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Estratégia das tesouras no Brasil :
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Dallagnol diz que extrema direita tem medo de Sérgio Moro
Publicado 30/11/2020 às 22h28
Dallagnol diz que “partidários de extrema direita” temem “possível candidatura” de Moro.
O procurador da República, Deltan Dallagnol, afirmou, neste sábado (28/11/2020), que a “extrema direita” ataca o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, porque teme sua candidatura em 2022.
Em debate virtual sobre o futuro da operação “Lava Jato”, Dallagnol declarou:
“Nesse grande barco de reações, você tem réus poderosos, investigados poderosos, advogados hipergarantistas e partidários de extrema direita que veem ameaças no futuro caso a Lava Jato avance e alcance mais sucesso, porque veem com receio uma possível candidatura do ex-juiz federal Sergio Moro.”
Dallagnol completou:
“É algo que levou a extrema direita a ver com reservas e em alguma medida a atacar a operação Lava Jato e seus resultados. Alguns tipos de ataques que não víamos antes [estão] vindo dessa ala.”
O Erro Político De Quem Enxerga No Naufrágio Eleitoral Do PT Uma Derrota Da Esquerda
30/11/2020
Os petistas saíram derrotados nas eleições municipais deste ano, não conquistando a prefeitura de nenhuma capital no país. No entanto, é um erro político celebrar esta derrota do petismo por interpretá-la sendo como derrota da esquerda, pois esta leitura equivale a reduzir a esquerda brasileira ao próprio petismo, o que está longe de ser verdade.
A esquerda política brasileira transcende as fileiras do petismo e está presente em praticamente todas as agremiações partidárias, incluindo os tucanos e especialmente os partidos que formam o centrão. Isso pode ser constatado verificando-se que pautas da esquerda são rechaçadas por estes partidos. A rigor, nenhuma.
Da mesma forma, pode-se questionar que pautas da agenda conservadora que elegeu o Presidente Bolsonaro são plenamente endossadas pelos partidos que formam o centrão. A resposta também é nenhuma, a exceção de algumas pautas defendidas individualmente por alguns dos parlamentares deste bloco.
Não é por outra razão, além do boicote explícito da parte de Rodrigo Maia e de David Alcolumbre, que a pauta conservadora do governo não avança no Congresso Nacional, a despeito da aliança formada pelo próprio governo justamente com o centrão, supostamente para esta finalidade.
Nesse sentido, cumpre questionar não a busca por maioria parlamentar, que precisa e deve ser feita, mas em que bases a formação da aliança com o centrão foi e está sendo negociada. Pois até o momento esta aliança não foi submetida à prova alguma, no que diz respeito à aprovação das pautas conservadoras.
Associar o ocaso eleitoral do petismo a uma derrota da esquerda constitui-se em um erro, cuja origem reside no antipetismo, que transformou-se num meio de a esquerda limpar-se com a sujeira que ela mesma produziu (ou seja, a corrupção generalizada da era petista) e desta forma poder migrar a agenda esquerdista para outras legendas, sem a “mácula” da corrupção petista.
Em outras palavras, o antipetismo tem levado parte da direita não apenas a avaliações políticas erradas, como esta que afirma que “a esquerda foi derrotada nessas eleições”, como tem possibilitado à esquerda reinventar-se e remodelar-se em outras siglas partidárias, e continuar conquistando posições e força no cenário político nacional enquanto a direita se distrai e se entretém vendo o petismo naufragar.
FONTE;https://renovamidia.com.br/dallagnol-diz-que-extrema-direita-tem-medo-de-sergio-moro/
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