Emergência lotada em posto do bairro de Pernambués
A demora no atendimento é a principal reclamação dos
usuários que frequentam as unidades de emergências do Sistema Único de Saúde (SUS) pertencentes ao Estado e ao município. Para chegar a este “diagnóstico” A TARDE percorreu seis unidades de pronto atendimento (UPAs) da capital no período de duas semanas.
31/05/2012
Quatro delas municipais: 12º Centro Alfredo Boreau (Boca do Rio), Unidade de Emergência de São Marcos, Pronto Atendimento (PA) Edson Barbosa (Pernambués) e Unidade de Pronto Atendimento Hélio Machado (UPA de Itapuã). Entre as duas estaduais, foram visitadas a UPA de Escada, no subúrbio, e o PA Mãe Hilda, no Curuzu. Em muitos casos a espera chegou perto das 4 horas.
Após esperar quatro horas na emergência de São Marcos, o vidraceiro André Luiz, 26, que mora em Vale dos Lagos, desistiu e foi procurar atendimento no posto da Boca do Rio. “Ouvi boas referências [da Unidade de São Marcos]. Por isso, procurei a unidade”, contou ele, com um quadro de diarreia, febre e dor de cabeça.
Já a doméstica Alaine Alves, 25, moradora de Fazenda
Coutos 3, lembra que já passou três horas na UPA de Escada, até que a avó fosse medicada, por conta de uma infecção. “Fui informada de que [o quadro dela] não era de emergência. Quando a pessoa tem dores, é sempre uma emergência”, conclui.
No PA de Pernambués, a dona de casa Rosana Nunes, 39, diz que “a qualidade do serviço até que é boa”, mas pondera. “O problema é o doente ficar esperando”, disse ela, que saiu de Brotas para levar o padrasto com dores no corpo, na terça-feira.
Na fila do PA Mãe Hilda, no Curuzu, a comerciária Silvana Barros, 36, moradora do bairro Sete Portas, estava aflita pelo filho com diarreia, vômitos e febre: “Há três dias, falto ao trabalho para buscar atendimento”, reclama.
Reprovação do Idsus - Com uma população aproximada de 2,7 milhões de habitantes, Salvador dispõe de 15 unidades de emergência ou pronto atendimento (nove municipais e seis estaduais) para atender aos casos de saúde considerados com média e alta complexidade.
Cerca de 9 mil pessoas são recebidas mensalmente, uma média de 300 por dia, segundo os órgãos gestores, que têm se mostrado incapazes de evitar a superlotação das unidades, onde a espera varia de duas a quatro horas para ver um médico.
Levantamento recente do Ministério da Saúde, aponta que o Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (Idsus) 2012 coloca Salvador, terceira maior cidade do país, na 12ª posição do ranking de acesso e qualidade dos serviços. Numa escala de 0 a 10, o Idsus classificou a capital baiana com a nota 5,86, atrás de Recife, São Luís e Natal, respectivamente, melhores capitais nordestinas.
Com 5,39 pontos, a Bahia está na 13ª colocação, entre os 26 estados, mais o Distrito Federal. Regionalmente fica atrás de estados menores como Alagoas (5,43) e Rio Grande do Norte (5,42). Também abaixo da média do Brasil, que é de 5,47. Como alento, o Ministério da Saúde destaca que o índice ideal para cada Estado seria 7. Nesse quesito, todos foram reprovados.
Para chegar ao resultado da nota, o Idsus avaliou, entre 2008 e 2010, quatro níveis de atenção: básica, ambulatorial, hospitalar, além de urgência e emergência. Nesse período se fez o cruzamento de 24 indicadores, 14 deles avaliam o acesso e 10 monitoram a efetividade dos serviços de saúde.
Ainda, classificou 5.563 municípios por grupos homogêneos, de 1 a 6, com base nos índices de desenvolvimento socioeconômico (IDSE), de condições de saúde (ICS) e de estrutura (IESSM). No grupo 1, Salvador é considerada com o IDSE alto, ICS médio e IESSM com “muita estrutura de média e alta complexidades”.
FONTE;UOL
Quatro delas municipais: 12º Centro Alfredo Boreau (Boca do Rio), Unidade de Emergência de São Marcos, Pronto Atendimento (PA) Edson Barbosa (Pernambués) e Unidade de Pronto Atendimento Hélio Machado (UPA de Itapuã). Entre as duas estaduais, foram visitadas a UPA de Escada, no subúrbio, e o PA Mãe Hilda, no Curuzu. Em muitos casos a espera chegou perto das 4 horas.
Após esperar quatro horas na emergência de São Marcos, o vidraceiro André Luiz, 26, que mora em Vale dos Lagos, desistiu e foi procurar atendimento no posto da Boca do Rio. “Ouvi boas referências [da Unidade de São Marcos]. Por isso, procurei a unidade”, contou ele, com um quadro de diarreia, febre e dor de cabeça.
Já a doméstica Alaine Alves, 25, moradora de Fazenda
Coutos 3, lembra que já passou três horas na UPA de Escada, até que a avó fosse medicada, por conta de uma infecção. “Fui informada de que [o quadro dela] não era de emergência. Quando a pessoa tem dores, é sempre uma emergência”, conclui.
No PA de Pernambués, a dona de casa Rosana Nunes, 39, diz que “a qualidade do serviço até que é boa”, mas pondera. “O problema é o doente ficar esperando”, disse ela, que saiu de Brotas para levar o padrasto com dores no corpo, na terça-feira.
Na fila do PA Mãe Hilda, no Curuzu, a comerciária Silvana Barros, 36, moradora do bairro Sete Portas, estava aflita pelo filho com diarreia, vômitos e febre: “Há três dias, falto ao trabalho para buscar atendimento”, reclama.
Reprovação do Idsus - Com uma população aproximada de 2,7 milhões de habitantes, Salvador dispõe de 15 unidades de emergência ou pronto atendimento (nove municipais e seis estaduais) para atender aos casos de saúde considerados com média e alta complexidade.
Cerca de 9 mil pessoas são recebidas mensalmente, uma média de 300 por dia, segundo os órgãos gestores, que têm se mostrado incapazes de evitar a superlotação das unidades, onde a espera varia de duas a quatro horas para ver um médico.
Levantamento recente do Ministério da Saúde, aponta que o Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (Idsus) 2012 coloca Salvador, terceira maior cidade do país, na 12ª posição do ranking de acesso e qualidade dos serviços. Numa escala de 0 a 10, o Idsus classificou a capital baiana com a nota 5,86, atrás de Recife, São Luís e Natal, respectivamente, melhores capitais nordestinas.
Com 5,39 pontos, a Bahia está na 13ª colocação, entre os 26 estados, mais o Distrito Federal. Regionalmente fica atrás de estados menores como Alagoas (5,43) e Rio Grande do Norte (5,42). Também abaixo da média do Brasil, que é de 5,47. Como alento, o Ministério da Saúde destaca que o índice ideal para cada Estado seria 7. Nesse quesito, todos foram reprovados.
Para chegar ao resultado da nota, o Idsus avaliou, entre 2008 e 2010, quatro níveis de atenção: básica, ambulatorial, hospitalar, além de urgência e emergência. Nesse período se fez o cruzamento de 24 indicadores, 14 deles avaliam o acesso e 10 monitoram a efetividade dos serviços de saúde.
Ainda, classificou 5.563 municípios por grupos homogêneos, de 1 a 6, com base nos índices de desenvolvimento socioeconômico (IDSE), de condições de saúde (ICS) e de estrutura (IESSM). No grupo 1, Salvador é considerada com o IDSE alto, ICS médio e IESSM com “muita estrutura de média e alta complexidades”.
FONTE;UOL
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