acertadamente o curso das coisas políticas é o mesmo que ganhar na loteria. Ele vem tentando há quarenta anos.
O Filipe G. Martins tem razão: O Caio Blinder fala por experiência própria ao imaginar que prever acertadamente o curso das coisas políticas é o mesmo que ganhar na loteria. Ele vem tentando há quarenta anos.
23/11/2016
Alguém sugeriu ao folclórico Caio Blinder ouvir minha explicação sobre como acertei o resultado da eleição americana (https://goo.gl/M1scF6) e, em resposta, ouviu que eu havia acertado por sorte, na base do mero chute. Não surpreende que um sujeitinho desses julgue ser impossível fazer análises e previsões acertadas. Afinal, para essa gente a Ciência Política e a Estatística não servem para entender o mundo, mas para transformá-lo; são meras ferramentas nas mãos de engenheiros sociais.
A postura do comentarista da Globo News, no entanto, está longe de ser uma exceção e ilustra com perfeição o que há de errado com a velha mídia: é ignorante, obtusa, fechada para a realidade, ensimesmada, desonesta e profundamente arrogante. Isso tudo é evidenciado por um detalhe particularmente curioso dessa troca de mensagens: o saco de pancadas preferido do Paulo Francis deu essa resposta atravessada ao seu leitor apenas nove minutos após receber a sugestão, evidenciando que nem sequer teve o cuidado de ler o que eu escrevi ou de ouvir o que eu disse — postura típica de um charlatão obtuso e orgulhoso da própria ignorância.
Se o Caio Blinder e seus colegas de profissão lessem o professor Olavo de Carvalho e seus alunos em vez de repetir bovinamente o que dizem os cheerleaders democratas que escrevem para o New York Times e opinam na CNN, não ficariam surpresos com acontecimentos internacionais como o Brexit e a vitória do Trump; e, quem sabe, até aprenderiam uma coisinha ou outra sobre a realidade no processo. Porém, como é improvável que isso aconteça, continuarão indo para o caminho errado e ouvindo os conselhos doentes de conselheiros ainda mais infectados; continuarão sendo cegos guiados por outros cegos — e, como sabemos há pelo menos dois mil anos, quando um cego conduz outro cego, ambos acabam por cair em um buraco.
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A guerra da rotulação maliciosa contra a realidade
A guerra da rotulação maliciosa contra a realidade
Por ter erguido seu edifício ideológico sobre a noção pouco plausível e abertamente fraudulenta do igualitarismo radical, ladeada contraditoriamente pelo identitarismo inorgânico e artificial da política de minorias, o esquerdismo torna a realidade confusa e inacessível a quem se deixa contaminar por sua visão de mundo — e isso ocorre mesmo quando a adesão aos valores e aos pressupostos da esquerda não é consciente.
Isso pode ser observado em uma visita rápida a um campus universitário, mas não é necessário realizar essa expedição antropológica excêntrica para entender do que estou falando. Basta ligar a TV, ou abrir um jornal, e você verá um punhado de exemplos que ilustram com perfeição a dificuldade quase intransponível que a esquerda enfrenta para aprender com a realidade.
Talvez um dos exemplos mais emblemáticos disso seja a postura que a mídia adotou após a vitória eleitoral do Presidente Donald Trump. A grande mídia, que nunca escondeu sua intenção de empurrar a Hillary goela abaixo dos americanos, ainda não entendeu por que foi ignorada. Na cabeça dos jornalistas, a candidata deles perdeu porque eles não fizeram o suficiente para rotular como racistas, sexistas, homofóbicos e islamofóbicos os candidatos republicanos e seus apoiadores, quando a verdade é que eles perderam justamente por abusar desse expediente, explorando-o para além de todos os limites da verossimilhança.
Como são incapazes de apreender esse fato simples, optaram por dobrar a aposta e, em vez de fazer um mea culpa e tentar sair da bolha em que vivem, estão exagerando ainda mais na rotulação e na adjetivação, chamando de racista, de machista e de outras platitudes cada um dos indivíduos que o novo presidente escolhe para integrar o seu governo. Fazem isso na esperança de que essa estratégia lhes dê a vitória nas próximas batalhas, mas, como nos mostram o Brexit, o referendo colombiano, a eleição do Macri na Argentina e a do Trump nos Estados Unidos, o feitiço foi quebrado e essa estratégia agora só funciona com pessoas fracas, de personalidades frágeis, que jamais ousam discordar do pensamento dominante por medo de serem considerados anormais — o que significa que podemos esperar ainda muitas vitórias do povo, do homem real, contra o consórcio das elites progressistas e o conjunto de valores postiços e imorais que desejam impor sobre nós.FONTE;http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/outros/16836-caio-blinder-e-os-guias-cegos.html
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