Copasa pedirá ao Igam para declarar situação crítica de escassez de água em MG
JANEIRO 2015
Presidente da Copasa, Sinara Meireles, sinalizou racionamento de água em Minas
22/01/2015
A iminente falta de água em Minas Gerais irá exigir medidas severas da Copasa. A presidente da companhia, Sinara Meireles, informou na tarde desta quinta-feira (22), que pedirá ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), responsável por gerenciar os recursos hídricos em território mineiro, que decrete situação crítica quanto à escassez de água em todo o Estado.
Além disso, adiantou que, caso a situação atual seja mantida, há possibilidade de racionamento e rodízio no abastecimento, de três a quatro meses. Multas e tarifas diferenciadas para consumidores que extrapolarem o limite de consumo estabelecido pela empresa também estão entre as medidas que poderão ser adotadas
As iniciativas, consideradas emergenciais, foram anunciadas em coletiva de imprensa na tarde desta quinta. Medidas mais drástica, como rodízio no abastecimento, racionamento e sobretaxas só poderão, no entanto, ser implementadas após decretação de criticidade por parte do Igam.
“Precisamos de um pacto para viver este período. A região metropolitana de BH é que nos preocupa, pelo número de pessoas, mas há outros municípios que têm ligação com a Copasa e também estão em situação crítica. É preciso economizar água", reforçou.
A meta é reduzir, imediatamente, 30% da água consumida por todos os usuários do sistema, na Grande BH. A expectativa, é a de que, a partir da próxima segunda-feira, (26), campanhas educativas, de alerta sobre o consumo consciente, comecem a ser divulgadas.
Informações diárias sobre o abastecimento de água na Grande BH também serão disponibilizadas no site da empresa. Além disso, 40 equipes de campo passarão a atuar nos vazamentos, responsáveis por grande parte dos 40% de água desperdiçados, na região metropolitana.
Atualmente, o volume dos sistemas que abastecem Belo Horizonte e Grande BH é de 30% da capacidade total. Vargem das Flores, na divida entre os municípios de Contagem e Betim, opera com 28% da capacidade, Rio Manso, 45%, e Serra Azul, o mais crítico deles, com 5,7%.
Mais de 70% da população de Ewbank da Câmara fica sem água por causa da estiagem
A estiagem prolongada que vem atingindo a cidade de Ewbank da Câmara, na Zona da Mata, fez com que mais de 70% da população ficasse sem água por pelo menos quatro dias. Os níveis dos mananciais Cachoeirinha, Grota da Pedra e Colônia de São Firmino abaixaram tanto que os reservatórios ficaram totalmente secos no início desta semana, provocando o desabastecimento em vários bairros do município de quase 4 mil habitantes. Atualmente, o fornecimento de água é feito pela prefeitura.
A situação alarmante, porém, não é novidade, disse o coordenador da Defesa Civil Municipal, Leandro Oliveira. “O problema se arrasta há mais de 10 anos por falta de investimento dos mandatos anteriores”, afirmou. Para amenizar o problema, Oliveira informou que a prefeitura providenciou a perfuração de dois poços artesianos. “Está em processo a licitação para contratar mão de obra e materiais para levar a água dos poços ao centro de tratamento”.
Segundo Oliveira, um caminhão-pipa tem sido usado para abastecer os reservatórios. “Mas a medida não tem resolvido o problema, por isso, a prefeitura emitiu uma circular para a população pedindo que use água racionalmente”. De acordo com ele, atitudes simples como evitar lavar calçadas e carros, manter a torneira fechada durante a escovação dos dentes e tomar banhos mais rápidos ajudam a economizar água.
Paralelamente às medidas paliativas, a administração municipal negocia a contração da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Conforme o coordenador da Defesa Civil, com os investimentos que poderão ser feitos pela companhia, Ewbank da Câmara poderá sair da lista de municípios afetados severamente pela seca.
Outros casos
A partir desta quarta-feira (21), os moradores de Viçosa, na região da Zona da Mata, enfrentam novo rodízio de abastecimento de água. A decisão foi tomada após o prefeito Ângelo Chequer decretar novo estado de emergência devido à estiagem prolongada enfrentada pelo município. Com isso, a população tem água potável somente nos horários estabelecidos. Conforme a prefeitura, os níveis de água acumulada nas bacias que abastecem a cidade estão diminuindo e as previsões meteorológicas indicam baixo índice de chuvas para os próximos meses.
A cidade de Ouro Preto, na região Central do Estado, iniciou um esquema de racionamento de água na última segunda-feira (19). Conforme o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae), a decisão foi tomara após a baixa dos níveis de água nos mananciais do município provocada pela “intensa estiagem e o aumento das temperaturas”. Para enfrentar o quadro, o Semae criou uma escala para que a população saiba quais os dias e horários em que o serviço de distribuição de água ocorrerá.
Em Ubá, na Zona da Mata, a Copasa começou a fazer manobras operacionais para garantir o abastecimento de água na semana passada. Essa não é a primeira vez que a estiagem afeta o fornecimento de água da cidade. No ano passado, as medidas também precisaram ser tomadas em setembro e outubro, quando os níveis dos córregos Miragaia e Peixoto Filho, nos quais é feita a captação, ficaram baixos.
A falta de água provocada pelo período de estiagem prolongada fez com que a cidade de Brasília de Minas, no Norte de Minas Gerais, decretasse situação de emergência no último dia 12. Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), o município de Francisco Badaró, na região do Vale do Jequitinhonha, também decretou situação de emergência em 14 de janeiro.
FONTE;HOJE EM DIA
Geen opmerkings nie :
Plaas 'n opmerking