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Islã: ressentimento e justificação MORTE AO CRISTÃO REAL EM AGOSTO DE 2016


Qua, 03 de Agosto de 2016     

As fórmulas culturais do comunismo, do conhecido marxismo cultural, onipresentes no Ocidente na forma de explicações politicamente corretas, dão curso à doutrina vulgar do ressentimento e da justificação para os atos de terror islâmicos. Árabes muçulmanos, no final das contas, teriam razões de fundo para matarem europeus e israelenses porque agem movidos por um ressentimento arraigado em sua cultura, por uma revolta compreensível devido às décadas de colonialismo na África do Norte ou na Ásia. Observem que, junto aos meios esquerdistas, esta é sempre a primeira explicação explícita e, nos espaços da grande mídia colonizados pelo esquerdismo, é a alusão ou o subtexto embutido na alegada explanação dos atentados na Europa, em Israel e nos EUA. Mesmo nossas crianças são ensinadas, nas escolas, a lançar um olhar na perspectiva solidária do eterno colonizado, do oprimido revoltado contra o opressor.

03/08/2016

Isso não é novo. Basta lembrar que a própria ascensão do nazismo foi muitas vezes justificada pela crise de 29, pelo ressentimento devido à humilhação imposta à Alemanha pelo Tratado de Versailes, pela hiperinflação e pelo desemprego pré-Hitler. Isto explicaria a opção dos alemães pelo estado totalitário e pelas plataformas antissemiitas e expansionistas dos nazistas.
É claro que fenômenos políticos possuem muitas causas, mas o problema com as armações explanatórias condescendentes e expiatórias é que elas dão as costas para as motivações internas de ideologias exclusivistas, sejam ultrachauvinistas, como o nazismo, milenaristas seculares, como o comunismo ou teopolíticas, como o próprio islamismo salafista (da palavra “predecessor”, em árabe). Esta linha de argumentação indulgente, que a grande mídia segue à risca, é aplicada para explicar o crescente terrorismo islâmico. Palestinos, por exemplo, estão justificados a cometerem atrocidades contra judeus porque são vítimas do "neocolonialismo" israelense. Não há, do ponto de vista da narrativa do ressentimento, motivação intrínseca para os atos de terror. A doutrina do Islã jamais é escrutinada ou exposta. A rotina é que se toque no assunto de forma genérica, de modo a caracterizar o islamismo como uma religião benevolente a exemplo das demais e como se todas tivessem lá seus radicais que não as representam. No máximo, o que circula pelos jornalões, CNNs e Redes Globo da vida, pautados por este subtexto, são expressões de perplexidade quando defrontados com as carnificinas cometidas por muçulmanos, sempre acompanhadas do justificacionismo que coloca a culpa na vítima.
Na verdade, o ressentimento, que a grande mídia vê latente no que ela chama de "Islã radical" é um meio de pregação do ódio ao Ocidente, à sua cultura e valores. Não há - e esta constatação é definitiva- compatibilidade entre o modo de vida do islamismo maximalista e o mundo ocidental. Ao longo de 1400 anos, o islamismo, seguindo o exemplo de seu profeta Maomé, expandiu-se pela violência, pelo Ocidente e Oriente. Conquistou , na época dos califas árabes, a Pérsia e os domínios bizantinos no Oriente Médio e África, impondo aos conquistados a opção da conversão em massa ou a morte. Chegaram até a Espanha que, em grande parte, permaneceu sob domínio árabe por 800 anos. Além disso, espalhou-se militarmente pelo subcontinente indiano, sempre arrasando as civilizações que o precederam, promovendo carnificinas e propagando a escravidão de hinduístas e budistas. Somente no início do século XX, em 1924, após a derrota do Império Turco, aliado da Alemanha e da Rússia na 1ª Guerra Mundial, com a consequente criação dos estados árabes modernos e a secularização da Turquia, conduzida por Atartuk, é que a expansão do islamismo foi contida.
As potências europeias dividiram e passaram a dominar politicamente o espaço vital, o Daar al Islã, muçulmano. Foi no final da segunda década do século XX, no entanto, que surgiu, no Egito, a Irmandade Muçulmana, movimento integrista de massas, que apregoa a restauração do califado unificado e a implantação da lei islâmica, a Sharia, em toda orbe muçulmana, que não é nada menos que o mundo inteiro. Apesar da divisão entre xiitas e sunitas, determinada pela disputa pela sucessão do profeta, a doutrina totalitária da Irmandade Muçulmana foi adotada pelo Irã e sua sucursal libanesa, o Hezbollah, pelo Afeganistão dos talibãs, pelo Hamas, pelo ISIS e Al-Qaeda. Essa doutrina atrai muçulmanos de todos os cantos do planeta para uma guerra sagrada contra os infiéis, representados pelas nações ocidentais.
Os princípios de tolerância às diferenças e de convivência plural vigentes na sociedade ocidental, a separação entre teologia e política, devem ser banidos primeiramente dos estados muçulmanos e, em seguida, dos territórios a serem conquistados mediante a jihad, a guerra santa, que é obrigatória para todo “submisso” ao Corão. No pensamento salafista da doutrina da Irmandade Muçulmana vale apenas a lei islâmica derivada do Corão, dos ditos de Maomé e do código civil e penal fundamentado na palavra do profeta, o homem perfeito, a quem todo o muçulmano deve imitar. As leis ocidentais, importadas do Ocidente, devem ser abolidas e substituídas pela sharia. Alusões profanas ao profeta são punidas com a morte.
O nível de intimidação cultural produzido no Ocidente pelas proibições dos muçulmanos já é muito elevado. São raríssimos aqueles que ousam referir-se ao Maomé histórico como sendo não apenas o fundador de uma religião, mas como um líder guerreiro implacável e cruel. Da mesma forma, os guetos islâmicos, que se multiplicam pela Europa, dão prova cotidiana da inadaptabilidade dos muçulmanos ao ethos secular e à convivência com a diversidade, típicos dos princípios culturais e jurídicos do Ocidente, pelo menos desde o século XIX. Mais do que tudo, as matanças praticadas pelos salafistas, os propagadores do Islã autêntico, demonstram ser necessário descartar a abordagem politicamente correta e permissiva com respeito às causas efetivas do terror islâmico, antes que nos perpetuemos como reféns de nossa própria fraqueza.

FONTE;http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/16650-2016-08-02-21-09-06.html
ESCRITO POR LUIS MILMAN | 02 AGOSTO 2016
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO

Luis Milman é professor de filosofia e jornalista.


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