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Ás dos Ases, o alemão Manfred von Richthofen foi o maior piloto da Primeira Guerra Mundial
O Barão Vermelho abateu 82 aviões durante os combates na Primeira Guerra Mundial (Revell)
28/10/2015
Enquanto muitos ainda aprendiam a domar os aviões, já havia nesta época um sujeito que dominava com perfeição a arte de pilotar essas máquinas voadoras. Era o alemão Manfred von Richthofen, que ficou conhecido como “Barão Vermelho”.
Richthofen foi o maior dos ases da Primeira Guerra Mundial e seu apelido surgiu em virtude da cor de seus aviões, sempre com detalhes vermelhos ou pintados inteiramente nessa cor, como era o seu temível triplano Fokker DR1.
Com apenas 24 anos de idade, o Barão Vermelho, então lider da melhor esquadrilha de caça da Alemanha, a “11º Jasta”, já havia abatido 52 aeronaves. E era apenas o começo.
Barão
Richthofen era um “Freiherr” (“Senhor Livre”, em alemão), um título de nobreza frequentemente traduzido como “Barão”. Nascido em Breslau, no então Império alemão (atualmente Wroclaw, Polônia), o Barão Vermelho foi o segundo de quatro irmãos – seu irmão mais velho, Lothar, também foi piloto militar. Seus pais eram o oficial de cavalaria Albrecht ‘Freiherr’ von Richthofen e sua esposa, Gwendoly, que descendia de um longa linhagem familiar de militares e aristocratas.
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Em nove anos de serviço militar, o Barão Vermelho alcançou o posto de capitão (Domínio Público)
Desapontado por não participar diretamente dos combates, Richthofen pediu transferência para o setor de suprimentos do exército no início de 1915, onde se interessou pela aviação. Novamente, pediu outra transferência, mas desta vez para o Serviço Aéreo Imperial Alemão, que mais adiante ficaria conhecido como “Luftstreitkräfte”. Seu pedido foi aceito e em maio daquele ano iniciou seus treinamentos com os novíssimos aviões. E ele aprendeu rápido.
Em apenas três meses, Richthofen obteve a formação de piloto e partiu para a frente de batalha aérea, primeiramente como oficial observador em missões de reconhecimento. Sua primeira vitória nos céus, mesmo não atuando como “caçador”, aconteceu em Champagne, na França, onde abateu um avião com uma metralhadora de mão, após um tensa batalha com outro avião de observação francês, que fez o piloto ter novas ambições na aviação militar.
Em outubro de 1915, apenas dois meses após a aprender a pilotar um avião, Richthofen se juntou ao Kampfgeschwader 2 (Esquadrão de bombardeio No. 2) e passou a voar com um Albatros C.III biposto, atacando posições francesas com bombas lançadas da própria cabine e fogo de metralhadora, função que realizaria por quase um ano.
Caçador
Depois de um período pilotando aviões biposto na frente oriental, em agosto de 1916 Richthofen se volutariou a ingressar no recém-formado esquadrão de caça, o “Jasta 2”. Em menos de um mês, o piloto venceu seu primeiro combate aéreo, sobre Cambrai, na França.
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Em vez de usar táticas agressivas e arriscadas, como seu irmão Lothar, que também era piloto e colecionou 40 vitórias, Manfred seguia apenas uma série de orientações básicas para assegurar o sucesso do esquadrão e de seus pilotos. Richthofen não era um piloto espetacular ou acrobata, como seu irmão. Por outro lado, ele era um estrategista notável, um excelente líder de esquadrão e um ótimo atirador. Geralmente ele atacava de cima para ter a vantagem do sol atrás dele, com outros pilotos cobrindo sua retaguarda e flancos.
Em 23 de novembro de 1916, Richthofen abateu seu oponente mais famoso, o ás britânico Major Lanoe Hawker. Essa vitória ocorreu enquanto o piloto alemão voava um Albatros D.II e Hawker um Airco DH.2. Depois de um longo combate aéreo, Hawker foi morto com uma bala na cabeça quando tentava escapar de volta para suas próprias linhas.
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O Airco DH.2, usado pela Inglaterra, foi uma das principais vítimas do Barão Vermelho (Domínio Público)
Depois de sua 18ª vitória (em 24 de janeiro de 1917), von Richthofen recebeu o ‘Pour le Mérite‘, a honraria militar mais elevada da Alemanha na época. Ao mesmo tempo ganhou o apelido ‘Barão Vermelho’ em seu esquadrão, nome que também ficaria conhecido do outro lado das linhas inimigas, que sempre o reconheciam de longe devido as cores vistosas em seu avião.
Ainda em 1917, o Barão Vermelho seria abatido novamente, pelo piloto inglês Donald Cunnell. Dessa vez, porém, Richthofen ficou gravemente ferido e voltaria a voar somente cinco meses depois. E seu retorno foi em grande estilo.
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O Fokker DR1 foi o avião mais apreciado pelo Barão Vermelho devido a sua agilidade (Domínio Público)
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Existe uma grande discussão quanto à morte do Barão Vermelho e a questão até hoje não está totalmente clara. Em 21 de abril de 1918, Richthofen envolveu-se num combate aéreo sobre o rio Somme, no norte da França, com alguns biplanos Sopwith Camel ingleses. Enquanto perseguia um piloto novato, Richthofen também era perseguido por um piloto canadense, o capitão Roy Brown, ao qual foi atribuido o abate do temível piloto alemão.
Porém, muitos artilheiros australianos, que também combatiam na mesma região, garantem ter disparado contra o triplano vermelho de von Richthofen quando este perseguia de perto sua frágil vítima a bordo de um biplano com insignias da RAF (Força Aérea da Inglaterra), em voo rasante sobre a copa das árvores.
Segundo documentos históricos, o combate de fato acorreu sobre a 53º Bateria de Artilharia Australiana e parece mais digno de crédito que quem abateu o Barão Vermelho foi o sargento Cedric Popkin, com uma metralhadora Vikers de 7,7 mm.
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O funeral do Barão Vermelho foi realizado por soldados e oficiais britânicos (Domínio Publico)
FONTE;http://airway.uol.com.br/o-temivel-barao-vermelho/
Veja mais: A cobra de Pugachev
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