Real, A Moeda oficial Do Brasil 2024, Amargando inflação De 700% Que Correu Poder de compra 2024; Assim, R$ 1,00 em 1994, equivale hoje a R$ 0,12 e R$ 100,00 em 1994 equivale hoje R$ 12,00.




30/04/2024



Real, a moeda oficial do Brasil, caminha para a economia digital amargando inflação de 700% que correu poder de compra2024/2025

O Real, a moeda oficial do Brasil que foi lançada em 1º de julho de 1994, está perto de completar 30 anos e de iniciar uma nova fase entrando 'de cabeça' na economia digital com sua versão digital, o Drex


O Real, a moeda oficial do Brasil que foi lançada em 1º de julho de 1994, está perto de completar 30 anos e de iniciar uma nova fase entrando 'de cabeça' na economia digital com sua versão digital, o Drex, CBDC (moeda digital de banco central) que o Banco Central pretende lançar no final deste ano e que atualmente está em fase de testes.

Ao longo de sua jornada, o Real amarga ter perdido seu valor e poder de compra, motivada por uma inflação acumulada no período de mais de 677.50%. Assim, R$ 1,00 em 1994, equivale hoje a R$ 0,12 e R$ 100,00 em 1994 equivale hoje R$ 12,00.


"A inflação do período corrige os salários anualmente através dos dissídios, o que reduz essa sensação de perda, mas em síntese, podemos dizer que perdemos muito o poder de compra do Real ao longo dos anos", destacou ao Cointelegraph Alessandro Azzoni, economista, advogado e conselheiro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).Aplicativo fake da Curve Finance é listado na Apple Store

Para ter uma noção mais clara da desvalorização do Real no poder de compra do brasileiro, em 1994, quando o Real foi lançado, o arroz custava R$ 0,64 o quilo, hoje em torno de R$ 3,94, uma alta de 479,41%. No caso do feijão, o kg custava R$ 1,11 em 1994 e, atualmente, em torno de R$ 8,90, alta de 700,9%.

Assim que o Real foi lançado, havia paridade com o dólar, ou seja, com R$ 1 era possível comprar US$ 1, hoje, US$ 1 equivale a R$ 4,97. Portanto, a desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar foi de 397%



Folheto de ofertas do Extra com preços dos produtos em 1994
Real estabilizou inflação de 2.477%

No entanto, apesar da desvalorização da moeda, o Real foi fundamental para a era de estabilidade monetária após anos de hiperinflação galopante que assolava o Brasil. Antes do Plano Real, a inflação no Brasil atingiu níveis astronômicos.

Durante os anos 1980 e início dos anos 1990, a taxa mensal de inflação ultrapassava frequentemente os três dígitos, chegando a patamares de até quatro dígitos em alguns momentos. Em 1989, por exemplo, a inflação anual atingiu 1.782%, e em 1990, foi ainda mais alarmante, chegando a 2.477%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


"O Real foi o plano que trouxe a estabilidade monetária para o Brasil, ou seja, nos anos anteriores diversos planos foram criados, mas não conseguia frear a inflação e o governo para honrar os pagamentos dos títulos públicos emitia moeda e com isso a quantidade de moeda sempre ampliava fazendo com que nosso dinheiro não tivesse valor, o Plano Real que trouxe o Real conseguiu frear e criar um padrão monetário seguro", destaca Azzoni.

O economista aponta também que com o Real, o brasileiro voltou a ter poder de compra e anos com inflação baixa e períodos com deflação. Ele destaca que o controle dos gastos públicos também foi importante, pois não poderia haver novas emissões de dinheiro.Chefe de IA da Meta diz que os LLMs não são suficientes: ‘A IA de nível humano não está chegando’


"Esse novo modelo econômico possibilitou emissão de títulos da dívida pública no mercado internacional, com isso conseguimos fazer a reserva internacional que na época chegou a US$ 65 bilhões, e hoje estamos com uma reserva internacional por volta dos US$ 340 bilhões. Isso cria um colchão de liquidez. Por este motivo, podemos dizer que o plano de estabilização econômica/Real foi responsável por colocar o Brasil dentre as maiores economias do mundo", afirma.
Real 2.0: a era da economia digital

O Plano Real foi uma iniciativa ousada concebida para estabilizar a economia brasileira e restaurar a confiança dos cidadãos no sistema financeiro. Sob a liderança do então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e da equipe econômica encabeçada pelo economista Persio Arida, o plano enfrentou uma grande tarefa: domar uma inflação descontrolada que corroía os salários e minava a confiança dos investidores.

Em 2024, quase 30 anos depois de seu lançamento, o Real enfrenta outro desafio: a economia digital. Liderando pelo atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a moeda nacional começou sua jornada para esta nova era e o Pix talvez seja atualmente a forma digital de dinheiro mais reconhecida e usada pelos brasileiros.

Dados do Banco Central apontam que os brasileiros vêm transacionando mais de R$ 4 bilhões pelo Pix mensalmente, com mais de 711 milhões de chaves registradas.

Integrante da agenda BC#, o Pix, faz parte de um projeto audacioso (tal qual o de 1994) para colocar a moeda nacional na vanguarda da economia digital e habilitar um completo ecossistema de contratos inteligentes no sistema financeiro nacional. O BC chama esta revolução de 'dinheiro inteligente' e envolve, a união entre o Drex, Pix, Open Finance e o Agregador Financeiro, que deve mudar totalmente a lógica do sistema financeiro nacional.


"Se nós fizermos uma retrospectiva da evolução do sistema financeiro nos últimos 40 anos, nós vamos ver que o Brasil foi um dos países que mais evoluiu no mundo. E por que isso? Porque nós passamos de uma etapa de inovações meramente incrementais, como a eletronização de certas transações, dos caixas eletrônicos aos cartões, dos cartões, depois nós tivemos a digitalização das contas, abertura de contas.

Nós passamos desse cenário por um cenário de disrupção, que começou com o movimento das fintechs, que passou pelo PIX e pelo open finance, que está chegando à economia real com a tokenização de ativos" afirma ao Cointelegraph, Fabiano Jantalia, sócio do Jantalia Advogados e especialista em Direito Bancário.

Jantalia afirma que o Brasil, com a nova era do Real, algo como Real 2.0, está criando novos modelos de negócios baseadas numa melhor e mais eficiente incorporação das tecnologias ao dia a dia das transações econômicas e financeiras no Brasil.Fundador da Uniswap alerta comunidade sobre golpe de falsificação de identidade de carteira ENS

Ele aponta que em todos os foros de debates internacionais, o PIX é destaque e que todos falam do Brasil como uma referência na criação de meios mais eficientes, mais ágeis e mais seguros de transações financeiras.


"O Brasil hoje é um modelo para o mundo, o PIX é hoje um modelo para o mundo. O Open Finance também é uma inovação importante, na medida em que ele permite romper aquela que era a última barreira da competição dos atores do sistema financeiro", destaca.

Neste caminho de inovação o especialista destaca que o Drex, antes conhecido como Real Digital, é uma inovação tão disruptiva como foi o lançamento do Plano Real em 1994.

Segundo ele, com toda a evolução que tivemos no sistema financeiro nessas últimas décadas, nenhuma delas se compara ao grau de disrupção, inventividade e de modificação das relações econômicas financeiras como o DREX.


"É importante dizer que não se trata apenas de uma moeda digital ou de uma moeda eletrônica. O DREX é um instrumento que vai permitir a definitiva digitalização de ativos e, mais do que isso, vai criar a oportunidade de desenvolvimento de novos modelos de negócios da economia real", disse.

Ele destaca que a tokenização e o ecossistema de tokens RWA que o Drex vai permitir florescer no Brasil, em um sistema regulado, será inovador e vai possibilitar o desenvolvimento de modelos de negócio absolutamente distintos daqueles que conseguimos observar hoje.

"Com o DREX e a tokenização, os contratos inteligentes vão garantir agilidade no pagamento e transferência de veículos, o mesmo vai ocorrer com as transações imobiliárias, e, portanto, ele será, no âmbito do sistema financeiro e da economia real, a maior revolução que tivemos e teremos nas últimas décadas", aponta.

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