O navio-escola Liberdade está retido desde 2 de outubro em Tema, com 289 marinheiros a bordo, em sua maioria argentinos. A embarcação foi mantida no porto africano a pedido do fundo especulativo americano NML, que exige o pagamento de uma dívida de mais de US$ 370 milhões (R$ 750 milhões) por parte da Argentina. A Justiça ganesa determinou que o NML tem o direito de vender a fragata, de 50 anos, caso a dívida não seja paga.
22.out.12/Reuters | ||
Membros da tripulação da fragata argentina Liberdade descem da embarcação, no porto de Tema, carregando malas |
"Nós recebemos instruções para organizar a partida da tripulação da fragata Liberdade. Aguardamos alguns documentos para iniciar o processo de partida", declarou o responsável pelo porto de Tema, perto da capital ganesa Acra.
A previsão é de que a maior parte dos marinheiros deixe Gana em voo fretado pelo governo argentino. Uma tripulação de segurança de 45 homens, incluindo o capitão, deve permanecer no país.
O Ministério das Relações Exteriores argentino indicou que os marinheiros retirados de Gana devem chegar à Argentina na quarta-feira, em um voo da companhia Air France.
A companhia aérea francesa confirmou nesta terça-feira que repatriará os marinheiros. Segundo a empresa, o avião sairá de Gana na quarta-feira às 14h15 (12h15 de Brasília) e chegará a Buenos Aires às 23h45 (21h45 de Brasília).
PROBLEMA INTERNACIONAL
Transformada num escândalo na Argentina, a retenção do navio já levou à queda do chefe da Marinha. A Casa Rosada suspeitou de cumplicidade do alto comando da força no episódio.
A tripulação inclui oito marinheiros do Uruguai, 15 do Chile, e outros procedentes de Brasil, Paraguai, Peru, África do Sul, Suriname e Venezuela.
O chanceler argentino Héctor Timerman chegou a se reunir com o presidente do Conselho de Segurança da ONU, Gert Rosenthal, e com o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, para obter a libertação da fragata da Marinha que fazia uma viagem de instrução.
A Argentina foi eleita na última semana para um assento de membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.fonte;folha
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