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Sedes da Eurocopa lidam com racismo e escândalos EM 2012



Em campanha contra o racismo, o atacante Mario Balotelli resolveu adicionar seu sobrenome africano à camisa que vestirá na Eurocopa. O camisa 9 da Itália, filho de imigrantes ganenses, quer ser chamado de Barwuah Balotelli durante a competição que tem seu início amanhã.

07/06/2012


O racismo é uma das mazelas que atingem Polônia e Ucrânia e que ajudam a entender porque as sedes sofreram tanta rejeição desde o processo seletivo em que foram escolhidas, em 2007.

Relatório do sindicato dos jogadores profissionais (FifPro) sobre futebol no Leste Europeu, lançado neste ano, mostra esses problemas.


Franck Fife - 6.jun.12/France Presse




Cartaz da Euro em Donetsk, na Ucrânia


Dos 212 jogadores da primeira divisão da Polônia ouvidos, 9,5% responderam já terem sido alvo de discriminação racial. O número engloba o universo total de atletas, não apenas negros.

O presidente da Uefa, Michel Platini, afirmou ontem que os árbitros foram orientados a paralisar os jogos caso percebam qualquer manifestação racista nos estádios.

Na Polônia, os salários raramente são pagos em dia. Segundo o relatório, 42,9% dos jogadores estavam com rendimentos atrasados. A situação é melhor na Ucrânia, onde essa situação atinge 15,5% dos entrevistados.

Mas há outros problemas. Mais de 60% dos atletas que dizem ter sido alvo de violência afirmam que o agressor era seu dirigente ou técnico.

O mesmo estudo mostra que 13,8% dos 355 jogadores entrevistados na Ucrânia admitem saber da existência de casos de manipulação de resultados no futebol local.

A Polônia, onde esse índice é de 6,8%, enfrentou um grande caso de corrupção no meio da década passada.

Quatro clubes da elite foram rebaixados devido ao esquema. O lateral Piszczek, hoje no Borussia Dortmund e um dos destaques da seleção, chegou a ter a prisão decretada e foi suspenso do time nacional por seis meses.

O governo tentou dissolver a diretoria da federação duas vezes. Foi brecado por ameaças da Fifa, que não aceita intervenção em suas filiadas.

O poder público também está próximo do futebol na Ucrânia. O presidente da entidade que comanda o esporte no país é irmão do dono do Dínamo de Kiev, maior campeão nacional da história.

"A gente percebia que era sempre beneficiado pela arbitragem", diz o zagueiro Rodolfo, do Vasco, que atuou no clube entre 2004 e 2006.

FONTE;FOLHA

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