Seja bem-vindo. Hoje é

Phelps vai, Bolt chega, e vento leva de Londres dois terços das chances de medalha do Brasil





04/08/2014


Phelps vai, Bolt chega, e vento leva de Londres dois terços das chances de medalha do Brasil

  • Fabiana Murer não avança às finais do salto com vara em Londres; vento foi o vilão do dia Fabiana Murer não avança às finais do salto com vara em Londres; vento foi o vilão do dia
Michael Phelps deu, neste sábado, suas últimas braçadas olímpicas. Perto dali, no estádio olímpico, Usain Bolt assumiu o posto de maior atleta da Olimpíada que o norte-americano acaba de deixar vago. Enquanto essa passagem de bastão de estrela-mor das Olimpíadas acontecia, o Brasil se deparou com sua realidade: assim como Fabiana Murer viu sua medalha sumir, segundo ela, por causa do vento londrino, dois terços das chances de pódio com que o Brasil chegou à Inglaterra já foram embora.
A transição entre Phelps e Bolt não poderia ser mais emblemática. Em sua despedida, o nadador levou a 22ª medalha olímpica de sua carreira com um ouro. A conquista veio no revezamento 4x100 m medley, prova que o time dos EUA nunca perdeu em uma Olimpíada. No pódio, ele recebeu um troféu especial da Fina (Federação Internacional de Natação) por uma carreira que, segundo o próprio, acaba aos 27 anos.

Olimpíadas em fotos - imagens comentadas que resumem o dia 04/08

Foto 1 de 18 - Em 2008, a culpa foi da vara perdida. Em 2012, Fabiana Murer resolveu acusar as forças da natureza pelo seu fracasso. A atleta alegou que o vento contrário estava forte e, assustada, abandonou as eliminatórias do salto com vara antes de seu último salto. O "tsunami" londrino arrastou para longe as chances de medalha da atleta AFP PHOTO / FRANCK FIFE
Já Bolt entrou em cena com a mesma irreverência de sempre. O homem mais rápido do planeta chegou ao bloco de largada sorrindo e fazendo brincadeiras com o público. Errou na saída em sua eliminatória dos 100 m rasos. Diminuiu o ritmo no final. E mesmo assim chegou em primeiro lugar.
A excelência da dupla Phelps-Bolt contrasta com os resultados das estrelas brasileiras. Foi um sábado amargo para o país. Logo pela manhã, Fabiana Murer, campeã mundial e uma das favoritas para uma medalha, acabou eliminada das Olimpíadas ainda nas eliminatórias do salto com vara. Recordista sul-americana com 4,85 m, ela não conseguiu passar dos 4,55 m em Londres. O vilão foi o vento, tão forte na cidade olímpica neste sábado que bandeiras foram arrancadas de seus estandartes - na final do tênis feminino, Serena Williams ouviu o hino americano sem o “star spangled banner” por isso.
“Quando saí correndo, o vento estava muito forte contra, aí parei, decidi esperar mais um pouco e quando comecei a correr de novo ainda estava muito forte. Realmente não dava para fazer o salto porque estava muito perigoso, e não dava mais tempo”, explicou Mure
A medalha que Fabiana deixou voar, porém, não foi a única que o Brasil lamentou em sete dias dos Jogos de Londres. Considerando as previsões de medalhas de três fontes diferentes (Sports Illustrated, USA Today e Guardian), somando os diferentes atletas e equipes que poderiam subir ao pódio, o Brasil havia chegado aos Jogos com 27 medalhas em potencial. Hoje, sobram apenas dez (11, na verdade). Quase dois terços a menos.
No judô, por exemplo, sete atletas poderiam medalhar. Três (Sarah Menezes, Mayra Aguiar e Rafael Silva) confirmaram as expectativas. Um, Felipe Kitadai, surpreendeu a todos com seu bronze. Os outros quatro (Leandro Cunha, Leandro Guilheiro, Érika Miranda e Rafaela Silva) perderam. No boxe, dos quatro candidatos (Robson Conceição, Everton Lopes, Esquiva Falcão e Myke Carvalho), só um segue vivo: Yamaguchi Falcão, que está a uma vitória do pódio, não aparecia na lista de possíveis medalhistas.
Na natação, que terminou neste sábado, o Brasil tinha três chances, com Cesar Cielo nos 50 m livre e 100 m livre e com Felipe França nos 100 m peito. Dessas, só levou uma, com Cielo nos 50 m. A outra foi de Thiago Pereira, ignorado nas previsões. Outros pódios em potencial que já se despediram são a seleção feminina de futebol e Diego Hypolito no solo da ginástica.
No total, 11 medalhas ainda podem ser conquistadas de acordo com a análise das publicações. Além de Esquiva Falcão - e de seu esquecido "xará", Yamaguchi - no boxe, o país  pode subir ao pódio com Arthur Zanetti na prova de argolas da ginástica, Poliana Okimoto na maratona aquática e Natália Falavigna no taekwondo. Nos esportes coletivos, as chances são das seleções masculinas de futebol e basquete, dos times masculino e feminino de vôlei e com as duplas Alison/Emanuel e Juliana/Larissa no vôlei de praia. Que o vento seja bom para eles.

ATLETISMO

BOXE


O sábado foi de sentimentos distintos para os brasileiros no boxe. Yamaguchi Falcão começou perdendo, mas se recuperou no restante do combate e venceu o chinês Fanlong Meng na categoria até 81 kg. Já Everton Lopes, atual campeão mundial dos meio-médios-ligeiros, sofreu com os contra-ataques do o cubano Roniel Iglesias e acabou eliminado precocemente em sua estreia.

FUTEBOL

Em uma Olimpíada que já começou mais fácil porque a Argentina de Messi não participa, o trajeto do Brasil rumo à inédita medalha de ouro conseguiu ficar mais tranquilo ainda. Depois de sofrer para ganhar de virada de Honduras por 3 a 2, Neymar e Cia se livraram de ter de enfrentar os donos da casa. O adversário será a Coreia do Sul, que bateu o Reino Unido nos pênaltis. Na outra semi estão México e Japão. As partidas que definirão os dois finalistas acontecem nesta terça.

REMO

Kissya Cataldo não apareceu para disputar a final C do skiff simples. A Confederação então informou que ela teria acordado com uma indisposição. Minutos depois, uma nova versão: ela havia sido comunicada sobre uma suspensão preventiva por ter sido flagrada em um exame antidoping realizado antes dos Jogos e, por isso, não competiu. Ainda não foi divulgada qual a substância proibida que ela utilizou. Ela disse ter ficado surpresa com a notícia, pois alegou usar os mesmos suplementos há muito tempo e não teria tomado nada diferente.

TÊNIS

  • REUTERS/Mike Blake Se houve uma pessoa que brilhou neste sábado em Wimbledon, esta foi Serena Williams. Só deu a norte-americana na grama sagrada em que são disputados os Jogos de Londres. Primeiro, a ex-número 1 do mundo massacrou Maria Sharapova, cedendo apenas um game, e conquistou seu primeiro título olímpico individual. Depois, ainda se juntou à irmã Venus e assegurou vaga na final de duplas femininas após vencer outras duas russas, Nadia Petrova e Maria Kirilenko. A festa americana ficou completa quando os irmãos Bryan conquistaram o ouro na chave de duplas masculinas após triunfarem sobre os franceses Michael Llodra e Jo-Wilfried Tsonga.

TRIATLO

Pamella Oliveira tinha tudo para brigar por uma medalha no triatlo, pelo que mostrou na natação e no ciclismo. No entanto, foi na bicicleta que o sonho ficou para 2016. Numa curva, o asfalto molhado causou um tombo da capixaba, que mesmo ralada e com o braço sangrando voltou ao selim para terminar a prova. Pamella foi 30ª em uma disputa que teve final emocionante, definida no photo-finish. Quem levou a melhor, por menos de 15 cm, foi a suíça Nicola Spirig, que bateu Lisa Norden, da Suécia

VÔLEI


Não foi uma partida fácil. O Brasil suou, mas venceu apertado a Sérvia por 3 sets a 2 e garantiu classificação para a próxima fase.

O adversário do Brasil nas quartas ainda não está definido e deve sair da disputa entre Argentina, Bulgária e Itália. Assim, o time comandado por Bernardinho foge de um duelo contra a Polônia, carrasca na última Liga Mundial: foram quatro derrotas em cinco confrontos.

VÔLEI DE PRAIA

Geen opmerkings nie :

Plaas 'n opmerking

AddToAny

Página