Após admitir apoio de Pimentel, Zema corteja eleitores de Bolsonaro ELEIÇÕES 2018 BRASIL
O candidato do Partido Novo visitou uma igreja evangélica na manhã desta terça-feira. Amanhã a agenda é com policiais
postado em 09/10/2018 13:46 / atualizado em 09/10/2018 14:11
Zema disse reclamou do tratamento dos policiais no Brasil.
11/10/2018
No primeiro dia de retomada da campanha eleitoral nas ruas, em Belo Horizonte, o candidato do Partido Novo Romeu Zema indicou que vai buscar apoio do público-alvo da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). O empresário se encontrou nesta terça-feira (09/10/2018) com pastores evangélicos da Igreja Batista da Lagoinha, aos quais pediu voto. Zema também repetiu que aceitará o apoio do governador Fernando Pimentel (PT) no segundo turno das eleições em Minas.
Zema começou o dia com um encontro na igreja. À tarde, teria reunião com policiais militares, mas a agenda foi adiada para quarta-feira (10/10/2018). A esta categoria, Zema prometeu melhorar a estrutura de equipamentos para dar "tranquilidade".
Em entrevista, o candidato anunciou proposta para a área da segurança pública.
Zema disse que uma de suas propostas é oferecer microcâmeras para os policiais usarem nos coletes ou nos uniformes. Segundo ele, seria uma forma de resguardar o policial de possíveis responsabilizações posteriores, nos casos em que bandidos alegam que foram cometidos excessos.
"Quero um policial mais bem equipado e tranquilo. Hoje ele está inseguro. Parece que, no Brasil, bandido começou a ter mais razão que nós que trabalhamos" afirmou.
Apesar do público escolhido, Zema disse que não decidiu ainda se vai apoiar Bolsonaro no segundo turno das eleições. Ele repetiu que cumprirá a decisão do partido. Sobre a agenda afinada com os potenciais eleitores de Bolsonaro, o candidato do Novo disse que visitou evangélicos por influência de um deputado federal eleito pela legenda e que a visita aos profissionais da segurança foi a convite do comando da polícia militar.
Opções
O candidato comentou a declaração do presidenciável do seu partido derrotado nas urnas João Amoedo, que disse que apoiar Bolsonaro ou o candidato do PT Fernando Haddad seria o mesmo que apoiar a velha política.
"Vejo que a posição dele é a mesma de algumas pessoas que tem nos procurado. Quando você tem duas opções, sempre tem uma que pode ser melhor que a outra. Com certeza vamos naquela que não nos atenda integralmente, mas que nos atenda melhor que a outra."
Pimentel
Apesar do novo aceno a Bolsonaro, Zema voltou a dizer que aceitaria o apoio do governador Fernando Pimentel (PT) na disputa em Minas contra o senador do PSDB Antonio Anastasia.
"Se o Pimentel concordar com as nossas propostas e quiser nos apoiar, desde que não haja balcão de negócios. Não vamos recusar quem quiser contribuir com a Minas nova", afirmou.
Até agora, Zema recebeu apoio do candidato da Rede João Batista dos Mares Guia. Segundo ele nenhum dos outros adversários o procurou até o momento.
No primeiro dia de retomada da campanha eleitoral nas ruas, em Belo Horizonte, o candidato do Partido Novo Romeu Zema indicou que vai buscar apoio do público-alvo da campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). O empresário se encontrou nesta terça-feira (09/10/2018) com pastores evangélicos da Igreja Batista da Lagoinha, aos quais pediu voto. Zema também repetiu que aceitará o apoio do governador Fernando Pimentel (PT) no segundo turno das eleições em Minas.
Zema começou o dia com um encontro na igreja. À tarde, teria reunião com policiais militares, mas a agenda foi adiada para quarta-feira (10/10/2018). A esta categoria, Zema prometeu melhorar a estrutura de equipamentos para dar "tranquilidade".
Em entrevista, o candidato anunciou proposta para a área da segurança pública.
Zema disse que uma de suas propostas é oferecer microcâmeras para os policiais usarem nos coletes ou nos uniformes. Segundo ele, seria uma forma de resguardar o policial de possíveis responsabilizações posteriores, nos casos em que bandidos alegam que foram cometidos excessos.
"Quero um policial mais bem equipado e tranquilo. Hoje ele está inseguro. Parece que, no Brasil, bandido começou a ter mais razão que nós que trabalhamos" afirmou.
Apesar do público escolhido, Zema disse que não decidiu ainda se vai apoiar Bolsonaro no segundo turno das eleições. Ele repetiu que cumprirá a decisão do partido. Sobre a agenda afinada com os potenciais eleitores de Bolsonaro, o candidato do Novo disse que visitou evangélicos por influência de um deputado federal eleito pela legenda e que a visita aos profissionais da segurança foi a convite do comando da polícia militar.
Opções
O candidato comentou a declaração do presidenciável do seu partido derrotado nas urnas João Amoedo, que disse que apoiar Bolsonaro ou o candidato do PT Fernando Haddad seria o mesmo que apoiar a velha política.
"Vejo que a posição dele é a mesma de algumas pessoas que tem nos procurado. Quando você tem duas opções, sempre tem uma que pode ser melhor que a outra. Com certeza vamos naquela que não nos atenda integralmente, mas que nos atenda melhor que a outra."
Pimentel
Apesar do novo aceno a Bolsonaro, Zema voltou a dizer que aceitaria o apoio do governador Fernando Pimentel (PT) na disputa em Minas contra o senador do PSDB Antonio Anastasia.
"Se o Pimentel concordar com as nossas propostas e quiser nos apoiar, desde que não haja balcão de negócios. Não vamos recusar quem quiser contribuir com a Minas nova", afirmou.
Até agora, Zema recebeu apoio do candidato da Rede João Batista dos Mares Guia. Segundo ele nenhum dos outros adversários o procurou até o momento.
Possibilidade de alterar aposentadoria de militares também gerou desgaste
Polêmica. Em encontro com líderes da Igreja Batista, Romeu Zema disse que não recusaria apoio do governador Fernando Pimentel (PT) |
Ana Luiza Faria e Bernardo Miranda
10/10/18 - 03h00
A chegada de Romeu Zema ao segundo turno pelo governo de Minas alçou o Novo a sua primeira disputa competitiva por um cargo majoritário e também ao seu primeiro dilema. O partido está no impasse entre manter o discurso ideológico, negando qualquer pragmatismo, ou ceder às pressões de categorias e acolher apoios de partidos, antes adversários, para aumentar as chances de uma vitória eleitoral.
Nesta terça-feira (9), Romeu Zema enfrentou seus primeiros desgastes do segundo turno. Depois de não descartar receber apoio do PT, o candidato foi alvo de uma enxurrada de críticas e gravou um áudio explicando seu posicionamento. Já entre os militares, o empresário de Araxá passou a ser questionado sobre possíveis mudanças no sistema de aposentadoria da categoria, que conta com um regime especial. Os militares aposentam mais cedo e com salários mais altos dos que da ativa.
Durante encontro com líderes da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, Zema admitiu receber apoio do governador Fernando Pimentel (PT), derrotado no primeiro turno. “Se Pimentel concordar com nossas propostas, pode apoiar, desde que não haja balcão de negócios. Nós não vamos recusar construir uma Minas Gerais nova. Quem quiser construir, vai construir conosco”, afirmou.
Depois da repercussão negativa da fala do candidato entre seus eleitores, Romeu Zema gravou um novo áudio explicando seu posicionamento. “Voto a gente não escolhe. A gente recebe e tem que ser grato. O mineiro agora tem uma opção que tem tolerância zero com a corrupção, com as mordomias e os privilégios. Então, quem declara apoio a esses princípios será sempre bem-vindo. Agora, o apoio partidário, institucional, será tratado dentro do nosso partido. E caberá ao diretório essa decisão. E ele já definiu que não apoiará nenhum partido de esquerda”, disse.
Já entre os militares, o que incomodou foi justamente a postura contra mordomias e privilégios. Mensagens em grupos de policiais passaram a ser disseminadas dizendo que Zema seria um risco aos direitos dos servidores. Ele foi alvo, inclusive, de deputados que atuam na Assembleia Legislativa e defendem a categoria. Sargento Rodrigues (PTB), que é um histórico aliado de Antonio Anastasia (PSDB), aproveitou sua postura de representante da categoria para atacar Zema. “Ele trata o servidor público como sendo uma casta de beneficiados com privilégios. Como se servidor fosse um criminoso”, afirmou.
Romeu Zema teria reuniões nesta terça-feira com representantes dos militares. Mas o encontro foi adiado para esta quarta (10). Na terça, ele comentou que vai ouvir as demandas da categoria e apresentou propostas para o setor. “Queremos escutar as demandas dele. Estamos cientes de que eles precisam estar mais bem-equipados. Eu já vi policiais bancando, por conta própria, a instalação de câmeras para filmar sua ação, para que ele não venha a ser responsabilizado depois. Porque, muitas vezes, bandidos alegam que houve algum abuso quando não teve nada. O uso dessas câmeras é uma das nossas propostas. Eu quero que o policial trabalhe mais bem equipado e mais tranquilo”, concluiu Romeu Zema.
Agenda
Militares. Romeu Zema se reúne nesta quarta-feira com representante do Corpo de Bombeiros. Em seguida, o candidato vai se encontrar com membros da Polícia Militar e, depois, almoça na Fiemg.
Partido prega neutralidade, mas empresário adia decisão
Outra decisão que Romeu Zema (Novo) terá que tomar é sobre apoiar ou não o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). A direção nacional do Novo decidiu pela neutralidade na disputa. O empresário disse que seguiria o posicionamento da legenda, mas ainda não se pronunciou após o anúncio da direção partidária.
Suas primeiras agendas de campanha foram programadas para setores de que o capitão reformado conta com forte apoio. Nesta terça-feira, Zema esteve na Igreja da Lagoinha e na quarta vai se reunir com militares. “O Lucas Gonzales, deputado federal eleito do Novo, pertence à igreja evangélica e me chamou para conhecer. Ele fez o trabalho dele muito baseado na igreja. Dentro do possível, tenho atendido todos os pedidos que são propostos na minha agenda. Quanto à agenda com a segurança pública, foi o comando da polícia mesmo que nos convocou. Então, estaremos lá. Só não atendo mais gente porque o dia não tem mais de 24 horas”, disse.
Sobre a relação com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Zema disse que, se eleito, o diálogo será o mais aberto possível e afirmou que não vai aceitar que a Casa funcione como um balcão de negócios. “Quero conduzir um processo de mudança, quero conscientizar os deputados de que eu e eles estamos ali representando o povo. Eu quero começar a reduzir esse balcão de negócios. Vou enfrentar dificuldades? Muitas. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance, quero dar os primeiros passos em direção a essa política nova, sem balcão de negócios”, declarou.
Composições
Bancada. Na Assembleia Legislativa de Minas, o Novo vai contar com apenas três deputados na legislatura que começa em 2019. Esse cenário obriga Zema, se eleito, a fazer composições partidárias.
Aposentadoria da polícia militar
Na reserva
Um policial militar tem o direito de se aposentar após prestar serviços por 25 anos na corporação. Um estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) mostrou que 96% dos policiais militares do Brasil se aposentam antes dos 50 anos.
Aumento
Além de se aposentar mais cedo, os militares são promovidos assim que entram para a reserva e, na aposentadoria, recebem valores acima do que recebiam na ativa. Por exemplo: um tenente passa a ser capitão ao se aposentar, recebendo o salário correspondente à patente superior.
Remuneração
Hoje, o salário inicial bruto de um Polícia Militar em Minas é de R$ 6.967,33. O teto é de R$ 26.819,81, o que recebe um coronel.
Jornada de trabalho
Em contrapartida, os militares não têm jornada de trabalho estipulada. Dessa forma, podem superar as 44 horas semanais.
FONTE;https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2018/10/09/interna_politica,995892/apos-admitir-apoio-de-pimentel-zema-corteja-eleitores-de-bolsonaro.shtml
https://www.otempo.com.br/hotsites/eleições-2018/após-admitir-apoio-do-pt-zema-recebe-enxurrada-de-críticas-1.2052970
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