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Ucrânia denuncia "declaração de guerra" da Rússia e convoca reservistas


O presidente interino da Ucrânia, Olexandre Turchinov, colocou em alerta as forças armadas ucranianas, tidas por muitos como mal equipadas e sucateadas.

0303/2014

A Ucrânia anunciou, neste domingo, a mobilização de seus reservistas após a "declaração de guerra" da Rússia, no momento em que as potências ocidentais buscam uma saída para o conflito com Moscou.

Se o presidente russo quer ser o presidente que iniciou uma guerra entre dois países vizinhos e amigos, entre a Ucrânia e a Rússia, ele está perto de alcançar este objetivo. Estamos à beira do desastre", disse o primeiro-ministro Arseni Iatseniuk. "É o alerta vermelho. Não é uma ameaça, é, na verdade, uma declaração de guerra ao meu país", disse. "Nós pedimos para que o presidente Putin retire suas forças armadas e cumpra suas obrigações internacionais, assim como os acordos bilaterais e multilaterais entre a Rússia e a Ucrânia", acrescentou.

EUA: Rússia pode perder lugar no G8 se continuar com 'invasão da Crimeia' França nega possível resposta militar ao governo russo Papa pede que países superem incompreensão sobre Ucrânia Para civis de Simferopol, a Crimeia é da Rússia "Estamos à beira de um desastre", diz premiê ucraniano Maior banco da Ucrânia impõe limite para saques Comandante da Marinha ucraniana adere às tropas pró-Rússia da CrimeEm Kiev, cerca de 50.000 pessoas foram à Praça da Independência protestar contra a situação. "Não vamos nos render", gritavam, dirigido-se para a Rússia.




O diretor do Conselho, Andreii Parubii, afirmou que o ministério da Defesa deve "chamar todos aqueles necessários pelas Forças Armadas neste momento".

O objetivo desta medida é, segundo informou, "garantir a segurança e a integridade territorial da Ucrânia", após "a violação dos acordos bilaterais por parte da Rússia, em especial sobre a frota do Mar Negro"

O parlamento ucraniano se reuniu neste domingo para uma sessão extraordinária a portas fechadas, a fim de abordar quais medidas serão tomadas face ao anúncio, neste sábado, de que o presidente russo pediu ao Senado a autorização para usar as forças armadas em território ucraniano.


O presidente interino da Ucrânia, Olexandre Turchinov, colocou em alerta as forças armadas ucranianas, tidas por muitos como mal equipadas e sucateadas.

Durante coletiva de imprensa no parlamento, Iatseniuk também pediu ajuda aos "parceiros ocidentais" e à "comunidade internacional" para que apoiem a "manutenção da integralidade do território ucraniano" e façam "o possível para deter um conflito militar provocado pela Rússia".

Resposta ocidental

O anúncio russo provocou uma avalanche de reações dos países ocidentais.

Pouco antes de uma reunião dos embaixadores dos 28 países membros da OTAN, o secretário-geral da aliança atlântica, Anders Fogh Rasmussen, convidou a Rússia a "cessar suas atividades militares e suas ameaças" à Ucrânia e considerou que Moscou "ameaça a paz e a segurança da Europa".

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, alertou de disse de maneira clara que a Rússia arriscar perder seu lugar no G8. Kerry disse a Putin que "não haverá um G8 em Sochi e provavelmente [a Rússia] não continuará no grupo caso o conflito persista".

Os Estados Unidos exigiram, no sábado, que a Rússia recolhesse suas tropas da Crimeia caso não quisesse se expor a um "asilamento político e econômico ainda maior" no âmbito internacional e a um "profundo" impacto nas relações com Washington.


A Alemanha também pediu para que a Rússia evite qualquer intervenção militar na Ucrânia, avaliando que "ainda é possível evitar uma nova guerra na Europa". Grã-Bretanha e França anunciaram a suspensão de sua participação nas reuniões que antecedem a cúpula do G8, previsa para junho, em Sochi.




Os chefes da diplomacia europeia farão uma reunião de emergência nesta segunda-feira, em Bruxelas, para falar sobre a crise.




O ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, encurtou uma visita de quatro dias ao Irã para poder participar do encontro.




O papa Francisco também pediu para que as partes envolvidas nos conflitos na Ucrânia superem sua "incompreensão" mútua e pediu para que a comunidade internacional faça o possível para promover o diálogo.

Veículos militares aparentemente pertencentes à Rússia foram vistos em área próxima de uma unidade militar ucraniana



Situação volátil na Crimeia

A situação continuava sendo instável na Crimeia e em outras regiões de língua russa da Ucrânia.

Cerca de mil homens armados bloqueavam, neste domingo, a entrada do quartel de uma unidade de seguranças ucranianos na Crimeia, com o objetivo de lhes entregarem suas armas - informou o ministério ucraniano da Defesa.

O ministro interino do Interior, Arsen Avakov, afirmou que 15 "emissários russos" tentaram entrar na Crimeia para propor aos oficiais ucranianos um passaporte russo e unirem-se a suas tropas.

O governo central deve anunciar a nomeação de dois influentes oligarcas aos postos de governador das regiões de Donetsk e Dniepropetrovsk, segundo a imprensa ucraniana.

Em Simferopol, capital da Crimeia, a bandeira russa continuava hasteada na sede do governo local. Os homens não identificados que tomaram a sede do Parlamento na quinta-feira, contudo, já não estavam mais lá.

fonte;uai
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2014/03/02/interna_internacional,503839/ucrania-denuncia-declaracao-de-guerra-da-russia-e-convoca-reservistas.shtml

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