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REALIDADE OCULTA DE MINAS GERAIS EM 2015


Situação financeira do Estado é muito crítica, afirma governador  Pimentel em 2016.

Em pronunciamento na Cidade Administrativa nesta segunda-feira (6), o governador

Fernando Pimentel (PT) classificou como "muito crítica" a situação financeira do Estado.

Ao lado dos principais nomes de sua equipe econômica, Pimentel está divulgando os primeiros

resultados de uma auditoria feita nas contas do governo estadual durante a gestão do PSDB

e aliados nos últimos 12 anos.

06/04/2015

 Os resultados da auditoria ainda estão sendo apresentados.

Vitrine do governo anterior, o chamado Choque de Gestão está sendo contestado. De acordo

com Pimentel, ficou comprovado que faltou gestão em Minas em todos os setores da administração.

"Não existia gerenciamento e os exemplos são abundantes. Estamos falando de 12 anos de

gestão que se proclamava como a melhor do país. A situação é muito grave do ponto de vista

gerencial e financeiro", criticou Pimentel.

O secretário de Planejamento Sebastião Helvécio afirmou que os indicadores divulgados pelo

governo anterior "nada diziam sobre a realidade do Estado". Segundo Helvécio, Minas nunca

alcançou o déficit zero prometido no programa Choque de Gestão. A construção da

Cidade Administrativa foi bastante criticada. Conforme planilha apresentada por ele,

o resultado fiscal orçamentário apresenta déficit de R$ 2,2 bilhões. Já a dívida ativa,

segundo Helvécio, passou de R$ 52 bilhões em 2007 para R$ 93,7 bilhões no ano passado.

Para o secretário da Fazenda José Afonso Bicalho, o Estado foi continuamente gastando sem ter lastro. Por isso, segundo Bicalho, entrou em "processo de degradação fiscal".

O deputado estadual Gustavo Valadares (PSDB) convocou uma entrevista coletiva para

contestar as informações. Outros representantes do governo passado só prestarão

esclarecimentos ao fim da entrevista na Cidade Administrativa.
Outro lado
Em nota, após o pronunciamento do governador, o PSDB de Minas rebateu as denúncias.

Confira a nota na íntegra:

"O governo Fernando Pimentel protagonizou hoje um lamentável esforço para desviar

a atenção da opinião pública de Minas Gerais do verdadeiro estelionato eleitoral praticado

pelo PT também em nosso Estado ao prometer ações que sabiam não conseguiriam cumprir.

Após três meses de um governo fraco, sem ousadia e que tem dado reiteradas demonstrações

de incapacidade para cuidar das demandas da população, o governador e seus secretários

mobilizaram a atenção dos mineiros simplesmente para criticar adversários políticos. Para isso

manipularam e sonegaram informações, retiraram números de seus contextos reais e justificaram

a paralisia e a falta de rumo da atual administração.

Era esperado que após 90 dias o governo Pimentel fosse capaz de apresentar aos mineiros

os programas e os rumos que pretende imprimir ao Estado nos próximos quatro anos. Nada

disso ocorreu.

O governo que prometeu o diálogo retirou da mesa de negociações o Sindicato dos

Servidores do Estado (SindPúblicos). Tentou acabar com a Ouvidoria Geral do Estado

independente, sendo forçado pela sociedade a voltar atrás.

O governo que prometeu transparência retirou do ar a atualização do Portal de Transparência do

Estado.
O governo que prometeu responsabilidade acaba de ser denunciado pelo Sindicato dos

Fiscais da Fazenda (Sindifisco) por ter omitido do Orçamento a receita de R$ 1,5 bilhão que

receberá a mais de ICMS em razão do aumento da tarifa de energia.

É o mesmo governo que liberou o Banco do Brasil de repassar a Minas Gerais mais

de R$ 1 bilhão garantidos ao Estado por decisão judicial em operações de crédito já contratadas

e não pagas pelo banco desde agosto de 2014.

É o mesmo governo e os mesmos secretários que se calaram quando o governo federal deixou

de repassar para Minas mais de R$ 4,3 bilhões de recursos federais garantidos por convênios.

Apenas no ano passado, o governo federal deixou de pagar R$ 1,3 bilhão referentes a 1.665

convênios.

É o mesmo governo que diz não ter dinheiro para cumprir os reajustes dos servidores, e

cria três secretarias e mais de 70 cargos de alto escalão. É o mesmo governo que prometeu

aumento e sempre defendeu a valorização do funcionalismo e, agora, tenta desconstruir um

estado que sempre teve suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas em total

respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal."

fonte;http://www.ejornais.com.br/jornal_hoje_em_dia.html

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