Expansionismo chinês no Mar da China Oriental e aumento do orçamento bélico são vistos como "preocupantes" para governo japonês
O governo japonês vai reinterpretar a constituição pacifista em vigor no país desde 1947, e passará a exercer o chamado "direito de autodefesa coletiva". O anúncio, que havia sido feito no mês passado, foi reforçado no Livro Branco de Defesa 2014. Para o Japão, a medida é um passo “histórico” que pretende fortalecer as forças de autodefesa, em um contexto de instabilidade crescente na região. A publicação também aponta China, Rússia e Coreia do Norte como possíveis ameaças.
09/08/2014
O texto, publicado na terça-feira (05/08) acentua a preocupação de Tóquio com a movimentação da China nas regiões marítmas próximas ao Japão, principalmente no Mar do Sul da China e Mar da China Oriental. Um dos focos de tensão são as as ilhas Senkaku, atualmente controladas pelo governo japonês.
Em novembro do ano passado, a China anunciou a criação de uma “zona aérea de identificação”, que abrange grande parte do Mar da China Oriental, inclusive o arquipélago das ilhas Senkaku. No livro, o Japão classificou a ação como “extremamente perigosa, que pode provocar um conflito não desejado”.
Google Maps/Mariane Roccelo
Região do Mar da China Oriental, onde o arquipélado das ilhas Senkaku está localizado
De acordo com o texto, após as últimas ações do governo chinês, o Japão aumentu a vigilância na região, e precisa estar preparado para lidar com incidentes na chamada “zona cinzenta”. O aumento constante do orçamento militar chinês nos últimos 10 anos também é visto como preocupante.
Nesta quarta-feira (06/08), a China acusou o governo japonês de estar inventando “inimigos” para justificar o rearmamento do país. Em comunicado, o Ministério da Defesa da China disse que “tudo isso não passa de uma desculpa do Japão para mudar suas políticas militares e de segurança, expandindo assim seu Exército”. Tóquio “ignora os fatos, faz acusações sem fundamento e joga a carta da ameaça chinesa”, acrescentou.
Terremoto na China causa ao menos 175 mortes e deixa milhares de desabrigados
Pequim proibirá venda de carvão para reduzir poluição do ar
Em meio a declaração de crise humanitária, quase 850 mil ucranianos saem de casa
No último mês, Tóquio havia aprovado reinterpretação da Constituição pacifista, mesmo após protestos de parte da sociedade japonesa e países vizinhos. Até o momento, o artigo 9 da constituição impede que o Japão recorra à força para resolução de conflitos internacionais.
Em relação à Rússia, o livro critica a anexação da Crimeia e classifica a ação como contrária ao direito internacional, sendo assim “um problema global” de segurança. Já, sobre a Coreia do Norte, o texto destaca o programa nuclear e de mísseis como “um fator preocupante não só para o Japão, mas também para a comunidade internacional”.
fonte;opera mundi
https://operamundi.uol.com.br/noticia/37339/japao-livro-de-defesa-apoia-reinterpretacao-de-constituicao-pacifista-por-direito-de-autodefesa
Em relação à Rússia, o livro critica a anexação da Crimeia e classifica a ação como contrária ao direito internacional, sendo assim “um problema global” de segurança. Já, sobre a Coreia do Norte, o texto destaca o programa nuclear e de mísseis como “um fator preocupante não só para o Japão, mas também para a comunidade internacional”.
fonte;opera mundi
https://operamundi.uol.com.br/noticia/37339/japao-livro-de-defesa-apoia-reinterpretacao-de-constituicao-pacifista-por-direito-de-autodefesa
Geen opmerkings nie:
Plaas 'n opmerking