Testamos o repetidor da D-Link que usa a rede elétrica para espalhar Wi-Fi
Deixe-me contar uma história. Minha mãe trabalha em home-office há muito tempo, então, quando nos mudamos para a nossa residência atual, foi natural que instalássemos o modem perto do seu computador. Eu ainda não trabalhava e não tinha meu próprio computador; foi só quando consegui meus primeiros estágios que juntei dinheiro para comprar meu laptop e colocá-lo no meu quarto.
E aí, por muitos anos, tínhamos um problema. Não existe roteador no
mercado potente o suficiente para levar um bom sinal do escritório para o
meu quarto (pelo menos não a um preço minimamente acessível), porque
entre os dois pontos há várias paredes, encanamento, armários e outro
cômodo inteiro. Depois de pensar em muitas soluções, a conclusão era de
que um repetidor neste cômodo intermediário seria a melhor alternativa, e
assim tem sido há algum tempo. A situação melhorou, mas ainda estava
longe do ideal.
Recentemente, estive presente em um evento da D-Link, no qual anunciaram repetidores que usam a rede elétrica para espalhar sinal de internet e imaginei que poderia ser a solução ideal para minha conectividade instável.
O modelo que recebemos foi o Powerline AV500 DHP-W311AV, composto de duas partes: uma que capta o sinal de internet e o distribui pela rede elétrica (DHP-308AV) e outra que capta o sinal da rede elétrica e o redistribui via Wi-Fi ou Ethernet para seus dispositivos (DHP-W310AV). Fiquei empolgado em testá-los, mas logo descobri que a proposta tinha alguns problemas.
Instalação
Foi o que me deixou mais decepcionado. A começar pelo fato de que você precisa conectar o DHP-308AV ao seu roteador por meio de um cabo Ethernet. Isso não seria tanto um problema, não fosse o fato de que os cabos fornecidos na embalagem serem minúsculos, com pouco mais de 50 centímetros. O plug deve ser conectado ao roteador e a uma tomada. QUEM TEM UMA TOMADA LIVRE A 50 CENTÍMETROS DO ROTEADOR? Ninguém. Você vai precisar de um cabo de rede próprio.
Depois que você já driblou a limitação do cabo de rede (felizmente eu tinha um de 30 metros sobrando em casa, não me pergunte o motivo), você pode prosseguir. Bastou colocar o DHP-W310AV no quarto, e a rede começou a funcionar. Só que uma nova rede, completamente diferente, foi criada, em vez de apenas repetir o sinal do meu roteador, o que, claro, tem a ver com o fato de que a primeira peça não captar o Wi-Fi, mas se basear na conexão via cabo Ethernet. E assim eu concluí que o aparelho é mais um roteador em duas partes por conta própria do que um repetidor.
O processo foi um pouco moroso pelo tamanho do cabo, o que exigiu um pouco de raciocínio e causou algum stress, mas depois foi bastante simples, bastando seguir as instruções no manual, que é bem detalhado. O fato de que os aparelhos podem ser utilizados com benjamins, extensões e filtros de linha ajuda bastante àqueles que não têm tomadas planejadas (como eu). No entanto, o kit seria muito melhor se pudesse captar o sinal do roteador sem fios, sem depender de cabos.
E o uso?
Depois da instalação, as coisas se tornaram mais simples. Depois de ajustadas as configurações, bastou conectar os dispositivos e, meu deus como é bom ter um sinal Wi-Fi decente no meu quarto.
Assim que instalei, comecei a testar algumas coisas com as quais normalmente eu teria dificuldades, graças ao sinal falho da minha rede antiga. Começando pelo meu Xbox One. O console é meu centro principal de mídia, que eu controlo pelo aplicativo SmartGlass. Só que nem sempre eu conseguia conectar o app ao console por causa da rede falha. Com o repetidor, isso não foi mais um problema: a conexão era rápida e os comandos se tornaram mais precisos.
Então eu decidi testar a rede mais a fundo. Comecei um download de quase 1 gigabyte e coloquei um vídeo do YouTube no Xbox One, o que já levaria minha conexão ao limite. Só que o conjunto foi inteligente o bastante para usar recursos de QoS (qualidade de serviço na sigla em inglês) para privilegiar o conteúdo mais importante, que é o vídeo. O vídeo pode ser reproduzido em HD, mas o download estacionou em 20 ou 30 kbps. Assim que fechei o app do YouTube, a velocidade disparou para 1 Mbps, que é o padrão da minha conexão.
Estava impressionado com o feito até então. Tentei, portanto, algo que nunca havia nem chegado perto de conseguir com minha configuração antiga de rede: streaming de jogos do console para o PC com Windows 10 por meio do Wi-Fi. Aí fui deixado na mão. O repetidor não foi capaz de aguentar o fluxo constante e pesado de informações necessárias para uma experiência fluida de jogo via streaming.
Também pudera. O conjunto é bem pouco potente quando o assunto é velocidade de rede, alcançando velocidades de 300 Mbps, e compatível apenas com o padrão N de Wi-Fi, que já está um pouco ultrapassado. A Microsoft recomenda que os jogadores utilizem roteadores com o padrão AC, e que tanto o console quanto o PC estejam ligados no Wi-Fi de 5 GHz, enquanto o kit da D-Link permite apenas conexão pela banda de 2,4 GHz.
Foi possível também perceber uma pequena instabilidade na qualidade da conexão em alguns casos, principalmente quando eletrodomésticos mais exigentes, como um secador de cabelo, estão em funcionamento, especialmente perto do repetidor.
É uma pena, no entanto, porque o kit não é barato. O valor sugerido pela D-Link é de R$ 400, sendo que cada extensor avulso pode ser comprado por R$ 300. Por preços assim o desempenho poderia ser um pouco melhor, embora nas tarefas mais simples ele tenha sido satisfatório.
Conclusão
Quem tem um ponto de difícil acesso em sua casa pode aproveitar bem o kit da D-Link, mas apenas se não depender de muito poder de rede. Ele tem alguns recursos bastante interessantes, como o QoS citado no texto, que privilegia o tráfego de dados mais importante (no meu caso, o vídeo do YouTube em vez de um download).
A instalação, no entanto, pode ser problemática, por dois motivos, sendo os dois girando em torno do cabo ethernet. Primeiro: o fato de você ter que ligar uma parte do kit ao seu roteador por um fio, e a segunda pelo fio em si que já vem na embalagem, com apenas 50 centímetros. Você vai precisar comprar um cabo a parte para conseguir usar o produto.
FONTE;http://olhardigital.uol.com.br/noticia/testamos-o-repetidor-da-d-link-que-usa-a-rede-eletrica-para-espalhar-wi-fi/5127 11/09/2015 às 15h50
Recentemente, estive presente em um evento da D-Link, no qual anunciaram repetidores que usam a rede elétrica para espalhar sinal de internet e imaginei que poderia ser a solução ideal para minha conectividade instável.
O modelo que recebemos foi o Powerline AV500 DHP-W311AV, composto de duas partes: uma que capta o sinal de internet e o distribui pela rede elétrica (DHP-308AV) e outra que capta o sinal da rede elétrica e o redistribui via Wi-Fi ou Ethernet para seus dispositivos (DHP-W310AV). Fiquei empolgado em testá-los, mas logo descobri que a proposta tinha alguns problemas.
Instalação
Foi o que me deixou mais decepcionado. A começar pelo fato de que você precisa conectar o DHP-308AV ao seu roteador por meio de um cabo Ethernet. Isso não seria tanto um problema, não fosse o fato de que os cabos fornecidos na embalagem serem minúsculos, com pouco mais de 50 centímetros. O plug deve ser conectado ao roteador e a uma tomada. QUEM TEM UMA TOMADA LIVRE A 50 CENTÍMETROS DO ROTEADOR? Ninguém. Você vai precisar de um cabo de rede próprio.
Depois que você já driblou a limitação do cabo de rede (felizmente eu tinha um de 30 metros sobrando em casa, não me pergunte o motivo), você pode prosseguir. Bastou colocar o DHP-W310AV no quarto, e a rede começou a funcionar. Só que uma nova rede, completamente diferente, foi criada, em vez de apenas repetir o sinal do meu roteador, o que, claro, tem a ver com o fato de que a primeira peça não captar o Wi-Fi, mas se basear na conexão via cabo Ethernet. E assim eu concluí que o aparelho é mais um roteador em duas partes por conta própria do que um repetidor.
O processo foi um pouco moroso pelo tamanho do cabo, o que exigiu um pouco de raciocínio e causou algum stress, mas depois foi bastante simples, bastando seguir as instruções no manual, que é bem detalhado. O fato de que os aparelhos podem ser utilizados com benjamins, extensões e filtros de linha ajuda bastante àqueles que não têm tomadas planejadas (como eu). No entanto, o kit seria muito melhor se pudesse captar o sinal do roteador sem fios, sem depender de cabos.
E o uso?
Depois da instalação, as coisas se tornaram mais simples. Depois de ajustadas as configurações, bastou conectar os dispositivos e, meu deus como é bom ter um sinal Wi-Fi decente no meu quarto.
Assim que instalei, comecei a testar algumas coisas com as quais normalmente eu teria dificuldades, graças ao sinal falho da minha rede antiga. Começando pelo meu Xbox One. O console é meu centro principal de mídia, que eu controlo pelo aplicativo SmartGlass. Só que nem sempre eu conseguia conectar o app ao console por causa da rede falha. Com o repetidor, isso não foi mais um problema: a conexão era rápida e os comandos se tornaram mais precisos.
Então eu decidi testar a rede mais a fundo. Comecei um download de quase 1 gigabyte e coloquei um vídeo do YouTube no Xbox One, o que já levaria minha conexão ao limite. Só que o conjunto foi inteligente o bastante para usar recursos de QoS (qualidade de serviço na sigla em inglês) para privilegiar o conteúdo mais importante, que é o vídeo. O vídeo pode ser reproduzido em HD, mas o download estacionou em 20 ou 30 kbps. Assim que fechei o app do YouTube, a velocidade disparou para 1 Mbps, que é o padrão da minha conexão.
Estava impressionado com o feito até então. Tentei, portanto, algo que nunca havia nem chegado perto de conseguir com minha configuração antiga de rede: streaming de jogos do console para o PC com Windows 10 por meio do Wi-Fi. Aí fui deixado na mão. O repetidor não foi capaz de aguentar o fluxo constante e pesado de informações necessárias para uma experiência fluida de jogo via streaming.
Também pudera. O conjunto é bem pouco potente quando o assunto é velocidade de rede, alcançando velocidades de 300 Mbps, e compatível apenas com o padrão N de Wi-Fi, que já está um pouco ultrapassado. A Microsoft recomenda que os jogadores utilizem roteadores com o padrão AC, e que tanto o console quanto o PC estejam ligados no Wi-Fi de 5 GHz, enquanto o kit da D-Link permite apenas conexão pela banda de 2,4 GHz.
Foi possível também perceber uma pequena instabilidade na qualidade da conexão em alguns casos, principalmente quando eletrodomésticos mais exigentes, como um secador de cabelo, estão em funcionamento, especialmente perto do repetidor.
É uma pena, no entanto, porque o kit não é barato. O valor sugerido pela D-Link é de R$ 400, sendo que cada extensor avulso pode ser comprado por R$ 300. Por preços assim o desempenho poderia ser um pouco melhor, embora nas tarefas mais simples ele tenha sido satisfatório.
Conclusão
Quem tem um ponto de difícil acesso em sua casa pode aproveitar bem o kit da D-Link, mas apenas se não depender de muito poder de rede. Ele tem alguns recursos bastante interessantes, como o QoS citado no texto, que privilegia o tráfego de dados mais importante (no meu caso, o vídeo do YouTube em vez de um download).
A instalação, no entanto, pode ser problemática, por dois motivos, sendo os dois girando em torno do cabo ethernet. Primeiro: o fato de você ter que ligar uma parte do kit ao seu roteador por um fio, e a segunda pelo fio em si que já vem na embalagem, com apenas 50 centímetros. Você vai precisar comprar um cabo a parte para conseguir usar o produto.
FONTE;http://olhardigital.uol.com.br/noticia/testamos-o-repetidor-da-d-link-que-usa-a-rede-eletrica-para-espalhar-wi-fi/5127 11/09/2015 às 15h50
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