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Caso de lago africano que matou 1.700 pessoas em poucos minutos ainda intriga pesquisadores EM 2017


Caso de lago africano que matou 1.700 pessoas em poucos minutos ainda intriga pesquisadores EM 2017.

O pior desastre natural de Camarões, país do oeste da África, aconteceu na noite de 21 de agosto de 1986. Entre os dias 21 e 23 daquele mês, mais de 1.700 pessoas morreram sufocadas em suas casas e até no meio das estradas, enquanto dirigiam ou pilotavam suas motos.

13/02/2018

A causa deste traumático evento foi uma enorme nuvem de CO2 que surgiu de um lago azulado da região, o Lake Nyos, que fica em uma cratera vulcânica no nordeste do país. A nuvem, mais densa que o ar, viajou 25 quilômetros pelos vales da região, matando 1.746 pessoas e 3.500 animais de criação como vacas. Quem encontrou os corpos deparou-se com uma cena rara e perturbadora: nada se movia, nem mesmo as moscas, que também morreram.

Quem não morreu ficou inconsciente por várias horas e acordou para descobrir que toda a família e os animais dos rebanhos da região haviam morrido. Muitos acreditaram que aquilo era uma praga bíblica, que o espírito do lago estava descontente ou até que se tratava de um ataque terrorista.

Joseph Nkwain acordou três horas depois da passagem da nuvem, e contou sua experiência para o pesquisador Arnold Taylor, da Universidade Plymouth (Reino Unido): “Não conseguia falar. Fiquei inconsciente. Não podia abrir minha boca porque havia um cheiro terrível. Ouvi minha filha roncando de forma horrível, muito anormal. Quando tentei chegar até a cama dela, entrei em colapso e caí. Eu queria falar, mas meu ar não saía. Minha filha já estava morta”.

O governo do país encomendou estudos para descobrir o que poderia ter causado tamanha destruição, para garantir que aquilo não fosse se repetir. Os órgãos ambientais instalam sensores de CO2 na região do lago conectados à sirenes que podem alertar as pessoas da região para que fujam dali o mais rápido possível.

Engenheiros também instalaram em 2001 e 2011 canos para sugar o CO2 diretamente do fundo do lago e liberá-lo gradualmente para a superfície, evitando assim grandes acúmulos.

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Os poucos moradores da região relatam que ouviram um alto som de explosão na noite do dia 21 de agosto e que saíram das casas para investigar. Uma nuvem de mais de 50 metros de altura se formou acima do lago, e, por ser mais densa que o ar, viajou pelas partes mais baixas da região.

No dia seguinte, o lago apresentava uma coloração radicalmente diferente da normal. Ele costumava ter um belo tom azul, e passou a ser marrom. A vegetação ao redor do lago também foi destruída.

Por estar em uma região vulcânica, a água deste lago recebe CO2 que escapa do magma abaixo dele. Normalmente, milhares de toneladas de CO2 são conditos pela água, mas algo fez com que ele fosse liberado rapidamente.

O geólogo David Bressan explica que os gases vulcânicos que emanam do solo abaixo do lago se dissolvem e ficam concentrados nas águas mais profundas. A temperatura tropical da água superficial forma um tipo de barreira que mantém esta água fria e concentrada em CO2 presa no fundo.

O que não ficou claro para os cientistas é o que causou a quebra desta barreira. Pode ter sido um terremoto fraco, uma erupção vulcânica ou até o deslizamento de pedras nas margens do lago.

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Um evento semelhante aconteceu apenas dois anos antes no lago Monoun. Naquela ocasião, a nuvem de CO2 matou apenas 37 pessoas. O que desencadeou o episódio também não ficou bem explicado.

FONTE;https://hypescience.com/esse-pequeno-lago-matou-1-700-pessoas-dia-para-noite-na-africa/
 em 17.04.2017

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