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Corte de gastos não vai afetar programas sociais, diz governo BRASIL 2012



ministro da Fazenda falou, porém, em desoneração da folha de pagamentos

Ao anunciar um corte de R$ 55 bilhões no Orçamento de 2012, o governo federal deixou claro que a economia não vai afetar a verba de serviços básicos, como saúde e educação, nem os investimentos em programas considerados prioritários pela presidente Dilma Rousseff, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Minha Casa Minha Vida e o Brasil sem Miséria.

De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a decisão de reduzir despesas foi feita em parceria com os demais ministérios e já vinha sendo alinhada nas reuniões feitas com Dilma desde o início do ano.

15/02/2012

- Nosso primeiro passo foi ver o que seria preciso ser preservado para garantir as metas do governo, como o fortalecimento dos programas sociais e o desenvolvimento regional, que foram nosso guia básico para fazer essa proposta.


A ministra destacou que, juntos, o PAC e o Minha casa Minha Vida terão disponíveis este ano R$ 42,5 bilhões, o programa Brasil sem Miséria, R$ 27,1 bilhões, a área de educação, R$ 33,3 bilhões e a de saúde, R$ 72,1 bilhões.


- Como eu dizia ano passado e muitos não acreditaram, os investimentos em todas essas áreas tiveram crescimento de 2011 para agora. O Brasil sem Miséria, por exemplo, tem 36,6% a mais no orçamento que no ano passado.


Miriam Belchior acrescentou ainda que as despesas de custeio público, com diárias, passagens, aquisição de imóveis, veículos, máquinas e equipamentos, tiveram redução de R$ 2,2 bilhões e a economia será feita novamente em 2012. Para isso, será editado um novo decreto de contenção de despesas para redefinir esses cortes.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a estimativa do governo é que o PIB brasileiro cresça 4,5% este ano, o correspondente a R$ 4,753 trilhões, mesmo com a crise econômica que atinge os demais países.

- Nosso ajuste fiscal é diferente de outros países, como os europeus, que cortam programa social e tiram dinheiro dos trabalhadores, o que resultam em grande recessão. Nós estamos não fazemos ajuste fiscal clássico ou conservador, como foi feito aqui no passado, fazemos uma consolidação fiscal que viabiliza o reforço dos programas sociais.

Segundo Mantega, os investimentos, que são “a locomotiva do Brasil”, podem chegar a 20,8% do PIB em 2012.

- É uma meta ambiciosa, mas perfeitamente exequível e temos condição de persegui-la. O que vai impulsionar esse crescimento será o aumento do PAC, o Minha Casa Minha Vida, o Pré-sal, a Copa do Mundo e as concessões de aeroportos. A intenção é criar condições para incentivar o investimento privado.
Mantega disse também que o governo estuda desonerar a folha de pagamentos em áreas não determinadas ainda.

- Não temos definição, mas estamos sim pensando em desonerações. Uma é a da folha de pagamento, que devemos dar continuidade, reduzindo custos para a produção de manufaturados.

fonte;r7

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