30% do efetivo deve atender prisões em flagrante e crimes contra à vida.
Categoria reivindica novo modelo de gestão da polícia e reajuste salarial.
30% do efetivo deve atuar durante mobilização
(Foto: Reprodução /TV Bahia)
Policiais civis na Bahia vão cumprir a decisão estabelecida na assembleia do dia 6 de maio e paralisam as atividades na quarta-feira (21). A mobilização dura 24 horas.
A categoria reivindica a elaboração de um novo modelo de gestão da corporação, como promoções de capacitação e reajuste salarial.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (Sindpoc), Marcos de Oliveira, 30% do efetivo vai atender situações de prisões em flagrante, levantamentos cadavéricos, crimes contra a criança e atentados à vida.
20/05/2014
"Reivindicamos mudança no método de gerir a polícia, na estrutura funcional. O atual modelo não desenvolve a investigação cirminal como deveria desenvolver, até mesmo no que se refere à remoção dos corpos. Não há organização para investigação", afirmou Marcos de Oliveira.
Ciente da paralisação, a Polícia Civil da Bahia informa que, tendo em vista a permanência de 30% do efetivo, o cidadão deve procurar os delegados das unidades territoriais e delegacias especializadas.
Caso encontrem dificuldade, a polícia orienta que a população, em Salvador, procure a Central de Flagrantes, na Avenida Antônio Carlos Magalhães, ou registre queixas na Delegacia Digital por meio do site www.delegaciadigital.ssp.ba.gov.br.
No caso de prisões em flagrante, os suspeitos presos pela Polícia Militar devem ser levados para a Central de Flagrantes ou para a 5ª Delegacia Territorial (DT/Periperi).
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Categoria fechou trânsito e queimou caixões
Uma grande paralisação das polícias Federal, Rodoviária Federal e Civil está prevista para a próxima quarta-feira (21) em todo o país. Entretanto, em Minas apenas a Polícia Civil confirmou a participação no protesto. "Não só vamos participar, como estamos organizando", afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG), Denílson Martins. Mas ele não informou mais detalhes do evento.
A Polícia Civil já vem realizando algumas paralisações pontuais em todo o Estado ao longo deste mês, mas não houve nenhum protesto ou manifestação. Na próxima quarta, os servidores devem se reunir na sede do Sindicato, no bairro Lagoinha, região Noroeste de Belo Horizonte.
Segundo informações divulgadas pelo Sindpol, o objetivo da manifestação unificada seria cobrar do Executivo Federal uma política nacional de segurança pública voltada para defender os cidadãos e também melhorar as condições de trabalho dos policiais brasileiros.
PF mineira não sabe se participa
Em todo o país, a manifestação contará com a participação dos agentes federais, mas o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais, Rodrigo Porto, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu a realização de greves da categoria. "Ainda vamos consultar o jurídico em função desta decisão. Por isso, ainda não sabemos se vamos ou não participar".
Ele completou ainda que esta é a primeira vez que vê a Justiça proibir a realização de greve por parte de uma classe de trabalhadores. "Já vimos algumas tentativas de limitação das greves com determinação de manutenção de 80% do efetivo trabalhando, mas a proibição de greve nós nunca vimos. Seria inconstitucional", afirma.
A reportagem do Hoje em Dia tentou contato ainda com representantes do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado de Minas Gerais (Sinprf-MG), mas ninguém foi encontrado na noite desta segunda-feira (19) para informar se a categoria participará ou não da paralisação.
Polícia Militar
Em Minas Gerais, a Polícia Militar (PM) não participará do ato unificado mas, segundo o deputado federal e coordenador da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Associação dos Praças, Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro (PDT), uma nova manifestação da PM está prevista para a próxima sexta-feira (23) em Belo Horizonte.
O ato está previsto para as 14 horas na praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de BH. "Em uma pauta sintetizada nós buscamos o resgate da autoridade policial porque na nossa visão, a Polícia Militar está extremamente desautorizada pelo Estado", afirmou o deputado.
Ainda segundo ele, a PM efetua milhares de prisões todos os dias, mas o poder Judiciário, a Polícia Civil e o Ministério Público não respondem à altura. "Estamos carregando nas costas a responsabilidade pelo aumento da violência quando, na verdade, do ponto de vista da Polícia Militar o trabalho está sendo feito. Entretanto, só em Minas Gerais, nós temos pelo menos 10 mil pessoas que já foram presas por mais de uma vez e nunca foram levadas a julgamento", completou.
No último domingo (18), centenas de militares realizaram um grande protesto após o enterro de um policial que foi morto quando tentava impedir um assalto, na noite da última sexta-feira (16), no bairro Ouro Preto, região da Pampulha. A manifestação, além de homenagear o agente morto, pedia mais segurança para os policiais e alterações na lei penal.
Atualizada às 20h42
Centenas de policiais militares fazem protesto em Belo Horizonte
Em frente ao Palácio da Liberdade, policiais protestam contra a morte de André Luiz Lucas Neves
A manifestação, além de homenagear o agente morto, pedia mais segurança para os policiais e alterações na lei. “Os policiais estão cansados de tanto prender a mesma pessoa várias vezes. Na verdade, o que nós queremos é uma lei melhor para trabalhar e isso não depende de nós, depende de parlamentares que atuam no Congresso Nacional. Nós queremos é uma lei que funcione, que a gente não tenha que prender bandido mais de uma vez. Prendeu tá preso, responde preso pelo seu ato”, disse a Coronel Cláudia Romualdo, chefe do comando de policiamento da capital, que acompanhou o movimento.
O suspeito de ter atirado no policial Neves, Wilson Guimarães Filho, que ainda está foragido, tem um extenso currículo de criminalidade e inúmeras passagens pela polícia. Segundo o policial Rodrigo Dias Magalhães, que está há 15 anos na PM e participou da manifestação, a justiça é omissa nestes casos. “Fica uma indignação no meio da tropa, porque nós já estamos enxugando gelo há um bom tempo. A gente fica com este sentimento de derrota, porque infelizmente a gente prende e o poder judiciário solta. O rapaz que matou esse militar tem 16 passagens. E por que ele não está preso? Temos um poder judiciário muito fraco, muito omisso, não só contra a sociedade, mas contra os próprios militares”, disse.
A indignação era compartilhada pelo colega Luiz Castro. “O cara já era bandido há muito tempo e estava solto. A justiça é frouxa. A gente tá fazendo essa manifestação pra mostrar pra sociedade que a violência está grande e tem que acabar. A justiça tem que ser feita, o vagabundo tem que ficar preso e a polícia tem que trabalhar”, comentou.
Propostas
Durante a manifestação, foi defendida a criação de uma Rede de Policiais Protegidos, a exemplo da Rede de Vizinhos Protegidos, sistema que possibilita a conexão direta entre a Polícia Militar e a comunidade, na tentativa de coibir ações de criminosos. A nova rede teria o objetivo de integrar os policiais militares, transmitir alestas de perigo e assim aumentar a segurança dos agentes e seus familiares.
Na próxima sexta-feira, os policiais farão uma nova manifestação, com uma reunião para discutir medidas que possam melhorar a qualidade de vida dos PMs. O encontro será às 14 horas, na Praça da Assembleia, em Belo Horizonte. A data foi escolhida coletivamente durante a manifestação e coincide com o dia da missa de sétimo dia do policial André Luiz Lucas Neves.
Entenda o caso
Na noite de sexta-feira, o policial André Luiz Lucas Neves, que não estava em serviço, tentou impedir que um casal fosse assaltado por três criminosos, na avenida Fleming, esquina com rua Jordânia, no bairro Outro Preto, região da Pampulha. Segundo informações enviadas por PM's ao Whats App do Hoje em Dia, André trocou tiros com os assaltantes e acabou sendo baleado. Ele foi socorrido no Hospital Odilon Behrens, mas não resistiu e morreu. Segundo moradores, dezenas de viaturas e motos foram usadas no atendimento à ocorrência.
Além de matarem o policial, os bandidos roubaram sua arma e fugiram em um veículo Peugeot preto, em direção a orla da Lagoa da Pampulha. Pouco tempo depois, militares se depararam com José Henrique da Silva Bento, que fugia a pé. Com diversas escoriações pelo corpo, ele tentou correr ao perceber que seria abordado pelos policiais, sem sucesso. Ao ser detido, tentou sacar uma arma calibre 32, que foi apreendida. Ele foi encaminhado ao mesmo hospital, e ficou sob escolta policial até a chegada de agentes da Suapi.
Enquanto isso, o carro usado na fuga foi localizado apenas três ruas acima do incidente, na rua Belterra. Dentro dele havia um homem morto, identificado como Ítalo, de 23 anos, com um ferimento na nuca que, segundo a perícia, teria sido de um disparo efetuado dentro do carro. Além disso, ele possuía outras marcas de disparos no abdômen e uma pistola.
O terceiro suspeito seria Wilson Guimarães Filho, apontado como autor do disparo que matou o policial. Ele ainda está foragido. André era do 49º Batalhão, que atende à região de Venda Nova.
FONTE; G1 ,HOJE EM DIA
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