Coordenador das agências de espionagem dos EUA, James R. Clapper Jr. confirmou a veracidade dos documentos vazados por Snowden EM 2015.
Os EUA mantém um orçamento ultra-secreto, da ordem de US$ 52.6 bilhões (R$ 125 bilhões) anuais, não declarado ao Congresso ou aos cidadãos daquele país, usado para manter as atividades das agências norte-americanas de espionagem. Documentos publicados na edição desta sexta-feira do diário norte-americano The Washington Post, a partir de um vazamento de informações de Edward Snowden, um ex-espião da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) .
Atualmente refugiado na Rússia, revelam que o “black budget” (‘orçamento negro’) financia a ofensiva de ciberespionagem e as pesquisas para a decodificação de mensagens encriptadas ao redor do mundo, entre outras atividades ilegais.
11/04/2015
O “orçamento negro” de U$S 52,6 bilhões, como foi chamado pelo WP, nunca foi submetido detalhado ao público, embora o governo divulgue anualmente seus gastos com espionagem desde 2007. Esta é primeira vez que se conhece o destino dos fundos utilizados e o modus operandi dos EUA na área de espionagem, da qual apenas o presidente Barack Obama e setores determinados do Pentágono têm acesso. O orçamento, que contém 178 páginas e está resumido em infográficos no site do Washington Post, detalha os sucessos e os fracassos das 16 agências de espionagem que compõem a comunidade de inteligência norte-americana, a qual conta com 107.035 funcionários no total.
O resumo do documento descreve tecnologias de ponta, recrutamento de agentes e operações em curso. O jornal afirma que optou por não publicar todo o conteúdo a que teve acesso depois de conversar com autoridades, que expressaram preocupação quanto ao risco para as fontes e os métodos de inteligência.
– Os Estados Unidos têm feito um investimento considerável na comunidade de inteligência desde o ataque terrorista de 11/09, um período que inclui as guerras no Iraque e no Afeganistão, a Primavera Árabe, a proliferação de armas de destruição em massa e ameaças assimétricas em áreas como guerra online.
11/04/2015
O “orçamento negro” de U$S 52,6 bilhões, como foi chamado pelo WP, nunca foi submetido detalhado ao público, embora o governo divulgue anualmente seus gastos com espionagem desde 2007. Esta é primeira vez que se conhece o destino dos fundos utilizados e o modus operandi dos EUA na área de espionagem, da qual apenas o presidente Barack Obama e setores determinados do Pentágono têm acesso. O orçamento, que contém 178 páginas e está resumido em infográficos no site do Washington Post, detalha os sucessos e os fracassos das 16 agências de espionagem que compõem a comunidade de inteligência norte-americana, a qual conta com 107.035 funcionários no total.
O resumo do documento descreve tecnologias de ponta, recrutamento de agentes e operações em curso. O jornal afirma que optou por não publicar todo o conteúdo a que teve acesso depois de conversar com autoridades, que expressaram preocupação quanto ao risco para as fontes e os métodos de inteligência.
– Os Estados Unidos têm feito um investimento considerável na comunidade de inteligência desde o ataque terrorista de 11/09, um período que inclui as guerras no Iraque e no Afeganistão, a Primavera Árabe, a proliferação de armas de destruição em massa e ameaças assimétricas em áreas como guerra online.
Nossos orçamentos são sigilosos, uma vez que podem fornecer informações a serviços de inteligência estrangeiros sobre quais são nossas prioridades nacionais, capacidades, fontes e métodos que nos permitem coletar dados para combater ameaças externas – disse o diretor de Inteligência Nacional, James R. Clapper Jr., ao diário norte-americano.
Agência privilegiada
O documento, revelado por Snowden, mostra que a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) tem sido a agência privilegiada por Obama, com um repasse total de U$S 14,7 bilhões para o ano fiscal de 2013.
Agência privilegiada
O documento, revelado por Snowden, mostra que a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) tem sido a agência privilegiada por Obama, com um repasse total de U$S 14,7 bilhões para o ano fiscal de 2013.
O valor é consideravelmente maior do que as estimativas e está cerca de 50% acima do orçamento destinado à NSA, que realiza operações de espionagem e tem sido considerada a “gigante” do grupo. Essas duas agências, conjuntamente, lançaram novos esforços agressivos para invadir redes de computadores estrangeiras para roubar informação ou sabotar sistemas inimigos, abraçando aquilo a que o orçamento se refere como “operações cibernéticas ofensivas”.
A NSA planejava investigar ao menos 4 mil possíveis “ameaças internas” em 2013, casos em que a agência suspeitava que informação sensível poderia ser comprometida por um de seus próprios funcionários. O documento mostra ainda que os EUA se preocupavam com “comportamento anômalo” de pessoas com acesso a dados secretos bem antes das revelações de Snowden.
De acordo com os documentos vazados, as quatro categorias da inteligência que mais demandam recursos são: coleta de dados; análise; gerenciamento, instalações e apoio e processamento e exploração de informações.
A NSA planejava investigar ao menos 4 mil possíveis “ameaças internas” em 2013, casos em que a agência suspeitava que informação sensível poderia ser comprometida por um de seus próprios funcionários. O documento mostra ainda que os EUA se preocupavam com “comportamento anômalo” de pessoas com acesso a dados secretos bem antes das revelações de Snowden.
De acordo com os documentos vazados, as quatro categorias da inteligência que mais demandam recursos são: coleta de dados; análise; gerenciamento, instalações e apoio e processamento e exploração de informações.
A “constelação” de agências de espionagem se concentra, basicamente, em cinco tópicos: combater o terrorismo, impedir a disseminação de armas nucleares ou não convencionais, alertar os líderes dos EUA sobre eventos críticos no exterior, defesa contra espionagem estrangeira e condução de operações cibernéticas.
O atual orçamento foi 2,4% menor do que o requisitado no ano passado, mas cerca de duas vezes maior do que o de 2001 e 25% acima do de 2006, período conhecido como “guerra global ao terror”.
O atual orçamento foi 2,4% menor do que o requisitado no ano passado, mas cerca de duas vezes maior do que o de 2001 e 25% acima do de 2006, período conhecido como “guerra global ao terror”.
Durante o final da década de 1980, coincidente com o final da Guerra Fria, os gastos dos EUA com espionagem provavelmente chegaram ao que hoje equivaleria a U$S 71 bilhões.
FONTE;http://correiodobrasil.com.br/destaque-do-dia/orcamento-ultra-secreto-dos-eua-privilegia-espionagem-cibernetica-revela-o-wp/640459
Os comentários às matérias e artigos aqui publicados não são de responsabilidade do Correio do Brasil nem refletem a opinião do jornal.
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