Com o aumento dos casos graves de dengue, zika e chikungunya, o governo de Minas prometeu R$ 36 milhões aos municípios mais afetados para combater o mosquito Aedes Aegypti. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Saúde, Fausto Pereira dos Santos, em seminário da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Minas) sobre o fortalecimento do SUS na vigilância e atenção à saúde.
Dividido em cotas iguais, serão R$ 529,4 mil para cada uma das 68 prefeituras citadas no último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), que indica 64 cidades em situação de alerta (índice igual ou superior a 1% e até 3,9%) e quatro em risco de surto (acima de 4%).
Dividido em cotas iguais, serão R$ 529,4 mil para cada uma das 68 prefeituras citadas no último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), que indica 64 cidades em situação de alerta (índice igual ou superior a 1% e até 3,9%) e quatro em risco de surto (acima de 4%).
O valor, no entanto, pode ser insuficiente. Em uma cidade do porte de Betim, por exemplo, que tem 412 mil habitantes, apenas para manter 160 agentes de combate às endemias, que vistoriam 20 imóveis por dia, a prefeitura gasta R$ 320 mil por mês. Não estão incluídos outros custos, como com transporte e equipamentos. O município da Região Metropolitana de BH não aparece entre os mais afetados.
O reforço no caixa vem no momento em que as doenças causadas pelo Aedes aegypti assombram o país. Um das mais graves é a microcefalia em recém-nascidos, causada pelo zika vírus.
Em Minas, 33 casos da má-formação do cérebro dos bebês podem estar relacionados com o zika, de acordo com o último informe epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado ontem. O número, relacionado aos registros em investigação até 12 de dezembro, não foi confirmado pelo governo do Estado, que até o dia 10 notificou 29 casos.
Dado alarmante
A incidência da dengue em Minas também cresceu. Os casos aumentaram 198%, passando de 49 mil, em 2014, para mais de 147 mil até 12 de dezembro deste ano. Em BH, foram confirmados mais de 15 mil casos da doença em 2015.
Fausto Pereira convocou os gestores públicos das áreas de saúde, limpeza urbana, meio ambiente e educação a enfrentarem o Aedes aegypti. “O governo vai utilizar a estrutura e recursos adicionais para controlar o mosquito, mas está numa sinuca de bico por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal e da queda na arrecadação fiscal”, disse.
Ele afirmou que a maior dificuldade em combater o mosquito na capital e na região metropolitana está relacionada a deficiências na limpeza urbana e na destinação correta do lixo. “Qualquer acúmulo de água serve de local para procriação das larvas do mosquito”, destacou.
Segundo o secretário, Cemig, Copasa e órgãos do governo serão convocados para o combate ao Aedes aegypti até janeiro, para não ter explosão de criadouros durante o verão.
Ele afirmou que a maior dificuldade em combater o mosquito na capital e na região metropolitana está relacionada a deficiências na limpeza urbana e na destinação correta do lixo. “Qualquer acúmulo de água serve de local para procriação das larvas do mosquito”, destacou.
Segundo o secretário, Cemig, Copasa e órgãos do governo serão convocados para o combate ao Aedes aegypti até janeiro, para não ter explosão de criadouros durante o verão.
O número de cidades em alerta e risco de surto de doenças aumentou 88% em 2015, passando de 36 para 68 com índice de infestação pelo Aedes aegypti de 1% a 4%.
O Estado brasileiro não tomou providências”, critica representante do Ministério da Saúde
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, José Agenor Álvares, admitiu a omissão do poder público no controle do mosquito. “Desde os anos 80 há um alerta sobre o Aedes aegypti, que não é novidade, mas o Estado brasileiro foi omisso e não tomou a tempo as devidas providências”.
Segundo ele, a descontinuidade das ações levou ao risco de surto das doenças, o que reforça a necessidade de uma mobilização imediata de todos. Para Álvares, a reação ao Aedes aegypti tem característica diferente de anos anteriores.
“O Estado brasileiro foi incompetente e omisso na luta contra esse mal. Errou ao achar que o mosquito é de responsabilidade apenas do setor de saúde. A diferença hoje é o Estado assumir a responsabilidade que nunca tinha assumido. Precisou vir a microcefalia para isso acontecer”.
Ele destacou que o controle do mosquito também depende da população. “Não podemos transferir responsabilidades. Temos de buscar o engajamento da sociedade civil desorganizada. Nunca tivemos a capacidade de fazer essa mobilização. A população só vai se engajar se o governo der o exemplo”.
Álvares adiantou que o governo federal vai coordenar um mutirão em todo o país para fazer o controle do mosquito, mas não informou quanto será investido. “Não vai faltar recurso federal”, garantiu.
Segundo ele, a descontinuidade das ações levou ao risco de surto das doenças, o que reforça a necessidade de uma mobilização imediata de todos. Para Álvares, a reação ao Aedes aegypti tem característica diferente de anos anteriores.
“O Estado brasileiro foi incompetente e omisso na luta contra esse mal. Errou ao achar que o mosquito é de responsabilidade apenas do setor de saúde. A diferença hoje é o Estado assumir a responsabilidade que nunca tinha assumido. Precisou vir a microcefalia para isso acontecer”.
Ele destacou que o controle do mosquito também depende da população. “Não podemos transferir responsabilidades. Temos de buscar o engajamento da sociedade civil desorganizada. Nunca tivemos a capacidade de fazer essa mobilização. A população só vai se engajar se o governo der o exemplo”.
Álvares adiantou que o governo federal vai coordenar um mutirão em todo o país para fazer o controle do mosquito, mas não informou quanto será investido. “Não vai faltar recurso federal”, garantiu.
FONTE;http://www.hojeemdia.com.br/horizontes/municipios-de-minas-v-o-receber-r-36-milh-es-para-combate-ao-mosquito-da-dengue-1.367116
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