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Crise reduz preço e eleva oferta de ilhas gregas à venda EM 2012


Em uma das empresas, a oferta dobrou para 20 ilhas no semestre.
Outra diz que preços caíram até 20% nos últimos meses


A crise grega está aquecendo o mercado de venda e aluguel de ilhas gregas, segundo empresas que trabalham com esse tipo de propriedade. É possível encontrar preços mais baixos, proprietários mais abertos a negociar, mais propriedades à venda e, se for o caso, ilhas para alugar como forma de reduzir as despesas dos donos

28/07/2012

Nos últimos seis meses, o número de ilhas gregas publicamente à venda na Private Islands dobrou de 10 para 20. A empresa canadense, que trabalha com propriedade de todos os continentes, diz que também houve aumento de propriedades ofertadas só para um público específico, as do “marketing discreto”, como diz o diretor de operações da empresa, Andrew Welsh.


Uma das mais baratas ilhas è venda, a St. Athanasios está sendo ofertada por 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 3,7 milhões). (Foto: Divulgação/Greek Property Exchange)

“Por conta da recente atenção da imprensa à crise econômica grega, tivemos um incremento no número de ilhas à venda na Grécia nos últimos seis meses”, diz Welsh. As vendas não têm aumentado na mesma proporção, no entanto, devido à burocracia para a compra.

Os preços das ilhas da Greek Property Exchange, inaugurada em 2010 por gregos que moram fora da Grécia, caíram entre 10% e 20% desde os tumultos de maio em Atenas. Segundo o presidente da empresa Georgios Stroumboulis, os episódios geraram publicidade negativa e afastaram visitantes. Com a queda, é possível comprar uma ilha no golfo de Corinto por € 1,5 milhão (cerca de R$ 3,7 milhões).


Anunciado em 14 milhões de euros (cerca de R$ 35 milhões), o preço
ilha de Kato Antikeri é negociável (Foto: Divulgação/Private Islands)

A empresa francesa Demeures de Grece (Casas de Grécia) também diz que os donos estão mais flexíveis, o que tem diminuído o preço das terras. “A crise afeta principalmente os preços; a oferta, já não tanto”, diz Nicolas Mugni, o sócio da empresa francesa.

Ainda assim, a empresa divulga os preços mais caros entre as três consultadas. Uma ilha sem permissão para construir está cerca de € 5 milhões (cerca de R$ 12 milhões); já uma com toda a documentação necessária varia entre € 8 milhões e € 15 milhões (aproximadamente R$ 19 milhões a R$ 37 milhões).

Na Private Island, mesmo sem os preços terem caído sensivelmente é possível encontrar ilhas gregas mais baratas, por cerca de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 2 milhões). Mas a mais cara custa € 150 milhões (cerca de R$ 370 milhões).

Descontos, no entanto, também podem ser conseguidos diz Mungi, na Demeures de Grece. Segundo ele, brasileiros que conhecem o mercado de ilhas gregas fazem ofertas com desconto de 30%, 40% e geralmente fecham o negócio. Os que não conhecem tentam barganhar até 80% de desconto e acabam não comprando, diz.

Aluguel

Uma alternativa à venda é o aluguel de ilhas nas férias para ajudar a custear as despesas dos proprietários. A Greek Property Exchange tem um portfólio de ilhas à venda, mas também tem trabalhado com aluguel de férias, segundo Stroumboulis.

Mesmo fazendo parte do negócio, ele diz que a venda de ilhas deve ser utilizada como um "último recurso", mas recomenda aluguéis de longo prazo. "A primeira coisa é desenvolver a economia e atrair investimento interno estrangeiro para criar a infraestrutura necessária, o ponto é para ganhar dinheiro", diz.

Os empresários das três empresas que vendem ilhas gregas dizem, no entanto, que é difícil vende-las. Segundo a Greek Property Exchange, um dos entraves é que a infraestrutura de muitas delas não está configurada para a venda. A francesa Demeures de Grece diz que o mercado de ilhas privadas no país é muito complicado porque é preciso mais de 15 aprovações e licenças de vários ministérios para se construir em uma ilha privada.

A Greek Property Exchange diz que recebe visitantes de mais de 120 países e nos últimos seis a 12 meses tem tido um aumento de tráfego de brasileiros. A Private Islands fechou perceria com uma imobiliária brasileira para se aproximar dos brasileiros, mas o negócio está focado no sentido contrário: atrair estrangeiros a comprar propriedades no Brasil.

fonte;g1

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