Cientistas dizem que há 3,5 bilhões de anos era possível beber água em Marte em 2013



Cientistas dizem que há 3,5 bilhões de anos era possível beber água em Marte
Nasa/JPL-Caltech Superfície de Marte em imagem feita pelo robô Curiosity


Há 3,5 bilhões de anos, os seres humanos poderiam ter bebido água do planeta Marte e vivido ali por muito tempo, afirmou neste domingo o cientista da Nasa Joahn Grotzinger.


05/08/2016

Em declarações ao jornal "La Tercera", Grotzinger destacou que um ano depois que o robô Curiosity chegou com sucesso ao planeta vermelho, "descobriu que é um meio ambiente similar à Terra, em que se os seres humanos teriam estado há 3,5 bilhões de anos e poderiam ter enchido um copo de água e provavelmente bebê-la".
O investigador indicou que o passo mais importante até agora foi descobrir, a partir da análise de rochas no planeta, que existiu um meio ambiente propício para a vida e que persistiu por centenas ou milhares de anos.


O cientista americano ressalta que nesta terça-feira o robô completará um ano em Marte - planeta que é circundado por dois satélites-, onde em poucos meses conseguiu várias das metas propostas na missão de dois anos: caracterizar a água e a atmosfera e achar meio ambientes que no passado puderam suportar a vida.


Desde então, se transformou na missão mais popular da agência espacial americana. Tem uma conta com mais de 1,3 milhão de seguidores no Twitter e o Curiosity foi postulado como personagem do ano pela revista "Time".


"Foi um ano muito bom. Pudemos aterrissar, que era algo sobre o qual todos estávamos nervosos e depois de oito meses conseguimos a meta primária da missão: que a água não era ácida como as missões anteriores detectaram, mas tinha um PH (potencial hidrogênio) neutro", disse.



Marte em imagens: o misterioso vizinho que sempre atiçou a curiosidade humana


A foto mostra camadas de diferentes tonalidades. No entanto, se você estivesse em Marte, 
talvez enxergasse outras cores nesta paisagem. O satélite que capturou a imagem só consegue tirar fotos em azul, verde, vermelho ou infravermelho Leia mais Nasa

Grotzinger afirmou que embora Marte tenha perdido umidade e hoje seja um deserto frio,
 as análises do Curiosity mostram que "pôde ser um local onde microorganismos teriam vivido facilmente".

O cientista explica que o robô realiza atualmente sua viagem mais longa na superfície de Marte. 
O trajeto foi iniciado em 4 de julho e deverá percorrer oito quilômetros rumo ao monte Sharp, uma montanha de 5.500 metros, em um deslocamento que poderá durar entre sete e nove meses."Será uma longa viagem, nos deteremos em algumas ocasiões para fazer medições, mas estamos comprometidos em dirigir ao monte o mais rápido possível", comentou.

O cientista explicou que a ideia original da viagem era aterrisar próximo de sua base, no centro da cratera Gale, pois as imagens do planeta tomadas desde a órbita mostram camadas e camadas no terreno que falam de diferentes idades geológicas, além de cores de minerais que poderia ter água.
Grotzinger, chefe da missão do Curiosity, acredita que nessa zona do planeta Marte, o quarto planeta do sistema solar mais próximo ao sol, há mais possibilidades de encontrar meio ambientes habitáveis.



Veja imagens do jipe-robô Curiosity em Marte


fev.2013 - O robô Curiosity mostra a primeira amostra de rocha em pó extraída após perfuração do solo de Marte, revela a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). O solo empoeirado encontrado logo abaixo da superfície avermelhada do planeta na verdade tem uma tonalidade cinza clara Leia mais Nasa/Reuters



FONTE;UOL

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