Espanha e Portugal fizeram paralisação coordenada contra cortes.
Houve confrontos entre polícia e manifestantes nestes países e na Itália.
Centenas de voos foram cancelados, fábricas e portos foram fechados, e o movimento de trens quase parou na Espanha e em Portugal, onde sindicatos fizeram sua primeira greve geral coordenada, de 24 horas, para protestar contra cortes nos gastos públicos.
Milhões de pessoas aderiram às greves nos dois países.
Na espanha, pelo menos 60 pessoas foram detidas e 34 ficaram feridas em confrontos, segundo o Ministério do Interior.
Sindicatos de Grécia, Itália, França e Bélgica também planejaram paralisações ou manifestações como parte do "Dia Europeu de Ação e Solidariedade".
Na Itália, policiais ficaram feridos em protestos em Milão, em Torino e na capital, Roma.
Os transportes estavam paralisados ou com serviços reduzidos na capital, Lisboa. Os trens estavam praticamente sem funcionar e o metrô ficou fechado. Funcionários do setor de saúde também aderiram à greve.
Cerca de 5 milhões de pessoas, ou 22% da força de trabalho, são sindicalizadas na Espanha. Em Portugal, cerca de um quarto da força de trabalho de 5,5 milhões é sindicalizada.
Os sindicatos planejam comícios e passeatas em várias cidades de ambos os países, com uma grande manifestação em Madri marcada para começar às 18h30 (15h30 do horário de Brasília).
Credores internacionais e alguns economistas dizem que os programas de aumento de impostos e cortes de gastos são necessários para colocar as finanças públicas de volta num caminho saudável após anos de gastos excessivos.
quarta-feira (14) (Foto: AFP)
A Espanha, onde a crise elevou o desemprego a 25%, tem visto alguns dos maiores protestos e o primeiro-ministro Mariano Rajoy está tentando evitar ter que pedir um ajuda europeia, que poderia exigir cortes orçamentários ainda maiores.
Os espanhóis estão furiosos que os bancos tenham sido resgatados com dinheiro público, enquanto as pessoas comuns sofrem. Uma mutuária espanhola cometeu suicídio na semana passada enquanto oficiais de justiça tentavam despejá-la de sua casa por falta de pagamento da hipoteca.
Em Portugal, que aceitou uma ajuda da UE no ano passado, as ruas têm ficado mais calmas, mas a oposição pública e política à austeridade é clara, ameaçando arruinar novas medidas pretendidas pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
Seu governo de centro-direita foi forçado a abandonar um aumento planejado de encargos trabalhistas diante de enormes protestos populares, mas o substituiu por mais impostos.
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