Seja bem-vindo. Hoje é

Mídia brasileira tem transformado bandidos em 'pseudocelebridades', diz leitor EM 2012


A forma hollywoodiana com que a mídia, principalmente a televisão, destaca o cenário do cotidiano da criminalidade, desde os furtos mais simples aos crimes hediondos e, notadamente, a ampla violência do narcotráfico, têm transformado bandidos em "pseudocelebridade" televisivas.

26/11/2012


Esta predileção pelo noticiário policial, conciliada à violência dos jogos infantis e aos filmes da programação das telinhas e dos telões, vêm contribuído assustadoramente com a agressividade infanto-juvenil.

Isso ocorre, especialmente, com os jovens menos favorecidos --cultural e intelectualmente-- e, mais severamente, com os jovens iniciados na bandidagem, cujos treinamentos passam pelo cumprimento de missões delituosas, que envolvem assaltos, ataques a postos policiais e assassinatos --não raros, também de policiais, como está ocorrendo diariamente na cidade de São Paulo.

Isto tudo, gradua o deliquente iniciante, sobretudo, no narcotráfico. Não é de hoje que a sociedade vem reivindicando melhoria da educação, da distribuição de renda e de maior responsabilidade dos veículos de comunicação.

O que recebemos é uma degradação moral das nossas instituições, ou seja, há menosprezo e descaso com os professores e disseminação de escolas fajutas. Há uma mobilidade social vista apenas pela elevação da capacidade de consumo, protagonizada por indivíduos sem acesso à educação, viciados no sistema do ter sem ser, a que se soma a banalização de valores, o mau exemplo da classe política e a corrupção das autoridades de diversos e nos diversos níveis do poder.





Ônibus biarticulado fica destruído após incêndio criminoso na zona sul de São Paulo

Com tudo isto, nasce um perverso sistema que despersonaliza a responsabilidade, imputando-se a culpa de forma genérica, impessoal. A culpa é dos políticos, é do mercado, da polícia, do governo, do sistema, é da violência!

Prescinde nosso país de uma consciência coletiva, solidária, que nos imunize do sentimento da vantagem pessoal a qualquer preço e da impunidade alimentada mais pela misericórdia com agressor do que com a vítima ou sua família.

Enquanto isto não ocorre, ouviremos um pobre coitado, arrebatado pela miséria e pelo vício, filho da exclusão social, gritar num canteiro qualquer da cidade, como se referisse a heróis: Eu sou o Macarrão, eu sou o Bola, o Bruno! Sendo estes recentes protagonistas de um crime hediondo que chocou todo o Bra;fsil.


*fonte;folha

Geen opmerkings nie :

Plaas 'n opmerking

AddToAny

Página