A violência durante a noite em Trípoli elevou o número de mortos para pelo menos dez, com 65 feridos desde sexta-feira.
Na capital Beirute, a tensão diminuiu depois que tropas se espalharam por toda a cidade para liberar as ruas de homens armados que haviam entrado em confronto na noite de domingo.
A violência explodiu depois de sexta-feira, quando houve um atentado que matou o alto oficial de segurança libanês Wissam al Hassan, conhecido oponente do envolvimento do Líbano com a guerra civil no país vizinho. O ato foi atribuído a grupos xiitas ligados ao Hizbollah (que apoia o regime do ditador Bashar Assad).
Joseph Eid/AFP | ||
Exército libanês avança na ocupação dos bairros Bab Tabbaneh, sunita, e Jabal Mohsen, alauita, em Trípoli |
Os combates em Trípoli (cidade natal de Mikati) ocorreram entre as áreas vizinhas de Bab Tabbaneh, reduto muçulmano sunita e que apoia os rebeldes sírios, e Jabal Mohsen, um bairro de alauitas, que apoiam Assad.
Três sunitas e um alauita foram mortos e 15 pessoas ficaram feridas, disse uma fonte médica militar. Moradores contaram que os combatentes trocaram tiros de metralhadora e granadas.
INSTABILIDADE
Na manhã desta terça-feira, o centro de Trípoli estava movimentado e o tráfego seguia livremente, mas a cidade permanecia instável. Soldados com capacetes e coletes à prova de bala mantinham vigilância e tanques e veículos blindados, equipados com metralhadoras pesadas, estavam estacionados nas ruas.
Assad é um membro da seita alauita, uma ramificação do islamismo xiita. Ele conta com o apoio do Hizbollah, poderoso grupo islâmico xiita armado que faz parte do governo de Mikati.
GUERRA CIVIL
O Líbano ainda é assombrado pela guerra civil (ocorrida entre 1975 e 1990), que tornou Beirute local de carnificinas e destruiu grande parte da cidade. Muitos libaneses temem que a guerra síria empurre seu país de volta àqueles dias, destruindo os esforços para reconstrui-lo como um centro de comércio, finanças e turismo.
Políticos da oposição acusaram a Síria de estar por trás do assassinato do general Hassan, que tinha trabalhado para conter a influência síria no Líbano.
Sunita, ele ajudou a descobrir um plano de atentado que levou à prisão e indiciamento em agosto de um ex-ministro libanês pró-Assad. Ele também liderou uma investigação que implicou a Síria e o Hezbollah no assassinato de Rafik al-Hariri, ex-primeiro ministro do Líbano, em 2005.fonte;folha
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