Além disso, os cientistas por trás da teoria dizem que os outros universos exercem uma ligeira força repulsiva sobre o nosso universo – e essa força é o que torna o reino quântico tão bizarro.
“Qualquer explicação de fenômenos quânticos vai ser esquisita, e a mecânica quântica padrão não oferece nenhum tipo de explicação – ela só faz previsões para experimentos de laboratório”, disse por email ao Huffington Post Howard Wiseman, físico da Universidade Griffith, de Brisbane, na Austrália, e um dos criadores da nova “teoria de muitos mundos interativos”. “Nossa nova explicação ... é que existem mundos paralelos comuns que interagem de forma particular e sutil.”
A teoria é uma nova guinada na chamada “interpretação de muitos mundos” da mecânica quântica, que tem origem nos anos 1950. Como explicou Wiseman em um comunicado por escrito:
“Na conhecida ‘interpretação de muitos mundos’, cada universo se ramifica em vários novos universos cada vez que é feita uma medição quântica. Todas as possibilidades se realizam, portanto – em alguns universos, o asteroide que matou os dinossauros não atinge a Terra. Em outros, a Austrália foi colonizada pelos portugueses. Mas os críticos questionam a realidade desses outros universos, pois eles não influenciam em nada o nosso universo. Desse ponto de vista, nossa abordagem dos ‘muitos mundos interativos’ é completamente diferente, como indica o nome.”Wiseman e seus colaboradores – Michael Hall, também da Universidade Griffith, e Dirk-Andre Deckert, da Universidade da Califórnia em Davis, dizem que sua teoria pode ter implicações importantes no campo da dinâmica molecular, que é crítica para o entendimento das reações químicas.
Será que ela também sugere que os humanos possam um dia interagir com outros universos?
“Não é parte de nossa teoria...”, disse Wiseman à Motherboard. “Mas a ideia de interações com outros universos não é mais pura fantasia.”
O que os outros especialistas acham da nova teoria?
Lawrence Krauss, físico teórico da Universidade do Arizona em Tempe, disse ao Huffington Post ser “cético”. E um físico popular da República Tcheca escreveu em seu blog que, apesar de Wiseman e seus colaboradores terem “conseguido apresentar algumas ideias que são ao menos ligeiramente originais”, o paper é “outro exemplo do fato de que tais esforços são uma empreitada sem esperanças e um enorme desperdício de tempo”.
Mas Charles Sebens, filósofo da física na Universidade de Michigan em Ann Arbor disse à Nature que estava empolgado com a abordagem de Wiseman e seus colaboradores.
“Eles fazem análises interessantes de fenômenos particulares como energia de ponto zero e tunelamento quântico”, disse ele à revista. “Acho que, juntos, eles fizeram uma boa apresentação de uma ideia nova e empolgante.”
Claramente não há consenso. Mas, se Wiseman está chateado com as respostas variadas à teoria, ele não dá sinais disso.
“Alguns estão completamente felizes com suas próprias interpretações da mecânica quântica, e é pouco provável que os façamos mudar de ideia”, disse ele por email. “Mas acredito que há muitos que não estão felizes com as interpretações atuais, e são esses que vão se interessar pela nossa. Espero que o interesse seja suficiente para que haja novos trabalhos, pois ainda há muitas perguntas sem resposta.”
Enquanto isso, a última palavra deveria ficar provavelmente com o físico teórico e ganhador do Nobel Richard Feynman (1918-1988), que disse certa vez: “Acho que posso afirmar com segurança que ninguém entende mecânica quântica”.
fonte; http://www.brasilpost.com.br/2014/12/25/teoria-quantica-universo-_n_6290104.html
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