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Chamado ao Congresso dos Estados Unidos da América EUA 2016


Bandeira dos EUA é queimada durante evento em homenagem a Manuel Marulanda, o
"Tirofijo", fundador das FARC, em setembro de 2008, na Venezuela.

Escrevo-lhes em meu nome e no das seguintes pessoas e organizações não-governamentais: Verdad Colombia, UnoAmérica, Ricardo Puentes Melo, diretor de “Periodismo sin Fronteras”, Jaime Restrepo, diretor da Asociación de Víctimas de las Guerrillas y del Terrorismo (AVGT), Fernando Vargas Quemba, diretor do Comité Nacional de Víctimas de la Guerrilla (VIDA), Libardo Botero, diretor do “Periódico Debate”, Darío Acevedo Carmona, historiador e professor universitário, pelos jornalistas Eduardo Mackenzie, Plinio Apuleyo Mendoza, Jaime Jaramillo Panesso e Andrés Candela. 


17/02/2016



Iniciamos uma campanha através do Change.org solicitando ao Congresso dos Estados Unidos não prestar apoio nem político nem financeiro às negociações do governo de Santos com as FARC. Rogo-lhes ler o documento. Se estão de acordo, assinem. Também lhes peço que ajudem a difundi-lo por Twitter, Facebook, correio eletrônico ou por qualquer outro meio. Esta petição pode dar apoio e argumentos aos congressistas norte-americanos que já entendem a situação, ou àqueles que pensam que o apoio à “paz” é apoio à Colômbia. Ao finalizar a campanha encaminharemos a petição diretamente aos gabinetes de todos os congressistas dos Estados Unidos. Espero contar com sua ajuda. O texto do chamado ao Congresso é o seguinte:

Não proporcionem apoio financeiro ou político às negociações da Colômbia com a organização narco-terrorista FARC.
Os subscritos pedimos respeitosamente aos membros do Congresso dos Estados Unidos a se opor à ajuda financeira que pretendem pôr em prática os acordos entre o Governo colombiano de Juan Manuel Santos e a organização narco-terrorista FARC. Os instamos a se opor a qualquer tipo de apoio político a essas negociações e, pelo contrário, a respaldar o povo da Colômbia o qual tem sido vítima da violência e da perseguição que, durante décadas, as FARC desataram contra a população civil e contra as Forças Armadas.

Embora os colombianos desejem a paz, a imensa maioria deles está contra os principais pontos do acordo Santos-FARC: rechaçam que as atrocidades cometidas pelas FARC fiquem impunes, que os terroristas das FARC possam fazer política, que se lhes entregue o controle de vastos territórios do país, que se permita ao grupo terrorista FARC conservar suas armas e seus recursos financeiros de procedência ilícita. Os colombianos entendem que tal acordo não trará a paz, senão que reforçará as FARC, organização que continua proclamando seu objetivo de sempre: abolir o governo democrático da Colômbia.

O apoio dos Estados Unidos ao acordo Santos-FARC servirá para condenar os colombianos a viver em um Estado narco-falido. Ajudará a consolidar os terroristas que atacaram as companhias norte-americanos, que seqüestraram e assassinaram cidadãos dos Estados Unidos por considerá-los “objetivos militares”, que inundaram de cocaína e heroína, há décadas, o mercado dos Estados Unidos. Enquanto ressurgiam regimes autocráticos no hemisfério - como os da Venezuela, Equador e Bolívia -, a Colômbia continuou sendo o aliado mais antigo e mais firme dos Estados Unidos na região. Entretanto, o financiamento e o apoio ao acordo Santos-FARC é uma traição às pessoas que lutaram com os Estados Unidos contra o tráfico de drogas e contra o terrorismo, e equivale a desperdiçar os 10 bilhões de dólares que os contribuintes dos Estados Unidos investiram nessa empresa.

Durante dez anos, os Estados Unidos e a Colômbia cooperaram com êxito, mediante o Plano Colômbia, na redução e destruição de grande parte do negócio da droga das FARC. Entretanto, nos últimos cinco anos, e durante o processo de paz, as FARC tornaram-se mais fortes, mais ricas e melhor armadas. Enquanto participavam da chamada “negociação de paz”, as FARC continuaram comprando armas. Hoje são de novo os principais produtores de cocaína do mundo, o terceiro grupo terrorista mais rico do mundo e um dos mais sangrentos.

Este mês a ONU revelou que o número de ataques armados das FARC se triplicou em 2015, em comparação com 2014, e que isso gerou o deslocamento de 3.700 famílias. Supõe-se que isto faz parte da reta final das negociações “de paz”. Nem um só dos 2.700 seqüestrados que ainda continuam em poder das FARC, segundo as estimativas, foram postos em liberdade graças às negociações. As FARC ainda mantêm em seus campos cerca de 2.000 crianças como escravos sexuais e como combatentes, não libertou uma só delas e continua recrutando crianças pela força, cujas idades médias é de 12 anos, segundo a UNICEF. Apesar de estar de acordo com uma iniciativa destinada a eliminar as minas terrestres, as FARC admitiram que plantaram novas minas onde o Exército já as havia retirado. A extorsão nas zonas rurais também disparou. E enquanto falam de “paz”, as valentonas FARC continuam emitindo ameaças de morte, e declarando como “inimigo da paz” e “objetivo militar”, todo aquele que se oponha às negociações. No mês passado as FARC lançaram uma ameaça de morte contra o líder da Associação de Criadores de Gado da Colômbia e à sua família, sem que o governo de Santos tenha reagido.

As declarações públicas do governo de Santos no sentido de que as FARC não têm dinheiro de procedência ilícita, que não são narco-traficantes, que devem ser retirados da lista norte-americana de organizações terroristas e que são dignos de confiança, são assombrosas e devem abrir os olhos dos Estados Unidos sobre a credibilidade do governo de Santos.

Também é falsa a afirmação do presidente Santos de que os colombianos terão a última palavra sobre as negociações de paz. Depois de haver prometido publicamente um referendum, Santos o repudiou e chegou a dizer que nunca o havia proposto. Em seguida, propôs um plebiscito, reduziu a 13% a margem de aprovação de 51% e mesmo assim esse sistema de validação parece congelado. Em vez disso, Santos propôs uma lei que criaria um exíguo comitê para ratificar os acordos sem passar pelo Congresso e sem consultar o povo colombiano. Também inventou uma lei que lhe daria o poder de governar por decreto para aprovar todos os acordos com as FARC. Esses não são passos para a democratização, senão para a criação de um regime autocrático.

Os colombianos não querem ser governados por um bando terrorista armado e financiado pela droga, que não adquiriu estatura política graças a ato algum de verdade, de arrependimento, de contrição, de emenda ou de reparação. Isso seria devastador não só para a Colômbia, senão para a estabilidade da região.

Se o Congresso dos Estados Unidos quer ajudar a restabelecer a democracia, os direitos humanos, a justiça e o Estado de Direito na Colômbia, não deve financiar nem respaldar os acordos Santos-FARC.


Tradução: Graça Salgueiro
FONTE;http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/america-latina/16350-2016-02-16-22-11-23.html
ESCRITO POR LÍA FOWLER | 16 FEVEREIRO 2016
INTERNACIONAL - AMÉRICA LATINA

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