Rota de um dos corredores do Move, avenida Antônio Carlos é uma das vias mais monitoradas
Com um déficit histórico nas receitas de multas para cobrir custos operacionais, a BHTrans
tem tudo para reverter o quadro no ano que vem. E graças ao aumento do número de radares nas ruas de Belo Horizonte. A partir de janeiro, a cidade terá 382 equipamentos, 180% a mais que em 2014, período encerrado com um rombo de R$ 56,8 milhões nos gastos com implantação e manutenção da sinalização, operação de tráfego e ações educativas.
Para equilibrar as contas, a autarquia responsável por gerenciar o trânsito na capital recorre a
um fundo de transporte alimentado pelo contribuinte. Mas, considerando a média de arrecadação do ano passado, a contabilidade da BHTrans terá um potencial quase três vezes maior de receita s com os novos equipamentos.
31/07/2015
A conta é simples. Em 2014, 136 radares geraram um montante de R$ 48,8 milhões, ou R$ 359 mil por aparelho. Com os 382 dispositivos previstos – e considerando essa mesma média –, a cifra pode chegar a R$ 137 milhões.
O valor é 1,4% maior que o total de despesas do ano anterior (R$ 135 milhões). E essa “folga”
nas finanças operacionais tende a ser ainda mais ampla, pois a projeção não contempla os
R$ 29 milhões referentes às infrações registradas por PM e Guarda Municipal.
Gastos Nesse mesmo demonstrativo, vários custos são bancados com o dinheiro das multas. Os mais onerosos no ano passado se referiram a pagamento de pessoal (R$ 6,2 milhões) e a contratos com as empresas de fiscalização eletrônica (R$ 14 milhões).
Na outra ponta, ações educativas, unanimemente defendidas por educadores, engenheiros
de tráfego, especialistas em trânsito e motoristas, não são contempladas com o mesmo empenho.
A conta é simples. Em 2014, 136 radares geraram um montante de R$ 48,8 milhões, ou R$ 359 mil por aparelho. Com os 382 dispositivos previstos – e considerando essa mesma média –, a cifra pode chegar a R$ 137 milhões.
O valor é 1,4% maior que o total de despesas do ano anterior (R$ 135 milhões). E essa “folga”
nas finanças operacionais tende a ser ainda mais ampla, pois a projeção não contempla os
R$ 29 milhões referentes às infrações registradas por PM e Guarda Municipal.
Gastos Nesse mesmo demonstrativo, vários custos são bancados com o dinheiro das multas. Os mais onerosos no ano passado se referiram a pagamento de pessoal (R$ 6,2 milhões) e a contratos com as empresas de fiscalização eletrônica (R$ 14 milhões).
Na outra ponta, ações educativas, unanimemente defendidas por educadores, engenheiros
de tráfego, especialistas em trânsito e motoristas, não são contempladas com o mesmo empenho.
Dos R$ 78 milhões obtidos com as infrações de trânsito (multas de radar e agentes), menos de
10% (R$ 7,4 milhões) foram investidos em campanhas de conscientização.
O diz a lei O artigo 320 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que a receita obtida com a cobrança das multas seja aplicada exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação. Além disso, 5% da arrecadação são repassados ao
Fundo Nacional de Segurança e Educação no Trânsito (Funset), administrado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
A falta de clareza sobre a destinação correta dos recursos prejudica ações educativas e gera
insatisfação entre a população, diz o mestre em sociologia, escritor e especialista em educação
e segurança no trânsito Eduardo Biavati.
“A lei é muito vaga, e os órgãos de trânsito não são eficientes em demonstrar o que está
sendo feito. Assim, mesmo que o dinheiro seja aplicado da forma correta, é comum a sensação
de indústria da multa”, afirma o especialista, que atua há mais de 18 anos na área.
Avanço da fiscalização eletrônica divide opiniões tanto nas ruas quanto na internet
O crescimento do número de radares em Belo Horizonte repercute nas ruas e viraliza na internet.
Opiniões de motoristas e pedestres se dividem quanto à eficácia e à necessidade dos novos aparelhos.
“Sou totalmente contra. A cidade está abarrotada de radares. Fica claro que o objetivo da prefeitura
é meramente arrecadar. Dá margem para pensarmos que existe, sim, uma indústria da multa.
Temos lugares em que o tráfego vive congestionado e, mesmo assim, lá estão os radares”,
disse o taxista Jorge Dias, de 47 anos.
Já outros batem o pé: basta andar na linha. “Nunca tomei uma multa. A fiscalização eletrônica
existe para coibir os excessos dos imprudentes. Se a pessoa mantém uma boa e pacífica
convivência, ela contribui para um trânsito melhor e ainda não fica no prejuízo
financeiro”, afirma a fisioterapeuta Patrícia Vianna, de 28 anos.
Silêncio
A reportagem solicitou à BHTrans um representante para falar sobre o assunto.
Porém, as respostas vieram, novamente, por meio da assessoria de imprensa. A empresa
não se pronunciou sobre o potencial de arrecadação previsto a partir de janeiro de 2016.
Em nota, o órgão de trânsito municipal deixa claro que o objetivo da ampliação dos
radares é aumentar a segurança na cidade.
A utilização da fiscalização eletrônica, segundo a BHTrans, “é o meio mais eficaz e
confiável para redução do número de acidentes e do grau de severidade”. Conforme o órgão,
os acidentes graves com pedestres envolveram automóveis em velocidades inapropriadas.
Redução das mortes
Estudos feitos pela empresa demonstram que a utilização dos dispositivos de controle de
velocidade preservam, em média, 180 vidas por ano em Belo Horizonte, desde a implantação, em 2000.
913 mil notificações de multas de trânsito foram emitidas pela prefeitura da capital em 2014
78 milhões de reais foram arrecados com multas, sendo R$ 48 milhões via radares
e R$ 29 milhões a partir de agentes
O salto no número de radares em BH será debatido na Câmara Municipal, na
segunda-feira, durante audiência pública
Nesta quinta-feira, o Hoje em Dia mostrou que BH supera São Paulo na proporção de
aparelhos e caminha para ser a capital nacional dos radares
FONTE;http://www.hojeemdia.com.br/horizontes/novos-radares-podem-
tornar-bhtrans-autossuficiente-1.336368 31/07/2015 06:32 - Atualizado em 31/07/2015 06:32
10% (R$ 7,4 milhões) foram investidos em campanhas de conscientização.
O diz a lei O artigo 320 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que a receita obtida com a cobrança das multas seja aplicada exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação. Além disso, 5% da arrecadação são repassados ao
Fundo Nacional de Segurança e Educação no Trânsito (Funset), administrado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
A falta de clareza sobre a destinação correta dos recursos prejudica ações educativas e gera
insatisfação entre a população, diz o mestre em sociologia, escritor e especialista em educação
e segurança no trânsito Eduardo Biavati.
“A lei é muito vaga, e os órgãos de trânsito não são eficientes em demonstrar o que está
sendo feito. Assim, mesmo que o dinheiro seja aplicado da forma correta, é comum a sensação
de indústria da multa”, afirma o especialista, que atua há mais de 18 anos na área.
Avanço da fiscalização eletrônica divide opiniões tanto nas ruas quanto na internet
O crescimento do número de radares em Belo Horizonte repercute nas ruas e viraliza na internet.
Opiniões de motoristas e pedestres se dividem quanto à eficácia e à necessidade dos novos aparelhos.
“Sou totalmente contra. A cidade está abarrotada de radares. Fica claro que o objetivo da prefeitura
é meramente arrecadar. Dá margem para pensarmos que existe, sim, uma indústria da multa.
Temos lugares em que o tráfego vive congestionado e, mesmo assim, lá estão os radares”,
disse o taxista Jorge Dias, de 47 anos.
Já outros batem o pé: basta andar na linha. “Nunca tomei uma multa. A fiscalização eletrônica
existe para coibir os excessos dos imprudentes. Se a pessoa mantém uma boa e pacífica
convivência, ela contribui para um trânsito melhor e ainda não fica no prejuízo
financeiro”, afirma a fisioterapeuta Patrícia Vianna, de 28 anos.
Silêncio
A reportagem solicitou à BHTrans um representante para falar sobre o assunto.
Porém, as respostas vieram, novamente, por meio da assessoria de imprensa. A empresa
não se pronunciou sobre o potencial de arrecadação previsto a partir de janeiro de 2016.
Em nota, o órgão de trânsito municipal deixa claro que o objetivo da ampliação dos
radares é aumentar a segurança na cidade.
A utilização da fiscalização eletrônica, segundo a BHTrans, “é o meio mais eficaz e
confiável para redução do número de acidentes e do grau de severidade”. Conforme o órgão,
os acidentes graves com pedestres envolveram automóveis em velocidades inapropriadas.
Redução das mortes
Estudos feitos pela empresa demonstram que a utilização dos dispositivos de controle de
velocidade preservam, em média, 180 vidas por ano em Belo Horizonte, desde a implantação, em 2000.
913 mil notificações de multas de trânsito foram emitidas pela prefeitura da capital em 2014
78 milhões de reais foram arrecados com multas, sendo R$ 48 milhões via radares
e R$ 29 milhões a partir de agentes
O salto no número de radares em BH será debatido na Câmara Municipal, na
segunda-feira, durante audiência pública
Nesta quinta-feira, o Hoje em Dia mostrou que BH supera São Paulo na proporção de
aparelhos e caminha para ser a capital nacional dos radares
FONTE;http://www.hojeemdia.com.br/horizontes/novos-radares-podem-
tornar-bhtrans-autossuficiente-1.336368 31/07/2015 06:32 - Atualizado em 31/07/2015 06:32
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