Ahmed Jaabari, comandante das Brigadas de Ezedin al-Qassam, espécie de
braço armado do Hamas, morreu nesta quarta-feira (14) após um ataque
aéreo israelense ter atingido seu veículo na Cidade de Gaza. A
informação foi confirmada tanto pelo Hamas como pelo governo de Israel.
Além de Jaabari, outro integrante do movimento político islâmico Hamas,
que governa na Faixa de Gaza, também foi atingido no ataque que, de
acordo com o relato das testemunhas, pareceu ser um "assassinato
seletivo".
Segundo a agência de notícias France Presse, o ferido é o guarda-costas de Jaabari.
"O mártir é Ahmed al-Jaabari", declarou à AFP um médico do serviço de
emergências do hospital Al Shifa na Cidade de Gaza, Ayman al-Sahabani.
Uma fonte de segurança do Hamas que pediu o anonimato confirmou a
informação.
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Israel também confirmou a morte do chefe militar do Hamas.
"O exército israelense atacou Ahmed al Jaabari, chefe do braço armado
do Hamas na Faixa de Gaza", confirmou o exército israelense em um
comunicado, acrescentando que ele era "diretamente responsável por
atentados terroristas contra o Estado de Israel nos últimos anos".
A operação, realizada conjuntamente com o serviço de segurança interior
israelense, o Shin Beth, "tinha por objetivo paralisar a rede de
comando e de controle da direção do Hamas, assim como sua infraestrutura
terrorista", segundo o texto.
Segundo relatos obtidos, um projétil ar-terra disparado por um avião de
combate israelense atingiu o veículo, que ficou completamente
destruído, matando seus dois ocupantes na hora do impacto. A segunda
morte ainda não foi confirmada.
Risco de conflito sangrento
A morte de Ahmed Jaabari acontece poucas horas depois de Israel e
milícias da faixa palestina terem entrado em acordo sobre um
cessar-fogo, após uma espiral de violência, que no fim de semana passado
causou a morte de seis palestinos, a maioria civis.
Além deles, mais de 30 palestinos e oito israelenses foram feridos.
A Jihad Islâmica e outras facções palestinas assumiram a
responsabilidade pelo lançamento de mais de 120 foguetes contra o
território israelense desde sábado passado, quatro deles já dentro do
período de cessar-fogo.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, explicou nesta terça-feira
que a espiral de violência em Gaza "ainda não terminou", e o
primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, advertiu que seu país estava
preparado para uma resposta contundente.
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Analistas internacionais temem agora uma escalada de violência na
região, caso o Hamas tome a decisão de intensificar o contra-ataque.
O Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, comanda atualmente a ANP
(Autoridade Nacional Palestina), que administra os territórios
palestinos na Cisjordânia.
Já o grupo político islâmico Hamas, que é considerado terrorista por
países como Canadá, EUA, Israel e União Europeia, administra
completamente a Faixa de Gaza desde 2006, quando venceu eleições locais.
No ano seguinte, em junho de 2007, o domínio da Faixa de Gaza foi
confirmado após uma breve guerra civil com o Fatah.
fonte: http://noticias.r7.com/internacional/israel-mata-chefe-militar-do-hamas-agravando-risco-de-conflito-sangrento-em-gaza-14112012