Lista dos corruptos dos maus homens públicos BRASIL 2100
Site atualizado em 15 / 01 / 2003
www.geocities.com/Paris/Opera/4700/
A lista está em ordem cronológica. Para procurar por um nome específico;
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MARCELLO ALENCAR / RJ Enquanto governador do Rio, arranjou com a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, um emprego vitalício no Tribunal de Contas do Estado (cujas atribuições incluíam investigar os gastos da administração do próprio governador Alencar) para o seu filho, Marco Antônio Alencar. Só em salários, ao longo de três décadas, o cargo estava cotado em 3,2 milhões de reais, fora o carro com motorista, auxiliares de gabinete e outras prerrogativas da função. Investigava-se no tribunal, a suspeita de que o governo de Alencar, inflava as despesas com educação. Entre outras irregularidades, havia um dossiê revelando que 25% da água encanada no Rio se perdia nos vazamentos da Cedae.
Fonte: Revista Veja - 29/10/96
PAGAVA O JARDINEIRO COM DINHEIRO PÚBLICO:
WIGBERTO TARTUCE - PPB / DF Deputado de Brasília, foi descoberto pagando um jardineiro para sua mansão com o dinheiro da Câmara.
Fonte: Revista Veja - 08/01/97
FUNCIONÁRIOS FANTASMAS:
CÂNDIDO VACCAREZZA - PT / SP Na época era secretário-geral e terceiro homem na hierarquia do partido, onde recebia seu salário. Só que ele também era funcionário fantasma da Câmara Municipal de São Paulo, onde só aparecia por lá uma vez por mês para assinar o ponto. Médico concursado da prefeitura de São Paulo desde 1984, onde era pago pelos munícipes, sempre dava um jeitinho de ficar lotado em gabinetes de vereadores amigos.
PAULO VANUCCHI - PT / SP Servidor da Câmara Municipal de São Paulo, recebia seus proventos dos cofres públicos, mas só dava expediente no escritório político do partido.
MUNA ZEYN - PT / SP Funcionária da prefeitura de São Paulo, onde recebia salário pago pelos munícipes, mas atuava como assessora direta em um escritório do partido.
Fonte: Revista Veja - 08/01/97
A "GRANDE FAMÍLIA":
NIVALDO JATOBÁ - PMDB / AL Prefeito de São Miguel dos Campos, Alagoas, empregou a família na prefeitura. Das seis secretarias existentes, duas estão com suas filhas e outras duas com irmãs. As duas restantes foram assumidas por funcionários de uma empresa sua. O presidente da Câmara dos vereadores é seu irmão e todos os cargos comissionados foram ocupados por familiares ou empregados da sua família.
Fonte: Revista Veja - 08/01/97
JUÍZ DA PARAÍBA, REI DO NEPOTISMO:
SEVERINO MARCONDES MEIRA Em 10 anos como juíz do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba, ele já conseguiu colocar 63 parentes na folha de pagamento do TRT, numa variada equipe de filhos, mulher, sobrinhos, primos e noras. Todo mês, a parentada leva para casa cerca de R$ 250.000, equivalentes a 10% da folha de pagamento do TRT. "Criterioso", selecionava os salários segundo o grau de parentesco.
Fonte: Revista Veja - 08/01/97
JOAQUIM "RUÍNS":
JOAQUIM RORIZ A CPI do Orçamento realizada entre 93 e 94 concluiu pela suspeita de que o então governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, cometeu irregularidades na gestão nos recursos públicos. O relatório final afirma que Roriz tinha movimentações financeiras incompatíveis com seus rendimentos, omitia parte de seus bens da Receita Federal e que muitas denúncias não foram investigadas por falta de tempo. Uma das pessoas não ouvidas foi o ex-capataz de Roriz, dono de uma conta milionária do Banco do Progresso. Na época, o capataz disse em depoimento à Polícia Federal, que a conta era usada para fazer pagamentos de boiadas adquiridas por Roriz e que ele próprio assinava os cheques. O ex-capataz procurou depois a imprensa para contar uma história bem diferente. "Joaquim Roriz me pediu para mentir", afirmou. Segundo o relato, Roriz ordenou que se escondesse numa fazenda, para não ter de depor e que em pouco tempo tudo se resolveria. Três anos depois da CPI, o capataz diz que está desempregado, com o nome sujo onde mora, e completamente endividado. Munido de um calhamaço de documentos, o ex-capataz relata que não era ele quem assinava os cheques e que o dinheiro da conta pertencia a Roriz. Um dos papéis é a cópia de um cheque em nome do capataz, e um comprovante de depósito no mesmo valor do cheque, inclusive os centavos, feito em nome de Joaquim Roriz. O ex-capataz afirma que a assinatura que endossou o cheque é falsa. Duas assinaturas feitas em um pedaço de papel, a pedido de ISTOÉ, são totalmente diferentes da que o ex-capataz apresenta como sendo a do endosso do cheque.
Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 15/01/97
* Obs: Também contratou familiares (20 ! entre irmãos, primos e sobrinhos dele e da mulher), pagos com o dinheiro público.
Fonte: Revista Veja - 16/02/2000
20/04/2012
lista completa a seguir......
PREFEITOS PAULISTAS CASSADOS POR IRREGULARIDADES:
VALTERCIDES MONTEIRO - PMDB / SP Na cidade de Guaraci/SP, o então prefeito Valtercides foi julgado, por desvio de verba, emissão de notas frias e por não pagar os salários dos vereadores e funcionários da Prefeitura.
UÉDINA APARECIDA DA SILVA COLOSIO - PDT / SP A ex-prefeita de Nhandeara/SP, ficou conhecida nacionalmente por mandar pintar de rosa prédios públicos e ônibus da cidade, numa "singela homenagem às mulheres". Um ano e meio depois, teve seu mandato cassado.Durante o processo, outras irregularidades foram levantadas: o não repasse do orçamento da Câmara, a contratação de funcionários sem concurso e o desconhecimento de ofícios enviados pelos vereadores.
LUIZ ALEXANDRE DE GALVÃO - PFL / SP Vereador na cidade de Nhandeara/SP, foi procurado pela prefeita Uédina (acima) que precisava de um aliado para fazer a maioria na Câmara e aprovar projetos de seu interesse. Uédina ofereceu a Galvão, ex-motorista da Prefeitura, um jipe ano 66 e um adicional de R$ 500 a seu salário de R$ 720. A gratificação se estendeu por 6 meses, totalizando R$ 3 mil. "Os dois acabaram brigando, e ele nos procurou para contar tudo e mostrar as provas”, contou um vereador.
JOSÉ CARLOS GARZIN - PFL /SP Em Balbinos/SP, onde o prefeito Garzin foi deposto, os telefones da Câmara e da Prefeitura foram cortados por falta de pagamento.
LUÍZ CARLOS DOS REIS - PDT / SP Em Francisco Morato/SP, o prefeito Luís Carlos foi cassado por não repassar cestas básicas aos funcionários e não ter depositado o dinheiro descontado do salário dos servidores.
ANTÔNIO IZZO - PPB / SP Em Bauru/SP, o então prefeito Izzo foi acusado de desviar R$ 100 mil dos R$ 176 mil pagos por um terreno desapropriado.
JOSÉ AMOROSO / SP Em 1991, foi eleito prefeito de Cravinhos/SP prometendo construir casas populares, e teve o mandato cassado pela Câmara sob a acusação de desviar verbas. Em 1996, disputou as eleições, tendo como vice em sua chapa, a filha Eliane Pavan Amoroso e prometendo novamente a construção de casas para a população carente. O ex-prefeito venceu a eleição, tomou posse, mas, menos de um ano depois, era de novo cassado, sob a mesma acusação: desvio de verbas. Além disso, pesou o fato de o salário do funcionalismo estar atrasado há 4 meses. A votação para cassar o mandato foi unânime: 15 votos a 0.
ELIANE PAVAN AMOROSO / SP Filha de José Amoroso (acima) e sua vice na chapa, tomou posse. Acabou ficando no cargo menos tempo que o pai, já que foi cassada no mesmo ano. As acusações: não repassar o orçamento mensal da Câmara, nomear e pagar salários para um diretor de uma Casa de Cultura que não existia, manter como secretários municipais 3 parentes afastados por decisão da Justiça, e não abrir uma sindicância para apurar os casos herdados do pai e, segundo os vereadores, também
por usar material da empresa de construção da prefeitura para finalizar sua casa.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 14/09/98
VENDEU CASTELOS DE AREIA:
SÉRGIO NAYA Ex-deputado mineiro, acusado pelo desabamento do edifício Palace II, de sua construtora, que causou a morte de oito pessoas no Rio em fevereiro de 1998 (descobriu-se depois, que tinham usado areia de má qualidade, e mais barata, no prédio). Sumiu do país, e foi localizado mais tarde em Miami, livre, leve e solto, fiscalizando obras de um hotel 5 estrelas. Das 130 famílias desabrigadas, ou parentes das vítimas, apenas uma tinha sido indenizada. (Descobriu-se depois que Naya havia sonegado da Receita Federal, aproximadamente R$ 8.300.000. Esse dinheiro, conseguido com a venda dos apartamentos do Edifício Palace, foi desviado para as contas que Sérgio Naya tinha no Uruguai. - Jornal da Globo - Rede Globo - 19/05/2000).
Fonte: Revista Veja - 23/12/98 (além de outros jornais e noticiários)
CONTRATAÇÃO VERGONHOSA DE PARENTES:
ZECA DO PT - PT / MS O Movimento Ação pela Moralidade e Eficiência do Poder Público do Mato Grosso do Sul se reuniu dia 02/02/99 na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) para discutir um projeto de lei de combate ao nepotismo no estado. Pediram apoio do governador Zeca do PT, que nomeou 8 (oito) parentes para cargos de primeiro e segundo escalão do governo.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 03/02/99
ALAN LOPES - PPB SP
ANTÔNIO GOULART - PMDB / SP
ARCHIBALDO ZANCRA - PPB / SP
AURELINO DE ANDRADE - PPB / SP
BRASIL VITA - PPB / SP
CELSO CARDOSO - PPB / SP
COSME LOPES - PPB / SP
DITO SALIM - PPB / SP
EDIVALDO ESTIMA - PPB / SP
HANNA GARIB - PPB / SP Era o "dono" da regional da Sé. Acusado de chefiar o esquema de recolhimento de propinas entre os camelôs do centro de São Paulo. Também foi acusado de ter mandado matar adversários. Teve os direitos políticos cassados até 2011, mas voltou à prefeitura como funcionário.
IVO MORGANTI - PFL / SP Considerado um dos vereadores que mais faltam na Câmara, Morganti, foi nomeado mais tarde, presidente de uma comissão para decidir sobre o afastamento do prefeito Pitta, e fez de tudo para impedir (veja mais em Pittagate).
JOOJI HATO - PMDB / SP
JORGE TABA - PDT / SP
JOSÉ IZAR - PFL / SP Senhor da regional da Lapa, foi rápido nas manobras políticas dentro da Câmara e, a despeito de todas as denúncias, escapou da cassação. Na polícia, foi indiciado depois, por formação de quadrilha, peculato, concussão e prevaricação.
JOSÉ OLÍMPIO - PPB / SP
JOSÉ SILVA AMORIM - PTB / SP
JOSÉ VIVIANI FERRAZ - PL / SP
LUIZ PASCHOAL - PTB / SP
MAELI VERGNIANO - PPB / SP (Admitiu que usava carro de uma empresa de coleta de lixo para levar filhos à escola. Perdeu o cargo de vereadora e responde a processo por peculato e formação de quadrilha)
MARIA HELENA FONTES - PL / SP (Foi inocentada pelos próprios vereadores em processo no qual era pedida a cassação de seu mandato por quebra do decoro parlamentar.Respondia a duas acusações, por guardar em casa um cheque em branco de um de seus funcionários e por reter o salário de seus assessores)
MÁRIO DIAS - PPB / SP
MILTON LEITE - PMDB / SP
MYRYAM ATHIE - PPB / SP
NATALÍCIO BEZERRA - PTB SP
OSVALDO ENÉAS - PRONA / SP (Tem o sobrenome e se parece muito com o outro Enéas (Carneiro), do mesmo partido, e está sempre nas manchetes, envolvido em maracutaias)
PAULO FRANGE - PPB / SP
PAULO ROBERTO FARIA LIMA - PPB / SP (Responsável pela regional de Pinheiros, uma das mais ricas da cidade, saiu ileso, apesar das inúmeras denúncias contra ele. Os promotores estimam que o esquema de propinas da regional movimentava cerca de 1 milhão de reais por mês)
TONINHO PAIVA - PFL / SP
VICENTE VISCOME - PPB / SP (Dono de um patrimônio avaliado em mais de 15 milhões de reais, viu sua carreira afundar rapidamente. O Ministério Público conseguiu provar sua participação no esquema de propinas da regional da Penha. Ficou foragido por um tempo, depois se apresentou à polícia, perdeu o mandato e foi parar na cadeia).
WADIH MUTRAN - PPB / SP
Fonte: O Estado de S. Paulo - 25/02/99 (além de outros jornais e noticiários)
VEREADOR "MUITO BONZINHO":
DITO SALIN - PPB / SP Vereador que "cobrava" 80% do salário de seus assessores.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 10/03/99
DEFENSOR DA TORTURA:
JAIR BOLSONARO - PPB / RJ Defendeu, em um programa de TV, o fechamento do Congresso. No caso de um ex-padre que sofreu torturas na época da ditadura, e que denunciou um de seus torturadores (que por descuído do Presidente da República, quase nomeou-o para diretor da Polícia Federal), Bolsonaro disse que o problema, foi que os torturadores haviam deixado o ex-padre vivo.
Fonte: Jornal da Record - Rede Record - 25/05/1999
JUÍZ "LALAU" :
NICOLAU DOS SANTOS NETTO A CPI do Judiciário acabou revelando evidências fortes contra o juiz, e ex-presidente do TRT paulista, suspeito de ter desviado recursos destinados à construção do Fórum Trabalhista, que abrigaria as repartições da Justiça do Trabalho espalhadas pela idade de São Paulo. Além de Nicolau (apelidado de juíz "Lalau"), outros representantes do Judiciário têm sido investigados.
Fonte: Site da OAB - www.oab.org.br - 09/05/99
"CURRICULUM" EXTENSO:
PAULO SALIM MALUF - PPB A CPI dos Fiscais convidou o presidente nacional do PPB e ex-prefeito de São Paulo, para prestar depoimento à comissão sobre irregularidades ocorridas na contratação de funcionários por empresas controladas pela Prefeitura entre 93 e 96. Celso Pitta também foi chamado. Comentava-se de supostos super-faturamentos em obras (veja mais em Desvio de mais de R$ 130 milhões). A comissão queria obter também, explicações de Maluf e Pitta sobre as contratações irregulares de funcionários pela Anhembi Turismo, Prodam e Iprem. Vereadores governistas, que pediram para não serem identificados,
disseram que foram procurados por Maluf, para evitarem que ele fosse convocado pela CPI.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br/ - 21/05/99
MARAJÁS E NEPOTISTAS:
FERNANDO GOMES - PTB / BA Prefeito de Itabuna, no interior da Bahia. Em 1991, quando exercia o primeiro mandato, apareceu no noticiário como o maior marajá municipal do país, ganhando, então, o equivalente a 13.500 reais por mês. Seu sucessor baixou o próprio salário de prefeito para 6.000 reais, mas Fernando Gomes voltou a eleger-se em 1996 e, mudou seu salário novamente para 13.500 reais.
MARCELO ( CECE ) VASCONCELOS DE OLIVEIRA Prefeito de Sete Lagoas (MG), e atualmente, o maior marajá municipal. Ele recebe 30.000 reais por mês (quase 4 vezes o salário do presidente da república) para comandar uma cidade de 167 mil habitantes. "No fundo, só ganho 22.500 reais, uma vez que o Leão leva 7.500", diz. Só falta agora o prefeito pedir isenção fiscal.
RAIMUNDO CARDOSO - PFL / BA Prefeito de Floresta Azul (BA), enpregou todas as secretarias e cargos de confiança com parentes, num total de 21 vagas de primeira linha. A esposa é secretária de Desenvolvimento Social, e seus filhos ocupam a Pasta de Saúde e de Finanças, responsável pela gestão do dinheiro da cidade. Os irmãos do prefeito respondem pelas secretarias de Agricultura e da Administração, e o genro está na Pasta de Desenvolvimento Urbano. Um primo foi escalado para cuidar dos recursos humanos, e um cunhado, nomeado chefe da Guarda Municipal. Os outros treze cargos de confiança foram preenchidos por primos, noras e sobrinhos do prefeito. Um em cada grupo de quinze servidores é parente do prefeito. Antes de virar chefe das Finanças municipais, o filho do prefeito, Fábio era empacotador de supermercado. O prefeito se defende dizendo que: "Todos foram contratados por critérios de competência". Em 1998, uma empreiteira ganhou dinheiro da prefeitura para fazer uma obra que jamais saiu do papel. A autorização de pagamento foi assinada pelo prefeito. Seu filho Fábio liberou o dinheiro com autorização do primo assessor de gabinete.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 26/05/99
* Obs.:Marcelo (Cece) Vasconcelos: Estava envolvido em licitações irregulares, mas salvo de investigações e CPI's por falhas processuais e firulas jurídicas.
Fonte: Jornal Boca do Povo - 22/08/99
OUTRO JUÍZ DENUNCIADO:
CASSIANO NETO Denunciado pelo Ministério Público, por contribuir para um "fundo" de propinas, para pagamento de policiais e autoridades.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 03/06/99
DEPUTADO ASSASSINO:
HILDEBRANDO PASCHOAL - PFL Deputado acusado por testemunhas de mandar matar adversários políticos (alguns ele teria pessoalmente mutilado braços e pernas com uma moto-serra). Salvo de investigações na época por sua "im(p)unidade parlamentar".
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 06/06/99 (além de outros jornais e noticiários)
DEPUTADO ESTELIONATÁRIO:
ONAIREVES ROLIM DE MOURA / PR Ex-deputado federal, foi cassado sob a acusação de ter pago US$ 50 mil para alguns parlamentares para mudarem de partido. Além de ser acusado de estelionato por causa de bingos, em 1997, quase foi afastado da Federação Paranaense de Futebol, onde presidia, por não pagar os impostos deste 1991. Chegou a alterar o estatuto da F.P.F. para continuar no poder. Para quem não se lembra, no dia da votação do impeachment de Collor, Onaireves discursou: "...Pela moralidade, pela família e pelo esporte", para dar o voto a favor da cassação do ex-presidente. Mas alguns dias antes, foi ele o anfitrião de um suntuoso jantar oferecido a Collor, quando já rolava o processo de impeachment do ex-presidente.
Fonte: O Estado de S. Paulo - 08/07/99 (além de outros jornais e noticiários)
"ESQUENTAVA" DOCUMENTOS PARA OS ANÕES DO ORÇAMENTO:
WILMA MAGALHÃES SOARES Empresária que utilizava sua agência de turismo para legalizar operações ilegais do esquema do "Anão" deputado João Alves.
(veja mais em Esquema dos Anões do Orçamento).
Fonte: O Estado de S. Paulo - 07/07/99
DEPUTADO ASSASSINO:
TALVANE ALBUQUERQUE - PFL / AL Ex-deputado federal acusado de ser o mandante do assassinato da deputada Ceci Cunha e de três familiares dela. Segundo o apurado, os executores do crime eram assessores do ex-deputado. Como ele era suplente da deputada, com a morte dela, assumiu sua vaga, e ficou com a famosa "im(p)unidade parlamentar".
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 09/07/99
CORRUPÇÃO EM GUARULHOS:
NÉFI TALES - PDT / SP O então prefeito de Guarulhos/SP, foi acusado de ser um dos mandantes da tentativa de extorsão contra empresários.
Fonte: O Estado de S. Paulo - 09/07/99
SENADOR "ESCORREGADIO":
LUIS ESTEVÃO DE OLIVEIRA NETO - PMDB / DF Senador envolvido no escândalo do desvio de verbas para a construção de um Fórum em São Paulo, por meio do Grupo OK (de sua propriedade). Estratégias políticas e jurídicas, tentaram impedir investigações mais aprofundadas. (*Foi cassado, preso e solto 24 horas depois, em 06/2000).
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 16/09/99 (além de outros jornais e noticiários)
JUÍZES DENUNCIADOS:
JOSÉ GERALDO PALMEIRAS Denunciado pelo juiz Leopoldino Marques do Amaral, que foi assassinado na Bolívia (o corpo foi achado carbonizado) de estar ligado ao narcotráfico boliviano.
ODILES DE FREITAS Outro que foi denunciado pelo juiz Leopoldino de também estar ligado com o narcotráfico boliviano.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 20/09/99
SUPLENTE ESTELIONATÁRIO:
JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA Vereador (suplente do deputado cassado Hildebrando Pascoal) acusado por testemunhas que já prestaram testemunho a uma CPI, de prática de estelionato e atos de improbidade administrativa como desvio de dinheiro público (veja mais em Deputados que enterraram a CPI...).
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 20/09/99
DEFENDEU A IM(P)UNIDADE PARLAMENTAR:
IÉDIO ROSA - PMDB / RJ Defendeu o deputado Hildebrando Paschoal, quando este estava para ter seu mandato cassado (acusado de assassinato, comandar o narcotráfico no Acre, e de assinar bilhetes dando salvo-conduto para bandidos), dizendo que "isso aconteceu antes dele ser deputado federal" .
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 23/09/99
PREFEITO QUE SACRIFICOU BODE PARA LIVRAR-SE DE CASSAÇÃO:
CLAILTON MASCARENHAS Prefeito de Feira de Santana, Bahia, acusado de desvio do dinheiro público, ainda usou o dinheiro do município para comprar um bode que teria sido sacrificado num ritual de macumba para livrá-lo do processo de cassação.
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 26/09/99 (além de outros jornais e noticiários)
"LOBO TOMANDO CONTA DAS OVELHAS":
JOSÉ VIRIATO CORREIA LIMA Coronel da PM do Piaúi, e um dos principais chefões do crime organizado no estado (há gravações dele planejando assassinatos).
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 10/10/99 (além de outros jornais e noticiários)
FOI APANHADO, SUBORNANDO PARA SE REELEGER:
ERNANI COELHO Ex-deputado do Rio, foi denunciado por oferecer dinheiro para poder se reeleger (existem fitas gravadas provando isso).
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 24/10/99
DEPUTADO "PODEROSO CHEFÃO":
JOSÉ GERARDO ABREU Deputado estadual pelo Maranhão, mandava matar desafetos e usava sua fazenda para contrabando de caminhões roubados. Acusado de ser um dos chefões do crime no estado.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 28/10/99
ACUSADOS PELA CPI DO JUDICIÁRIO, PELO "SUMIÇO" DE TODA A HERANÇA QUE UM PAI DEIXOU PARA O FILHO (QUE FICOU APENAS COM AS DÍVIDAS!):
ASDRUBAL ZOLA VASQUEZ CRUXÊN Desembargador acusado de ser o responsável pela venda lesiva, com o sumiço de um patrimônio avaliado em US$ 30 milhões, e que resultou na dilapidação de toda a herança do menor Luiz Gustavo Nominato em Brasília.
ZENAIDE SOUTO MARTINS Representante do Ministério Público, por improbidade administrativa.
ALEXANDRE MENDONÇA DOS SANTOS Funcionário da Vara de Órfãos e Sucessões, atualmente assessor de Cruxên, por corrupção passiva.
MARIA DAS GRAÇAS MARTINS LEÃO Advogada, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita, patrocínio infiel e corrupção ativa.
JOSÉ ROBERTO LUGON Administrador, acusado de formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita.
ROBERTO JORGE DINO Administrador, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita.
FLÁVIO RUBENS TALAMONTE Administrador, acusado por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita.
UBIRAJARA BARROS TEIXEIRA Administrador, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita.
WELINGTON KUHLMANN PEREIRA Inventariante, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica e apropriação indébita.
JOSÉ PUGAN Advogado, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita e patrocínio infiel.
ANTONIO CARLOS REIS DE CARVALHO Advogado, por formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsidade ideológica, apropriação indébita e patrocínio infiel.
ANTONIO LUIZ DA SILVA NEIRA Escrivão e proprietário do Cartório da Vara de Órfãos e Sucessões de Brasília, por extravio de documento.
ROGER ALBERT GEORGES BLASER Contador, por falsidade ideológica e estelionato.
HILDA MARTINS DE QUEIROZ Contadora, por falsidade ideológica, estelionato, etcl.
NELMO LINCOLN CORREA DA SILVA Contador, por falsidade ideológica e estelionato.
ANTONIO MARTINS DA SILVA Contador, por falsidade ideológica, estelionato, etc.
ALTAIR CARDOSO DUTRA Contador, por falsidade ideológica, estelionato, etc.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 12/11/99
OUTRO COM IM(P)UNIDADE PARLAMENTAR:
RONALDO CUNHA LIMA - PMDB / PB Senador que tentou assassinar inimigo pessoal num restaurante de João Pessoa / PB, e não foi processado porque seus "parceiros" no Estado não autorizaram. Outro exemplo da nossa famosa "im(p)unidade parlamentar".
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 24/11/99
O IRMÃO DE PC FARIAS:
AUGUSTO FARIAS O comportamento do deputado durante as investigações da morte do irmão PC Farias e da namorada Suzana Marcolino, mais os depoimentos de três testemunhas foram fundamentais para seu indiciamento. Augusto defendeu a tese do crime passional, menosprezando qualquer investigação que pudesse apontar outro caminho e contratou advogados para acompanhar os depoimentos de todos os que estavam na casa na noite do crime. “Não é comum que uma pessoa proteja aqueles que são suspeitos de matar seu próprio irmão”, diz o delegado que cuida da investigação. Uma confidente de PC, as duas irmãs de Elma Farias (mulher do empresário), disseram que, meses antes do crime, Augusto havia se aliado a antigos testas-de-ferro de PC e brigava com o irmão pelo controle do dinheiro do ex-tesoureiro de Fernando Collor, perdido durante sua fuga e prisão. Nesse período de investigação, o deputado procurou desqualificar todos os que se contrapunham à farsa do crime passional, usou sua influência junto ao presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas para tirar da cadeia os quatro seguranças presos preventivamente e teria até tentado corromper o delegado. Augusto é um dos principais alvos da CPI do Narcotráfico. Segundo as investigações da polícia alagoana, em nome do “dinheiro e do poder”, Augusto teria se aliado a antigos testas-de-ferro de PC e tramado a morte do irmão. Entre os investigados pela CPI estão alguns dos mesmos testas-de-ferro do ex-tesoureiro de Collor, caso do empresário de Campinas, Willian Sozza .
Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 24/11/99
OUTRO LUIZ ESTEVÃO:
VALMIR AMARAL - PMDB Caso o senador Luiz Estevão tenha o mandato cassado, a vaga fica para o suplente Valmir, uma figura folclórica de Brasília. Frequentador assíduo das colunas sociais da capital, Amaral é o principal empresário de ônibus da cidade e, como Estevão, amigo pessoal do governador Joaquim Roriz. Mas dedica boa parte de seu tempo à briga com o governo pelo aumento das passagens urbanas.
Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 24/11/99
CO-AUTOR DE ASSASSINATO:
FRANCISCO CAÍCA - PSD Este deputado estadual assumiu, em depoimento à CPI do Crime Organizado, a co-autoria do assassinato de Carlindo Sousa Cunha, funcionário do ex-deputado José Gerardo de Abreu (sem partido). Também admitiu possuir três números de CPF e confessou que sabia antecipadamente dos assassinatos de dois delegados.
Fonte: Jornal Hoje - Rede Globo - 02/12/99 (além de outros jornais e noticiários)
APROVARAM ANISTIA DE MULTAS ELEITORAIS PARA ELES PRÓPRIOS:
ÍRIS RESENDE - PMDB / GO
GERALDO MELLO - PSDB / RN
ROBERTO REQUIÃO - PMDB / PR
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 08/12/99
"TONINHO MALVADEZA":
ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES - PFL / BA Em 50 anos, ACM acumulou um patrimônio que supera muito os salários e aposentadorias embolsados por ele nesse tempo. Sua fortuna é pelo menos três vezes maior que a declarada. São bens e empresas que estão sob seu comando e uso, mas registrados em nome de gente de confiança, como o deputado federal Félix Mendonça (PTB-BA), e de seu genro César de Araújo Mata Pires. A mulher do senador, Arlete Maron Magalhães, é sócia de uma empresa e diretora de outra. Ao desapropriar centenas de propriedades ao longo das rodovias que chegam à capital baiana, negociou 25 milhões m², ou 10% do território do município. Acabou acusado por um ex-colega, de manter conluio com os donos de terras, que compravam barato lotes passíveis de desapropriação. Inimigos dizem que a ditadura militar abafou as acusações. As provas, porém, acabariam queimadas em vários incêndios que destruíram documentos oficiais em Salvador depois da gestão de ACM. O Arquivo Público Municipal, que guardava os registros de terras da capital, queimou no final dos anos 60 e no início dos anos 70. Também foi incendiado o prédio dos Tribunais de Contas do Município e do Estado. Por último, o edifício do Ministério Público ardeu em chamas. Coincidências que intrigam. Seus negócios incluíram depois, o jornal Correio da Bahia, em 1978, e a concessão de uma TV nos anos 80, que lhe garantiram a liderança de audiência no Estado e a maior fatia das verbas publicitárias oficiais da Bahia. O império carlista, hoje, é comandado por seu filho Antônio Carlos Magalhães Júnior, suplente do senador e responsável por todos os negócios da família, e por seu genro, César de Araújo Mata Pires. Em 1979, quando Mata Pires já estava casado com Tereza, filha de ACM, seu patrimônio experimentou um crescimento explosivo. Naquele ano comprou três fazendas e logo depois mais cinco. A OAS vendeu a ACM um apartamento com preço bem inferior do mercado. O genro também é sócio na Bahia Par, que administra o complexo empresarial de ACM. E a garantia de alguns favores pessoais, como o uso da casa de 750 m² na Ilha de Itaparica e dos jatinhos da OAS, há anos servindo ACM e sua família.
Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 22/12/1999
DEPUTADO NADA INOCENTE:
INOCÊNCIO DE OLIVEIRA - PFL / PE Esse deputado (ironia ter o nome "Inocêncio") disse que: "Esse negócio de discutir se um deputado ganha para trabalhar nas férias (o famoso jeton), e não comparece, é uma coisa menor". Ele também, há alguns anos, mandou furar poços artesianos em sua fazenda particular, com uma verba federal que era para ser destinada apenas para fazendas de pessoas muito carentes.
Fonte: CBS/Tele Notícias - SBT - 18/01/2000
DEFENSORES DO NEPOTISMO:
Políticos que descaradamente justificaram a contratação de parentes, usando uma verba de R$ 20.000 por parlamentar (pagos por nós contribuintes), para contratar seus familiares.
GILVAN BORGES - PMDB / AP Senador - (Mãe e mulher)
ARMANDO ABÍLIO - PMDB / PB Deputado - (Mulher, 2 filhas, 3 cunhados e 1 primo)
GERSON PERES - PPB / PA Deputado - (2 filhas)
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 08/02/2000
O SENADOR DO GOLPE DE US$ 13 MILHÕES:
LUIZ OTÁVIO OLIVEIRA CAMPOS - PPB / PA Esse senador no comando da Rodomar, uma empresa familiar especializada em transporte fluvial, coordenou uma fraude que desviou cerca de US$ 13 milhões dos cofres do BNDES. O dinheiro deveria ter financiado a construção de 13 balsas para incrementar o transporte fluvial na região. Deveria, porque a Rodomar, em conluio com o Estaleiro da Bacia Amazônica (Ebal), recebeu a fortuna e não construiu nada. Ele já foi pego em falcatruas anteriormente, mas salvo na época pela famosa "im(p)unidade parlamentar".
Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 16/02/2000
CADA PARENTE NO SEU GALHO:
Políticos e um juíz que empregaram parentes, pagos com dinheiro público (o nosso).
MICHEL TEMER - PMDB / SP Deputado - Propôs a oficialização do nepoptismo, com "cotas" para contratações de parentes.
JORGE VIANA - PT / AC Governador - (7 primos, 2 tios e 1 cunhado).
CELSO RUSSOMANNO - PPB / SP Deputado - (Pai e irmão).
ODELMO LEÃO - PPB / MG Deputado - (Mulher e cunhada).
THEMÍSTOCLES SAMPAIO - PMDB / PI Deputado - (3 filhos e 1 neta).
ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO Presidente do Supremo Tribunal de Justiça - (Mulher).
Fonte: Revista Veja - 16/02/2000 (Outros políticos citados nesta edição da revista, já estão no site)
PRESIDENTE DA CÂMARA (E DAS PROPINAS):
ARMANDO MELLÃO NETO - PMDB / SP Presidente da Câmara Municipal de S. Paulo, foi denunciado por formação de quadrilha e concussão pelo Ministério Público. Ele seria um dos chefões do esquema de cobrança de propinas de camelôs de uma administração regional que controlava. De acordo com denúncias, a arrecadação chegava a R$ 6 mil por semana e os recursos seriam usados para cobrir gastos de campanha do vereador. Segundo um promotor, Mellão valeu-se do prestígio, após receber do prefeito Celso Pitta o direito de indicar o administrador regional, para organizar um grupo e "impor a particulares, a concessão de vantagens ilícitas".
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 23/02/2000
LAMA NO VENTILADOR:
TEOTÔNIO VILELA FILHO - PSDB / AL Presidente do partido, o senador entrou na alça de mira da Comissão de Ética por causa de denúncias publicadas pelo jornal Correio Braziliense contra uma instituição que leva o nome do pai do senador, a Fundação Teotônio Vilela, que teria recebido de maneira irregular R$ 4,2 milhões dos cofres do governo do Distrito Federal para o treinamento de 48 mil trabalhadores.
GERALDO LESSA Primeiro suplente de Teotônio e presidente da Fundação Teotônio Vilela, foi quem firmou os convênios. Até assumir em janeiro o mandato de senador, não tinha uma fonte formal de renda. Exercia na Fundação um cargo não-remunerado, e disse que seu custeio pessoal foi bancado nos últimos anos por uma assessoria informal que presta ao Maceió Mar Hotel.
ROMERO JUCÁ - PSDB / RR Uma fita gravada em que o senador conversa com o diretor administrativo e financeiro da Eletronorte, Valdemar André Johansson, sustenta acusação feita pelo secretário de Agricultura de Roraima, deputado Salomão Afonso de Souza Cruz (PPB). Segundo a denúncia, o diálogo em código entre os dois mostra uma tentativa de desvio de recursos da União destinados a obras da Eletronorte. O único crime nessa história é o grampo ilegal”, contra-ataca Romero Jucá.
Fonte: Site da Revista Istoé - www.istoe.com.br - 01/03/2000
DEFENSOR DO "SALÁRIO-MARAJÁ":
SEVERINO CAVALCANTI - PPB / PE O corregedor da Câmara, que apresentou em 1999, uma emenda para que cada um dos três poderes, fixe o seu próprio salário, disse que "R$ 11,5 mil era muito pouco, para um parlamentar viver com dignidade".
Fonte: Jornal da Record - Rede Record - 08/03/2000
* Obs: Também contratou familiares (2 filhos), pagos com dinheiro público (o nosso).
Fonte: Revista Veja - 16/02/2000
DESVIAVA VERBAS PARA ENTIDADE-FANTASMA:
FERNANDO LUPA - PSDB / PE Encaminhou uma verba que os deputados do estado do Pernambuco têm de R$ 20 mil mensais para uma entidade assistencial fantasma, que se provou depois, não existir.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 20/03/2000
PITTAGATE :
CELSO PITTA - PTN / SP O Ministério Público pediu afastamento do prefeito de São Paulo por causa de várias denúncias (inclusive de sua ex-esposa Nicéa e do filho). Se esquivava da cassação do mandato (inclusive de um processo de impeachment) por seu partido ter a maioria na Câmara. Obteve um "empréstimo" de R$ 800.000 do empresário Jorge Yunes (que descobriu-se mais tarde, foi beneficiado pelo prefeito em seus negócios imobiliários e na contratação de seus parentes pela Prefeitura).
Fonte: Jornal da Record - Rede Record - 24/03/2000
DESVIARAM DINHEIRO, DEIXANDO ALUNOS SEM MERENDA NEM CARTEIRAS:
Três ações populares denunciaram fraudes e corrupção na prefeitura de Ouricuri, em Pernambuco. Foram gastos R$ 3 milhões na Educação, mas os alunos da cidade, estavam estudando no chão) por que não havia dinheiro para a compra de carteiras nem da merenda. Suspeita-se de que em 3 anos, desviaram cerca de R$ 10 milhões. Várias empresas "laranjas" (na maioria, de vereadores ou parentes do prefeito) prestavam serviços à prefeitura. Veja abaixo os principais envolvidos.
PEDRO GILDEVAN DE MELO Secretário de Administração e Finanças (e quem manda em Ouricuri, pois seu pai, que é o prefeito, vive viajando e não para na cidade).
FRANCISCO CARLOS MATIAS DOS SANTOS Presidente da Câmara de Ouricuri, recebia os pagamentos feitos à uma das empresas "laranjas" pela prefeitura
EDVALDO DA LUZ Empresário da cidade que usou a própria mãe como "laranja" (ela era proprietária de uma empresa fantasma contratada pela prefeitura).
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 26/03/2000
DEFENDERAM O NEPOTISMO (CONTRATAÇÃO DOS PRÓPRIOS PARENTES):
JOSÉ ÍNDIO ( ZÉ ÍNDIO ) - PMDB / SP Deputado federal.
GILBERTO NASCIMENTO - PMDB / SP Deputado estadual.
Fonte: Programa Paulo Lopes na TV - Rede Bandeirantes - 27/03/2000
RECORDISTA DE CASSAÇÕES:
JOSÉ CARLOS TARDELLI - PFL / SP Prefeito de Itapetininga (SP), recordista de processos de cassação (já sofreu quatro) e continua no cargo graças à liminares.
Fonte: Programa Paulo Lopes na TV - Rede Bandeirantes - 27/03/2000
PREFEITOS CASSADOS:
EDSON LUÍZ VIEIRA - PFL / SP Ex-prefeito de Monções (SP) foi preso, acusado de ter mandado matar seu antecessor no cargo.
FERNANDO BARBOSA - PSDB / SP Prefeito de Barbosa (SP) foi cassado duas vezes, por falta de decoro, mas obteve liminares para voltar à prefeitura.
CARLOS COLOMBO - PSDB / SP Ex-prefeito de Tapiraí (SP) foi afastado pela Câmara e cassado.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 27/03/2000
GIGANTESCO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO EM CÂMARA DE CARIACICA:
Vereadores de Cariacica, no Espírito Santo, foram presos e outros eram procurados pela Polícia, após terem sido denunciados por participação num esquema de corrupção. Foi determinada a prisão preventiva dos parlamentares e outros envolvidos. O material foi encaminhado para os promotores pelo Jornal A GAZETA, que teve acesso à farta documentação sobre o esquema de corrupção desenvolvido naquele município. Para apresentar os documentos à Justiça, eles quebraram o sigilo bancário dos vereadores e demais envolvidos no esquema e acrescentaram uma vasta documentação à matéria. Os vereadores nomearam vários assessores fantasmas ou "laranjas", que não trabalhavam e não recebiam, e se apropriavam dos seus vencimentos. Ao serem nomeados, assinavam uma autorização de débito em conta corrente para transferência às contas dos respectivos vereadores aos quais estavam vinculados. As irregularidades na prefeitura, supostamente eram comandadas pelo então prefeito Dejair Cabo Camata. Réu em cerca de 40 processos, Camata, que morreu em um acidente de carro, era acusado de improbidade administrativa, calúnia e obstrução da Justiça, formação de quadrilha, porte ilegal de arma, entre outros. Com o seu advogado, Vicente Paulo da Silva, ele sumiu com dois processos de calúnia e difamação. Um desses processos teria sido roubado junto com o carro do advogado, depois de ele ter retirado os documentos do Tribunal de Justiça. Os envolvidos no esquema são:
ROGÉRIO SANTÓRIO - PMDB Presidente da Câmara
ILMA CHRIZÓSTOMO SIQUEIRA - PMDB Presidente da Comissão de Justiça
ADEILSON CABRAL - PMDB
VANDER LIMA RUBERT - PDT
MILTON LOPES RUBIN - PSB
MARCOS ARAÚJO - PSDB (Mudou de partido, e foi para o PHS)
JOEL GABRIEL PEROVANO - PFL
JOSÉ DA ROCHA - PFL Segundo secretário da Mesa
JOCELINO MIGUEL - PSC/PL Vice-presidente da Mesa
ALDO REZENDE - PDT
EDSON "BORRACHA" RIBEIRO DA COSTA - PPB
Pastor VALMIR QUEIROZ PINTO - PMN
ADMILSON JOSÉ SIQUEIRA - PTB
DAISE COELHO SANTÓRIO Mulher do presidente da Câmara, Rogério Santório
HELENA PEREIRA DO NASCIMENTO Funcionária pública
GESSY SIQUEIRA Marido da vereadora Ilma Chrizóstomo
MARIA ISABEL COELHO VIEIRA Cunhada do presidente da Câmara, Rogério Santório
Fonte: Site do Jornal A Gazeta - www.redegazeta.com.br/jornalagazeta/ - 30/03/2000
* Obs.: Houve pouco tempo depois um incêndio, que se descobriu ser criminoso, no Fórum de Cariacica, e que guardava as provas dos crimes
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 09/06/2000).
DESVIO DE MAIS DE R$ 130 MILHÕES:
REYNALDO DE BARROS / SP Secretário de Obras e presidente da Emurb, na gestão do prefeito Paulo Salim Maluf na prefeitura de São Paulo (1993 à 1996) , foi denunciado por um ex-gerente de uma das empreiteiras contratadas na época, e que provou através de documentos, que as obras foram super faturadas (em mais de 400%). Para se ter uma idéia do rombo, o m² do túnel Airton Senna custou mais que o dobro do EuroTúnel, que liga por debaixo do mar (Canal da Mancha) a Inglaterra à França. Calcula-se que a Prefeitura teve um prejuízo de cerca R$ 2 bilhões, e que mais de R$ 130 milhões foram para o bolso de Maluf e de Reynaldo de Barros. Maluf gabava-se de que suas contas na Prefeitura, foram aprovadas pelo Tribunal de Contas de São Paulo, mas, não disse que a maioria dos integrantes (muito bem pagos) deste tribunal, foram nomeados pelo próprio Maluf e pelo seu afilhado político na época, Celso Pitta. Estes funcionários do Tribunal de Contas, não souberam explicar porque aprovaram as contas super faturadas de Maluf.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 12/04/2000
"TUDO EM FAMÍLIA":
ANTÔNIO CASEMIRO BELINATI - PFL / PR Prefeito de Londrina, no Paraná, e pai do deputado Antônio Carlos Belinati, foi denunciado pelo Ministério Público, do desvio de cerca de R$ 16 milhões dos cofres públicos (há denúncias também da compra de juízes).
ANTÔNIO CARLOS BELINATI - PSB / PR Depois da apreensão de documentos na casa do empresário Carlos Zavierucha, coordenador financeiro da campanha de Belinati, eleito deputado estadual, as suspeitas de desvio dos cofres de Londrina podem chegar a R$ 200 milhões, segundo um diretor de uma autarquia usada para a fraude.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 15/04/2000
FRAUDES EM MAIS DE 1.000 LICITAÇÕES:
ODIR ROCHA - PDT / TO Prefeito de Palmas, no Tocantins, foi denunciado por fraudes mais de 1.000 licitações. Estima-se que o município tenha tido um prejuízo aproximado de R$ 15 milhões, nas transações feitas entre empresas (a maioria fantasmas) que super faturaram materiais e serviços para a prefeitura (que aprovara os valores).
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 18/04/2000
VOTARAM CONTRA OU SE ABSTIVERAM DE VOTAR A INVESTIGAÇÃO DE FRAUDES NA PREFEITURA DE SÃO PAULO:
MIGUEL COLASUONNO - PMDB / SP Vereador que votou contra a investigação. (Documento anônimo recebido pelo Ministério Público com os nomes, telefones e endereços de vereadores da base governista que receberiam mesadas para aprovar os projetos de interesse da prefeitura. Em forma de código, o documento aponta as datas e as quantias entregues a cada um desses De acordo com o papel ele teria recebido R$ 425 mil. Só em um mês (dezembro) teria recebido R$ 100 mil. Colasuonno participou da Comissão de Finanças que analisou o projeto do Orçamento municipal, votado em coincidentemente em dezembro - Revista Istoé, edição nº 1592).
EMÍLIO MENEGHINI - PPB / SP Se absteve, ajudando o prefeito Celso Pitta. Outros vereadores que votaram contra a investigação como: Wadih Mutran e Brasil Vita ; ou que quiseram se abster: Archibaldo Zancra, Viviani Ferraz, José Izar, Osvaldo Enéas, Cosme Lopes, Dito Salim, Edivaldo Estima e Mario Dias; ou que alegaram que estavam com "problemas de saúde" e não votaram, e outros que tentaram impedir a votação, "estranhamente" são os mesmos que também não quiseram investigar o caso da corrupção dos fiscais (veja mais em Vereadores que não quiseram investigar...).
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 19/04/2000 (além de outros jornais e noticiários)
"BARBALHIDADES":
JADER BARBALHO - PMDB / PA O líder do partido foi acusado pelo presidente do Senado, de uso de violência quando era governador para desapropriar irregularmente o garimpo Castelo dos Sonhos e de ter se beneficiado de recursos desviados por homens de sua confiança por intermédio da Sudam e do Banco do Estado do Pará (PANPARÁ). Foi acusado, ainda, de ter se beneficiado de licitações fraudulentas com a participação de um "pequeno empresário da construção civil" (veja mais em A mina do Senador).
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 28/04/2000
ASSALTO ÀS CRIANÇAS:
RONALDO LAGES Prefeito de Nossa Senhora dos Remédios, no Piauí, com apenas 1.600 estudantes, e que anunciou a compra de 60.000 cadernos (quase 40 por criança). Descobriu-se ainda, que a fatura era de uma empresa fantasma.
Fonte: Revista Veja - 03/05/2000
ESCÂNDALO DOS PRECATÓRIOS:
WAGNER BAPTISTA RAMOS Ex-coordenador da dívida pública municipal, também é co-réu nos processos contra Maluf. Considerado o inventor da fórmula para turbinar o valor dos precatórios, é acusado de trabalhar ao mesmo tempo para a prefeitura e para uma das instituições que mais lucraram com a compra e a venda dos títulos, o banco Vetor.
PAULO AFONSO VIEIRA Governador de Santa Catarina entre 1994 e 1998, patrocinou a emissão de papéis que renderam mais de 600 milhões de dólares, embora o Estado não tivesse um único centavo de dívida judicial a pagar. Em 1997, escapou da cassação, em votação na Assembléia Legislativa catarinense, porque faltaram dois votos para aprovar o pedido de impeachment.
DIVALDO SURUAGY Governador de Alagoas por ocasião da farra dos precatórios, foi de todos os envolvidos o mais rapidamente punido, ao menos no campo político. Ainda em 1997, não conseguiu honrar uma dívida de pouco mais de 100 milhões de reais, contraída com o lançamento irregular de papéis. O Estado sofreu, então, uma intervenção branca do governo federal, que nomeou secretários e proibiu o governador de autorizar despesas. Com salários atrasados, os funcionários estaduais promoveram uma rebelião comandada pela PM e Suruagy teve de renunciar ao cargo.
MIGUEL ARRAES Ícone da esquerda e dono de biografia até então inatacável, governava Pernambuco pela terceira vez quando autorizou a emissão de mais de 400 milhões de dólares em títulos para o pagamento de dívidas inexistentes. Seu secretário de Fazenda na época era o neto Eduardo Campos, o "Dudu Beleza", que chefiou o lançamento dos papéis. Outros envolvidos são Paulo Maluf e Celso Pitta (Veja mais nesta página).
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000
A COMPRA DE VOTOS DA REELEIÇÃO DE 97:
Em maio de 1997, a emenda constitucional que autorizaria o presidente, os governadores e os prefeitos a disputar a reeleição já tinha sido aprovada na Câmara e aguardava pela votação no Senado. Veio a público então a gravação de uma conversa na qual os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do Acre, confessavam ter recebido R$ 200 mil para votar a favor da emenda. Segundo eles, o deputado Pauderney Avelino, do Amazonas, e o então presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães, eram os intermediários das negociações. De acordo com a denúncia, tudo era fechado com o então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, amigo de Fernando Henrique Cardoso e principal articulador político do presidente. Cabia aos governadores do Amazonas, Amazonino Mendes, e do Acre, Orleir Cameli, efetuar o pagamento. Na conversa registrada na fita, Ronivon dizia que mais três parlamentares (Osmir Lima, Chicão Brígido e Zila Bezerra, todos de estados da região Norte) tinham vendido seus votos. Veja abaixo, os principais envolvidos.
RONIVON SANTIAGO / AC O deputado do Acre negou inicialmente que não era a sua voz na gravação. Alguns dias depois, confirmou que era ele, mas disse que tudo não passara de uma brincadeira. Declarou até que lucraria politicamente com as denúncias, pois apareceria na TV e nos jornais. Expulso do PFL e com a certeza de que seria cassado, renunciou uma semana após a divulgação das denúncias e não tentou a reeleição.
PAUDERNEY AVELINO / AM Deputado do Amazonas, seria um dos intermediários.
JOÃO MAIA / AC Na época do escândalo, já tinha sido filiado a nove legendas, incluindo PT e o PFL. Também renunciou ao mandato de deputado e não tentou voltar para a Câmara.
AMAZONINO MENDES - PFL / AM A denúncia da compra de votos foi apenas mais uma na extensa lista de escândalos do governador. Mais interessado no controle político da Zona Franca de Manaus, pouco se abalou com o caso. Foi reeleito e voltou a reinar no Amazonas.
ORLEIR CAMELI / AC Com longa ficha criminal, o ex-governador do Acre escapou ileso ao escândalo da compra de votos, mas desistiu de tentar a reeleição. Em 1999, foi apontado como integrante do cartel da droga no estado, caso hoje em investigação por uma CPI.
NARCISO MENDES Ex-deputado constituinte, foi identificado como o autor das gravações. Muitos acreditam que gravou as fitas para se vingar do governo federal, que promovera uma devassa fiscal em suas empresas, deixando-o com dívidas de 25 milhões de reais. Para outros, a iniciativa foi motivada por sua amizade com Paulo Maluf. Narciso, que fez fortuna aliando-se a governadores para conseguir obras públicas, já chegou a subir na mesa da Assembléia Legislativa do Acre com uma arma no coldre para ameaçar colegas. Também está sendo investigado pela CPI do Narcotráfico.
OSMIR LIMA - PFL Deputado e braço direito do ex-governador Orleir Cameli, já apresentou um projeto propondo a devolução do Acre à Bolívia, disputou a reeleição, mas perdeu.
CHICÃO BRÍGIDO Filho de seringueiros, tentou se eleger governador do Acre.
ZILA BEZERRA - PFL Dos deputados envolvidos no escândalo, foi a única que conseguiu a reeleição, tornando-se deputada pelo PFL.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000
O ROMBO DO BANESPA:
ORESTES QUÉRCIA Governava o Estado no início do período investigado pelo Banco Central. Foi o responsável por antecipações de receitas orçamentárias, procedimento pelo qual o Banespa adiantava ao Tesouro paulista o dinheiro de impostos, cobrindo buracos no orçamento estadual para a quitação de dívidas com empreiteiras. Tais operações custaram ao banco 600 milhões de dólares.
LUIZ ANTÔNIO FLEURY FILHO Sucessor de Quércia, intercedeu pessoalmente para que o Banespa concedesse empréstimos a empresas sem condições de honrar seus compromissos.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000
ESQUEMA DOS ANÕES DO ORÇAMENTO:
JOÃO ALVES Ex-deputado, era o líder dos anões. Comprava a cumplicidade de José Carlos com presentinhos de até 300 000 reais. Na CPI, apresentou uma justificativa antológica para a fortuna que tinha acumulado: alegou que era um homem de muita, muita sorte e ganhara dezenas de vezes na loteria. Renunciou ao mandato de deputado antes de ser julgado, escapando da cassação e da perda dos direitos políticos. Mora atualmente em Salvador, onde tem muitos imóveis.
JOSÉ CARLOS ALVES DOS SANTOS Reuniu um patrimônio de mais de dois milhões de dólares. Preso e condenado pela morte da mulher, Ana Elizabeth Lofrano dos Santos, chegou até a tentar o suicídio na cadeia. Cumpre pena em regime semi-aberto.
IBSEN PINHEIRO Deputado pelo PMDB gaúcho, tinha entrado para a história como o presidente da Câmara dos Deputados durante o processo de impeachment de Fernando Collor. Após a descoberta de mais de 1 milhão de dólares em suas contas, foi acusado de enriquecimento ilícito e irregularidades fiscais e terminou cassado.
JOSÉ GERALDO RIBEIRO Deputado do PMDB mineiro, era mais conhecido como "Quinzinho", numa referência ao percentual que costumava cobrar de propina. Enviava dinheiro para oito entidades assistenciais por ele controladas. Também foi cassado.
GENEBALDO CORREIA Líder do PMDB na Câmara, e o primeiro a adotar o expediente de renunciar antes do julgamento. Teve seus bens seqüestrados pela Justiça e respondeu por crime de improbidade administrativa. Tentou ser candidato a deputado estadual em 98.
MANOEL MOREIRA Além de ser apontado por José Carlos como um dos anões, contou com um empurrão extra da ex-mulher, que foi à CPI revelar suas falcatruas. Não conseguiu explicar o movimento de 3 milhões de dólares em suas contas. Também renunciou antes da cassação. Tentou a candidatura a deputado estadual pelo PMDB paulista em 1998. Lançou na vida pública a vereadora Maeli Vergniano, envolvida no escândalo da máfia dos fiscais da prefeitura de São Paulo. Foi expulso da igreja em que era pastor.
RICARDO FIÚZA Ministro da Ação Social no governo Collor, era um dos deputados mais poderosos do Congresso. A CPI descobriu que, no período em que chefiou a Comissão de Orçamento, beneficiou uma fazenda sua com verbas federais. Mesmo assim, escapou da cassação. Mais tarde, ficou provado que havia manipulado documentos da Caixa Econômica Federal para se livrar da acusações da CPI. Elegeu-se deputado pelo PFL pernambuano.
RAQUEL CÂNDIDO Deputada por Rondônia, foi acusada de se apropriar de US$ 800 mil destinados a subvenções sociais e tentou o suicídio duas vezes. Acabou sendo cassada. Em outubro do ano passado, foi presa em Brasília sob acusação de espancar e tentar matar a tiros a dona de casa Raimunda dos Santos. O motivo da briga: uma dívida de R$ 2.500.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000
A TURMA DO CHUVISCO NO RIO:
A maior parte dos acusados no Rio de Janeiro, de firmar contratos sem licitação, favorecer empresas em concorrências públicas e fazer parte da "banda podre" da polícia, trabalha com o governador do Rio desde os tempos em que ele era prefeito de Campos. O grupo conhecido como Turma do Chuvisco, numa referência a um doce de ovo típico da cidade.
ANTÔNIO OLIBONI Era secretário de Justiça e sócio de um escritório de advocacia que tem como uma de suas especialidades contestar dívidas cobradas pelo Estado. Ao entrar para o governo, desligou-se formalmente da banca, mas não parou de freqüentar a firma, onde trabalha sua mulher. Na carteira de clientes do escritório figurava a Brasal, empresa cujo contrato para fornecimento de quentinhas a penitenciárias foi prorrogado sem licitação.
CARLOS AUGUSTO SIQUEIRA Era presidente da poderosa Empresa de Obras Públicas, sucessora da Secretaria de Obras e dona de um caixa milionário. Em gravação de 1994 entregue à Justiça, Siqueira negociava o superfaturamento de um show em comemoração ao aniversário de Campos.
EDUARDO CUNHA Mesmo sem nenhuma afinidade política aparente com o governador, foi nomeado para a presidência da Companhia Estadual de Habitação (Cehab), que controla as verbas destinadas à construção de casas populares. Filiado ao PPB, tinha comandado a Telerj no governo Collor, por indicação de PC Farias. É acusado de favorecer a empreiteira Grande Piso, vencedora de concorrências consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado. Além disso, Cunha está sob suspeita de ter montado em cartórios um esquema de arrecadação de propinas para o registro de casas populares. Foi afastado do cargo.
PAULO GOMES DOS SANTOS FILHO Coronel-bombeiro, ocupava a Secretaria de Defesa Civil e tinha entre suas atribuições regulamentar serviços de combate a incêndio em prédios e apartamentos. Sua mulher, Maria Zélia Silva Nascimento, é dona do grupo Sermacol, que tira a maior parte de seu faturamento justamente da montagem de sistemas de segurança contra incêndio. Gomes pediu demissão.
RANULFO VIDIGAL Presidia a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos, encarregada de fiscalizar e controlar os serviços privatizados no Estado. Tinha sido prefeito de São João da Barra, cidade vizinha a Campos, e perdera o cargo em 1996, cassado por corrupção. É acusado de acobertar um esquema que achacava empresas em troca do andamento de processos na agência.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000
A MÁFIA DA PREVIDÊNCIA:
JORGINA MARIA DE FREITAS Advogada, é a personagem mais conhecida da máfia da Previdência. Conseguiu embolsar sozinha cerca de 100 milhões de dólares com ações fraudulentas. Condenada logo no início da investigação, fugiu do país. Iniciou-se, então, uma caçada internacional – com escala nos Estados Unidos, Nicarágua e Costa Rica, onde a criminosa acabou presa e foi extraditada em 1997. Antes de ser capturada, porém, tentou um acordo estranho com a Justiça brasileira: topava entregar-se, desde que pudesse ficar com 1 milhão de dólares. Hoje, Jorgina, que passa os dias na Companhia Especial de Policiamento de Trânsito, no Rio de Janeiro, ainda responde a processo por formação de quadrilha e peculato (apropriação de bens públicos).
ILSON ESCÓSSIA DA VEIGA Outro advogado da quadrilha. Em apenas oito meses de atividades ilegais, conseguiu arrancar da Previdência cerca de 120 milhões de dólares. Seu patrimônio contabilizava 48 imóveis, vinte linhas telefônicas, quatro lojas e, acreditem, meia tonelada de ouro. Em primeira instância, foi condenado a catorze anos de prisão. Cumpre a pena em regime semi-aberto.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000
A MÁFIA DOS BINGOS:
MARCO CHEDID Ex-deputado, teve um mandato apagadíssimo, lembrado apenas pela participação na CPI dos Bingos. Depois de lutar com insistência pela instalação da CPI, foi acusado de receber dinheiro para facilitar a vida dos proprietários de bingo investigados pela comissão. Concluiu o seu mandato sem ter sido punido pelas acusações.
LUIZ ANTÔNIO BUFFARA Era o homem de confiança de Rafael Greca na administração do Indesp. É acusado de transformar o instituto num balcão de negócios para empresários do bingo. Em dois anos de sua gestão, foram arrecadados só 3,4 milhões de reais das casas de jogo de São Paulo, estado que registra o maior número de bingos. Este valor corresponde a apenas 2,3% do total arrecadado no país.
MARIA TERESA CASTRO Ocupava o posto de secretária-executiva, o segundo mais importante do Ministério de Esportes e Turismo. Foi acusada de ter pressionado o ex-presidente do Indesp, Manoel Tubino, a assinar a portaria 23, que disciplinou o funcionamento de máquinas caça-níqueis em casas de bingos.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000
A PROPINA DE MAGRI:
ANTÔNIO ROGÉRIO MAGRI O governo Collor começou a desmoronar no início de 1992, com o aparecimento dos primeiros casos de corrupção. Um dos mais conhecidos envolveu o então ministro do Trabalho e da Previdência Antonio Rogério Magri, o imexível. Numa fita gravada pelo, na época diretor de Arrecadação e Fiscalização do INSS, Magri admitia ter recebido uma propina de 30 000 dólares para facilitar a liberação de recursos do FGTS de uma empresa para uma obra no Acre, em 1991. “O cara veio aqui e me deu 30 000 dólares. Me deu. Caiu do céééu!”, dizia o ministro, na gravação. Os 45 minutos de diálogo deixavam claro que o ministro tentaria usar o cargo para fazer novas negociatas e pretendia envolver o diretor no esquema.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000
ROUBALHEIRA EM SÃO PAULO:
CARLOS AUGUSTO MEINBERG Secretário municipal de governo, foi apontado por Nicéa Pitta como responsável pelas negociações com os vereadores. Segundo ela, Meinberg realizou os pagamentos para que as investigações fossem interrompidas. Outros envolvidos são Paulo Maluf, Celso Pitta, Maria Helena Fontes, José Izar, Maeli Vergniano, Vicente Viscome, Hanna Gharib, e Paulo Roberto Faria Lima e Armando Mellão (veja mais em Vereadores que não quiseram investigar...).
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 05/05/2000
ESQUEMA DE NOTAS FRIAS:
Funcionários da Prefeitura de Ponta Grossa, no Paraná, exigiam que para o pagamento de empresas que tinham dívidas à receber da Prefeitura, estas tivessem que declarar notas frias (que eram fornecidas pela Prefeitura, e já assinadas pelo prefeito. Gravações feitas com uma câmara escondida, mostraram os funcionários cobrando as propinas).
JOCELITO CANTO Prefeito da cidade, e quem assinava as notas frias.
JUAREZ SCHWAB Funcionário da Secretária de Obras, que "fabricava" requisições de materiais, que eram usados para justificar os pagamentos.
PEDRO SEBASTIÃO Chefe do gabinete, fornecia as notas e fazia as propostas.
MARCOS COSMOSK Gerente do Fundef (Fundo que destina verbas da União para os os municípios usarem na Educação).
MARCOS BORCNIA Administrador da Arrecadação de Impostos da cidade. Disse que o empresário só receberia seu pagamento, se "rolasse uma grana por fora".
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 07/05/2000
DEFENDERAM O DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA:
Parlamentares da bancada ruralista (fazendeiros e donos de madeireiras) no Gongresso, que aprovaram um projeto de lei que altera a redação do atual código florestal. Com esta mudança, a área de reserva legal na Amazônia cairia de 80% para 20%. Na área de cerrado, o percentual de áreas de reserva cai de 35% para 20%, e de 20% para zero em áreas como o Pantanal.
MOACIR MICHELETTO - PMDB / PR Deputado federal que apresentou um substitutivo à medida provisória que altera a redação do atual código florestal.
LUDIO COELHO - PMDB / MS Senador (que tem fazenda na região de Mato Grosso do Sul) defendeu o relatório aprovado na comissão que analisou alterações no Código Florestal Brasileiro.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 10/05/2000
O ESQUEMA PC:
FERNANDO COLLOR DE MELLO Queria ficar no poder por mais de uma década. Terminou o mandato antes do tempo, rejeitado pelos eleitores (que foram às ruas pedir seu afastamento) e com os direitos políticos suspensos por oito anos. Desmoralizado, foi viver em Miami, onde curtiu um exílio açucarado. Com a aproximação do fim de seu período de suspensão, voltou ao Brasil e ao noticiário. A bordo do obscuro Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), ameaça disputar a prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro. Precisa convencer a Justiça Eleitoral, que até agora considerou irregular a mudança de seu domicílio eleitoral de Maceió para São Paulo.
PAULO CÉSAR FARIAS (PC) Depois da queda de Collor, mandou os filhos estudar na Suíça e manteve um padrão de vida invejável, à custa da fortuna acumulada nos bons tempos da República de Alagoas. Condenado a sete anos de prisão por falsidade ideológica e sonegação fiscal, PC fugiu do país e passou meses escondido. Localizado pela polícia na Tailândia, foi trazido de volta ao Brasil, onde cumpriu dois anos da prisão. Ao conseguir liberdade condicional, tentou recomeçar os negócios. Numa manhã de junho de 1996, foi encontrado morto a tiros em sua casa de praia, ao lado da namorada, Suzana Marcolino. O crime até hoje não foi esclarecido.
ROSANE COLLOR A ex-primeira-dama foi acusada de desviar verbas públicas e ganhou fama de esbanjadora. Certa vez, comentava-se em Brasília torrou 34.000 mil dólares numa loja de roupas em Nova York. "A madame está gastando demais", queixava-se PC, que abastecia a conta bancária de Rosane com depósitos esporádicos. Rosane é acusada de desvio de verbas públicas no período em que presidiu a Legião Brasileira de Assistência, entre 1990 e 1991. Um dos escandalos protagonizados por Rosane foi a emissão de dinheiro para a fundação fantasma Pró-Carente de Canapi, sua cidade natal, em Alagoas.
Descobriu-se mais tarde que a fundação tinha como endereço a casa da mãe de Rosane. Rosane ainda é acusada de gastar 18.000 dólares numa festa para sua assessora pessoal e amiga Eunícia Guimarães e de superfaturar a compra de alimentos. Estima-se que cerca de 16 milhões de dólares tenham sido desviados e embolsados pelo grupo de Rosane.
CLÁUDIO VIEIRA Secretário particular de Collor, sabia de todas as falcatruas do esquema PC e tentou inocentar o chefe até o fim. Foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal dos crimes de corrupção passiva, coação de testemunhas, suborno e supressão de documentos. Hoje, mantém um escritório de advocacia em Brasília, cujo único cliente é ele mesmo.
ZÉLIA CARDOSO DE MELLO Ministra da Economia, foi a responsável pelo confisco da poupança, e a mulher mais poderosa da história da República. Condenada em primeira instância a 13 anos de prisão por ter recebido dinheiro no esquema PC para reajustar preços durante o congelamento imposto pelo Plano Collor. Disse que recorreria da sentença.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 25/05/2000
FUJÕES DAS SESSÕES DA CÂMARA DE SANTOS:
Vereadores de Santos/SP que interromperam várias sessões (realizadas apenas 2 vezes por semana). Para que uma sessão seja realizada é preciso que pelo menos 11 vereadores permaneçam em plenário. A tática dos vereadores, que procuram tornar inviável a sessão, é manjadíssima: combinam tudo antes e se retiram juntos. Todos os fujões, como ficaram conhecidos, fazem parte do bloco de sustentação do prefeito. Houve uma sessão que durou apenas 2 minutos. Os vereadores se retiraram do plenário, impedindo o prosseguimento da sessão, onde seriam votados pedidos de abertura de Comissões Especiais de Inquérito
(uma para apurar o escândalo dos remédios jogados no lixo, por estarem com prazo de validade vencido, e outra para apurar irregularidades na contratação de professores. Os "fujões", que trabalhando ou não, receberam o seu salário mensal, em torno de R$ 4.000 foram:
JOSÉ LASCANE - PPB / SP
MANOEL CONSTANTINO - PMDB / SP
MARINALDO MONGON - PTB / SP
MARIVALDO AGGIO - PPB / SP
SÉRGIO BONAVIDES - PPB / SP
Fonte: Site do Jornal da Orla (Santos/SP) - www.jornaldaorla.com.br - 28/05/2000
DEPUTADO AFASTADO PELA CPI DO NARCOTRÁFICO:
EUDO MAGALHÃES - PFL / PE A Assembléia de Pernambuco acatou pedido da CPI do Narcotráfico e cassou o mandato do deputado estadual, por falta de decoro parlamentar. Ele é acusado também de envolvimento com o crime organizado e de ter mentido à CPI.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 08/06/2000
OU VOTAVAM NELE OU SOFRERIAM AS CONSEQUÊNCIAS:
JOÃO DE MELO ELEUTÉRIO / PR Prefeito de Marquinhos, no Paraná, denunciado pelo Ministério Público de ameaçar eleitores da região para que votassem nele. Os policiais encarregados da prisão enfrentaram jagunços armados que tentaram evitar a captura. Foram encontradas várias armas e munições guardadas nas dependências do prefeito.
Fonte: Jornal da Band - Rede Bandeirantes - 09/06/2000
"SALÁRIO-DEPUTADO":
PETERSON PRADO - PPS / SP Ex-assessores do deputado estadual de São Paulo, denunciaram que Peterson obrigava-os, sob pena de demissão, de depositarem até 70% de seus salários na conta dele. Foram apresentados os depósitos bancários, onde comprovava-se as transferências que os assessores eram obrigados a fazer.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 09/06/2000
MÁFIA NO AMAPÁ:
A CPI do Nárcotráfico descobriu o envolvimento de autoridades de Macapá, no estado do Amapá, em um esquema de tráfico de drogas e super faturamentos.
FRAN JUNIOR / AP Deputado e presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Amapá, tinha 430 assessores fantasmas. Foi descoberto que a pista do aeroporto particular em sua fazenda (que desconfia-se, construída para recepção de drogas do exterior), foi paga com um cheque da Assembléia (assinada por Fran). Numa gravação de video, Fran dizia: "Quem não vir para o meu lado por amizade, virá por dinheiro", numa alusão aos deputados que tentariam depois, fazer o impeachment do governador do Amapá que estava tentando acabar com a máfia no estado.
MARGARETH SALOMÃO Presidente do Tribunal de Contas do estado do Amapá (e irmã do deputado Jorge Salomão) foi acusada pela Corregedoria do Ministério Público do Estado, de super faturar serviços nunca feitos pelo Jornal Amapá Estado (que já fechou). Suspeita-se que em 3 anos, foram gastos aproximadamente R$ 4 milhões.
SILVIO ASSIS Dono do Jornal Amapá Estado, também envolvido no esquema.
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 02/07/2000
PREFEITO CASSADO EM SÃO PAULO:
LONGINO DE LIMA Prefeito de Cajati, em São Paulo cassado depois de ser investigado por 3 meses, por acusações em várias irregularidades, como a de falta de controle da dívida pública, superfaturamento em obras com o dinheiro do estado etc.
Fonte: Site do Jornal A Tribuna (Santos/SP) - www.atribuna.com.br - 03/07/2000
TENTOU SUBORNAR ADVERSÁRIOS POLÍTICOS:
WILLIAN DIB - PSB / SP Candidato a vice prefeito, na cidade de São Bernardo do Campo (SP), teve conversas gravadas, em que oferecia dinheiro para candidatos da oposição, para que estes deixassem de concorrer nas eleições para vereadores.
Fonte: Jornal Band Cidade - Rede Bandeirantes - 06/09/2000
PEGO NO ATO:
OSMAR YASBEK - PSD / SP Prefeito de Embu das Artes (SP), que já fora denunciado várias vezes por corrupção, mas salvo por liminares na justiça, foi filmado, extorquindo 20% do valor de uma indenização que um contribuinte receberia da própria Prefeitura.
Fonte: Jornal da Band - Rede Bandeirantes - 14/11/2000
O PREFEITO COM 57 PROCESSOS:
EDSON MOURA - PMDB / SP Os processos denúncias contra o prefeito de Paulínia (SP), referem-se ao período em que foi prefeito da mesma cidade, de 1993 a 1996, e envolvem abuso de poder, improbidade administrativa, fraude em licitações e superfaturamento em desapropriações e licitações. Em um deles, ele já foi condenado em primeira instância. Um promotor do Ministério Público de Paulínia, estima que as ações abertas contra Moura já impediram a saída de R$ 10 milhões dos cofres públicos.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 15/11/2000
CORRUPTO ELEITO:
FRANCISCO PEREIRA NUNES Prefeito eleito de Passagem Franca (Piauí), além de ter sido filmado, dizendo que pagava por notas fiscais frias, também justificou sua assinatura numa nota fiscal para a compra de conhaque e aguardente (para uma creche da cidade, e paga com o dinheiro do governo destinado ao ensino!!) dizendo não ter reparado.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 02/01/2001
GRAVADO NO ATO:
HERMES PEREIRA SANTOS Prefeito de Curralinhos (PI), foi gravado assumindo que comprava notas frias (pagava por serviços não realizados) para a Prefeitura.
Fonte: Jornal da Record 2ª Edição - Rede Record - 08/01/2001
ESQUEMA DE CORRUPÇÃO EM JERUMENHA:
ADERSON SOARES Ex-prefeito de Jerumenha (Piauí) que além de ser acusado de montar um esquema de notas frias, foi gravado contando como subornava juízes da região.
JOSÉ SOARES DE ALBUQUERQUE Desembargador que recebia polpudos cheques, em troca de decissões favoráveis a favor do então prefeito França.
ANTÔNIO LINHARES Na época era procurador geral de justiça, e também se beneficiava do esquema, recebendo suas "comissões".
AUGUSTO FALCÃO Presidente do Tribunal do Piauí, que recebia dinheiro por intermédio de seu filho Tiago, para dar sentenças favoráveis ao então prefeito.
JOÃO ULISSES DE BRITO Advogado casado com Ingrid, filha do desembargador José Soares de Albuquerque, e que através de sua empresa Wisa, intermediava o esquema.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 29/01/2001
CORRUPTO F.C.:
EURICO MIRANDA / RJ Vários documentos mostraram o desvio de dinheiro do Vasco da Gama (do qual o deputado federal também é diretor) para contas em "Paraísos Fiscais" nas Bahamas (inclusive um cheque de mais de R$ 3 milhões).
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 15/02/2001
* Obs: Também contratou familiares (3 filhos e 1 sobrinho), pagos com dinheiro público (o nosso).
Fonte: Revista Veja - 16/02/2000
EX-PREFEITO FORAGIDO:
ELÓI BRAZ SESSIM / RS Ex-prefeito de duas cidades (Tramandaí e Cidreira, RS), foi condenado a mais de 13 anos de prisão por crime de peculato, e está foragido desde 1998, quando conseguiu escapar do Quartel do Corpo de Bombeiros. Ele se notabilizou por gastar o dinheiro da população em obras delirantes como o estádio de futebol da pequena Cidreira, que daria para abrigar o dobro da população local. Não conformado com o excesso de assentos, criou um time, onde boa parte dos salários dos jogadores era paga com dinheiro do contribuinte. Em Tramandai, outra cidade que governou, ergueu outro ginásio, quase do tamanho do Maracanãzinho, no Rio. Os vidros que comprou para as janelas e portas da sede da prefeitura foram tantos que, empilhados, chegariam a 875 m de altura. Também é acusado de formação de quadrilha, concussão (extorsão), fraude e falsidade ideológica. Seu salário também era motivo de polêmica: recebia R$ 12,8 mil para administrar o pequeno município de Cidreira, onde os funcionários estavam há sete meses sem receber e a luz e os telefones da prefeitura haviam sido cortados por falta de pagamento. Sobre seu salário, dizia que trabalhava muito, acordava cedo e dormia tarde, só pensando no bem-estar da população. Defendia-se quando afirmavam que seu salário era superior ao do presidente da República. "Acho que o governador e o presidente é que ganham pouco". Apesar de todos os escândalos, Sessim conseguiu deixar sua esposa, Custódia (eleita em 2000) prefeita de Cidreira, a mesma cidade de onde Sessim foi afastado em 95.
Fonte: Linha Direta - Rede Globo - 08/03/2001
TUDO EM FAMÍLIA:
PEDRO WILSON PAPIN Prefeito de Ivaiporã (Paraná) que contratou 13 parentes na Prefeitura. O noivo de sua filha, também já contratado sem concurso e pago com o dinheiro dos munícipes, disse em entrevista que "pelo grau de parentesco (futuro genro), merecia um cargo melhor" .
Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 26/03/2001
POLÍTICOS (DIVULGADOS) QUE "BRECARAM" A CPI DA CORRUPÇÃO:
Perderam-se as esperanças de reunir, as 27 assinaturas de senadores necessárias para instalar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar denúncias de corrupção no governo. O porta-voz da Presidência, garantiu, no entanto, que o governo não ofertou cargo algum. "O presidente não pediu nada no encontro e fez questão de frisar que não esperava nenhuma mudança de posição de quem tivesse assinado o requerimento."
JOSÉ ROBERTO ARRUDA - PSDB / DF "Depois de tanta adrenalina, agora eu estou respirando aliviado", resumiu o líder do governo no Senado. "Saímos da pauta da corrupção", comemorou o senador.
CASSILDO MALDANER - PMDB / SC Foi um dos que mais insistiu na tese de que a direção do partido precisava dar aos parlamentares um instrumento para reagir à pressão pró-CPI. "Sou a favor, mas sigo a orientação do partido", justificou satisfeito.
GEDDEL VIEIRA LIMA - PMDB / BA "Este assunto morre na quaresma", apostou o líder do PMDB na Câmara. Os governistas acreditavam que, depois da Semana Santa, ninguém mais iria falar nessa investigação.
LUIZ ANTÔNIO DE MEDEIRO - PL / SP "Não íamos ter ganho político nenhum com essa CPI. Nem sequer conseguiríamos pôr um representante lá dentro, porque o partido é muito pequeno", concluiu, pragmático, o deputado federal.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 29/03/2001
* Obs.(José Roberto Arruda): Foi denunciado mais tarde (e acabou confessando e depois renunciando ao mandato para evitar uma cassação), ter pedido a técnicos do Senado, o acesso a uma lista de votação secreta (e que, uma semana antes, havia negado categoricamente).
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 24/04/2001
PREFEITURA CORRUPTA NO AMAZONAS:
HÉLIO BESSA - PTB / AM Prefeito de Tefé (Amazonas) envolvido em irregularidades de várias obras inacabadas e super-faturadas. Só o muro do cemítério local (estimado em R$ 15 mil), foi construído por R$ 135 mil. Parentes do prefeito (fornecedores de material da prefeitura, o que já é irregular), são donos agora, das melhores casas da cidade, e vistos dirigindo carros importados. Foi filmado tentando subornar o repórter para que a matéria não fosse ao ar. Também é acusado de desviar verba do Fundo Municipal de Saúde em nomes de parentes, e de subornar eleitores (até de fora da cidade) para que pudesse se reeleger.
Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 02/05/2001
DEPUTADOS QUE ENTERRARAM A CPI DA CORRUPÇÃO:
O governo federal conseguiu barrar a CPI da Corrupção. Com uma megaoperação que envolveu ministros, liberação de verbas e emendas de congressistas e pedidos do presidente Fernando Henrique Cardoso, 20 deputados federais retiraram suas assinaturas do requerimento para criar a comissão. Restaram 162 das 182 assinaturas apresentadas. O presidente do Congresso, Jader Barbalho (PMDB-PA) permitiu que até a meia-noite pudessem ser retiradas as assinaturas que apoiaram o requerimento para a CPI. O presidente se reuniu com todos os ministros para deflagrar a operação anti-CPI, tentando convencer os parlamentares a retirarem suas assinaturas. Veja quem retirou sua assinatura:
ARISTON ANDRADE - PFL / BA
AUGUSTO NARDES - PPB / RS
CORNÉLIO RIBEIRO - PSB / RJ
DINO FERNANDES - PSDB / RJ
EUJÁCIO SIMÕES - PL / BA
JOSÉ ALEKSANDRO - PSL / AC (veja mais em Suplente estelionatário).
JOÃO EDUARDO DADO - PMDB / SP
JOSÉ EGYDIO - PL / RJ
JOSÉ ÍNDIO - PMDB / SP
JOSUÉ BENGTSON - PTB / PA
LUCIANO BIVAR - PST / PE
LUÍS MOREIRA - PFL / BA
LUISINHO - PST / RJ
OLIVEIRA FILHO - PL / PR
OSVALDO BIOLCHI - PMDB / RS
OSVALDO REIS - PMDB / TO
PAULO MAGALHÃES - PFL / BA
PAULO MARINHO - PFL / MA
ROBERIO ARAÚJO - PL / RR
URSICINO QUEIROZ - PFL / BA
Fonte: Site do Universo On Line - www.uol.com.br - 11/05/2001
FALSIFICOU VOTAÇÃO DA CÂMARA:
JOSÉ MARIA COUTO / CE Presidente da Câmara de Fortaleza (CE), responsável pelo sistema de gravação em vídeo das votações. Ao requisitarerem a fita do dia em que foi votado a vergonhosa verba do "auxílio-paletó" (para compra de paletós para os vereadores), no valor de R$ 13,5 mil, os vereadores da oposição (que não estavam no dia), constataram que foi feita uma grosseira edição, dando-se a idéia de que o projeto fora lido e aprovado. Couto, também acusado de falsificar os documentos da ata, ao ser indagado, disse sorrindo que: "essa fita não tem valor jurídico".
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 09/06/2001
PRESIDENTE DO CONSELHO DE... ÉTICA ???:
GILBERTO MESTRINHO - PMDB / AM O novo presidente do Conselho de Ética, senador Gilberto Mestrinho, foi eleito sob forte polêmica, e tendo que explicar denúncias de corrupção que existem contra ele e avisando que não vai levar em conta as acusações ao presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). “O conselho não tem nada a ver com o que ocorreu antes do mandato”, declarou Mestrinho, amigo há 18 anos de Jader, que poderá vir a ser investigado pelo conselho. Mestrinho, em seu discurso de posse, classificou como “notícias infundadas” as denúncias de que se beneficiou de recursos da Sudam. Também rejeitou as acusações de que foi cassado por corrupção pela revolução de 1964. Em uma clara demonstração de sua pouca disposição de investigar Jader, Mestrinho, ao ser indagado sobre a contradição, declarou. “Precisa saber o que vale mais, a palavra de um caseiro (uma das testemunhas contra Jader) ou do presidente do Senado.”.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 27/06/2001
PREFEITO TENTA SUBORNAR GUARDA DIANTE DAS CÂMERAS:
GENERINO FONTANA / SC Numa fiscalização que a Polícia Ambiental de Santa Catarina encontrou toras de araucária (madeira ameaçada de extinção e que seria transformada em palitos de fósforo!!) no pátio de uma empresa, na cidade de Curitibanos (SC). Para a surpresa dos policiais, o prefeito Generino, que não é o dono da empresa, tentou evitar a multa (descobriu-se que as araucárias foram cortadas de uma área de preservação permanente de uma fazendo do próprio prefeito). O prefeito solicitou que fosse a um encontro no gabinete da prefeitura, conta um policial. Uma microcâmera registrou o encontro. O prefeito oferece vantagens ao policial: "O que é justo, você vai levar. Não vou dizer quanto, mas você vai". E ameaça: "Se um dia você contar o problema, vou mandar te chumbear".
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 28/06/2001
FITA COMPROMETE GOVERNADOR:
JOSÉ IGNÁCIO FERREIRA - PSDB / ES O laudo da Polícia Federal sobre as fitas que deram origem à CPI da Propina no Espírito Santo confirma a veracidade das gravações do lobista Nilton Monteiro. Nelas, aparece um esquema de cobrança de ágios de até 30% para transferência de créditos do ICMS a empresas. Os envolvidos são pessoas ligadas ao governador tucano José Ignacio Ferreira.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 06/07/2001
PREFEITO "QUEM QUER ÁGUA":
FRANCISCO ARISTIDES FERREIRA / CE Prefeito de Lavras da Mangabeira (CE), usou verba do governo destinado para a construção de açudes no combate à seca. Só que usou o dinheiro para construir 32 açudes em áreas particulares e em terrenos de parentes, deixando os munícipes literalmente com "água na boca".
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 28/07/2001
FALTA DE INTERESSE:
ALBERTO FRAGA - PMDB / DF Deputado e coronel reformado da PM, principal lobista da corporação no Congresso, elaborou um relatório final para a comissão da Câmara dos Deputados que trata da reforma do sistema de segurança pública. Este relatório mantém os privilégios dos oficiais, impede a desmilitarização da Polícia Militar e descarta a unificação das polícias.
Fonte: Revista Istoé - 01/08/2001
"CAPO CAPIXABA":
JOSÉ CARLOS GRATZ - PFL / ES Dono de um império de jogatina e indiciado pela CPI do Narcotráfico, o presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, está sendo acusado também de ser o mandante do assassinato de um empresário, sócio de um bingo no Rio de Janeiro. A Procuradoria da República no Espírito Santo apurou que ele controla várias casas de bingo como sócio oculto. Gratz, que é acusado de ser dono de todas as máquinas caça-níqueis no Estado, empossou Edgard Rocha Filho na presidência da recém-criada Loteria do Estado (Loteres). Uma semana depois, Edgard publicou uma resolução que liberava a instalação de máquinas caça-níqueis no Estado, apesar de serem proibidas em todo o Brasil, por legislação federal.
Fonte: Revista Istoé - 01/08/2001
A MINA DO SENADOR:
A estratégia do senador Jader Barbalho - PMDB-PA (veja mais em "Barbalhidades"), para se defender das inúmeras acusações de desvio de dinheiro público está naufragando.
MÁRIO FROTA - PDT / AM Deputado estadual que foi o coordenador, em Manaus, da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), é acusado, inclusive com provas materiais, de que para terem um projeto aprovado, empresários tinham que pagar "pedágio". Um ex-assessor diz que foi cobrando propinas que o deputado fez sua campanha de 1998, e ainda sobrou dinheiro.
JOSÉ ARTHUR GUEDES TOURINHO Ex-superintendente da Sudam, também acusado de ser um dos beneficiados pelo esquema, e que "fazia tudo o que o Jader mandava". Tourinho centralizava os fiscais responsáveis pelo acompanhamento de projetos (e que era comum esses fiscais saírem do Amazonas carregados de presentes e até de dinheiro dado pelos donos dos projetos fiscalizados).
Fonte: Revista Istoé - 01/08/2001
VEREADORES QUE GOSTAM DE GASTAR DINHEIRO (DO POVO):
ARNALDO DO NASCIMENTO - PTN Vereador de Guarujá (SP), autor de emenda que alterou a estrutura administrativa e permitiu, também, a contratação de 42 assessores, dois para cada vereador. Apenas com os assessores, a Câmara passará a ter uma despesa de R$ 90 mil mensais, fato que levantou polêmica na Cidade. Ele disse ainda que, antes, a Câmara gastava 2,8% do orçamento anual e, com a reforma, as despesas chegarão aos 3,06%. Alegou que “o projeto está criando empregos na Cidade”. A população, porém, parece não compartilhar da visão dos vereadores e também protestaram contra a reforma, pelo fato de terem sido criados 15 cargos de chefia, para um total de 51 funcionários, o que representa quase 20% do quadro. Além disso, instituiu as gratificações que variam de R$ 600 a R$ 1.500, conforme a função.
MARINALDO NENKE SIMÕES - PPS O vereador irritou-se contra um repórter que fazia a cobertura da sessão. Nenke não gostou de ser questionado sobre a contratação de novos assessores e desvirtuando a resposta, perguntou ao jornalista se o seu interesse pelo assunto seria por pretender uma das vagas criadas pelo projeto.
Fonte: Site do Jornal A Tribuna (Santos/SP) - www.atribuna.com.br - 05/09/2001
MEU PRIMO, MEU TESOURO:
Empresários com projetos para serem aprovados na Sudam eram obrigados a "contribuir" para um esquema de coleta de propinas. O objetivo: consolidar o domínio político do senador Jader Barbalho (veja mais em "Barbalhidades"), em Altamira (Pará).
JOSÉ PRIANTE - PMDB / PA Deputado federal, primo e braço direito de Jader, era quem comandava, em nome do clã, o esquema da "coleta".
DOMININGOS JUVENIL - PMDB / PA Prefeito de Altamira e apadrinhado de Jader. Sua eleição foi financiada com parte do dinheiro desviado da Sudam.
MARIA AUXILIADORA MARTINS Contadora que além de cobrar as propinas, e ser a principal intermediária do esquema de liberação de verbas dentro da Sudam. também alterava os projetos, deixando os empresários reféns do esquema.
REGIVALDO PEREIRA GALVÃO (TARADÃO) Um dos agiotas que mais operavam com o esquema.
SILVÉRIO ALBANO FERNANDES Empresário e um dos responsáveis pela coleta de propina.
WALDECIR MAIA - PMDB Membro do diretório do PMDB em Altamira, e outro dos integrantes do grupo responsável pela arrecadação.
RUBENS BARBALHO Primo de Jader e Priante, outro integrante do grupo.
IRENILDES DO CARMO RODRIGUES (ALEMÃO) Assessor direto de Rubens Barbalho, e que circulava em Altamira com a missão de arrecadar propinas.
DANNY GUTZEIT Empresário conhecido como "Suddany" e um dos principais integrantes do grupo político de apoio a Jader na região, esteve em Brasília levando pessoas do esquema para se encontrar com Jader.
JOSÉ SOARES SOBRINHO Empresário preso pela segunda vez e ligadíssimo ao clã dos Barbalho, e que teria muito a contar.
Fonte: Revista Istoé - 12/09/2001
FIM DOS MILAGRES:
FRANCISCO DE ASSIS DE MORAES SOUZA ("MÃO SANTA") - PMDB / PI Na campanha para o governo do Piauí, para burlar a proibição de personalização da propaganda dos governos (e usar verbas estaduais em campanhas eleitorais), Mão Santa divulgou à exaustão, na tevê, programas e projetos de governo como "Luz Santa", "Sopa na Mão" e "Spa Santo". Denunciado por crime eleitoral, acabou cassado. Em 1998, ele já havia sido denunciado pela revista Istoé, pela prática de nepotismo. Empregou a mulher, filho e irmão no governo, às custas do contribuinte. O TSE já acolheu 9 denúncias de crime eleitoral contra Mão Santa.
Fonte: Revista Istoé - 14/11/2001
DESEMBARGADOR:
PAULO TEOTÔNIO COSTA O desembargado, um dos integrantes do tribunal responsável por processos no Estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul, é acusado de falsificar documentos para libertar um traficante de drogas que teve a prisão preventiva decretada pela própria Justiça Federal. Há quatro anos, um major da PM de Mato Grosso do Sul foi preso, acusado de ser o dono de 237 quilos de cocaína. O primeiro pedido de libertação foi negado por uma desembargadora do tribunal em São Paulo. Pelas regras processuais, ela é quem deveria analisar o segundo pedido. Mas esse segundo pedido de habeas corpus acabou indo parar nas mãos de Teotônio. De acordo com o Ministério Público Federal, o desembargador alterou documentos do cartório remetendo para ele mesmo o pedido. Paulo Teotônio Costa acabou concedendo liminar que libertou o major preso por trafico de cocaína.
O desembargador, que não quis dar entrevista sobre o assunto, também está sendo investigado por enriquecimento ilícito. O patrimônio dele seria incompatível com o seu salário.
Fonte: Site do Jornal Nacional (www.redeglobo.com.br) - Rede Globo - 06/12/2001
PAULO TEOTÔNIO COSTA O desembargado, um dos integrantes do tribunal responsável por processos no Estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul, é acusado de falsificar documentos para libertar um traficante de drogas que teve a prisão preventiva decretada pela própria Justiça Federal. Há quatro anos, um major da PM de Mato Grosso do Sul foi preso, acusado de ser o dono de 237 quilos de cocaína. O primeiro pedido de libertação foi negado por uma desembargadora do tribunal em São Paulo. Pelas regras processuais, ela é quem deveria analisar o segundo pedido. Mas esse segundo pedido de habeas corpus acabou indo parar nas mãos de Teotônio. De acordo com o Ministério Público Federal, o desembargador alterou documentos do cartório remetendo para ele mesmo o pedido. Paulo Teotônio Costa acabou concedendo liminar que libertou o major preso por trafico de cocaína.
O desembargador, que não quis dar entrevista sobre o assunto, também está sendo investigado por enriquecimento ilícito. O patrimônio dele seria incompatível com o seu salário.
Fonte: Site do Jornal Nacional (www.redeglobo.com.br) - Rede Globo - 06/12/2001
JUSTA PUNIÇÃO:
Responsáveis por falsificar uma gravação, para incriminar um deputado estadual amazonense e adversário político:
JOÃO COELHO BRAGA FILHO (BRAGUINHA) Subornou um ex-assessor do deputado para este incriminá-lo.
NIVALDO MARINHO Ex-assessor do deputado acusado, foi subornado com a oferta de casas e muito dinheiro para imitar a voz do ex-patrão, incriminando-o.
PAUDERNEY AVELINO - PFL / AM Vice-líder do partido na Câmara, é acusado de ser o mentor do texto lido pelo ex-assessor.
Fonte: Revista Istoé - 19/12/2001
Responsáveis por falsificar uma gravação, para incriminar um deputado estadual amazonense e adversário político:
JOÃO COELHO BRAGA FILHO (BRAGUINHA) Subornou um ex-assessor do deputado para este incriminá-lo.
NIVALDO MARINHO Ex-assessor do deputado acusado, foi subornado com a oferta de casas e muito dinheiro para imitar a voz do ex-patrão, incriminando-o.
PAUDERNEY AVELINO - PFL / AM Vice-líder do partido na Câmara, é acusado de ser o mentor do texto lido pelo ex-assessor.
Fonte: Revista Istoé - 19/12/2001
O GOVERNADOR DE R$ 150
MILHÕES:
NEWTON CARDOSO Vice-governador de Minas Gerais, Newtão, como ele é chamado popularmente, é um homem muito rico, que começou do nada e conseguiu enriquecer ao mesmo tempo que se dedicava à política. "Tenho uns 70 milhões de reais", ele calcula. "Menos as dívidas", avisa. Só esse número já o coloca entre os políticos de maior riqueza no Brasil. Jader Barbalho, que renunciou ao Senado em decorrência das investigações sobre seu enriquecimento, tem um patrimônio visível que não dá metade disso. Pelas declarações de rendimentos que entregou ao se candidatar a alguns cargos e das listas de bens de suas empresas, percebe-se quanto é modesto o vice de Minas Gerais e como anda ruim sua memória a respeito dos empreendimentos do passado. Newtão acumula um patrimônio de pelo menos 150 milhões de reais – tomando-se como data-base a última vez que prestou contas à Receita Federal. Os fatos apontam que pelo menos 145 milhões de reais entraram nos cofres de Newtão depois que ele ingressou na vida pública. Ou seja, da primeira eleição para prefeito de Contagem (MG) até hoje – enquanto ele exercia os cargos de assessor do prefeito seguinte, deputado federal, prefeito de novo, governador, outra vez deputado federal, mais uma vez prefeito e finalmente vice-governador, seus negócios se ampliaram mais de trinta vezes. Em todo esse percurso, apenas por quatro anos esteve afastado da política. Hoje, Newtão tem 52 fazendas, distribuídas entre 25 municípios em Minas e na Bahia. São 145.000 hectares – quase 8.000 estádios do Maracanã –, que valem no mínimo 88 milhões de reais. Metade das fazendas está em nome da Companhia Siderúrgica Pitangui, a Siderpita, que ele adquiriu há seis anos.
Como Newtão conseguiu impulsionar tão bem seus negócios pessoais enquanto se entretinha em defender os interesses de seus eleitores?, perguntam todos os que tomam conhecimento de sua história de sucesso.
Analistas financeiros acham que um jeito de enriquecer assim depressa é saber usar informações privilegiadas ou beneficiar-se de cargos públicos para fazer bons negócios. Falam em tese, é claro. Num desses momentos em que a condição de político ajudou na vida de empresário, ele ganhou uma concessão de televisão do então presidente José Sarney, por ter feito sua parte para auxiliar a aprovar o mandato de cinco anos na Constituinte de 1988. Logo no segundo ano de seu primeiro mandato foi pedida sua cassação em Contagem, porque ele teria usado funcionários da prefeitura para trabalhar num sítio de sua propriedade. Também diziam que ele aplicava dinheiro público sem autorização da Câmara Municipal e que tinha aprovado um loteamento em troca de apoio financeiro. Esse processo não foi adiante. Em 1983, voltou a ser prefeito, depois de uma eleição que lhe deu 92,6% dos votos. Ainda responde a duas ações judiciais remanescentes desse período. Uma por desapropriar pagando quase 1.000% acima do preço um terreno que era de seu então chefe de gabinete, Gil Antônio Diniz, o Teteco. Essa ação está no Tribunal de Justiça desde 1994, parada. "A maioria das obras que ele fazia era superfaturada e as licitações eram de cartas marcadas", afirma um ex-deputado, que publicava em primeira mão – antes de serem abertas as propostas – os resultados de concorrências do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas. Assim demonstrava fraudes. Essas e outras denúncias deram num processo de impeachment na Assembléia Legislativa, mas o governador se saiu muito bem. "Eu nunca temi ser afastado, pois tenho o nome da maioria dos deputados no canhoto de meu cheque", disse na ocasião, comemorando a vitória.
Em 1997, outra vez prefeito de Contagem, Newtão mandou pagar indenização de 6 milhões de reais à empresa Road, referente à desapropriação de um terreno que havia ocorrido seis anos antes. O beneficiário era Teteco – e Newtão diz que apenas cumpria decisão judicial. O vereador Teteco aparece, no passado, como sócio em vários empreendimentos do hoje vice-governador. Há três anos, ele transferiu um dos braços da empresa Road, para uma das holdings de Newtão. A empresa, que está avaliada em 1,5 milhão de reais, é dirigida atualmente pela mulher de Newtão, a deputada federal Maria Lúcia Cardoso.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 19/12/2001
NEWTON CARDOSO Vice-governador de Minas Gerais, Newtão, como ele é chamado popularmente, é um homem muito rico, que começou do nada e conseguiu enriquecer ao mesmo tempo que se dedicava à política. "Tenho uns 70 milhões de reais", ele calcula. "Menos as dívidas", avisa. Só esse número já o coloca entre os políticos de maior riqueza no Brasil. Jader Barbalho, que renunciou ao Senado em decorrência das investigações sobre seu enriquecimento, tem um patrimônio visível que não dá metade disso. Pelas declarações de rendimentos que entregou ao se candidatar a alguns cargos e das listas de bens de suas empresas, percebe-se quanto é modesto o vice de Minas Gerais e como anda ruim sua memória a respeito dos empreendimentos do passado. Newtão acumula um patrimônio de pelo menos 150 milhões de reais – tomando-se como data-base a última vez que prestou contas à Receita Federal. Os fatos apontam que pelo menos 145 milhões de reais entraram nos cofres de Newtão depois que ele ingressou na vida pública. Ou seja, da primeira eleição para prefeito de Contagem (MG) até hoje – enquanto ele exercia os cargos de assessor do prefeito seguinte, deputado federal, prefeito de novo, governador, outra vez deputado federal, mais uma vez prefeito e finalmente vice-governador, seus negócios se ampliaram mais de trinta vezes. Em todo esse percurso, apenas por quatro anos esteve afastado da política. Hoje, Newtão tem 52 fazendas, distribuídas entre 25 municípios em Minas e na Bahia. São 145.000 hectares – quase 8.000 estádios do Maracanã –, que valem no mínimo 88 milhões de reais. Metade das fazendas está em nome da Companhia Siderúrgica Pitangui, a Siderpita, que ele adquiriu há seis anos.
Como Newtão conseguiu impulsionar tão bem seus negócios pessoais enquanto se entretinha em defender os interesses de seus eleitores?, perguntam todos os que tomam conhecimento de sua história de sucesso.
Analistas financeiros acham que um jeito de enriquecer assim depressa é saber usar informações privilegiadas ou beneficiar-se de cargos públicos para fazer bons negócios. Falam em tese, é claro. Num desses momentos em que a condição de político ajudou na vida de empresário, ele ganhou uma concessão de televisão do então presidente José Sarney, por ter feito sua parte para auxiliar a aprovar o mandato de cinco anos na Constituinte de 1988. Logo no segundo ano de seu primeiro mandato foi pedida sua cassação em Contagem, porque ele teria usado funcionários da prefeitura para trabalhar num sítio de sua propriedade. Também diziam que ele aplicava dinheiro público sem autorização da Câmara Municipal e que tinha aprovado um loteamento em troca de apoio financeiro. Esse processo não foi adiante. Em 1983, voltou a ser prefeito, depois de uma eleição que lhe deu 92,6% dos votos. Ainda responde a duas ações judiciais remanescentes desse período. Uma por desapropriar pagando quase 1.000% acima do preço um terreno que era de seu então chefe de gabinete, Gil Antônio Diniz, o Teteco. Essa ação está no Tribunal de Justiça desde 1994, parada. "A maioria das obras que ele fazia era superfaturada e as licitações eram de cartas marcadas", afirma um ex-deputado, que publicava em primeira mão – antes de serem abertas as propostas – os resultados de concorrências do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas. Assim demonstrava fraudes. Essas e outras denúncias deram num processo de impeachment na Assembléia Legislativa, mas o governador se saiu muito bem. "Eu nunca temi ser afastado, pois tenho o nome da maioria dos deputados no canhoto de meu cheque", disse na ocasião, comemorando a vitória.
Em 1997, outra vez prefeito de Contagem, Newtão mandou pagar indenização de 6 milhões de reais à empresa Road, referente à desapropriação de um terreno que havia ocorrido seis anos antes. O beneficiário era Teteco – e Newtão diz que apenas cumpria decisão judicial. O vereador Teteco aparece, no passado, como sócio em vários empreendimentos do hoje vice-governador. Há três anos, ele transferiu um dos braços da empresa Road, para uma das holdings de Newtão. A empresa, que está avaliada em 1,5 milhão de reais, é dirigida atualmente pela mulher de Newtão, a deputada federal Maria Lúcia Cardoso.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 19/12/2001
FILHO DE DESEMBARGADOR
"AUMENTA" SEU SALÁRIO NO TJ:
BRUNO MINERVINO Em menos de um mês, o filho do presidente do Tribunal de Justiça de Brasília, Bruno Minervino, conseguiu aumentar em cinco vezes o seu salário no tribunal. Ele deveria receber R$ 1,3 mil como um dos aprovados no concurso público, de nível médio, para a vaga de técnico judiciário na área de segurança. Mas não foi isso o que ocorreu e hoje Bruno recebe R$ 6,6 mil como dentista do tribunal. Ele foi um dos últimos selecionados no concurso para a vaga de segurança, que exigia o 2º grau. Ficou em 65º lugar no processo de seleção realizado pela Universidade de Brasília, dia 10 de agosto. De acordo com o jornal Correio Braziliense, Bruno Minervino foi designado para a função de assessor do secretário-geral do tribunal, Leodito Faria.
EDMUNDO MINERVINO Ele afirma que, como concursado, seu filho pode ocupar qualquer cargo de confiança, desde que tenha qualificação. Bruno é dentista e tem mestrado em Ortodontia. O desembargador não justifica o desvio da função e a intrigada operação que garantiu a Bruno ocupar um cargo de nível superior. A portaria que o promoveu a um cargo de confiança foi assinada pelo vice-presidente do TJ, desembargador José Campos do Amaral, no exercício da presidência. Não se sabe porque o próprio Edmundo não assinou o ato. O Diário de Justiça do mesmo dia, traz outras portarias assinadas por ele. Logo após ser investido no cargo de confiança, Bruno foi remanejado para o Serviço Odontológico. Ele já havia exercido a função antes, mas teve de deixá-la por ser filho do desembargador, em 1996, quando foi aprovada a lei que proíbe o nepotismo no Judiciário. Parentes de juízes e desembargadores só podem assumir cargos nos tribunais se forem aprovados em concursos públicos. No caso, Bruno teria de passar em concurso específico para o setor, de nível superior. Ele teria de disputar as quatro vagas existentes no tribunal, uma das quais está aberta, com profissionais do ramo. Há outra suspeita de favorecimento ao filho do presidente do TJ-DF. O edital do concurso previa apenas 12 vagas para a área de Segurança e Transporte. Bruno Minervino, com a sua 65º colocação, estaria fora. Só que o número de vagas foi ampliado após a realização do concurso. O tribunal alegou que foi obrigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a cancelar o contrato com empresas particulares de segurança. A exigência obrigou a substituir os funcionários terceirizados por concursados, o que justificaria a ampliação tardia do número de vagas do concurso público.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 13/02/2002
BRUNO MINERVINO Em menos de um mês, o filho do presidente do Tribunal de Justiça de Brasília, Bruno Minervino, conseguiu aumentar em cinco vezes o seu salário no tribunal. Ele deveria receber R$ 1,3 mil como um dos aprovados no concurso público, de nível médio, para a vaga de técnico judiciário na área de segurança. Mas não foi isso o que ocorreu e hoje Bruno recebe R$ 6,6 mil como dentista do tribunal. Ele foi um dos últimos selecionados no concurso para a vaga de segurança, que exigia o 2º grau. Ficou em 65º lugar no processo de seleção realizado pela Universidade de Brasília, dia 10 de agosto. De acordo com o jornal Correio Braziliense, Bruno Minervino foi designado para a função de assessor do secretário-geral do tribunal, Leodito Faria.
EDMUNDO MINERVINO Ele afirma que, como concursado, seu filho pode ocupar qualquer cargo de confiança, desde que tenha qualificação. Bruno é dentista e tem mestrado em Ortodontia. O desembargador não justifica o desvio da função e a intrigada operação que garantiu a Bruno ocupar um cargo de nível superior. A portaria que o promoveu a um cargo de confiança foi assinada pelo vice-presidente do TJ, desembargador José Campos do Amaral, no exercício da presidência. Não se sabe porque o próprio Edmundo não assinou o ato. O Diário de Justiça do mesmo dia, traz outras portarias assinadas por ele. Logo após ser investido no cargo de confiança, Bruno foi remanejado para o Serviço Odontológico. Ele já havia exercido a função antes, mas teve de deixá-la por ser filho do desembargador, em 1996, quando foi aprovada a lei que proíbe o nepotismo no Judiciário. Parentes de juízes e desembargadores só podem assumir cargos nos tribunais se forem aprovados em concursos públicos. No caso, Bruno teria de passar em concurso específico para o setor, de nível superior. Ele teria de disputar as quatro vagas existentes no tribunal, uma das quais está aberta, com profissionais do ramo. Há outra suspeita de favorecimento ao filho do presidente do TJ-DF. O edital do concurso previa apenas 12 vagas para a área de Segurança e Transporte. Bruno Minervino, com a sua 65º colocação, estaria fora. Só que o número de vagas foi ampliado após a realização do concurso. O tribunal alegou que foi obrigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a cancelar o contrato com empresas particulares de segurança. A exigência obrigou a substituir os funcionários terceirizados por concursados, o que justificaria a ampliação tardia do número de vagas do concurso público.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 13/02/2002
BALCÃO DE NEGÓCIOS NA
JUSTIÇA:
ANTÔNIO IVAN ATHIÉ
FRANCISCO PIZZOLANTE
JOSÉ RICARDO DE SIQUEIRA REGUEIRA
Uma rede de amigos formada por juízes de 2ª instância, advogados e burocratas públicos que age nas sombras do Tribunal Regional Federal da 2 Região (TRF-2), no Rio, favorecida pelas brechas legais, pelo excesso de poder e pelas falhas na estrutura de defesa do setor público. Liminares trancam ações e livram os acusados da prisão, sentenças duvidosas em causas milionárias e manobras processuais que desprezam a lei em favor de interesses. Só num processo, os autores conseguiram validar R$ 1,3 bilhão em apólices do império para a quitação de débitos com o INSS. Enquanto o credor comum da União leva anos para receber o que o Estado lhe deve, há processos em que o juiz deu prazo de 24 horas para a Caixa Econômica Federal depositar R$ 3,2 milhões da conta de um advogado, em saques de FGTS de seus clientes, sem direito a contestação. No exame dos processos que constam do inquérito, um advogado capixaba que trabalha em Vitória, onde Antônio Ivan Athié foi juiz por 12 anos, destaca-se como favorecido em decisões que envolveram cifras elevadas. Há mais de um ano, liminares concedidas pelo juiz Pizzolante impedem o andamento de um processo e interrogatório, em que o réu é parte interessada ainda em 18 agravos, um mandado de segurança, quatro hábeas-corpus, 14 apelações cíveis e um recurso criminal no TRF-2.
JOSÉ FRANCISCO FRANCO DA SILVA OLIVEIRA Advogado piauiense, que tem escritório no Rio, também está sendo investigado. Ele já é alvo de dois inquéritos na Polícia Federal. Campeão de vitórias na Justiça contra o governo federal, principalmente em saques de FGTS, Franco é investigado pela polícia desde 1993 por suspeita de tráfico de influência. Seu nome aparece no inquérito que investiga as circunstâncias em que cerca de 2.500 pessoas foram admitidas como autores na mesma causa, quando já havia medida liminar concedida na 20 Vara Federal para o desbloqueio dos saldos do fundo. O nome do advogado apareceu em gravações, autorizadas judicialmente, de conversas telefônicas do banqueiro foragido Alberto Cacciola, que em depoimento na Justiça Federal, teria lhe pedido dinheiro em troca de facilidades no TRF. Na época, o ex-banqueiro queria anular a busca e apreensão de documentos feita pela polícia em sua casa. Em livro escrito na Itália, o ex-banqueiro dá detalhes sobre a proposta, que, segundo ele, variava de US$ 100 mil a US$ 600 mil, dependendo do tipo de decisão.
BELINE SALLES RAMOS Especialista em defender sonegadores, o tributarista sofreu uma fiscalização da Receita Federal que constatou o correspondente a R$ 2,4 milhões em patrimônio a descoberto. Ele pagou metade do valor e está contestando até hoje a outra metade. Beline, cujo nome aparece como advogado na maioria dos processos do Espírito Santo sob suspeita, divide o tempo entre os corredores da Justiça e os templos. Evangélico, ele fundou a própria igreja (Igreja Unidade e Corpo de Cristo) e recentemente foi visto anunciando a fiéis da Igreja Evangélica Batista de Vitória uma doação de cinco templos, cinco casas, um terreno na Praia do Canto, bairro nobre de Vitória, e uma mansão no balneário de Jacaraípe, município de Serra, cujo valor total chegaria a R$ 6 milhões.
Fonte: Site do Jornal O Globo - http://oglobo.globo.com - 11/03/2002
ANTÔNIO IVAN ATHIÉ
FRANCISCO PIZZOLANTE
JOSÉ RICARDO DE SIQUEIRA REGUEIRA
Uma rede de amigos formada por juízes de 2ª instância, advogados e burocratas públicos que age nas sombras do Tribunal Regional Federal da 2 Região (TRF-2), no Rio, favorecida pelas brechas legais, pelo excesso de poder e pelas falhas na estrutura de defesa do setor público. Liminares trancam ações e livram os acusados da prisão, sentenças duvidosas em causas milionárias e manobras processuais que desprezam a lei em favor de interesses. Só num processo, os autores conseguiram validar R$ 1,3 bilhão em apólices do império para a quitação de débitos com o INSS. Enquanto o credor comum da União leva anos para receber o que o Estado lhe deve, há processos em que o juiz deu prazo de 24 horas para a Caixa Econômica Federal depositar R$ 3,2 milhões da conta de um advogado, em saques de FGTS de seus clientes, sem direito a contestação. No exame dos processos que constam do inquérito, um advogado capixaba que trabalha em Vitória, onde Antônio Ivan Athié foi juiz por 12 anos, destaca-se como favorecido em decisões que envolveram cifras elevadas. Há mais de um ano, liminares concedidas pelo juiz Pizzolante impedem o andamento de um processo e interrogatório, em que o réu é parte interessada ainda em 18 agravos, um mandado de segurança, quatro hábeas-corpus, 14 apelações cíveis e um recurso criminal no TRF-2.
JOSÉ FRANCISCO FRANCO DA SILVA OLIVEIRA Advogado piauiense, que tem escritório no Rio, também está sendo investigado. Ele já é alvo de dois inquéritos na Polícia Federal. Campeão de vitórias na Justiça contra o governo federal, principalmente em saques de FGTS, Franco é investigado pela polícia desde 1993 por suspeita de tráfico de influência. Seu nome aparece no inquérito que investiga as circunstâncias em que cerca de 2.500 pessoas foram admitidas como autores na mesma causa, quando já havia medida liminar concedida na 20 Vara Federal para o desbloqueio dos saldos do fundo. O nome do advogado apareceu em gravações, autorizadas judicialmente, de conversas telefônicas do banqueiro foragido Alberto Cacciola, que em depoimento na Justiça Federal, teria lhe pedido dinheiro em troca de facilidades no TRF. Na época, o ex-banqueiro queria anular a busca e apreensão de documentos feita pela polícia em sua casa. Em livro escrito na Itália, o ex-banqueiro dá detalhes sobre a proposta, que, segundo ele, variava de US$ 100 mil a US$ 600 mil, dependendo do tipo de decisão.
BELINE SALLES RAMOS Especialista em defender sonegadores, o tributarista sofreu uma fiscalização da Receita Federal que constatou o correspondente a R$ 2,4 milhões em patrimônio a descoberto. Ele pagou metade do valor e está contestando até hoje a outra metade. Beline, cujo nome aparece como advogado na maioria dos processos do Espírito Santo sob suspeita, divide o tempo entre os corredores da Justiça e os templos. Evangélico, ele fundou a própria igreja (Igreja Unidade e Corpo de Cristo) e recentemente foi visto anunciando a fiéis da Igreja Evangélica Batista de Vitória uma doação de cinco templos, cinco casas, um terreno na Praia do Canto, bairro nobre de Vitória, e uma mansão no balneário de Jacaraípe, município de Serra, cujo valor total chegaria a R$ 6 milhões.
Fonte: Site do Jornal O Globo - http://oglobo.globo.com - 11/03/2002
A CANDIDATA QUE VIROU PÓ:
ROSEANA SARNEY - PFL / MA Ex-governadora do Maranhão, filha de um ex-governador maranhense e ex-presidente da República que domina a política local há quatro décadas e dispõe da mais poderosa máquina de comunicação do Estado, que se estende aos campos da televisão, do rádio e do jornal.
JORGE MURAD Marido de Roseana, atua nos bastidores do poder desde que o sogro foi presidente da República. Foi nomeado pela mulher, uma espécie de supersecretário de Estado, com o domínio da quase totalidade das verbas públicas. Murad se meteu em muitos negócios, seus amigos e parentes eram prestadores de serviços ao governo e as autoridades suspeitam que ele possa ter se envolvido com as fraudes da Sudam. O casal sempre se comportou com tranqüilidade olímpica em relação ao que pensariam disso os maranhenses, bombardeados com a cobertura favorável ao governo por parte dos órgãos de comunicação da família. Numa batida autorizada pela Justiça, foi encontrado 1,34 milhão de reais no cofre da Lunus, empresa de Jorge Murad em associação com a esposa, Roseana, além de vários documentos comprometedores. O casal arranjou sete versões para explicar a origem do dinheiro, e cada uma se despedaçou horas depois da divulgação. Durante mais de um mês apresentaram suas explicações como se bastasse ter um documento qualquer assinado por alguém para justificar qualquer coisa. Primeiro, o dinheiro era da própria empresa Lunus. Depois, pertenceria a outra companhia e estava apenas guardado no cofre da Lunus. Em seguida, seria reserva financeira para comprar madeira de construção. E, mais adiante, já se transformaria em resultado da venda de chalés numa praia de turismo. Como nenhuma versão mereceu crédito, saiu a oitava: A dinheirama, conforme a explicação dos advogados de Jorge Murad e Roseana Sarney, teria sido doada à campanha presidencial da candidata. Detalhe: todos os doadores eram parentes da família ou pessoas ligadas ao pai de Roseana, por laços políticos. Essa ninguém engoliu. Até mesmo setores do PFL receberam o documento com desconfiança. A tentativa de convencer o país com uma história tão frágil funcionou contra seus arquitetos.
Agora, sem que nada se tenha esclarecido, Murad voltou ao poder, no posto de secretário de Estado. Ele tem novamente foro privilegiado e, no caso de um eventual processo, poderá responder ao Tribunal Regional Federal, com sede em Brasília, e não à Justiça Federal do Tocantins. Na sexta-feira, Murad foi nomeado secretário de Ciência e Tecnologia pelo governador José Reinaldo Careiro Tavares, que assumiu o cargo depois que Roseana renunciou para concorrer à presidência da República. A estratégia é mais uma tentativa dos advogados do casal de retirar da Justiça do Tocantins as investigações sobre o dinheiro apreendido na Lunus.Tanto Murad quanto Roseana são citados no processo que investiga desvio de recursos da Sudam. Como os dois estão envolvidos na mesma investigação, o inquérito, que deveria voltar a correr em Palmas, pode ser transferido para o TRF. Seu retorno ao governo teve um objetivo escancarado: recuperar o direito de ser processado por tribunal superior, regalia dada a ocupantes de cargos como o seu. Uma investigação revelou que a participação de Murad no caso Usimar, a megafraude que previa a liberação de 1,38 bilhão de reais em recursos públicos para montar uma indústria de autopeças no Maranhão, foi mais intensa do que se sabia até agora. A Polícia Federal apreendeu na Lunus um fax enviado a Murad por um funcionário da Sudam, avisando de que um auditor da Receita Federal estava prestes a ganhar um assento no conselho da Sudam no Maranhão, e ressalta que isso não era bom sinal. O tal auditor já trabalhara no Amazonas, onde sua atuação honesta chegou a atrapalhar a execução de certos trambiques, obstáculo só removido com a intervenção do governador do Estado, Amazonino Mendes. Roseana e Murad informaram que o dinheiro é resultado da doação espontânea de nove pessoas físicas. Na hora de identificar os doadores, descobriu-se que a lista era caseira. Fernando Sarney, o irmão de Roseana responsável pela administração dos negócios da família, aparece contribuindo com 150.000 reais. Dois tios de Murad deram 100.000 reais cada um. Um irmão de Murad que hoje mora nos Estados Unidos, também compareceu com 100.000 reais. O próprio Jorge Murad, sem o conhecimento de sua mulher, doou 200.000 reais. João Claudino, dono de um conglomerado de dezesseis empresas, inclusive da construtora Sucesso, uma das mais ativas nas obras públicas do Maranhão, é o campeão da lista, com 300.000 reais. A história é um espanto por seus furos óbvios. Por que todos os doadores acharam que o cofre da Lunus, uma empresa instalada num prédio onde a vigilância é amadora, era mais seguro que o cofre de um banco? Por que Murad, em vez de ir sacando o dinheiro conforme as necessidades de campanha, preferiu pegar a bolada de 200.000 reais em dinheiro vivo e metê-la num cofre? Por que o PFL não doou nada? Afinal, neste ano o partido tem 17 milhões de reais do fundo partidário.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 08/04/2002 e 17/04/2002
ROSEANA SARNEY - PFL / MA Ex-governadora do Maranhão, filha de um ex-governador maranhense e ex-presidente da República que domina a política local há quatro décadas e dispõe da mais poderosa máquina de comunicação do Estado, que se estende aos campos da televisão, do rádio e do jornal.
JORGE MURAD Marido de Roseana, atua nos bastidores do poder desde que o sogro foi presidente da República. Foi nomeado pela mulher, uma espécie de supersecretário de Estado, com o domínio da quase totalidade das verbas públicas. Murad se meteu em muitos negócios, seus amigos e parentes eram prestadores de serviços ao governo e as autoridades suspeitam que ele possa ter se envolvido com as fraudes da Sudam. O casal sempre se comportou com tranqüilidade olímpica em relação ao que pensariam disso os maranhenses, bombardeados com a cobertura favorável ao governo por parte dos órgãos de comunicação da família. Numa batida autorizada pela Justiça, foi encontrado 1,34 milhão de reais no cofre da Lunus, empresa de Jorge Murad em associação com a esposa, Roseana, além de vários documentos comprometedores. O casal arranjou sete versões para explicar a origem do dinheiro, e cada uma se despedaçou horas depois da divulgação. Durante mais de um mês apresentaram suas explicações como se bastasse ter um documento qualquer assinado por alguém para justificar qualquer coisa. Primeiro, o dinheiro era da própria empresa Lunus. Depois, pertenceria a outra companhia e estava apenas guardado no cofre da Lunus. Em seguida, seria reserva financeira para comprar madeira de construção. E, mais adiante, já se transformaria em resultado da venda de chalés numa praia de turismo. Como nenhuma versão mereceu crédito, saiu a oitava: A dinheirama, conforme a explicação dos advogados de Jorge Murad e Roseana Sarney, teria sido doada à campanha presidencial da candidata. Detalhe: todos os doadores eram parentes da família ou pessoas ligadas ao pai de Roseana, por laços políticos. Essa ninguém engoliu. Até mesmo setores do PFL receberam o documento com desconfiança. A tentativa de convencer o país com uma história tão frágil funcionou contra seus arquitetos.
Agora, sem que nada se tenha esclarecido, Murad voltou ao poder, no posto de secretário de Estado. Ele tem novamente foro privilegiado e, no caso de um eventual processo, poderá responder ao Tribunal Regional Federal, com sede em Brasília, e não à Justiça Federal do Tocantins. Na sexta-feira, Murad foi nomeado secretário de Ciência e Tecnologia pelo governador José Reinaldo Careiro Tavares, que assumiu o cargo depois que Roseana renunciou para concorrer à presidência da República. A estratégia é mais uma tentativa dos advogados do casal de retirar da Justiça do Tocantins as investigações sobre o dinheiro apreendido na Lunus.Tanto Murad quanto Roseana são citados no processo que investiga desvio de recursos da Sudam. Como os dois estão envolvidos na mesma investigação, o inquérito, que deveria voltar a correr em Palmas, pode ser transferido para o TRF. Seu retorno ao governo teve um objetivo escancarado: recuperar o direito de ser processado por tribunal superior, regalia dada a ocupantes de cargos como o seu. Uma investigação revelou que a participação de Murad no caso Usimar, a megafraude que previa a liberação de 1,38 bilhão de reais em recursos públicos para montar uma indústria de autopeças no Maranhão, foi mais intensa do que se sabia até agora. A Polícia Federal apreendeu na Lunus um fax enviado a Murad por um funcionário da Sudam, avisando de que um auditor da Receita Federal estava prestes a ganhar um assento no conselho da Sudam no Maranhão, e ressalta que isso não era bom sinal. O tal auditor já trabalhara no Amazonas, onde sua atuação honesta chegou a atrapalhar a execução de certos trambiques, obstáculo só removido com a intervenção do governador do Estado, Amazonino Mendes. Roseana e Murad informaram que o dinheiro é resultado da doação espontânea de nove pessoas físicas. Na hora de identificar os doadores, descobriu-se que a lista era caseira. Fernando Sarney, o irmão de Roseana responsável pela administração dos negócios da família, aparece contribuindo com 150.000 reais. Dois tios de Murad deram 100.000 reais cada um. Um irmão de Murad que hoje mora nos Estados Unidos, também compareceu com 100.000 reais. O próprio Jorge Murad, sem o conhecimento de sua mulher, doou 200.000 reais. João Claudino, dono de um conglomerado de dezesseis empresas, inclusive da construtora Sucesso, uma das mais ativas nas obras públicas do Maranhão, é o campeão da lista, com 300.000 reais. A história é um espanto por seus furos óbvios. Por que todos os doadores acharam que o cofre da Lunus, uma empresa instalada num prédio onde a vigilância é amadora, era mais seguro que o cofre de um banco? Por que Murad, em vez de ir sacando o dinheiro conforme as necessidades de campanha, preferiu pegar a bolada de 200.000 reais em dinheiro vivo e metê-la num cofre? Por que o PFL não doou nada? Afinal, neste ano o partido tem 17 milhões de reais do fundo partidário.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 08/04/2002 e 17/04/2002
ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO:
Com uma câmera escondida, um repórter da Rede Globo, durante 30 dias, fazendo-se passar por um substituto do secretário de gabinete da Prefeitura de São Gonçalo (RJ), gravou escandalosas cenas de tentativa de suborno e corrupção:
RICARDO CASTOR Vereador, que oficialmente faz oposição ao prefeito, "pediu" R$ 30 mil por mês para parar com as críticas à Prefeitura.
MIGUEL NOGUEIRA Advogado do vereador Ricardo Castor e ex-funcionário da Prefeitura, intermediava a chantagem.
GERALDO CUNHA Ex-presidente da Câmara, além de oferecer uma comissão, caso conseguisse a concessão de um estacionamento, assumiu que quando presidia a Câmara, aumentou o salário dos assessores parlamentares, para poder assim "sobrar mais dinheiro para ele e os colegas vereadores".
MIGUEL MACEDO Empresário, ofereceu comissões sobre contratos que conseguisse com a Prefeitura (além de explicar como fariam para montar concorrências públicas "amarradas", ou seja, feitas para que a empresa dele ganhasse).
GIOVANI GENTA Representante da Adter, uma administradora de terminais rodoviários, ofereceu uma "porcentagem" caso conseguisse o contrato de administração dos estacionamentos da cidade.
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 21/04/2002
Com uma câmera escondida, um repórter da Rede Globo, durante 30 dias, fazendo-se passar por um substituto do secretário de gabinete da Prefeitura de São Gonçalo (RJ), gravou escandalosas cenas de tentativa de suborno e corrupção:
RICARDO CASTOR Vereador, que oficialmente faz oposição ao prefeito, "pediu" R$ 30 mil por mês para parar com as críticas à Prefeitura.
MIGUEL NOGUEIRA Advogado do vereador Ricardo Castor e ex-funcionário da Prefeitura, intermediava a chantagem.
GERALDO CUNHA Ex-presidente da Câmara, além de oferecer uma comissão, caso conseguisse a concessão de um estacionamento, assumiu que quando presidia a Câmara, aumentou o salário dos assessores parlamentares, para poder assim "sobrar mais dinheiro para ele e os colegas vereadores".
MIGUEL MACEDO Empresário, ofereceu comissões sobre contratos que conseguisse com a Prefeitura (além de explicar como fariam para montar concorrências públicas "amarradas", ou seja, feitas para que a empresa dele ganhasse).
GIOVANI GENTA Representante da Adter, uma administradora de terminais rodoviários, ofereceu uma "porcentagem" caso conseguisse o contrato de administração dos estacionamentos da cidade.
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 21/04/2002
ABUSO DE PODER:
VICTOR RODRIGUES - PSB / RJ Foi num clube de forró, em Belford Roxo (RJ), que o vereador e policia militar licenciado, Victor Rodrigues tentou entrar à força. Segundo os seguranças, ele se recusou a pagar R$ 4 e a deixar na portaria a arma que carregava. As câmeras de circuito interno mostram o vereador jogando o carro contra o portão do estacionamento. Depois da batida, ele entra. De bermuda, camiseta e lenço na cabeça, ele exibe a pistola na entrada para o salão. Discute e empurra o funcionário que segura a roleta. Em seguida, dá duas coronhadas na mão dele. E um soco no rosto. "Ele dizia que era parlamentar, que ele queria entrar, que tinha imunidade pra entrar armado em qualquer lugar, qualquer recinto". Policiais militares, chamados pela segurança, chegam e apenas conversam com o vereador. No estacionamento, ele foi avisado por um funcionário que o carro dele estava mal parado. Foi o que bastou. "...Foi quando ele puxou, me agarrou pela camisa e botou a pistola na minha boca e perguntou se tava bom", contou o funcionário. Na câmara municipal, ele negou as agressões: "Em momento algum eu puxei a minha arma pra afrontar alguém, a minha arma estava na cintura e eu só tirei a minha arma da cintura pra acautelar". Mesmo informado que as cenas foram gravadas, continuou negando: "Eu não fiz em momento algum esse tipo de coisa...".
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 03/05/2002
VICTOR RODRIGUES - PSB / RJ Foi num clube de forró, em Belford Roxo (RJ), que o vereador e policia militar licenciado, Victor Rodrigues tentou entrar à força. Segundo os seguranças, ele se recusou a pagar R$ 4 e a deixar na portaria a arma que carregava. As câmeras de circuito interno mostram o vereador jogando o carro contra o portão do estacionamento. Depois da batida, ele entra. De bermuda, camiseta e lenço na cabeça, ele exibe a pistola na entrada para o salão. Discute e empurra o funcionário que segura a roleta. Em seguida, dá duas coronhadas na mão dele. E um soco no rosto. "Ele dizia que era parlamentar, que ele queria entrar, que tinha imunidade pra entrar armado em qualquer lugar, qualquer recinto". Policiais militares, chamados pela segurança, chegam e apenas conversam com o vereador. No estacionamento, ele foi avisado por um funcionário que o carro dele estava mal parado. Foi o que bastou. "...Foi quando ele puxou, me agarrou pela camisa e botou a pistola na minha boca e perguntou se tava bom", contou o funcionário. Na câmara municipal, ele negou as agressões: "Em momento algum eu puxei a minha arma pra afrontar alguém, a minha arma estava na cintura e eu só tirei a minha arma da cintura pra acautelar". Mesmo informado que as cenas foram gravadas, continuou negando: "Eu não fiz em momento algum esse tipo de coisa...".
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 03/05/2002
PREFEITO CONDENADO
ADMINISTRA MUNICÍPIO DA CADEIA:
JOSÉ REZENDE DA SILVA (ZÉ GUIA) Prefeito de Juscimeira, no Mato Grosso, está administrando num gabinete improvisado na prisão. No ano passado, José Rezende da Silva, o Zé Guia, como é conhecido, foi condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato de um agricultor em 1993. Depois de preso, há duas semanas, a Câmara de Vereadores o declarou impedido e deu posse ao vice, que demitiu funcionários, iniciou uma auditoria nas contas do município, mas logo foi afastado da prefeitura por uma liminar. A condenação do prefeito prevê a perda do mandato. Ele tem direito de recorrer da decisão. Enquanto isso não acontece, ele continua no cargo e vai ter que administrar a cidade da delegacia.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 07/05/2002
JOSÉ REZENDE DA SILVA (ZÉ GUIA) Prefeito de Juscimeira, no Mato Grosso, está administrando num gabinete improvisado na prisão. No ano passado, José Rezende da Silva, o Zé Guia, como é conhecido, foi condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato de um agricultor em 1993. Depois de preso, há duas semanas, a Câmara de Vereadores o declarou impedido e deu posse ao vice, que demitiu funcionários, iniciou uma auditoria nas contas do município, mas logo foi afastado da prefeitura por uma liminar. A condenação do prefeito prevê a perda do mandato. Ele tem direito de recorrer da decisão. Enquanto isso não acontece, ele continua no cargo e vai ter que administrar a cidade da delegacia.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 07/05/2002
VEREADORES SÃO PRESOS POR
PECULATO:
MARCOS HENRIQUE OSTI - PT / SP
CÁSSIO APARECIDO PEREIRA - PSDB / SP Vereadores de Guariba, na região de Ribeirão Preto (SP), foram presos preventivamente, acusados de uso irregular do dinheiro público (peculato) na legislatura anterior (1997 e 2000). Marcos Henrique Osti, que é o atual presidente da Câmara, e Cássio Aparecido Pereira estão isolados numa cela especial da cadeia da cidade. O promotor entrou com ações civil e criminal contra mais 13 vereadores e dois funcionários. Segundo documentos que comprovam, todos teriam usado, indevidamente, o carro oficial da Câmara para fins particulares, para ir a festas, casamentos, bailes e até em viagens para participações em concursos de moda e de canários. Além disso, carros particulares teriam sido abastecidos com dinheiro público e despesas em choperias, restaurantes e bares foram custeadas pelo município.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 14/05/2002
MARCOS HENRIQUE OSTI - PT / SP
CÁSSIO APARECIDO PEREIRA - PSDB / SP Vereadores de Guariba, na região de Ribeirão Preto (SP), foram presos preventivamente, acusados de uso irregular do dinheiro público (peculato) na legislatura anterior (1997 e 2000). Marcos Henrique Osti, que é o atual presidente da Câmara, e Cássio Aparecido Pereira estão isolados numa cela especial da cadeia da cidade. O promotor entrou com ações civil e criminal contra mais 13 vereadores e dois funcionários. Segundo documentos que comprovam, todos teriam usado, indevidamente, o carro oficial da Câmara para fins particulares, para ir a festas, casamentos, bailes e até em viagens para participações em concursos de moda e de canários. Além disso, carros particulares teriam sido abastecidos com dinheiro público e despesas em choperias, restaurantes e bares foram custeadas pelo município.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 14/05/2002
JUÍZ LIBEROU ASSASSINO
CONFESSO:
LUIZ FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL O corpo de um garoto foi encontrado em um terreno abandonado. Ele tinha sido violentado e espancado até a morte. Antônio Carlos, o assassino confessou o crime em detalhes. A morte chocou o calmo e tradicional bairro da Moóca, na zona leste de São Paulo. A alegação do juiz Luiz Fernando, do 1º Tribunal do Júri da capital paulista, é que o assassino só foi preso cinco dias depois do crime e, por isso, não havia mais flagrante. Para a promotora, que quer a prisão preventiva do assassino, o juiz tenta justificar o injustificável. A decisão de libertar Antônio Carlos revoltou os moradores do bairro. Os avós do garoto consideram-se reféns do assassino, que já foi visto na rua onde raptou Bruno.
Fonte: Jornal da Band - Rede Bandeirantes - 17/05/2002
LUIZ FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL O corpo de um garoto foi encontrado em um terreno abandonado. Ele tinha sido violentado e espancado até a morte. Antônio Carlos, o assassino confessou o crime em detalhes. A morte chocou o calmo e tradicional bairro da Moóca, na zona leste de São Paulo. A alegação do juiz Luiz Fernando, do 1º Tribunal do Júri da capital paulista, é que o assassino só foi preso cinco dias depois do crime e, por isso, não havia mais flagrante. Para a promotora, que quer a prisão preventiva do assassino, o juiz tenta justificar o injustificável. A decisão de libertar Antônio Carlos revoltou os moradores do bairro. Os avós do garoto consideram-se reféns do assassino, que já foi visto na rua onde raptou Bruno.
Fonte: Jornal da Band - Rede Bandeirantes - 17/05/2002
DEPUTADO COM US$ 15
MILHÕES EM PARAÍSO FISCAL :
HENRIQUE EDUARDO ALVES - PMDB / RN A revista Istoé trouxe uma forte denúncia contra o deputado, com o nome mais cotado entre os líderes do PMDB e PSDB para ocupar a vaga de vice na chapa para a presidência. A partir de documentos que fazem parte do processo de separação litigiosa de Alves e de sua ex-mulher, Istoé afirma que Alves tem contas bancárias no exterior que possuem um saldo superior a US$ 15 milhões. Essas contas não fariam parte das declarações de Imposto de Renda de Alves. Embora a revista diga, em sua capa, que a ex-mulher tenha revelado a denúncia, esta não deu declarações para a Istoé. Na reportagem intitulada "Um vice riquinho", a revista reproduz um extrato de cartão de crédito com gastos no exterior e no Brasil e um extrato de uma conta na Ilhas Jersey. A ex-mulher de Alves entregou a seus advogados extratos bancários, contas telefônicas, comprovantes de despesas de cartão de crédito e bilhetes. Em um depoimento que consta deste processo, Mônica afirmou que o deputado teria contas em, no mínimo, três paraísos fiscais. Alves ainda teria uma conta no Lloyd´s Bank em Miami. Istoé afirma que nenhuma dessas contas consta nas últimas quatro declarações de Imposto de Renda do deputado. Segundo a revista, desde 97, Alves declara ter rendimentos anuais médios de R$ 240 mil brutos. Rendimentos incompatíveis, ainda de acordo com a Istoé com a movimentação financeira da conta em Jersey (a revista dá o número desta conta) que seria usada pelo deputado para quitar as despesas de um cartão de crédito American Express, emitido no exterior e sem limite de gasto. Ainda segundo os documentos do processo judicial, Mônica teria dito que Alves teria deixado de incluir em seu patrimônio "diversos bens imóveis, empresas", além de ter comprado "vasto patrimônio em nome de terceiros". Alarmado com o poder de fogo dos papéis reunidos pela ex-mulher, Alves teria proposto, segundo a revista, um acordo com a ex-mulher em outubro de 2001 que foi aceito por ela, mas vetado pelo pai do deputado, Aluízio Alves. Há um mês, já de olho no posto de vice de Serra, Alves ofereceu um novo acordo e teria conseguido a discrição da ex-mulher. Em contrapartida, Istoé revela que Mônica é funcionária fantasma do Congresso, recebendo R$ 3,4 mil como secretária parlamentar no gabinete do deputado Leur Lomanto (PMDB-BA).
Fonte: Site do Jornal O Estado de S. Paulo - www.estadao.com.br - 17/05/2002
HENRIQUE EDUARDO ALVES - PMDB / RN A revista Istoé trouxe uma forte denúncia contra o deputado, com o nome mais cotado entre os líderes do PMDB e PSDB para ocupar a vaga de vice na chapa para a presidência. A partir de documentos que fazem parte do processo de separação litigiosa de Alves e de sua ex-mulher, Istoé afirma que Alves tem contas bancárias no exterior que possuem um saldo superior a US$ 15 milhões. Essas contas não fariam parte das declarações de Imposto de Renda de Alves. Embora a revista diga, em sua capa, que a ex-mulher tenha revelado a denúncia, esta não deu declarações para a Istoé. Na reportagem intitulada "Um vice riquinho", a revista reproduz um extrato de cartão de crédito com gastos no exterior e no Brasil e um extrato de uma conta na Ilhas Jersey. A ex-mulher de Alves entregou a seus advogados extratos bancários, contas telefônicas, comprovantes de despesas de cartão de crédito e bilhetes. Em um depoimento que consta deste processo, Mônica afirmou que o deputado teria contas em, no mínimo, três paraísos fiscais. Alves ainda teria uma conta no Lloyd´s Bank em Miami. Istoé afirma que nenhuma dessas contas consta nas últimas quatro declarações de Imposto de Renda do deputado. Segundo a revista, desde 97, Alves declara ter rendimentos anuais médios de R$ 240 mil brutos. Rendimentos incompatíveis, ainda de acordo com a Istoé com a movimentação financeira da conta em Jersey (a revista dá o número desta conta) que seria usada pelo deputado para quitar as despesas de um cartão de crédito American Express, emitido no exterior e sem limite de gasto. Ainda segundo os documentos do processo judicial, Mônica teria dito que Alves teria deixado de incluir em seu patrimônio "diversos bens imóveis, empresas", além de ter comprado "vasto patrimônio em nome de terceiros". Alarmado com o poder de fogo dos papéis reunidos pela ex-mulher, Alves teria proposto, segundo a revista, um acordo com a ex-mulher em outubro de 2001 que foi aceito por ela, mas vetado pelo pai do deputado, Aluízio Alves. Há um mês, já de olho no posto de vice de Serra, Alves ofereceu um novo acordo e teria conseguido a discrição da ex-mulher. Em contrapartida, Istoé revela que Mônica é funcionária fantasma do Congresso, recebendo R$ 3,4 mil como secretária parlamentar no gabinete do deputado Leur Lomanto (PMDB-BA).
Fonte: Site do Jornal O Estado de S. Paulo - www.estadao.com.br - 17/05/2002
JUÍZA DIZ QUE PAIS NÃO
PODEM CRIAR CRIANÇA POR SEREM ANALFABETOS:
SOLANGE MARIA S. DE MORAIS “Ficar nove meses com uma criança no seu ventre, criar para ter um filho e ter que dar para uma pessoa que não sabe o que é ser mãe?”, desabafa a mãe. “Por que esse juízes, entre eles, não pegam o filho do outro e dão um para o outro?”, pergunta o pai. A criança tinha um ano quando foi morar com a mãe, na casa dos primos. Separada do marido, a mãe morou na casa dos primos até arrumar emprego. A partir daí, a mãe e a filha se viam nos fins de semana até os pais fazeram as pazes e voltaram a morar juntos. A mãe quis pegar a filha de volta, mas teve uma surpresa. A mulher do primo, Solange, tinha conseguido a guarda da garotinha. Os pais da criança não se conformam e acusam: houve corporativismo dos juízes em favor de Solange que é vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Amazonas. “Ela tem uma influência muito grande, tanto ela quanto o marido. Ela corre os quatro cantos desse Amazonas pedindo ajuda de desembargador, de juiz, de promotor, de presidente de tribunal. Quando eu chego nas salas dessas pessoas, ela já chegou primeiro do que eu”, diz a mãe. A criança chora muito quando tem que se afastar da mãe. Mas os gritos da menina não resolvem o problema. Numa ocasião, a mãe estava amamentado a criança no peito, na portaria do prédio da juíza. Três testemunhas viram a juíza descer nervosa, arrancar as roupas da menina, e passar no corpo dela um líquido branco, que seria álcool. “Ela rasgou a roupa da menina, tirou do corpo, jogou a roupa, passou álcool na criança. É um absurdo, você como mãe ter que presenciar isso e não poder fazer nada”, reclama Lucinara.
A cada 15 dias a justiça autoriza que os pais passem um fim de semana com a menina. A felicidade da família começa na sexta-feira à noite quando a mãe vai buscar a criança na casa da juíza. E termina em desespero no domingo à tarde. Quando percebe que vai trocar de roupa. “Eu não quero ir para casa da Solange! Eu não quero ir!”, chora aflita. Na portaria do prédio da juíza, faz um confissão à mãe: “Tô nervosa”. Não é difícil perceber que o que sente pela juíza é temor. A juíza chega, não cumprimenta. A menina tem de trocar o colo pela mão e vai caminhando para o apartamento onde a justiça a manda ficar longe dos pais. Perguntada sobre o futuro da menina, a juíza Solange afirma que vai ser melhor se ela viver com ela. “Com certeza, porque eles são dois analfabetos. O que eles podem oferecer pra ela?”, diz a juíza. O repórter pediu uma entrevista à juíza sobre as atividades do Tribunal Regional do Trabalho. A juíza atende a equipe e está falando sobre o número de processos, quando o assunto muda. Surpreendida, ela fala por 25 minutos. “Acho que se eu entregar a menina, uma menina que eu tomo conta, que eu vejo, e que eu sei o ambiente que ela vai ser criada... Se eu entrego e não luto para tirá-la disso, é uma maldade”, diz a juíza. Quando a entrevista termina, a juíza Solange pensa que a câmera foi desligada. “Agora, é o seguinte: eu não autorizo esta entrevista no ar”. Sem saber que continuava filmada, manda que o caso seja esquecido. “Se colocar no ar... Não é ameaça, não. Aí eu uso a minha função de juiz. Juiz não ameaça, juiz faz mesmo”, fala Solange. Em virtude de liminar concedida pela Justiça do Amazonas, a Rede Globo não pôde, nesta reportagem, divulgar informações sobre o processo que envolve a menina.
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 19/05/2002
SOLANGE MARIA S. DE MORAIS “Ficar nove meses com uma criança no seu ventre, criar para ter um filho e ter que dar para uma pessoa que não sabe o que é ser mãe?”, desabafa a mãe. “Por que esse juízes, entre eles, não pegam o filho do outro e dão um para o outro?”, pergunta o pai. A criança tinha um ano quando foi morar com a mãe, na casa dos primos. Separada do marido, a mãe morou na casa dos primos até arrumar emprego. A partir daí, a mãe e a filha se viam nos fins de semana até os pais fazeram as pazes e voltaram a morar juntos. A mãe quis pegar a filha de volta, mas teve uma surpresa. A mulher do primo, Solange, tinha conseguido a guarda da garotinha. Os pais da criança não se conformam e acusam: houve corporativismo dos juízes em favor de Solange que é vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Amazonas. “Ela tem uma influência muito grande, tanto ela quanto o marido. Ela corre os quatro cantos desse Amazonas pedindo ajuda de desembargador, de juiz, de promotor, de presidente de tribunal. Quando eu chego nas salas dessas pessoas, ela já chegou primeiro do que eu”, diz a mãe. A criança chora muito quando tem que se afastar da mãe. Mas os gritos da menina não resolvem o problema. Numa ocasião, a mãe estava amamentado a criança no peito, na portaria do prédio da juíza. Três testemunhas viram a juíza descer nervosa, arrancar as roupas da menina, e passar no corpo dela um líquido branco, que seria álcool. “Ela rasgou a roupa da menina, tirou do corpo, jogou a roupa, passou álcool na criança. É um absurdo, você como mãe ter que presenciar isso e não poder fazer nada”, reclama Lucinara.
A cada 15 dias a justiça autoriza que os pais passem um fim de semana com a menina. A felicidade da família começa na sexta-feira à noite quando a mãe vai buscar a criança na casa da juíza. E termina em desespero no domingo à tarde. Quando percebe que vai trocar de roupa. “Eu não quero ir para casa da Solange! Eu não quero ir!”, chora aflita. Na portaria do prédio da juíza, faz um confissão à mãe: “Tô nervosa”. Não é difícil perceber que o que sente pela juíza é temor. A juíza chega, não cumprimenta. A menina tem de trocar o colo pela mão e vai caminhando para o apartamento onde a justiça a manda ficar longe dos pais. Perguntada sobre o futuro da menina, a juíza Solange afirma que vai ser melhor se ela viver com ela. “Com certeza, porque eles são dois analfabetos. O que eles podem oferecer pra ela?”, diz a juíza. O repórter pediu uma entrevista à juíza sobre as atividades do Tribunal Regional do Trabalho. A juíza atende a equipe e está falando sobre o número de processos, quando o assunto muda. Surpreendida, ela fala por 25 minutos. “Acho que se eu entregar a menina, uma menina que eu tomo conta, que eu vejo, e que eu sei o ambiente que ela vai ser criada... Se eu entrego e não luto para tirá-la disso, é uma maldade”, diz a juíza. Quando a entrevista termina, a juíza Solange pensa que a câmera foi desligada. “Agora, é o seguinte: eu não autorizo esta entrevista no ar”. Sem saber que continuava filmada, manda que o caso seja esquecido. “Se colocar no ar... Não é ameaça, não. Aí eu uso a minha função de juiz. Juiz não ameaça, juiz faz mesmo”, fala Solange. Em virtude de liminar concedida pela Justiça do Amazonas, a Rede Globo não pôde, nesta reportagem, divulgar informações sobre o processo que envolve a menina.
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 19/05/2002
FORO PRIVILEGIADO PARA
POLÍTICOS SE DEFENDEREM DE CRIMES:
BONIFÁCIO DE ANDRADA - PSDB / MG Deputado, auutor do projeto 6.295.
ANDRÉ BENASSI - PSDB/ SP Deputado, autor do substitutivo.
Ambos foram buscar na redação de um decreto-lei de 1941, uma brecha para restabelecer o foro privilegiado no caso de ação penal e criar o benefício no caso de improbidade. A diferença dos dois textos, o do projeto original e o do substitutivo, é que Benassi estendeu o benefício aos acusados em processos abertos com base na Lei da Improbidade Administrativa - principal instrumento do Ministée;rio Público para submeter à Justiça agentes políticos e servidores envolvidos em atos lesivos ao erário, fraudes e desvios de recursos públicos. O artigo 84 passa a ter a seguinte redação: "A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade." A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o foro privilegiado para autoridades no exercício de função ou mandato e também para ex-ocupantes de cargos públicos - presidente, ministros, governadores, senadores deputados, prefeitos e magistrados. O benefício especial, iniciativa de parlamentares do PSDB, alcança investigados por crimes comuns e de responsabilidade e é extensivo aos atos de improbidade administrativa, prevalecendo até mesmo se o inquérito ou a ação judicial tiver início após o término do exercício da função. Processos de natureza criminal e civil migrarão da primeira instância do Judiciário para tribunais superiores.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 07/07/2002
BONIFÁCIO DE ANDRADA - PSDB / MG Deputado, auutor do projeto 6.295.
ANDRÉ BENASSI - PSDB/ SP Deputado, autor do substitutivo.
Ambos foram buscar na redação de um decreto-lei de 1941, uma brecha para restabelecer o foro privilegiado no caso de ação penal e criar o benefício no caso de improbidade. A diferença dos dois textos, o do projeto original e o do substitutivo, é que Benassi estendeu o benefício aos acusados em processos abertos com base na Lei da Improbidade Administrativa - principal instrumento do Ministée;rio Público para submeter à Justiça agentes políticos e servidores envolvidos em atos lesivos ao erário, fraudes e desvios de recursos públicos. O artigo 84 passa a ter a seguinte redação: "A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade." A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o foro privilegiado para autoridades no exercício de função ou mandato e também para ex-ocupantes de cargos públicos - presidente, ministros, governadores, senadores deputados, prefeitos e magistrados. O benefício especial, iniciativa de parlamentares do PSDB, alcança investigados por crimes comuns e de responsabilidade e é extensivo aos atos de improbidade administrativa, prevalecendo até mesmo se o inquérito ou a ação judicial tiver início após o término do exercício da função. Processos de natureza criminal e civil migrarão da primeira instância do Judiciário para tribunais superiores.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 07/07/2002
PODER DOS ELEITORES:
ANTONIO BUZZÁ A prefeitura de Ribeirão Bonito (SP) pagava por uma tonelada de carne por mês para uma creche, mas as 65 crianças passavam fome. Um empreiteiro confessou que recebia mensalmente do prefeito Antonio Buzzá mais de R$ 7 mil por obras que não fazia. O prefeito tinha comprado 117 mil litros de gasolina num posto a 120 quilômetros da cidade - quando havia um posto a poucos metros da prefeitura, com preço menor. O rombo no Orçamento da prefeitura era de R$ 1,7 milhão. O dinheiro, segundo as denúncias, ia parar no bolso do prefeito. Os cidadãos honestos da cidade decidiriam por um fim na roubalheira.
Uma cozinha, nos fundos de uma loja, virou Q.G dos moradores rebeldes. Funcionários da prefeitura trabalhavam como agentes secretos, trazendo informações. Foram surgindo provas. Notas fiscais falsas. Endereços fictícios. Largas quantias pagas a empresas que não existiam. Entre as falcatruas, uma descoberta. Parentes dos cidadãos honestos também estavam envolvidos na corrupção. As famílias enfrentaram discussões dolorosas. "Mesmo amando, gostando das pessoas, a gente tem que dizer que lado ela está. Seríamos omissos moralmente se não tomássemos uma decisão". Mesmo quem votou no prefeito decidiu pedir a saída dele. "Cheguei na frente do clube, eu e minha irmã, mais três pessoas. Aí o pessoal começou a juntar em volta da gente, aí nós começamos a instigá-los: vamos gente, como vocês vão ficar de braços cruzado, olha a situação da nossa cidade, cada dia que passa a corrupção está levando a merenda da nossa, Aí o pessoal começou a se juntar a nós. E realmente fizemos esse panelaço, começamos em duas, terminamos em mais de 300 pessoas", conta uma dentista. A câmara dos vereadores criou uma comissão de investigação. O prefeito tentou evitar o impeachment, renunciando. Não adiantou. Buzzá teve os direitos políticos cassados e a prisão decretada. Os honestos venceram.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 05/08/2002
ANTONIO BUZZÁ A prefeitura de Ribeirão Bonito (SP) pagava por uma tonelada de carne por mês para uma creche, mas as 65 crianças passavam fome. Um empreiteiro confessou que recebia mensalmente do prefeito Antonio Buzzá mais de R$ 7 mil por obras que não fazia. O prefeito tinha comprado 117 mil litros de gasolina num posto a 120 quilômetros da cidade - quando havia um posto a poucos metros da prefeitura, com preço menor. O rombo no Orçamento da prefeitura era de R$ 1,7 milhão. O dinheiro, segundo as denúncias, ia parar no bolso do prefeito. Os cidadãos honestos da cidade decidiriam por um fim na roubalheira.
Uma cozinha, nos fundos de uma loja, virou Q.G dos moradores rebeldes. Funcionários da prefeitura trabalhavam como agentes secretos, trazendo informações. Foram surgindo provas. Notas fiscais falsas. Endereços fictícios. Largas quantias pagas a empresas que não existiam. Entre as falcatruas, uma descoberta. Parentes dos cidadãos honestos também estavam envolvidos na corrupção. As famílias enfrentaram discussões dolorosas. "Mesmo amando, gostando das pessoas, a gente tem que dizer que lado ela está. Seríamos omissos moralmente se não tomássemos uma decisão". Mesmo quem votou no prefeito decidiu pedir a saída dele. "Cheguei na frente do clube, eu e minha irmã, mais três pessoas. Aí o pessoal começou a juntar em volta da gente, aí nós começamos a instigá-los: vamos gente, como vocês vão ficar de braços cruzado, olha a situação da nossa cidade, cada dia que passa a corrupção está levando a merenda da nossa, Aí o pessoal começou a se juntar a nós. E realmente fizemos esse panelaço, começamos em duas, terminamos em mais de 300 pessoas", conta uma dentista. A câmara dos vereadores criou uma comissão de investigação. O prefeito tentou evitar o impeachment, renunciando. Não adiantou. Buzzá teve os direitos políticos cassados e a prisão decretada. Os honestos venceram.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 05/08/2002
A HISTÓRIA QUE SE REPETE:
JOSÉ CARLOS DE CASTRO MARTINEZ - PTB / PR O caso do deputado federal, cuja fortuna, segundo um processo, cresceu de 100 mil reais em 1990 para 30 milhões no ano seguinte, é muito mais cabeludo. Sua renúncia ao comando da campanha presidencial da Frente Trabalhista aconteceu depois da exposição pública de suas obscuras relações financeiras com Paulo Cesar Farias, o PC, célebre tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor. Uma investigação da Receita Federal concluiu que Martinez forjou ter recebido um empréstimo de cerca de 10 milhões de dólares de PC Farias para comprar a TV Corcovado, em 1991 – e também forjou a venda de uma fazenda na Amazônia para simular que havia saldado o empréstimo. A revelação provocou suspeitas de que Martinez, na verdade, era sócio oculto de PC. VEJA teve acesso a um conjunto de documentos – depoimentos, cheques, bilhetes – mostrando que as relações de Martinez com PC Farias, estreitadas no início dos anos 90, foram muito além de um empréstimo fraudado e desaguaram numa rede de negócios nebulosos. Um depoimento tomado por auditores da Receita diz que PC Farias "era sócio oculto de José Carlos Martinez na rede de televisão OM", conglomerado que, mais tarde, seria rebatizado de CNT. Diz o depoimento que "PC Farias representava o presidente da República na época, Fernando Collor". Em seguida, detalha as cotas de cada um: "O porcentual de participação na rede de televisão de PC era de 70% e o de Martinez era de 30%. Essa participação foi feita através de contrato particular entre as partes". O episódio deixa a impressão de que, para a Frente Trabalhista não importava tanto a biografia de Martinez. Ao que parece, o problema estaria muito mais na divulgação dessa biografia. Martinez saiu do comando central da campanha, mas permanecia atrelado ao grupo criado em torno da campanha. Em sua conversa com os auditores da Receita Federal, diz que PC e Martinez trabalhavam juntos na intermediação de verba pública. PC, com sua influência sobre órgãos públicos, conseguiria as verbas oficiais. Martinez as intermediaria, embolsando comissão. No rastro das investigações, descobriu-se que o deputado tinha duas contas bancárias no exterior, e que não apareciam em suas declarações de renda.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 07/08/2002
JOSÉ CARLOS DE CASTRO MARTINEZ - PTB / PR O caso do deputado federal, cuja fortuna, segundo um processo, cresceu de 100 mil reais em 1990 para 30 milhões no ano seguinte, é muito mais cabeludo. Sua renúncia ao comando da campanha presidencial da Frente Trabalhista aconteceu depois da exposição pública de suas obscuras relações financeiras com Paulo Cesar Farias, o PC, célebre tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor. Uma investigação da Receita Federal concluiu que Martinez forjou ter recebido um empréstimo de cerca de 10 milhões de dólares de PC Farias para comprar a TV Corcovado, em 1991 – e também forjou a venda de uma fazenda na Amazônia para simular que havia saldado o empréstimo. A revelação provocou suspeitas de que Martinez, na verdade, era sócio oculto de PC. VEJA teve acesso a um conjunto de documentos – depoimentos, cheques, bilhetes – mostrando que as relações de Martinez com PC Farias, estreitadas no início dos anos 90, foram muito além de um empréstimo fraudado e desaguaram numa rede de negócios nebulosos. Um depoimento tomado por auditores da Receita diz que PC Farias "era sócio oculto de José Carlos Martinez na rede de televisão OM", conglomerado que, mais tarde, seria rebatizado de CNT. Diz o depoimento que "PC Farias representava o presidente da República na época, Fernando Collor". Em seguida, detalha as cotas de cada um: "O porcentual de participação na rede de televisão de PC era de 70% e o de Martinez era de 30%. Essa participação foi feita através de contrato particular entre as partes". O episódio deixa a impressão de que, para a Frente Trabalhista não importava tanto a biografia de Martinez. Ao que parece, o problema estaria muito mais na divulgação dessa biografia. Martinez saiu do comando central da campanha, mas permanecia atrelado ao grupo criado em torno da campanha. Em sua conversa com os auditores da Receita Federal, diz que PC e Martinez trabalhavam juntos na intermediação de verba pública. PC, com sua influência sobre órgãos públicos, conseguiria as verbas oficiais. Martinez as intermediaria, embolsando comissão. No rastro das investigações, descobriu-se que o deputado tinha duas contas bancárias no exterior, e que não apareciam em suas declarações de renda.
Fonte: Site da Revista Veja - www.veja.com.br - 07/08/2002
ACUSADOS DE DESVIO DE
DINHEIRO FORAM AVISADOS:
SIQUEIRA CAMPOS
JAIRON BARROS NEVES Um documento mostra que acusados de desvio de dinheiro público no Tocantins foram avisados com antecedência sobre uma operação da Polícia Federal. Em telefonema gravado pela polícia, um dos acusados diz que o aviso teria partido do governador do estado, Siqueira Campos. Foi uma super operação: 120 homens para fazer apreensões em 28 empresas de três estados e no Distrito Federal. Não encontraram nenhuma prova. Na mandado de prisão preventiva de seis acusados, o juiz da Justiça Federal do Tocantins, escreveu: "... Eles foram avisados, no dia anterior às buscas, pelo governador do estado e se incumbiram de levar ao conhecimento dos demais investigados". Um dos presos, o empreiteiro Jairon Barros Neves é suspeito de ser um dos chefes do esquema de desvio de dinheiro de emendas parlamentares e convênios destinados ao Tocantins. O telefone dele estava grampeado pela Polícia Federal. Em um telefonema, segundo o mandado, ele avisa outro acusado: "Dá uma ligada pro Ferreira, pro Mário, vai ter uma operação amanhã da Polícia Federal em 28 empresas, então é bom dar uma checada em algum canhoto de cheque, tirar de lá algum registro de computador, entendeu?". Para outro acusado, ele teria dito: "O governador ligou e informou, entendeu?". Há dois anos, a Polícia Federal, com autorização da justiça, grava as ligações de mais de 200 pessoas: empreiteiros, funcionários de prefeituras, assessores de parlamentares federais. Segundo as gravações, os acusados ficariam com boa parte do dinheiro destinado, por exemplo, a construção de casas populares, saneamento e estradas. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União identificou desvio de quase R$ 60 milhões na pavimentação de cinco estradas. Numa delas, o superfaturamento médio foi de 117%. Para construir a estrada, segundo o orçamento, era preciso derrubar 13 árvores. Mas o Governo Federal pagou por 35.670 árvores. Segundo o auditor, seria a floresta mais densa do planeta. Segundo o secretário de comunicação do Tocantins, Sebastião Vieira de Melo, o governador Siqueira Campos não avisou ninguém da operação. Esta noite, em Brasília, o desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal, mandou suspender o processo até que o tribunal julgue se um dos suspeitos, que é secretário do governo do Tocantins, tem direito a foro privilegiado. O desembargador também concedeu habeas-corpus para um outro acusado preso no Tocantins.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 30/10/2002
SIQUEIRA CAMPOS
JAIRON BARROS NEVES Um documento mostra que acusados de desvio de dinheiro público no Tocantins foram avisados com antecedência sobre uma operação da Polícia Federal. Em telefonema gravado pela polícia, um dos acusados diz que o aviso teria partido do governador do estado, Siqueira Campos. Foi uma super operação: 120 homens para fazer apreensões em 28 empresas de três estados e no Distrito Federal. Não encontraram nenhuma prova. Na mandado de prisão preventiva de seis acusados, o juiz da Justiça Federal do Tocantins, escreveu: "... Eles foram avisados, no dia anterior às buscas, pelo governador do estado e se incumbiram de levar ao conhecimento dos demais investigados". Um dos presos, o empreiteiro Jairon Barros Neves é suspeito de ser um dos chefes do esquema de desvio de dinheiro de emendas parlamentares e convênios destinados ao Tocantins. O telefone dele estava grampeado pela Polícia Federal. Em um telefonema, segundo o mandado, ele avisa outro acusado: "Dá uma ligada pro Ferreira, pro Mário, vai ter uma operação amanhã da Polícia Federal em 28 empresas, então é bom dar uma checada em algum canhoto de cheque, tirar de lá algum registro de computador, entendeu?". Para outro acusado, ele teria dito: "O governador ligou e informou, entendeu?". Há dois anos, a Polícia Federal, com autorização da justiça, grava as ligações de mais de 200 pessoas: empreiteiros, funcionários de prefeituras, assessores de parlamentares federais. Segundo as gravações, os acusados ficariam com boa parte do dinheiro destinado, por exemplo, a construção de casas populares, saneamento e estradas. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União identificou desvio de quase R$ 60 milhões na pavimentação de cinco estradas. Numa delas, o superfaturamento médio foi de 117%. Para construir a estrada, segundo o orçamento, era preciso derrubar 13 árvores. Mas o Governo Federal pagou por 35.670 árvores. Segundo o auditor, seria a floresta mais densa do planeta. Segundo o secretário de comunicação do Tocantins, Sebastião Vieira de Melo, o governador Siqueira Campos não avisou ninguém da operação. Esta noite, em Brasília, o desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal, mandou suspender o processo até que o tribunal julgue se um dos suspeitos, que é secretário do governo do Tocantins, tem direito a foro privilegiado. O desembargador também concedeu habeas-corpus para um outro acusado preso no Tocantins.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 30/10/2002
ENÉAS TENTA EXPLICAR
DOAÇÕES E SE COMPLICA:
ENÉAS FERREIRA CARNEIRO - PRONA
HAVANIR NIMITZ - PRONA O presidente nacional do Prona e deputado federal eleito Enéas, disse ontem que é prática do partido solicitar a filiados que queiram se candidatar que “colaborem financeiramente”, adquirindo cartilhas assinadas por ele. “Uma venda empresarial”, diz. De acordo com ele, o dinheiro arrecadado com a venda dos livretos – chamados por ele de “cartilhas de doutrinação” – não entra na conta do Prona, mas sim na da Enéas Ferreira Carneiro Editora Ltda., de sua propriedade. Essa conta seria uma das fontes de recursos para sua conta bancária pessoal, explicou Enéas. Desta última, “conforme a necessidade”, segundo afirmou Enéas, parte dos recursos pode ser repassada para a conta do Prona, para financiamento de campanhas. “Não tenho nada a esconder, é tudo feito absolutamente às claras e declarado ao fisco”, disse. No entanto, o Ministério Público não descarta uma investigação contra o deputado eleito. Se as doações forem arrecadadas para fins partidários, não podem ir para outras contas antes de constar como doações partidárias. Na ficha de prestação de contas enviada pelo Prona ao TRE, no entanto, não aparece nenhuma movimentação financeira do partido, na campanha. Apenas na do candidato constam doações.
Ao lado da vereadora e deputada estadual eleita Havanir Nimitz, Enéas concedeu uma entrevista coletiva para explicar as denúncias, veiculadas anteontem pela Rede Globo, de que o Prona exige dinheiro em troca de legenda para os interessados em disputar eleições. Em gravações feitas por um microempresário, Havanir aparece pedindo contribuição de R$ 5 mil caso ele quisesse ser candidato. “Percebam quão ignominiosa é essa tentativa de desmoralizar a maior votação da história”, pediu Enéas. Segundo Enéas, os pedidos de contribuição não são impostos.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 14/11/2002
ENÉAS FERREIRA CARNEIRO - PRONA
HAVANIR NIMITZ - PRONA O presidente nacional do Prona e deputado federal eleito Enéas, disse ontem que é prática do partido solicitar a filiados que queiram se candidatar que “colaborem financeiramente”, adquirindo cartilhas assinadas por ele. “Uma venda empresarial”, diz. De acordo com ele, o dinheiro arrecadado com a venda dos livretos – chamados por ele de “cartilhas de doutrinação” – não entra na conta do Prona, mas sim na da Enéas Ferreira Carneiro Editora Ltda., de sua propriedade. Essa conta seria uma das fontes de recursos para sua conta bancária pessoal, explicou Enéas. Desta última, “conforme a necessidade”, segundo afirmou Enéas, parte dos recursos pode ser repassada para a conta do Prona, para financiamento de campanhas. “Não tenho nada a esconder, é tudo feito absolutamente às claras e declarado ao fisco”, disse. No entanto, o Ministério Público não descarta uma investigação contra o deputado eleito. Se as doações forem arrecadadas para fins partidários, não podem ir para outras contas antes de constar como doações partidárias. Na ficha de prestação de contas enviada pelo Prona ao TRE, no entanto, não aparece nenhuma movimentação financeira do partido, na campanha. Apenas na do candidato constam doações.
Ao lado da vereadora e deputada estadual eleita Havanir Nimitz, Enéas concedeu uma entrevista coletiva para explicar as denúncias, veiculadas anteontem pela Rede Globo, de que o Prona exige dinheiro em troca de legenda para os interessados em disputar eleições. Em gravações feitas por um microempresário, Havanir aparece pedindo contribuição de R$ 5 mil caso ele quisesse ser candidato. “Percebam quão ignominiosa é essa tentativa de desmoralizar a maior votação da história”, pediu Enéas. Segundo Enéas, os pedidos de contribuição não são impostos.
Fonte: Site do Jornal da Tarde - www.jt.com.br - 14/11/2002
DEPUTADO TEM 400 HORAS DE
ESCUTA FEITA PELA POLÍCIA FEDERAL:
PINHEIRO LANDIM - Sem Partido / CE O deputado federal do Ceará, que renunciou hoje ao mandato (evitando assim, uma cassação, podendo então assumir o próximo mandato, já que foi reeleito), tem 400 horas de escuta telefônica gravada pela Polícia Federal como parte das investigações sobre seu envolvimento com traficantes. Landim é acusado de negociar habeas corpus para traficantes e de participação em esquemas de tráfico. Leonardo Dias Mendonça, acusado de liderar uma quadrilha de cocaína, foi um dos "grampeados" pela PF em conversas com Landim. Em um desses diálogo, Landim afirma ter recebido R$ 337 mil para obter habeas corpus no Tribunal Regional Federal, em Brasília, para tirar Mendonça da prisão. O Supremo Tribunal Federal autorizou quebra de sigilos bancário e fiscal de funcionários e pessoas próximas ao deputado citadas em relatório da PF. Entre eles, dois desembargadores federais e um ministro do Superior Tribunal de Justiça. O relatório da denominada Operação Diamante, iniciada em 1999, aponta ligações de Mendonça com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), para fornecimento ao eixo Rio-São Paulo.
Fonte: Site da Folha de São Paulo - www.folha.com.br - 15/01/2003
PINHEIRO LANDIM - Sem Partido / CE O deputado federal do Ceará, que renunciou hoje ao mandato (evitando assim, uma cassação, podendo então assumir o próximo mandato, já que foi reeleito), tem 400 horas de escuta telefônica gravada pela Polícia Federal como parte das investigações sobre seu envolvimento com traficantes. Landim é acusado de negociar habeas corpus para traficantes e de participação em esquemas de tráfico. Leonardo Dias Mendonça, acusado de liderar uma quadrilha de cocaína, foi um dos "grampeados" pela PF em conversas com Landim. Em um desses diálogo, Landim afirma ter recebido R$ 337 mil para obter habeas corpus no Tribunal Regional Federal, em Brasília, para tirar Mendonça da prisão. O Supremo Tribunal Federal autorizou quebra de sigilos bancário e fiscal de funcionários e pessoas próximas ao deputado citadas em relatório da PF. Entre eles, dois desembargadores federais e um ministro do Superior Tribunal de Justiça. O relatório da denominada Operação Diamante, iniciada em 1999, aponta ligações de Mendonça com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), para fornecimento ao eixo Rio-São Paulo.
Fonte: Site da Folha de São Paulo - www.folha.com.br - 15/01/2003
DOSSIÊ ITURAMA:
ANDERSON ADAUTO - PL/MG Ministro dos Transportes
AELTON JOSÉ DE FREITAS - PL/MG Senador
O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, e o senador Aelton José de Freitas são acusados de provocar um rombo de mais de R$ 4 milhões numa pequena prefeitura de Minas, utilizando empresas fantasmas, falsificações e laranjas. uma CPI na Câmara Municipal da pequena cidade de Iturama (Minas Gerais) acusa o hoje ministro dos Transportes, Anderson Adauto, de ceder escritório para empresas que participaram das irregularidades. Um denso relatório revela que mais de R$ 4 milhões da prefeitura foram desviados através de uma intricada rede de negócios ilegais envolvendo fornecedores do município nos últimos seis meses de 1996, final da gestão do então prefeito e atual senador Aelton José de Freitas. O dossiê é minucioso e está recheado com mais de uma centena de cópias de cheques da prefeitura, notas fiscais falsas, pelo menos 32 empresas fantasmas e vários laranjas.
No centro deste calhamaço explosivo, com mais de 5.000 páginas e 23 robustos volumes, além do senador Aelton José de Freitas, está, o deputado federal e atual ministro dos Transportes, Anderson Adauto. “As investigações levadas a efeito comprovaram enorme volume de práticas criminosas, desvio de dinheiro público em benefício próprio e de terceiros, falsificações grosseiras, uso de documentos particulares e públicos falsificados, defraudações com malversação do dinheiro público, bem como formação de quadrilha”, acusa o relatório final da CPI de Iturama.
Fonte: Revista Istoé - 15/01/2003
JUSTIÇA FEDERAL BLOQUEIA BENZ DE 10 EM RONDÔNIA:
HERALDO FRÓES RAMOS
PEDRO PEREIRA DE OLIVEIRA
ROSA MARIA NASCIMENTO SILVA
JOÃO OTÁVIO BARBOSA PINTO
ELISETE VITÓRIA KASMIRSKI RONCHETTI
ANA ROSA DEMÉTRIO TORRES
ACCIOLY JOSÉ DA SILVA
ANTÔNIO ADAMOR GURGEL DO AMARAL Três acusados são ex-presidentes do TRT. A ação civil foi aberta com base em investigação do Ministério Público Federal, que acabou identificando superfaturamento de R$ 19,57 milhões nas obras de construção do prédio do TRT. Auditoria do Tribunal de Contas da União indicou que o rombo chegou a R$ 30,1 milhões, em valores de agosto de 1999. Foi decretado embargo do patrimônio de três ex-presidentes da corte, juízes Heraldo Fróes Ramos (1991-1992), Pedro Pereira de Oliveira (1993-1994) e Rosa Maria Nascimento Silva (1995-1996), acusados de improbidade. Foram firmados 11 termos aditivos contratuais, a maior parte relacionada a alterações orçamentárias. Segundo a Procuradoria, com o sobrepreço "dava para construir outro TRT". O engenheiro da obra, João Otávio Barbosa Pinto, assim como os integrantes da Comissão de Licitação (Elisete Vitória Kasmirski Ronchetti, Ana Rosa Demétrio Torres e Accioly José da Silva) e os três sócios-gerentes da Cota - Construtora da Amazônia S.A., são réus na ação. Um dos sócios, Antônio Adamor Gurgel do Amaral, era juiz classista do próprio TRT na época da concorrência. Para o juiz federal, "de há muito a Lei 8.429/92 (Lei da Improbidade) tem incomodado determinados agentes políticos que, quando na posição de réus por suposta infração aos comandos dessa lei, se vêem alvo de perseguições políticas". A juíza Rosa Maria declarou que "não teme" a quebra do sigilo. "Pode quebrar o que quiser e quantas vezes quiser, vivo nas condições do meu salário", desafiou. Ela disse que, quando assumiu a presidência do TRT, em 1995, as obras estavam na fase de acabamento. "Autorizei liberação de verbas exclusivamente com base no cronograma do engenheiro", garantiu. Os outros citados não se manifestaram sobre a denúncia.
Fonte: Site do Estado de S. Paulo - www.estado.com.br - 16/02/2003
MINISTRO DO STJ ENVOLVIDO EM VENDA DE HABEAS-CORPUS:
VICENTE LEAL O Superior Tribunal de Justiça, numa decisão inédita, afastou hoje o ministro Vicente Leal. E decidiu abrir processo administrativo contra ele. Os ministros analisaram o relatório da comissão de sindicância do tribunal, que concluiu que havia indícios de envolvimento do ministro Vicente Leal com o suposto esquema de venda de habeas-corpus para a quadrilha do traficante Leonardo Dias de Mendonça. Por 28 votos a dois, os ministros decidiram abrir processo administrativo e, por 30 votos a 0, afastaram Vicente Leal das funções. O ministro Vicente Leal negou envolvimento no caso. Ele disse que não teve direito à defesa. O ministro afirmou ainda que está tranqüilo e acredita que será inocentado.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 02/04/2003
PREFEITO RICO, CIDADE POBRE:
JOÃO PEDRO FILHO A receita mensal de Guamaré (Rio Grande do Norte), é quase seis vezes maior que a de Natal, a capital do estado. Por aqui e a riqueza jorra sem parar. O município é um dos maiores produtores de petróleo do país. São 2 milhões de reais por mês, entre royalties e impostos. O difícil é encontrar na cidade, de 8 mil habitantes, obras que indiquem tamanho investimento.
O hospital público funciona com apenas um médico. Não tem sequer um aparelho de raio-x. Só atendimento básico.
"As cirurgias daqui são encaminhadas para Natal.", conta uma enfermeira. Uma moradora diz que a população depende dos favores do prefeito: "O hospital não tem remédio, traz todo mundo na coleira, para as pessoas pedirem na porta dele um vidro de remédio. Como se ele estivesse nos fazendo um grande favor." Há dois anos o Ministério Público pediu afastamento do prefeito João Pedro Filho. "Se está se aplicando, nos diga onde está ainda esse dinheiro.", disse o promotor. O Tribunal de Contas da União constatou que a prefeitura pagava por obras não realizadas, sem licitação e superfaturadas. A adutora custou quase o dobro do preço de mercado. Três reservatórios, pagos com dinheiro público, foram construídos em propriedade do prefeito. João Pedro Filho, que está no terceiro mandato, apesar da origem humilde e da pouca escolaridade, é dono de várias casas, parque de vaquejada e mais de 40 fazendas, segundo o Ministério Público - o que o tornou o maior criador de gado e o velhos da região. O prefeito não quis comentar as denúncias.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 09/05/2003
IRREGULARIDADES EM CANSANÇÃO:
JOSÉ ZITO GÓES - O município de Cansan&cceddil;ão (Bahia) é um dos mais pobres do Nordeste. Contra a prefeitura da cidade, que fica no sertão da Bahia, o Ministério Público ofereceu denúncias de estelionato e improbidade administrativa. Um extrato bancário mostra que o dinheiro liberado pelo Governo Federal para o ensino fundamental foi usado para pagamento de despesas pessoais do prefeito, José Zito Góes. A pedido dele, o cheque de R$ 135 mil foi depositado na conta de um comerciante. “No outro dia disse: paga a fulano, sicrano, paga um carro que eu comprei",contou o comerciante. A folha de pagamento mostra que a prefeitura vinha gastando quase R$ 50 mil por mês com salários de pessoas que nem sabem que são funcionários do município, nem conhecem Cansanção. É o caso de um ferroviário aposentado que mora em outra cidade. Nunca estudou, mal consegue assinar seu nome, mas aparece na lista como professor. Num cofre, que desapareceu misteriosamente, estavam guardados R$ 38.200. Dinheiro do pagamento de 1.500 crianças cadastradas no Peti - o programa de erradicação do trabalho infantil do Governo Federal. A polícia abriu inquérito, investigou e chegou a dois suspeitos: o motorista particular o prefeito e o tesoureiro da prefeitura. Eles chegaram a ser presos, mas já estão em liberdade. O tesoureiro, Evaldo Pereira dos Santos, diz que é inocente: "Eu mesmo já carreguei tanto dinheiro, se quisesse levar era tão fácil de levar. Não levei, não ia me complicar por 30 e poucos mil". Trinta e poucos mil que fazem muita falta na zona rural de Cansanção. Uma senhora que tem dois filhos menores, e tem direito a R$ 50 do Peti, passou dois meses sem receber o dinheiro. "Nós passamos dificuldade. Era o dinheiro de comprar alimentos, passamos até fome. Quando fui receber o dinheiro disseram que não iam fazer o pagamento porque tinham roubado o cofre com o dinheiro", conta a dona de casa. O prefeito está afastado do cargo por decisão da câmara municipal. Ele entrou com recurso no tribunal de justiça e tenta voltar. Quando assumiu a prefeitura ele morava numa casa modesta. Agora, está construindo uma mansão, numa área de 10.000m², cercada com muro alto, guarita para os seguranças e circuito interno de TV. Procurado, o prefeito afastado não quis dar entrevista.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 13/05/2003
FORÇA TAREFA EM PORTO SEGURO:
JOSÉ UBALDINO ALVES JÚNIOR
ULDURICO ALVES PINTO
ESMERALICE ASSIS Já está em Porto Seguro, na Bahia, a forca tarefa designada pelo presidente da República para investigar as denúncias de corrupção na prefeitura. O prefeito, José Ubaldino Pinto Júnior, o secretário de Saúde, Uldurico Alves Pinto, e a secretária de Educação, Esmeralice Assis, montaram um esquema que pode ter desviado R$ 50 milhões dos cofres públicos.
A matéria apresentada no Fantástico, mostrava que um jornal foi montado e a dona do jornal é uma mulher analfabeta. Ou seja, foram na casa dela e pediram para ela assinar um documento que era pra arrumar emprego pra ela. Ela assinou o documento e virou presidente do jornal, sem saber. Outra matéria diz que o pãozinho de Porto Seguro é comprado de uma empresa em Salvador. Outras empresas que foram montadas não existem. A entrevista foi na casa das pessoas e não existem as empresas."
O prefeito José Ubaldino tirou licença de 30 dias, e os secretários de Saúde e Educação pediram demissão.
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 18/05/2003
VENDA DE HABEAS-CORPUS:
PEDRO AURÉLIO ROSA DE FARIAS
WILMAR BARRETO
MANOEL BARRETO É o Superior Tribunal de Justiça que vai decidir se abre processo contra o desembargador Pedro Aurélio Rosa de Farias. Também foram denunciados pelo Ministério Público o juiz Wilmar Barreto e o irmão dele, o advogado Manoel Barreto, que já está preso. Num depoimento ao Tribunal de Justiça, o traficante Alexandre Lima Silva confessou que pagou R$ 240 mil para conseguir um habeas-corpus. Com autorização da justiça, a polícia de Brasília gravou as conversas de Alexandre com o advogado, que teria assegurado que o traficante seria solto. A principal prova contra o desembargador Pedro Aurélio foi o depoimento do juiz que mandou prender o traficante. Na sindicância aberta pelo Tribunal de Justiça, o juiz disse que o desembargador ligou pedindo para soltar o traficante. E, num segundo telefonema, teria insistido no pedido, que foi negado pelo juiz. Duas semanas depois, o traficante foi solto: a ordem foi do desembargador Pedro Aurélio. Segundo a denúncia, a Comissão de Sindicância do Tribunal de Justiça do Distrito Federal concluiu que há indícios de que ele cometeu dois crimes: tráfico de influência e corrupção passiva. O Ministério Público também pediu a prisão do desembargador porque ele teria ameaçado testemunhas. Depois das acusações, o desembargador Pedro Aurélio pediu uma licença de 11 meses. O desembargador não quis gravar entrevista. Disse que é vítima de uma campanha difamatória e que concedeu o habeas-corpus porque a prisão do traficante teria sido ilegal. O juiz Wilmar Barreto não se manifestou sobre as acusações.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 27/05/2003
SEM PUDOR:
CLÓVIS SAHIONE Fiscais e auditores da Receita Federal estão presos e respondem a processo por suposto envio de mais de US$ 30 milhões ilegalmente para a Suíça. O juiz pediu para que os oito investigados assinassem um documento. Por meio de um exame grafotécnico, o juiz quer fazer uma comparação com as assinaturas das aberturas de contas no banco suíço. Nas imagens (filmadas), é possível ver o fiscal Carlos Eduardo Pereira Ramos - que está algemado - e o advogado dele conversando. Estão em frente ao juiz e falam muito baixo. "Se você puder fazer uma letra diferente não tem problema nenhum, você vai assinar aqui agora. Então, quando você fizer o ponto no "i" procura fazer ponto borrachinha. O "t" você bota ao contrário. Tá certo meu filho? tá?", disse o advogado Clóvis Sahione para seu cliente, Carlos Eduardo. O advogado Sahione disse que deu a orientação porque o fiscal estava algemado: "Algemado a algum tempo, olhou para mim e disse: 'estou insensível'. E chorando. Eu disse a ele: então assina de qualquer maneira". O juiz explicou, no entanto, que durante todo o tempo o advogado sabia que as algemas seriam retiradas para que o fiscal pudesse assinar o documento. O Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil informou que vai instaurar um processo disciplinar contra o advogado Clóvis Sahione.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - 29/05/2003
PECHINCHA:
LUIZ OTÁVIO DE QUEIRÓZ FRAZ
DEUSAMAR ALVES BEZERRA A Ilha do Santo, em Araguacema (Tocantins), um santuário ecológico e um dos roteiros mais procurados do estado. Há dois anos e meio, este paraíso tem, legalmente, dois donos. Dois juízes do estado foram escolhidos pelo governo do estado para comprarem uma ilha toda de 330 hectares por R$ 330; ou seja, os dois magistrados compraram uma paradisíaca ilha pelo valor aproximado de R$ 1 o hectare, constata um procurador de Justiça. O problema moral estaria estampado na escritura. Os magistrados Luiz Otávio de Queiróz Fraz e Deusamar Alves Bezerra pagaram R$ 330,81 pela área e gastaram com as custas judiciais R$ 33,08. A transação foi rápida: no dia 4 de dezembro de 2000, o Instituto de Terras do Tocantins tombou a área e, no dia seguinte, fez a transferência de titularidade para dos juízes. "Em qualquer lugar é uma coisa indecente, principalmente se tratando de dois magistrados cuja função não era de adquirir imóvel naquela situação", observa uma procuradora de Justiça. A reação contra o negócio começou entre os 4 mil habitantes de Araguacema. Os procuradores receberam um documento com 300 assinaturas denunciando a transação. Toda a economia local depende da ilha. "Uma coisa que é de todo mundo, privatizar, ou seja, para dois particulares, coisa que é nossa, que sempre fomos criados dentro, com toda a liberdade de ir lá, passeal, fazer trilha, entendeu?", declara uma engenheira ambiental. O dono de metade da ilha é o homem mais influente da cidade: Luiz Otávio de Queiróz Fraz nasceu na região. É juiz de direito na capital, mas ganha uma gratificação para tomar conta da comarca local. O sócio de Luiz Otávio, o juiz Deusamar disse, que os dois tinham um projeto de exploração econômica da ilha.
'É um hotel fazenda, uma coisa nesse sentido, era essa a proposta inicial que a gente tinha. O projeto dos dois juízes prevê a proibição de barracas na praia, a construção de restaurantes e a cobrança de tarifa aos barqueiros. Quem vive dos pequenos negócios, está preocupado. "A gente sabe que tem gente que passa fome e só ganha o dinheirinho no mês de julho, que é o mês da exploração da praia, que é poder pôr uma barraquinha para trabalhar", conta uma dona de casa. As críticas irritaram tanto o juiz que ele apresentou queixa-crime contra pessoas que fizeram o abaixo-assinado. O prefeito da cidade apóia os juízes, a quem chama de "empresários". Mas a lei brasileira proíbe a qualquer magistrado manter atividade empresarial.
"Nos termos que foram colocados pelos empresários, que adquiriram a ilha, pelos proprietários que adquiriram a ilha para o manejo sustentável, estou de acordo. A prefeitura assinou... O município vê como investidor... Eu, na condição de prefeito, não posso fazer distinção de quem vem investir no município", declara o prefeito de Araguacema, José Paulo Ribeiro Filho.
Fonte: Fantástico - Rede Globo - 08/06/2003
ENVOLVIMENTO ARRISCADO:
JOÃO ARCANJO RIBEIRO
JOSÉ RIVA
HUMBERTO BOSAIPO A quebra do sigilo bancário do comendador João Arcanjo Ribeiro, empresário de Mato Grosso, acusado de lavagem de dinheiro, revelou que em quatro anos, deputados depositaram mais de sessenta e cinco milhões de reais na conta dele. A quebra do sigilo bancário das empresas do comendador revelou uma cifra milionária: 65,278 milhões de reais depositados entre 1998 e 2003. O dinheiro saiu dos cofres da Assembléia Legislativa direto para as contas das factorings do comendador, que por lei, só poderiam fazer transações com pessoas jurídicas. Os cheques foram emitidos pelos deputados José Riva e Humberto Bosaipo. Cópias dos relatórios do Banco Central agora vão ser enviadas às procuradorias do Estado e da república. Os promotores vão tentar descobrir por que o dinheiro público foi parar em contas particulares. Há suspeita de apropriação indevida e lavagem de dinheiro. Não é o primeiro indício. Ano passado notas promissórias dos deputados revelaram a relação deles com João Arcanjo. O homem acusado de chefiar o crime organizado em Mato Grosso está preso no Uruguai e aguarda extradição para o Brasil. O contrabando, o tráfico e toda a rede criminosa controlados pelo comendador em Mato Grosso ainda podem estar funcionando. No começo do mês a polícia fechou três bancas do jogo do bicho que pertenciam a João Arcanjo em Barra do Garça, divisa com Goiás.
Fonte: Jornal da Globo - Rede Globo - 20/06/2003
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