Viaduto desaba em BH e deixa pelo menos dois mortos
Um viaduto cedeu e desabou sobre um carro, um ônibus e dois caminhões, na tarde desta quinta-feira (3), na avenida Pedro I, na divisa dos bairros Itampuã e São João Batista, nas regiões da Pampulha e de Venda Nova, em Belo Horizonte. De acordo com Secretaria Estadual de Saúde, duas pessoas morreram e 22 ficaram feridas em decorrência do acidente.
O desabamento ocorreu na altura do número 427, próximo à Lagoa do Nado. O veículo de passeio e os de carga foram completamente esmagados pelos escombros de quase 800 toneladas. Já o ônibus suplementar, da linha 70, ficou com a frente totalmente destruída. A condutora do coletivo, Hanna Cristina dos Santos, de 24 anos, morreu no local da tragédia.
Uma criança de apenas 5 anos, Maria Clara, filha da condutora, está entre as vítimas. Todos os feridos foram socorridos por equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para o Hospital Risoleta Neves.
O viaduto será agora partido em blocos do local para retirada de carros e de possíveis vítimas que se encontram entre os escombros. A construção está inserida nos lotes de obras da avenida Pedro I, orçada ao custo de R$ 138,9 milhões, e faz parte do BRT/Move, o sistema de ônibus articulados com pista exclusiva.
Após trabalharem por mais de 6 horas, os Bombeiros conseguiram tirar o carro que estava preso embaixo do viaduto "Batalha dos Guararapes", que desabou na tarde de quinta-feira (3) na avenida Pedro I, no bairro São João Batista, em Belo Horizonte. Após tentarem sem sucesso erguer a estrutura para retirar o veículo, os bombeiros precisaram cavar o caminho pelo asfalto e depois usaram um cabo de aço acoplado em uma das máquinas para puxá-lo. Apenas o condutor harlys Frederico Moreira do Nascimento estava no veículo. Ele era morador da cidade de Lagoa Santa, na região norte da Grande BH. O helicóptero da corporação está no local caso a vítima seja retirada com vida.
"Fizemos tentativas de retirada do carro com macacos hidráulicos, mas não houve grande movimentação. Agora estamos fazendo o que chamamos de remoção hidráulica. As máquinas perfuram o solo abaixo do carro e usam a água para limpar ", explicou a assessora de imprensa do Corpo de Bombeiros, capitão Jordana de Oliveira. "O trabalho é feito com muito cuidado pq não queremos abalar mais a estrutura", completou.
O viaduto pesa 2.500 toneladas e tem 150 metros de extensão por 3 metros de espessura. Ele ficava situado a 5,5 metros do chão. São 70 homens e três máquinas trabalhando na operação de resgate. Segundo a militar, não há uma mobilização deste porte na corporação desde o grave acidente que matou 69 operários e feriu outros 100, no dia 4 de fevereiro de 1971, quando um pavilhão que estava em construção no Parque de Exposições da Gameleira desabou durante as obras. Confira a galeria da tragédia em Belo Horizonte:
Estrutura
Equipes da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e a Defesa Civil Municipal foram ao local do acidente para avaliar os danos. Por precaução, a Polícia Militar retirou operários que trabalhavam no viaduto ao lado do que despencou, já que ele pode ter tido suas estruturas abaladas. Segundo a PM, já foram vistas rachaduras no segundo viaduto.
"A Defesa Civil e os bombeiros já vistoriam o conjunto habitacional que fica no entorno para garantir que não foram abalados. Mas os moradores podem nos procurar se necessário", declarou o assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Edgar Estevo da Silva.
Ainda conforme o militar, foram solicitados dois guindastes, cada um com capacidade de 600 toneladas, para o trabalho de retirada dos veículos presos embaixo do viaduto. O Exército foi acionado para auxiliar no caso.
Após vistoria da Defesa Civil nos prédios ao lado de onde ocorreu a queda do viaduto, a Defesa Civil concluiu que nenhum imóvel foi danificado e com isso nenhuma residência será interditada.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), um comitê composto por técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, da Defesa Civil, da Cowan, empresa responsável pelas obras, e da Consol, empresa responsável pelo projeto, foi imediatamente convocado para fazer um levantamento de todos os dados que envolvem o ocorrido, elaborar um criterioso diagnóstico das causas do acidente e definir as providências que serão tomadas.
Este comitê também irá acompanhar de perto o trabalho de perícia e elaboração de laudo técnico por parte das autoridades competentes, fornecendo inclusive todas as informações necessárias para o esclarecimento das causas deste lamentável acidente.
Susto
Enílson Luiz estava dentro do ônibus no momento da queda do viaduto
O chefe de churrasqueiro Enílson Luiz, de 37 anos, estava no ônibus suplementar atingido pela estrutura do viaduto e, emocionado, disse que nasceu de novo. "Geralmente não pego essa linha e tive que pegar hoje para chegar mais rápido ao trabalho. Lembro que tinha acabado de passar uma linha articulada do Move e aí só ouvi a gritaria, pessoas pedindo socorro e saindo pelas janelas e portas", relatou.
"Não consigo tirar a cena da cabeça. Foi correria e gritos de 'ai meu Deus' por todo lado. Estou sem reação ate agora". O relato é da atendente Ana Carolina Caetano, de 20 anos, que viu o viaduto cair. Ela trabalha na estação Move Lagoa do Nado e atendia uma usuária quando, por volta das 15h, ouviu o estrondo. Sete pessoas estavam na plataforma, a cerca de 150 metros do viaduto. "Todos foram para fora, eu não consegui sair do lugar. Tem um viaduto do lado da estação e agora está dando medo".
Desvio
Com a queda do viaduto, a avenida Pedro I está completamente interditada nos dois sentidos, complicando o trânsito em diversas vias de Belo Horizonte (confira rotas alternativas para desviar de trecho onde houve queda de viaduto). A BHTrans, empresa que gerencia o sistema de transporte e o trânsito na capital, fez vários desvios. No momento, há congestionamentos na avenida Cristiano Machado, sobretudo nas imediações do Minas Shopping, com reflexos no Anel Rodoviário, no acesso à avenida Catalão. A avenida Padre Pedro Pinto também tem retenções no fluxo de veículos, assim como a Linha Verde, desde a Cidade Administrativa até o acesso à Pedro I.
As opções de desvio repassadas pela empresa são pelas avenidas Cristiano Machado, Portugal e General Olímpio Mourão Filho, de onde saía o viaduto em obras. Ainda conforme a BHTrans, o tráfego para quem se desloca no sentido Venda Nova será feito pelos bairros próximos.
Para quem seguia em direção à Venda Nova, uma das opções é passar pela avenida Portugal e em, seguida, pegar a avenida Doutor Cristiano Guimarães (onde fica a sede do 13º Batalhão da Polícia Militar) e seguir até a avenida Cristiano Machado e a avenida Waldomiro Lobo, conforme a BHTrans. Uma outra possibilidade é pelo viaduto da avenida João Samaha, passando pela rua 12 de outubro e chegando até a Vilarinho.
Já para quem segue em sentido ao Centro da capital, deve-se sair da avenida Pedro I e pegar a Padre Pedro Pinto, próximo ao Hospital Risoleta Neves, pegando em seguida a avenida Cristiano Machado.
Interdição
Em fevereiro deste ano o viaduto Montese, também na avenida Pedro I, teve que ser interditado após um deslocamento de aproximadamente 30 centímentros. O fluxo de veículos das pistas mistas teve que ser suspenso por uma semana. No local ocorriam obras do Move. Na ocasião, a Sudecap descartou o risco de queda da estrutura.
Raio X – Viaduto
Nome: Batalha do Guararapes
Localização: Ligava a Avenida General Olímpio Mourão Filho, no Itapoa, às ruas Doutor Álvaro Camargos e Moacyr Froes, no bairro São João Batista, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Início: Maio de 2013
Previsão de entrega: Julho de 2014
Construtora responsável: Consórcio Integração – Construtora Cowan S.A. / Delta Construções S.A.
Recursos investidos: Obra fazia parte da Meta 2 das obras do Move Antônio Carlos/Pedro I, no edital 106/10. O viaduto integrava o rol de obras do Lote II da licitação, que totalizava R$ 15.499.752,29. Todo o corredor do sistema Antônio Carlos/Pedro I estava orçado em R$ 460,5 milhões.
fonte;hoje em dia
Uma criança de apenas 5 anos, Maria Clara, filha da condutora, está entre as vítimas. Todos os feridos foram socorridos por equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para o Hospital Risoleta Neves.
O viaduto será agora partido em blocos do local para retirada de carros e de possíveis vítimas que se encontram entre os escombros. A construção está inserida nos lotes de obras da avenida Pedro I, orçada ao custo de R$ 138,9 milhões, e faz parte do BRT/Move, o sistema de ônibus articulados com pista exclusiva.
Após trabalharem por mais de 6 horas, os Bombeiros conseguiram tirar o carro que estava preso embaixo do viaduto "Batalha dos Guararapes", que desabou na tarde de quinta-feira (3) na avenida Pedro I, no bairro São João Batista, em Belo Horizonte. Após tentarem sem sucesso erguer a estrutura para retirar o veículo, os bombeiros precisaram cavar o caminho pelo asfalto e depois usaram um cabo de aço acoplado em uma das máquinas para puxá-lo. Apenas o condutor harlys Frederico Moreira do Nascimento estava no veículo. Ele era morador da cidade de Lagoa Santa, na região norte da Grande BH. O helicóptero da corporação está no local caso a vítima seja retirada com vida.
"Fizemos tentativas de retirada do carro com macacos hidráulicos, mas não houve grande movimentação. Agora estamos fazendo o que chamamos de remoção hidráulica. As máquinas perfuram o solo abaixo do carro e usam a água para limpar ", explicou a assessora de imprensa do Corpo de Bombeiros, capitão Jordana de Oliveira. "O trabalho é feito com muito cuidado pq não queremos abalar mais a estrutura", completou.
O viaduto pesa 2.500 toneladas e tem 150 metros de extensão por 3 metros de espessura. Ele ficava situado a 5,5 metros do chão. São 70 homens e três máquinas trabalhando na operação de resgate. Segundo a militar, não há uma mobilização deste porte na corporação desde o grave acidente que matou 69 operários e feriu outros 100, no dia 4 de fevereiro de 1971, quando um pavilhão que estava em construção no Parque de Exposições da Gameleira desabou durante as obras. Confira a galeria da tragédia em Belo Horizonte:
Estrutura
Equipes da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e a Defesa Civil Municipal foram ao local do acidente para avaliar os danos. Por precaução, a Polícia Militar retirou operários que trabalhavam no viaduto ao lado do que despencou, já que ele pode ter tido suas estruturas abaladas. Segundo a PM, já foram vistas rachaduras no segundo viaduto.
"A Defesa Civil e os bombeiros já vistoriam o conjunto habitacional que fica no entorno para garantir que não foram abalados. Mas os moradores podem nos procurar se necessário", declarou o assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Edgar Estevo da Silva.
Ainda conforme o militar, foram solicitados dois guindastes, cada um com capacidade de 600 toneladas, para o trabalho de retirada dos veículos presos embaixo do viaduto. O Exército foi acionado para auxiliar no caso.
Após vistoria da Defesa Civil nos prédios ao lado de onde ocorreu a queda do viaduto, a Defesa Civil concluiu que nenhum imóvel foi danificado e com isso nenhuma residência será interditada.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), um comitê composto por técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, da Defesa Civil, da Cowan, empresa responsável pelas obras, e da Consol, empresa responsável pelo projeto, foi imediatamente convocado para fazer um levantamento de todos os dados que envolvem o ocorrido, elaborar um criterioso diagnóstico das causas do acidente e definir as providências que serão tomadas.
Este comitê também irá acompanhar de perto o trabalho de perícia e elaboração de laudo técnico por parte das autoridades competentes, fornecendo inclusive todas as informações necessárias para o esclarecimento das causas deste lamentável acidente.
Susto
Enílson Luiz estava dentro do ônibus no momento da queda do viaduto
O chefe de churrasqueiro Enílson Luiz, de 37 anos, estava no ônibus suplementar atingido pela estrutura do viaduto e, emocionado, disse que nasceu de novo. "Geralmente não pego essa linha e tive que pegar hoje para chegar mais rápido ao trabalho. Lembro que tinha acabado de passar uma linha articulada do Move e aí só ouvi a gritaria, pessoas pedindo socorro e saindo pelas janelas e portas", relatou.
"Não consigo tirar a cena da cabeça. Foi correria e gritos de 'ai meu Deus' por todo lado. Estou sem reação ate agora". O relato é da atendente Ana Carolina Caetano, de 20 anos, que viu o viaduto cair. Ela trabalha na estação Move Lagoa do Nado e atendia uma usuária quando, por volta das 15h, ouviu o estrondo. Sete pessoas estavam na plataforma, a cerca de 150 metros do viaduto. "Todos foram para fora, eu não consegui sair do lugar. Tem um viaduto do lado da estação e agora está dando medo".
Desvio
Com a queda do viaduto, a avenida Pedro I está completamente interditada nos dois sentidos, complicando o trânsito em diversas vias de Belo Horizonte (confira rotas alternativas para desviar de trecho onde houve queda de viaduto). A BHTrans, empresa que gerencia o sistema de transporte e o trânsito na capital, fez vários desvios. No momento, há congestionamentos na avenida Cristiano Machado, sobretudo nas imediações do Minas Shopping, com reflexos no Anel Rodoviário, no acesso à avenida Catalão. A avenida Padre Pedro Pinto também tem retenções no fluxo de veículos, assim como a Linha Verde, desde a Cidade Administrativa até o acesso à Pedro I.
As opções de desvio repassadas pela empresa são pelas avenidas Cristiano Machado, Portugal e General Olímpio Mourão Filho, de onde saía o viaduto em obras. Ainda conforme a BHTrans, o tráfego para quem se desloca no sentido Venda Nova será feito pelos bairros próximos.
Para quem seguia em direção à Venda Nova, uma das opções é passar pela avenida Portugal e em, seguida, pegar a avenida Doutor Cristiano Guimarães (onde fica a sede do 13º Batalhão da Polícia Militar) e seguir até a avenida Cristiano Machado e a avenida Waldomiro Lobo, conforme a BHTrans. Uma outra possibilidade é pelo viaduto da avenida João Samaha, passando pela rua 12 de outubro e chegando até a Vilarinho.
Já para quem segue em sentido ao Centro da capital, deve-se sair da avenida Pedro I e pegar a Padre Pedro Pinto, próximo ao Hospital Risoleta Neves, pegando em seguida a avenida Cristiano Machado.
Interdição
Em fevereiro deste ano o viaduto Montese, também na avenida Pedro I, teve que ser interditado após um deslocamento de aproximadamente 30 centímentros. O fluxo de veículos das pistas mistas teve que ser suspenso por uma semana. No local ocorriam obras do Move. Na ocasião, a Sudecap descartou o risco de queda da estrutura.
Raio X – Viaduto
Nome: Batalha do Guararapes
Localização: Ligava a Avenida General Olímpio Mourão Filho, no Itapoa, às ruas Doutor Álvaro Camargos e Moacyr Froes, no bairro São João Batista, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Início: Maio de 2013
Previsão de entrega: Julho de 2014
Construtora responsável: Consórcio Integração – Construtora Cowan S.A. / Delta Construções S.A.
Recursos investidos: Obra fazia parte da Meta 2 das obras do Move Antônio Carlos/Pedro I, no edital 106/10. O viaduto integrava o rol de obras do Lote II da licitação, que totalizava R$ 15.499.752,29. Todo o corredor do sistema Antônio Carlos/Pedro I estava orçado em R$ 460,5 milhões.
fonte;hoje em dia
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