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Das toneladas aos microchips: a evolução dos computadores DE 1940 A 2100 COM SURGIMENTO DA INTELIGENCIA ARTIFICIAL EM 70 ANOS A PARTIR DE 2016

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Não é segredo que o seu computador atual é fruto de uma evolução
 que levou décadas para chegar aonde está – e ainda está muito 
longe de chegar ao seu final. Se pensarmos que cerca de dez anos 
atrás os processadores ainda nem conheciam os núcleos múltiplo
s, imaginar as máquinas que inauguraram a informática é uma tarefa
ainda mais complicada.





















Você sabia que no início da década de 1950 já existiam 
computadores? Logicamente eles não se apareciam nem um pouco
 com o que temos hoje, mas já realizavam alguns cálculos 
complexos em pouquíssimo tempo. Nesses 60 anos, elementos 
desapareceram, componentes foram criados e parece até
 que estamos falando de assuntos totalmente desconexos.

06/06/2016

Então prepare-se para conhecer um pouco mais sobre essa
 magnífica história. Para facilitar a leitura, atendemos às 
divisões de alguns autores especializados no assunto e 
separamos a história da informática em gerações. Agora 
aproveite para aprender mais ou para conhecer a importante 
evolução dos computadores.

Infográfico do TecMundo
As gigantes válvulas da primeira geração

Imagine como seria sua vida se você precisasse de uma enorme 
sala para conseguir armazenar um computador. Logicamente isso
 seria impossível, pois os primeiros computadores, como 
o ENIAC e o UNIVAC eram destinados apenas a funções
 de cálculos, sendo utilizados para resolução de problemas 
específicos.

Por que problemas específicos? Os computadores da primeira
 geração não contavam com uma linguagem padronizada de
 programação. Ou seja, cada máquina possuía seu próprio 
código e, para novas funções, era necessário reprogramar 
completamente o computador. Quer mudar o problema calculado? 
Reprograme o ENIAC.


Fonte da imagem: Wikimedia Commons/Domínio Público

Esses computadores gigantescos ainda sofriam com o
 superaquecimento constante. Isso porque em vez de 
microprocessadores, eles utilizavam grandes válvulas elétricas, 
que permitiam amplificação e troca de sinais, por meio de pulsos. Elas funcionavam de maneira correlata a uma placa de circuitos, sendo que cada válvula acesa
 ou apagada representava uma instrução à máquina.

Com poucas horas de utilização, essas válvulas eram queimadas 
e demandavam substituição. Por isso, a cada ano eram trocadas
 cerca de 19 mil delas em cada máquina. Sim, 19 mil válvulas 
representavam mais do que o total de componentes utilizados
 por um computador ENIAC. Como você pode perceber, esses
 computadores não saíam baratos para os proprietários.
Transistores e a redução dos computadores

As gigantes máquinas não estavam sendo rentáveis, pelos 
constantes gastos com manutenção. A principal necessidade 
era substituir as válvulas elétricas por uma nova tecnologia que 
permitisse um armazenamento mais discreto e não fosse tão 
responsável pela geração de calor excessivo, evitando
 superaquecimentos.

Foi então que os transistores (criados em 1947 pela empresa 
Bell Laboratories) passaram a integrar os painéis das máquinas 
de computar. Os componentes eram criados a partir de materiais 
sólidos conhecidos como “Silício”. Exatamente, os materiais 
utilizados até hoje em placas e outros componentes, extraídos 
da areia abundante.


Fonte da imagem: Wikimedia Commons/Hohum

Existia uma série de vantagens dos transistores em relação às
 válvulas. Para começar: as dimensões desses componentes 
eram bastante reduzidas, tornando os computadores da segunda
 geração cem vezes menores do que os da primeira. Além disso,
 os novos computadores também surgiram mais econômicos, 
tanto em questões de consumo energético, quanto em preços de 
peças.

Para os comandos desses computadores, as linguagens de
 máquina foram substituídas por linguagemAssembly. Esse tipo 
de programação é utilizado até hoje, mas em vez de ser
 utilizado para softwares ou sistemas operacionais, é mais 
frequente nas fábricas de componentes de hardware, por 
trabalhar com instruções mais diretas.

Em vez das 30 toneladas do ENIAC, o IBM 7094
 (versão de maior sucesso dessa segunda geração de computadores)
 pesava apenas 890 Kg. E por mais que pareça pouco, essa mesma
 máquina ultrapassou a marca de 10 mil unidades vendidas. 


Fonte da imagem: Wikimedia Commons/David Monniaux

Curiosidade: os computadores dessa segunda geração foram
 inicialmente desenvolvidos para serem utilizados como
 mecanismos de controle em usinas nucleares. Um modelo 
similar pode ser visto no desenho “Os Simpsons”, mais 
especificamente no posto de trabalho de Homer, técnico 
de segurança na Usina Nuclear.
Miniaturização e circuitos integrados

O emprego de materiais de silício, com condutividade 
elétrica maior que a de um isolante, mas menor que
 a de um condutor, foi chamado de semicondutor. Esse
 novo componente garantiu aumentos significativos na 
velocidade e eficiência dos computadores, permitindo 
que mais tarefas fossem desempenhadas em períodos de 
tempo mais curtos.

Com a terceira geração dos computadores, surgiram 
também os teclados para digitação de comandos. 
Monitores também permitiam a visualização de 
sistemas operacionais muito primitivos, ainda c
ompletamente distantes dos sistemas gráficos que 
conhecemos e utilizamos atualmente.


Fonte da imagem: Wikimedia Commons/Domínio Público

Apesar das facilidades trazidas pelos semicondutores, 
os computadores dessa geração não foram reduzidos, 
sendo que um dos modelos de mais sucesso 
(o IBM 360, que vendeu mais de 30 mil unidades) 
chegava a pesar mais do que os antecessores. 
Nessa época (final da década de 1970 e início da década de 1980) 
os computadores passaram a ser mais acessíveis.

Outro grande avanço da terceira geração foi a adição da 
capacidade de upgrade nas máquinas. As empresas
 poderiam comprar computadores com determinadas 
configurações e aumentar as suas capacidades de acordo 
com a necessidade, pagando relativamente pouco por essas
 facilidades.
Microprocessadores: o início dos computadores pessoais

Enfim chegamos aos computadores que grande parte dos 
usuários utiliza até hoje. Os computadores da quarta geração
 foram os primeiros a serem chamados de “microcomputadores”
 ou “micros”. Esse nome se deve ao fato de eles pesarem
 menos de 20 kg, o que torna o armazenamento deles muito 
facilitado.

Você consegue imaginar qual o componente que tornou
 possível essa redução das máquinas? Acertou quem disse
 que foram os microprocessadores. O surgimento dos
 pequenos chips de controle e processamento tornou 
a informática muito mais acessível, além de oferecer
 uma enorme gama de novas possibilidades para os usuários.

"Microcomputadores" tinham esse nome por pesarem menos
 de 20 kg

Em 1971, já eram criados processadores com esse novo 
formato, mas apenas na metade da década começaram
 a surgir comercialmente os primeiros computadores pessoais.
 Os Altair 880 podiam ser comprados como um kit de montar, 
vendidos por revistas especializadas nos Estados Unidos. 
Foi com base nessa máquina que Bill Gates e Paul Allen 
criaram o “Basic” e inauguraram a dinastia Microsoft.
A importância da Apple

Na mesma época, os dois Steves da Apple (Jobs e Wozniac)
 criaram a empresa da Maçã para se dedicarem a projetos de 
computação pessoal facilitados para usuários leigos. 
Assim surgiu o Apple I, projeto que foi primeiramente 
apresentado para a HP. Ele foi sucedido pelo Apple II, 
após uma injeção de 250 mil dólares pela Intel.


Fonte da imagem: Musée Bolo

Essa segunda versão dos computadores possuía uma 
versão modificada do sistema BASIC, criada também
  pela Microsoft. O grande avanço apresentado pelo
 sistema era a utilização de interface gráfica para 
alguns softwares. Também era possível utilizar 
processadores de texto, planilhas eletrônicas e bancos de dados.

Essa mesma Apple foi responsável pela inauguração dos 
mouses na computação pessoal, juntamente com os
 sistemas operacionais gráficos, como o Macintosh.
 Pouco depois a Microsoft lançou a primeira versão 
do Windows, bastante parecida com o sistema da rival.
E os ciclos tornam-se clocks

Até a terceira geração dos computadores, o tempo de
 resposta das máquinas era medido em ciclos. Ou seja,
 media-se um número de ações em curtos períodos de
 tempo para que fosse possível saber qual fração de
 segundo era utilizada para elas. Com os microprocessadores,
 já não era viável medir as capacidades dessa forma.

Por isso surgiram as medidas por clocks. Esta definição
 calcula o número de ciclos de processamento que podem
 ser realizados em apenas um segundo. Por exemplo: 
1 MHz significa que em apenas um segundo é possível 
que o chip realize 1 milhão de ciclos.

Grande parte dos computadores pessoais lançados nessa
 época eram alimentados por processadores da empresa 
Intel. A mesma Intel que hoje possui alguns dos chips 
mais potentes, como o Intel Core i7 (sobre o qual 
falaremos mais, em breve). Como você pode saber, 
estas máquinas são muito leves e puderam ser levadas a 
um novo patamar.
Notebooks: a quarta geração portátil

Considerando o progresso da informática como sendo
 inversamente proporcional ao tamanho ocupado pelos 
componentes, não seria estranho que logo os computadores
 transformassem-se em peças portáteis. Os notebooks surgiram
 como objetos de luxo (assim como foram os computadores 
até pouco mais de dez anos), sendo caros e de pouca 
abrangência comercial.


Fonte da imagem:divulgação/Asus

Além dos notebooks, temos também os netbooks 
disponíveis no mercado. Estes funcionam de maneira 
similar aos outros, mas geralmente possuem dimensões 
e configurações menos atraentes. Ganham pontos pela
 extrema portabilidade e duração das baterias utilizadas, 
sendo certamente um degrau a mais na evolução dos computadores.

Hoje, o preço para se poder levar os documentos, arquivos 
e programas para todos os lugares não é muito superior ao
 cobrado por desktops. Mesmo assim, o mercado ainda está
 longe de atingir o seu ápice. Quem sabe qual será o próximo
 passo da indústria?
Múltiplos núcleos: a quinta geração?

Ainda estamos em transição de uma fase em que os 
processadores tentavam alcançar clocks cada vez mais
 altos para uma fase em que o que importa mesmo é 
como podem ser melhor aproveitados esses clocks. Deixou de
 ser necessário atingir velocidades de processamento 
superiores aos 2 GHz, mas passou a ser obrigatório que 
cada chip possua mais de um núcleo com essas frequências.

Chegaram ao mercado os processadores que simulavam
 a existência de dois núcleos de processamento, depois os 
que realmente apresentavam dois deles. Hoje, há processadores
 que apresentam quatro núcleos, e outros, utilizados por servidores, 
que já oferecem oito. Com tanta potência executando 
tarefas simultâneas, surgiu uma nova necessidade.
Processamento verde

Sabe-se que, quanto mais tarefas sendo executadas por um 
computador, mais energia elétrica seja consumida. Para 
combater essa máxima, as empresas fabricantes de chips 
passaram a pesquisar formas de reduzir o consumo, s
em diminuir as capacidades de seus componentes. Foi 
então que nasceu o conceito de “Processamento Verde”.

Por exemplo: os processadores Intel Core Sandy Bridge eram
 fabricados com a microarquitetura reduzida, fazendo com que 
os clocks sejam mais curtos e menos energia elétrica seja gasta.
 Ao mesmo tempo, esses processos são mais eficazes. Logo, a 
realização de tarefas com esse tipo de componente é boa 
para o usuário e também para o meio ambiente. Vale dizer que
 isso também se aplica a Ivy Bridge, Skylake e todas as outras 
famílias.


Fonte da imagem: divulgação/Intel

Outro elemento envolvido nessas conceituações é o processo
 de montagem. As fabricantes buscam, incessantemente,
 formas de reduzir o impacto ambiental de suas indústrias. 
Os notebooks, por exemplo, estão sendo criados com 
telas de LED, muito menos nocivos à natureza do que LCDs comuns.
.......

Não sabemos ainda quando surgirá a sexta geração de 
computadores. Há quem considere a inteligência artificial 
como sendo essa nova geração, mas também há quem diga 
que robôs não fazem parte dessa denominação. Porém, o que 
importa realmente é perceber, que ao longo do tempo, o 
homem vem trabalhando para melhorar cada vez mais suas 
máquinas.

Quem imaginava, 60 anos atrás, que um dia seria possível 
carregar um computador na mochila? E quem, hoje, imaginaria
 que 60 anos atrás seria necessário um trem para carregar um 
deles? Hoje, por exemplo, já existem computadores de bolso,
 como alguns smartphones que são mais poderosos que netbooks.

E para você, qual será o próximo passo nessa evolução das 
máquinas? Aproveite os comentários para dizer o que 
você pensa sobre essas melhorias proporcionadas ao longo de
 décadas.
FONTE;http://www.tecmundo.com.br/infografico/9421-a-evolucao-dos-computadores.htm
03 JUN 2016 — 18H02
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Infográfico por Lanna Solci

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