02/04/2018
Aos gritos de “Moro traidor”, o artista plástico Luiz Gagliastri fez uma cerimônia de retirada da obra “Mãos Limpas”, que fez em 2016 em homenagem ao trabalho do então juiz federal Sergio Moro.
A obra, que pesa cerca de uma tonelada, estava instalada na praça em frente à Justiça Federal em Curitiba, onde Moro trabalhava. Ela foi feita sob encomenda do movimento “Mais Brasil Eu Acredito”.
Segundo o artista plástico, Moro não é mais merecedor da obra. Em alusão à traição de Judas, o grupo que acompanhou a cerimônia ainda jogou trinta moedas no local.
“A traição é a coisa mais suja e sórdida que pode existir na face da terra”, disse Gagliastri.
https://www.brasil247.com/entrevistas/moro-e-o-maior-traidor-da-historia-do-brasil-diz-joaquim-de-carvalho
Sérgio Moro
Sérgio Moro | |
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Sergio Moro recebe a Medalha da Ordem do Ipiranga em 2019. | |
Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil | |
Período | 1 de janeiro de 2019 a 24 de abril de 2020 |
Presidente | Jair Bolsonaro |
Antecessor | Raul Jungmann / Torquato Jardim |
Sucessor | André Mendonça |
Juiz federal do TRF da 4ª Região | |
Período | 26 de junho de 1996 a 19 de novembro de 2018[1][2] |
Juizo (último) | 13ª Vara Federal de Curitiba |
Sucessor | Luiz Antônio Bonat[3] |
Dados pessoais | |
Nome completo | Sérgio Fernando Moro |
Nascimento | 1 de agosto de 1972 (47 anos) Maringá, PR[4][5] |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Odete Starke Moro Pai: Dalton Áureo Moro[6] |
Alma mater | Universidade Estadual de Maringá Universidade Federal do Paraná |
Esposa | Rosângela Maria Wolff de Quadros Moro |
Filhos | 2 |
Profissão | jurista e professor universitário. |
Assinatura |
Sérgio Fernando Moro GCRB • GOMM • DMJM[7] (Maringá, 1 de agosto de 1972) é um jurista, ex-magistrado e professor universitário brasileiro. Foi juiz federal,[8][9] professor de direito processual penal na Universidade Federal do Paraná(UFPR)[10][11] e ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil.[12]
Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá em 1995, concluiu o mestrado e o doutorado na Universidade Federal do Paraná.[6] Especializou-se em crimes financeiros e tornou-se juiz federal em 1996.[6][8] Nessa função, trabalhou em casos como o escândalo do Banestado e a Operação Farol da Colina. Também auxiliou, no Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Rosa Weber durante o julgamento dos crimes relativos ao escândalo do Mensalão.[13][14][15]
Moro ganhou enorme notoriedade nacional e internacional por comandar, entre março de 2014 e novembro de 2018, o julgamento em primeira instância dos crimes identificados na Operação Lava Jato que, segundo o Ministério Público Federal, é o maior caso de corrupção e lavagem de dinheiro já apurado no Brasil, envolvendo grande número de políticos, empreiteiros e empresas, como a Petrobras, a Odebrecht, entre outras.[6][16][17] Em 12 de julho de 2017, condenou o ex-presidente Lula a nove anos e seis meses de prisão, sendo essa a primeira vez na história do Brasil em que se condenou criminalmente um ex-presidente da República,[18] decisão esta mantida em segunda instância.[19] Sua atuação na condução da Lava-Jato rendeu-lhe prêmios e críticas.
Em novembro de 2018, aceitou ser Ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro,[20]tendo pedido exoneração do cargo na magistratura. Em 20 de novembro de 2018, foi nomeado Coordenador do Grupo Técnico de Justiça, Segurança e Combate à Corrupção do Gabinete de Transição Governamental[21] e tomou posse como ministro em 1° de janeiro de 2019. O Ministério da Justiça acumulou responsabilidades do Ministério do Trabalho, que foi extinto no governo Bolsonaro, tais como as competências de concessões de cartas sindicais e fiscalização de condições de trabalho.[2] Em 24 de abril de 2020, Moro pediu demissão em entrevista coletiva após exoneração do diretor-geral da Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro.[12][22]
Vida pessoal
Sérgio Fernando Moro nasceu em 1º de agosto de 1972 em Maringá, no Paraná.[23][24] Descendente de italianos do Vêneto, é filho de Odete Starke Moro e Dalton Áureo Moro, ex-professor de Geografia da Universidade Estadual de Maringá, falecido em 2005.[6][25] Seu único irmão, César Fernando Moro, é proprietário de uma empresa de tecnologia.[26][27][28] A família Moro mudou-se para Ponta Grossa quando Sérgio e César eram crianças.[28]
Moro é casado com Rosângela Wolff de Quadros Moro, advogada e atual procuradora jurídica da Federação Nacional das Apaes.[29]Eles vivem em Curitiba e têm um casal de filhos em idade escolar.[30] Além de sua carreira profissional, pouco se sabe sobre sua vida pessoal.[31][32] Matéria publicada em dezembro de 2014 pela IstoÉ o descreveu como alguém com "estilo reservado e hábitos simples".[6]
Carreira
Formação acadêmica e docência
Moro graduou-se em Direito na Universidade Estadual de Maringá.[33] Durante seus estudos, estagiou em um escritório de advocacia por dois anos.[33] Formou-se em 1995.[6] Recebeu o título de mestre em 2000 pela Universidade Federal do Paraná com a dissertação Desenvolvimento e efetivação judicial das normas constitucionais, orientado pelo professor Clèmerson Merlin Clève.[34][35] Em 2002, concluiu o doutorado em direito do Estado na mesma instituição, com a tese Jurisdição constitucional como democracia, orientado por Marçal Justen Filho.[6][36][37] Moro também cursou o programa de instrução de advogados da Harvard Law Schoolem 1998 e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro promovidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.[6]
Em 1996, começou a lecionar na Universidade Federal do Paraná,[33] tornando-se professor adjunto de direito processual penal da UFPR em 2007.[38]
Em 8 de março de 2018 foi exonerado, a pedido, do cargo de professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), passando a partir de então a ser professor titular do Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba),[11][39] lecionando nos cursos de graduação e mestrado dessa instituição.[40][41][42][43]
Magistratura
Em 1996, ingressou na carreira da magistratura como juiz federal da 4ª Região.[6][8][44] Entre 1999 e 2002, chefiou a 3ª Vara Federal de Joinville, em Santa Catarina.[45]
Entre 2003 e 2007, trabalhou no caso Banestado,[44] que resultou na condenação de 97 pessoas;[15] também trabalhou na Operação Farol da Colina,[13] um desdobramento do caso Banestado, onde decretou a prisão temporária de 103 suspeitos de evasão de divisas, sonegação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.[44]
Em 2012, foi auxiliar da ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber no caso do Escândalo do Mensalão. Weber o convocou devido a sua especialização em crimes financeiros e no combate à lavagem de dinheiro.[14][46]
Foi juiz da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba[8][9] até pedir exoneração da magistratura em 2018,[47] tendo sido seu desligamento publicado no Diário Oficial da União (DOU) em 19 de novembro de 2018.[48]
Ainda em 2014, Gabriela Hardt foi nomeada como juíza substituta na 13.ª Vara Federal, assumindo assim os trabalhos de Moro durante sua ausência.[49][50] A respectiva juíza substituta foi designada pelo TRF-4 para a titularidade do posto, no período de 19 de novembro de 2018 até 30 de abril de 2019, sucedendo, portanto, temporariamente o ex-juiz.[51][52][53]
Após a exoneração de Moro, começou o processo de seleção para a vaga na 13ª Vara Federal de Curitiba.[54] 232 juízes da Justiça Federal da 4ª Região puderam se inscrever e o critério de escolha é feita por antiguidade como juiz federal.[55] O juiz Luiz Antônio Bonat, da 21ª Vara da Justiça Federal do Paraná foi o mais cotado para assumir a vaga,[56][57] já que era o primeiro na lista de vinte e cinco interessados em substituir definitivamente Moro,[58] o que veio a ser confirmado em 8 de fevereiro de 2019, quando Bonat foi nomeado.[59]
Operação Lava Jato
Ver artigo principal: Operação Lava Jato
Moro foi o responsável por julgar em primeira instância[60] os crimes identificados pela força-tarefa da Operação Lava Jato , considerada a maior investigação contra corrupção do país, desde março de 2014.[61][62] Em uma atuação incomum para o padrão da Justiça do país, Moro conduziu os processos em ritmo acelerado.[63] A operação ficou conhecida por combater a corrupção no Brasil,[64][65] com 175 prisões de empresários, políticos, lobistas e doleiros.[66][67] Além das prisões, até 19 de dezembro de 2016, houve 120 condenações, com pena total de 1 257 anos, dois meses e um dia de pena.[67] Em 5 de novembro de 2016, Moro deu sua primeira entrevista pública como juiz da referente operação, na qual defendeu a limitação do foro privilegiado, sugerindo que poderia ser limitada aos presidentes dos três poderes.[68] Em 12 de abril de 2017, seguiu a mesma decisão do Supremo Tribunal Federal e retirou o sigilo das delações da Odebrecht que citam pessoas que não possuem foro privilegiado.[69][70]
As decisões de Moro sobre prisões preventivas e provisórias suscitaram polêmicas,[71][72][73][74][75] porém elas têm sido quase totalmente confirmadas por todas as instâncias superiores do judiciário, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) ao Supremo Tribunal Federal.[63][73][76] Segundo a força-tarefa da Lava Jato, desde o começo da operação em 2014 até outubro de 2016, dos 453 recursos das defesas em instâncias superiores, apenas 22 deles tiveram decisões favoráveis às defesas, isto é, 95,2% das decisões de Sérgio Moro foram mantidas.[77]
Com relação a reformas de sentenças por julgamentos de apelações criminais em instâncias superiores, as condenações de Moro têm sido reformadas parcial ou integralmente, como é natural que aconteçam em julgamentos colegiados.[78][79][80] Até 18 de dezembro de 2016, a 8ª Turma do TRF-4 julgou sete apelações envolvendo 28 condenados por Moro em primeira instância — três destas apelações já transitaram em julgado no tribunal.[81] As penas de nove deles foram aumentadas no total de 78 anos e sete meses. Por outro lado, quatro réus tiveram a pena reduzida e outros quatro foram absolvidos - juntos, a diminuição das penas foi de 34 anos. Os 11 condenados restantes tiveram as penas mantidas. Em outras palavras, o TRF-4 ratificou ou subiu a pena de 71% dos condenados por Moro.[82][83]
Ministro da Justiça
Ver artigos principais: Governo Jair Bolsonaro e Ministério da Justiça e Segurança Pública
Nas eleições de 2018, seu nome passou a ser cotado para ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ou de ministro da Justiça. O presidenciável Álvaro Dias declarou que o nomearia ao Ministério da Justiça se eleito.[84][85][86] O então candidato Jair Bolsonaro declarou em várias oportunidades que nomearia Moro ao STF ou ao Ministério da Justiça. Logo que eleito, confirmou essa possibilidade em rede nacional.[87][88] Em 1º de novembro, Moro, após encontrar-se com Bolsonaro na casa do presidente eleito, aceitou seu convite para comandar o Ministério da Justiça, sendo o quinto ministro anunciado por Bolsonaro para compor seu futuro governo.[20][89]
Para ocupar o ministério, parte do poder Executivo e subordinado ao presidente da República, Moro pediu exoneração do cargo de juiz federal, devido à impossibilidade de magistrados em atividade exercerem cargos políticos, vedação prevista na Lei Orgânica da Magistratura Nacional.[9][90][91] Em seguida a sua exoneração do Poder Judiciário, Moro foi nomeado pelo ministro Onyx Lorenzonipara a função de Coordenador do Grupo Técnico de Justiça, Segurança e Combate à Corrupção do Gabinete de Transição Governamental.[21] A Associação dos Magistrados Brasileiros elogiou a escolha de Sergio Moro para o Ministério.[92] Por outro lado, a decisão gerou reação adversa da imprensa internacional porque Moro havia condenado Luiz Inácio Lula da Silva, um dos principais adversários políticos de Bolsonaro, por lavagem de dinheiro e corrupção.[93]
O Ministério da Justiça projetado pelo presidente e oferecido a Moro acumula as funções do Ministério da Segurança Pública criado por Michel Temer.[94] O ministério também incorporou responsabilidades do Ministério do Trabalho, que foi extinto no governo Bolsonaro, como as competências para a concessão de cartas sindicais e fiscalização de condições de trabalho.[2]
Em 24 de abril de 2020, Moro pediu demissão do ministério após intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal, alegando que o presidente não cumpriu com as promessas estabelecidas na ocasião do convite para ocupar o cargo no governo. Moro alegou que "o problema é a violação de uma promessa quem me foi feita, de carta branca. Em segundo lugar, mostraria uma interferência política na PF, o que gera um abalo na credibilidade, não só minha, mas também do governo".[95][96] Mais tarde, no mesmo dia, Moro entregou provas do que havia dito em suas declarações para o Jornal Nacional da Rede Globo que consistiam de imagens de conversas que ele trocou com Jair Bolsonaro no aplicativo WhatsApp.[97]
Em 2 de maio de 2020, em depoimento a Policia Federal,[98] o ex-ministro Moro fez menção a uma reunião ministerial realizada dia 22 de abril de 2020 para acusar o Presidente Jair Bolsonaro de interferência na Policia Federal. O vídeo da reunião foi anexo ao inquérito aberto pelo STF para apurações, e em 22 de maio de 2020 foi autorizada a divulgação do mesmo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello.[99] O vídeo mostra que Moro é supostamente ameaçado de demissão por Jair Bolsonaro durante a reunião.[100]
Redução dos índices de violência
Durante sua gestão como Ministro da Justiça, o Brasil teve uma queda de 19 por cento no número de vítimas de crimes violentos em 2019 em comparação com o ano de 2018, sendo o melhor índice da série histórica, para um período trimestral.[101] Já para o período de seis meses, o indíce reduziu ainda mais, registrando uma queda de 22 por cento nas mortes violentas no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2018. A região Nordeste é a que tem a maior diminuição.[102][103] Para outros índices de violência, como roubos, também houve uma redução significativa. Nos três primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, os índices chegaram a cair 41 por cento no caso de roubo a instituições financeiras e 38 por cento nos registros de roubo de carga. Houve, ainda, queda de 30 por cento do roubo de veículos; 23 por cento no roubo seguido de morte; 23 por cento de latrocínio (roubo seguido de morte); 22 por cento nas taxas de homicídio doloso; 12 por cento no furto de veículos; 11 por cento em tentativas de homicídio e cinco por cento de diminuição nos registros de estupro.[104] Segundo notícia do ClicRBS, em 2019, "queda no número de homicídios é a maior da década" no Rio Grande do Sul. Segundo matéria do Notícias Santa Catarina "Santa Catarina tem redução recorde nos casos de homicídio em 2019", no período entre janeiro e início de abril.[105]
Recorde na apreensão de drogas
Durante a gestão de Moro como Ministro da Justiça, as apreensões de cocaína pela Receite Federal bateram recorde em 2019 e somaram 47,1 toneladas de janeiro a outubro. O resultado supera em quase 50 por cento as 31,5 toneladas apreendidas em todo o ano de 2018. O porto que mais registrou apreensões em 2019 foi o de Santos, com 18,9 toneladas. Em seguida vêm os portos de Paranaguá, com 13,5 toneladas; de Natal, com 4,4 toneladas, e de Itajaí, com 3,7 toneladas. De acordo com a Receita, a maior parte da droga foi identificada em cargas que seriam exportadas para a Europa e a África.[106] No Paraná, em 2019, a apreensão foi a maior da história, desde que passou a ser contabilizado, em 2010.[107] No ano seguinte, ainda durante a gestão do ministro, a Receita Federal apreendeu 15,4 toneladas de cocaína no primeiro trimestre de 2020. A quantidade é 20 por cento maior do que a registrada entre janeiro e março de 2019, e é o maior resultado já apurado pelo órgão nos três primeiros meses de um ano.[108] No dia 22 de abril de 2020, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez uma apreensão recorde, e apreendeu uma tonelada de maconha que era transportada em uma caminhonete roubada pela região de Irati,[109] operação essa elogiada pelo Sérgio Moro.[110]
Posições
Em setembro de 2015, Moro disse que o Judiciário precisava punir mais rápido e que o sistema penal brasileiro é "muito moroso”, defendendo que réus sejam presos logo depois de decisões condenatórias em segunda instância.[111]
Em agosto de 2016, em uma audiência na Câmara dos Deputados, Moro defendeu o fim do foro privilegiado que garante a autoridades julgamento em tribunais superiores. Na visão do magistrado, esse princípio "fere a ideia básica da democracia de que todos devem ser tratados como iguais."[112][113]
Em outubro de 2016, Moro posicionou-se contra o projeto de lei sobre abuso de autoridade.[114] Segundo ele, era preciso criar salvaguardas para deixar claro que a norma não pode punir juízes pela forma como interpretam as leis em suas decisões.[115]
Em novembro de 2016, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Moro disse apoiar as 10 Medidas contra corrupção, um projeto de autoria do Ministério Público Federal (MPF) no combate à corrupção, além de defender a restrição do foro privilegiado.[116]
Em 2017, se posicionou sobre a questão da imparcialidade judicial afirmando: "Os questionamentos sobre a imparcialidade deste julgador constituem mero diversionismo e, embora sejam compreensíveis como estratégia da Defesa, não deixam de ser lamentáveis já que não encontram qualquer base fática e também não têm base em argumentos minimamente consistentes".[117] A imparcialidade de Moro foi defendida pela Procuradoria-Geral da República e pelo ministro Felix Fischer.[118] O subprocurador-geral da República Nívio de Freitas Silva Filho[119] e a procuradora-geral Raquel Dodge deram parecer de que "Moro se manteve imparcial durante toda a marcha processual".[120]
Em 2018 voltou a defender a prisão em segunda instância como um instrumento legal contra a impunidade, e que mudar este entendimento seria um "desastre".[121]
Moro declara que acredita na liberdade de expressão e na de imprensa. Ele declarou, em 5 de maio de 2019, que “o debate de assuntos públicos deve ser sem inibições, robusto, amplo e pode incluir ataques veementes, cáusticos e algumas vezes desagradáveis ao Governo e às autoridades governamentais.”[122] Ele diz que "A resposta às críticas injustas da imprensa ou das redes sociais não pode jamais ser a censura ou o controle da palavra", e recomenda: "Deve ser o aprofundamento do debate, o livre intercâmbio da ideias. O esclarecimento e não o silêncio".[123] Ele ressalta que "..., tal liberdade não abrange ameaças. Não significa também que concordo com excessos ou ofensas a quem quer que seja, mas apenas que, para essas, não acredito que o remédio seja a censura."[124] Entretanto, em setembro de 2019, ele proibiu a entrada de jornalistas com celulares, gravadores e câmeras de filmagem em evento do qual foi um dos palestrantes.[125]
Em 2 de abril de 2020, durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, Moro defendeu o isolamento social como medida para combater o avanço do novo coronavírus no país. "Medidas de isolamento e quarentena devem ser aplicadas (...) É importante seguir as regras de isolamento, mas também é importante manter a calma. Vamos todos nós, juntos, sair bem disso. Vai sair até um país mais solidário e mais forte", disse Moro em entrevista a Rádio Gaúcha.[126] Ainda durante a entrevista, Moro disse do trabalho nos presídios em meio à pandemia e afirmou: "A prioridade agora é o coronavírus, proteção de agentes penitenciários e próprios presos". No entanto, Sérgio Moro se opõe ao uso em massa de habeas corpus para soltura de presos perigosos,[127] igualmente defendido pelo ministro do STF Luiz Fux.[128][129][130]
Reconhecimento
Popular
Em 2016, foi o principal personagem nos protestos antigovernamentais que aconteceram em 13 de março.[131] De acordo com um levantamento do Paraná Pesquisas, em julho de 2016, em eventual disputa entre Lula e Moro, 57,9% dos participantes disseram que votariam no juiz federal, contra 21,3% do petista.[132] Em nova consulta do Instituto Paraná Pesquisas, em agosto de 2016, 54% dos entrevistados disseram que votariam em Moro caso fosse candidato à Presidência da República.[133] Seguindo as pesquisas de 2016, em 2020 em uma pesquisa realizada pela consultoria política Atlas Político que excluiu eleitores sem acesso a internet,[134] Moro aparece com 54% das intenções de votos em um cenário onde Lula não aparece.[135]
Internacional
No mesmo mês, a Fortune considerou-o o 13º maior líder mundial. A lista tinha cinquenta nomes e Moro era o único brasileiro.[16] Em abril de 2016, a revista Time o considerou uma das cem pessoas mais influentes do mundo,[136] sendo o único brasileiro na lista.[137]Em setembro de 2016 a Bloomberg o considerou o 10º líder mais influente do mundo.[138]
Em 15 de maio de 2018, recebeu o prêmio de "Pessoa do Ano" em Nova Iorque, Estados Unidos. O prêmio foi entregue pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. A honraria é concedida todos os anos, desde 1970, a uma personalidade brasileira e uma americana.[139][140][141]
Em junho de 2018, foi homenageado na quarta edição do Brasil Mônaco Project, festa anual organizada em Mônaco por Luciana de Montigny, da qual a renda é revertida para projetos sociais. Em discurso, Moro agradeceu às autoridades do país pela cooperação internacional com as investigações da Lava Jato.[142]
Em dezembro de 2019, foi eleito uma eleito pelo jornal britânico Financial Times como uma das cinquenta personalidades mundiais que moldaram os anos 2010, sendo o único brasileiro da lista.[143]
Jurídico
Em 2014, a Associação dos Juízes Federais do Brasil sugeriu Moro para ser indicado à vaga aberta pela aposentadoria de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal.[144] Porém, em 2015, Edson Fachin preencheu a vaga.[145]
Em 2015 o Tribunal do Trabalho da Paraíba condecorou-o com a Medalha de Honra ao Mérito, concedida a juristas que se destacam no Direito do Trabalho ou que prestaram relevantes serviços à Justiça do Trabalho.[146]
Também em 2015, o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná concedeu-lhe a Ordem das Araucárias.[147] e a Ordem do Mérito Cívico,concedida pela Liga de Defesa Nacional,[148] mas recusou a Medalha do Mérito Legislativo oferecida pela Câmara dos Deputados em Brasília, alegando que não se sentiria confortável uma vez que alguns parlamentares federais haviam sido denunciados na Lava Jato.[149]
Em março de 2017, a Justiça militar da União, durante a comemoração de seus 209 anos, o condecorou com o grau de Distinção da Ordem do Mérito Judiciário Militar.[150]
Prêmios e honrarias
- Em 2014, a revista Isto É elegeu-o "Brasileiro do Ano", e a Época, um dos cem mais influentes do Brasil.[6][151] Na décima segunda edição do Prêmio Faz Diferença do jornal O Globo, foi eleito a Personalidade do Ano de 2014 por seu trabalho frente às investigações da Lava Jato.[152]
- Em junho de 2016, a Confederação Maçônica do Brasil conferiu-lhe a Comenda no Grau de Grã-Cruz.[153] Em agosto o Exército brasileiro conferiu-lhe sua maior honraria, a Medalha do Pacificador, em reconhecimento a "relevantes serviços prestados ao país."[154] Em dezembro a revista Isto É o escolheu um dos Brasileiros do Ano, na categoria Justiça.[155] Em abril de 2017, recebeu o grau de Oficial da Ordem do Mérito Militar em cerimônia comemorativa do Dia do Exército.[156]
- Em outubro de 2017, foi premiado pela Universidade de Notre Dame pela dedicação exemplar aos ideais pela qual a Universidade preza desde 1992, segundo afirmou a própria instituição americana.[157] A mesma universidade lhe concedeu em maio de 2018 o título de Doutor em Leis Honoris Causa "por ser um exemplo claro de alguém que vive os valores e que luta pela justiça sem medo ou favor".[158]
- Em 30 de abril de 2019, recebeu do presidente Jair Bolsonaro a Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, conforme publicado em edição extra do Diário Oficial da União.[159]
- Em 11 de junho de 2019, Jair Bolsonaro também o condecorou com a medalha da Ordem do Mérito Naval, durante cerimônia alusiva à Batalha Naval do Riachuelo, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, localizado às margens do Lago Paranoá.[160]
- Em 12 de junho de 2019, a Medalha Tiradentes foi concedida ao ex-juiz pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A maior condecoração do estado foi aprovada por 27 votos favoráveis e 6 contrários.[161]
- Em 28 de junho de 2019, recebeu a honraria máxima do estado de São Paulo: a Medalha da Ordem do Ipiranga, no grau Grã-Cruz, durante cerimônia com o governador João Dória.[162]
Controvérsias
Ver artigo principal: Controvérsias envolvendo a Operação Lava Jato
Divulgação de dados sigilosos
Os críticos de Moro o acusam de conduzir a Operação Lava Jato com decisões controversas,[72][163] como algumas relacionadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que divulgou os áudios de grampos telefônicos da Polícia Federal que interceptaram conversas da então presidente Dilma Rousseff com Lula.[164][165] O grampo nos diálogos telefônicos entre Dilma Rousseff e Lula não tinham autorização legal. As gravações foram feitas após o próprio Moro pedir a interrupção dos grampos, ou seja, fora do período permitido.[166] Moro pediu desculpas ao STF, dizendo que a divulgação não teve motivação político-partidária e que "não havia reparado antes no ponto", mas que não via relevância naquilo.[167] Entretanto, a corregedora do Conselho Nacional de Justiçaarquivou oito representações, de um total de quatorze,[168] e a Procuradoria Geral da República, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), considerou as gravações legais.[169]
Em abril de 2016, o ministro do STF Marco Aurélio Mello criticou a divulgação dos áudios de grampos da Lava Jato que envolveram o ex-presidente Lula e Dilma Rousseff, dizendo que "são condenáveis a todos os títulos" e que "Temos lei que impõe sigilo".[170][171] Em meados de junho, o ministro do STF Teori Zavascki invalidou parte das gravações em que Dilma avisa Lula que está mandando o termo de posse como ministro, e enviou para Moro os processos envolvendo Lula.[172] Em julho, o então presidente do STF, Ricardo Lewandowski determinou que os grampos permaneçam preservados sob guarda do juiz federal Sérgio Moro e indeferiu pedido liminar da defesa do ex-presidente Lula para que as gravações de conversas entre ele e autoridades com foro no STF não sejam utilizadas nas investigações e em eventual ação penal perante a 13.ª Vara Federal de Curitiba.[173]
No dia 1 de outubro de 2018, a menos de uma semana do primeiro turno das eleições, o então juiz Sérgio Moro retirou o sigilo da delação premiada de Antonio Palocci. O depoimento havia sido tomado em abril, mas Moro só teve acesso a ele em junho, depois que a delação foi homologada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. No despacho, Moro justificou a atitude tendo em vista a “ampla defesa dos coacusados” — embora a defesa de nenhum dos acusados tivesse solicitado o depoimento como parte do processo. O colunista Elio Gaspari escreveu sobre a decisão: "Foi uma ofensa à neutralidade da Justiça, porque o juiz Sergio Moro deu o tiro a seis dias do primeiro turno da eleição presidencial".[174][175][176]
Acusações de desvio de conduta
Em dezembro de 2017, em depoimento dado durante a CPI da JBS, o advogado Rodrigo Tacla Duran, acusado de ser operador de propinas da Odebrecht no exterior, alegou ter recebido oferta de benefícios indevidos por parte de Carlos Zucolotto Júnior, advogado e ex-sócio da esposa de Moro e também padrinho de casamento do casal. Duran chegou a ter um mandado de prisão preventiva expedido contra si, mas refugiou-se na Espanha e não foi detido. De acordo com Tacla Duran, a oferta de Zucolotto incluía a redução da multa e garantia de prisão domiciliar, mediante pagamento ilegal de cinco milhões de reais. Por fim, afirmou que a força tarefa fazia uso de documentos adulterados e falsificados, apontando supostas incongruências de nomes e datas. Em resposta, Moro negou veementemente as acusações e afirmou ser "lamentável que a palavra de um foragido da justiça brasileira seja utilizada para levantar suspeitas infundadas."[177][178]
No dia 14 de junho de 2018, o STF proibiu a utilização de conduções coercitivas para levar réus a interrogatório policial ou judicial sem prévia intimação e sem a presença de advogado. Na época, o instrumento já tinha sido utilizado 227 vezes pela força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba.[179] Em 8 de julho de 2018, o desembargador plantonista Rogério Favreto do TRF-4, em sede de habeas corpus, mandou soltar o ex-presidente Lula. Moro despachou no processo e decidiu consultar o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, antes de autorizar a soltura do preso, o que desencadeou uma batalha de decisões judiciais.[180] O relator da ação penal que levou Lula a prisão, o desembargador João Pedro Gebran Neto, no próprio domingo reverteu a decisão de Favreto. Diante das decisões conflitantes, o presidente Thompson Flores então decidiu pela validade da decisão do relator em desfavor do habeas corpus. Em 10 de julho, a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, negou novo pedido de liberdade ao ex-presidente e criticou Favreto, elogiando Moro por ter consultado Thompson.[181] Moro foi acusado por advogados de violar o Código de Ética da Magistratura por quebra da hierarquia jurídica, além de estar em período de férias.[182][183] O despacho de Moro recebeu críticas do ministro do STF Marco Aurélio de Mello.[184] Em 10 de dezembro de 2018, o corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), arquivou pedido de providências instaurado contra Moro e os desembargadores do TRF4 Rogério Favreto, João Pedro Gebran Neto e Thompson Flores, por considerar a inexistência de desvio de conduta dos magistrados investigados.[185][186]
Envolvimento político
Em dezembro de 2016, fotos de Moro com Aécio Neves tiveram grande divulgação nas redes sociais.[187][188] A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluiu as fotos para reforçar a tese de suspeição contra Moro.[189]
Em maio de 2018, durante viagem em Nova Iorque, onde fez palestra num evento do Grupo Lide, que pertence à família de João Doria, Moro tirou foto com sua esposa e a esposa de Dória num jantar oferecido pela Câmara de Comércio, tornando-se alvo de críticas.[190] Moro respondeu às críticas: "Estou num evento social e tiro uma foto, isso não significa nada. É uma bobagem isso."[191]A defesa de Lula pediu o afastamento de Moro de dois processos da Lava Jato em função da foto, o que o TRF-4 rejeitou.[192]
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de nomear o ex-juiz para o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública provocou reação negativa da imprensa internacional, pois ele havia condenado Lula, o principal adversário do presidente na eleição, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.[93]
A Associação dos Magistrados Brasileiros elogiou a escolha do ex-magistrado para ocupar a pasta.[92] Moro é responsável por ter emplacado 18 ligados à Operação Lava Jato para exercer cargos de confiança vinculados a sua pasta no governo Jair Bolsonaro.[193]
Vazamento de conversas pelo The Intercept
Ver artigo principal: Vaza Jato
Em junho de 2019, o periódico virtual The Intercept publicou matéria com vazamento, de fonte anônima, de conversas no aplicativo Telegram na qual orientava a promotoria, sugerindo modificação nas fases da operação Lava Jato. Também mostram cobrança de agilidade em novas operações, conselhos estratégicos, e antecipação de pelo menos uma decisão.[194]
Moro teria ainda fornecido pistas informais e sugestões de recursos ao Ministério Público. Segundo juristas, tal prática viola o código de ética da magistratura e a Constituição brasileira, por desrespeitar os princípios da imparcialidade, independência e equidistância entre defesa e acusação.[195]
As transcrições demonstrariam ainda que a promotoria teria receio da fragilidade das acusações feitas contra o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e que teria buscado combinar previamente elementos do caso.[195][196] Moro não reconheceu a autenticidade das mensagens.[197]
Após os vazamentos, Sérgio Moro disse no Twitter que o Intercept é um "site aliado a hackers criminosos". A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou uma nota de repúdio dizendo que é "uma manifestação preocupante de um ministro que já deu diversas declarações públicas de respeito ao papel da imprensa e à liberdade de expressão. (…) [Sérgio Moro] erra ao insinuar que um veículo é cúmplice de crime ao divulgar informações de interesse público."[198]
Publicações
Livros
- Crime de Lavagem de Dinheiro. Editora Saraiva, 2010 ISBN 978-85-0209139-9.
- Jurisdição Constitucional Como Democracia. Editora Revista dos Tribunais, 2004 ISBN 85-2032529-7.
- Legislação Suspeita? Afastamento de Presunção de Constitucionalidade da Lei. Editora Juruá, 2003, 2ª ed ISBN 85-0362564-4
- Desenvolvimento e Efetivação Judicial das Normas Constitucionais. Editora Max Limonad, 2001. ISBN 85-8630079-9
- BALTAZAR JÚNIOR, José Paulo; MORO, Sérgio Fernando (Org.). Lavagem de Dinheiro – comentários à lei pelos juízes das varas especializadas em homenagem ao Ministro Gilson Dipp. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007. 199 p.
Dissertação e tese
- MORO, Sérgio Fernando (2002). Jurisdição constitucional como democracia (PDF) (Tese de doutorado)
- MORO, Sérgio Fernando (2000). Desenvolvimento e efetivação judicial das normas constitucionais (PDF) (Dissertação de mestrado)
Artigos de periódicos
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Capítulos de livros publicados
- MORO, S. F.. ‘Considerações sobre a Mani Pulite’. In: BARBACETTO, Gianni; TRAVAGLIO, Marco; GOMEZ, Peter. Operação Mãos Limpas: A verdade sobre a operação italiana que inspirou a Lava jato. Porto Alegre: CIX, 2016, p. 874 e ss.;
- ____. Arts. 203 e 204. In: Gilmar Ferreira Mendes; Ingo Wolfgang Sarlet; J. J. Gomes Canotilho; Lenio Luiz Streck. (Org.). Comentários à Constituição do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Saraiva/Almedina, 2013, v. 1, p. 1953-1964.
- ____. Direitos fundamentais contra o crime. In: Clèmerson Merlin Clève. (Org.). Direito Constitucional Brasileiro: Teoria da Constituição e Direitos Fundamentais. 1ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014, v. 1, p. 559-581.
- ____. ‘Prisão na fase de recursos’. In: BASTOS, Marcelo Lessa; AMORIM, Pierre Souto Maior Coutinho de (org.). Tributo a Afrânio Silva Jardim: Escritos e estudos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 561-592;
- ____. ‘Cooperação jurídica internacional em casos criminais: considerações gerais’. In: BALTAZAR Jr., José Paulo; LIMA, Luciano Flores de (org.). Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2010. p. 15-58;
- ____. Sobre o elemento subjetivo no crime de lavagem. In: BALTAZAR JUNIOR, José Paulo; MORO, Sergio Fernando. (Org.). Lavagem de dinheiro: Comentários à lei pelos juízes das varas especializadas em homenagem ao Ministro Gilson Dipp. 1ed.Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2007, v. , p. 91-111;
- ____. O processo penal no crime de lavagem. In: BALTAZAR JUNIOR, José Paulo; MORO, Sergio Fernando. (Org.). Lavagem de dinheiro: Comentários à lei pelos juízes das varas especializadas em homenagem ao Ministro Gilson Dipp. 1ed.Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007, v. , p. 113-129;
- ____. ‘O judiciário e os direitos sociais fundamentais’. In ROCHA, Daniel Machado; SAVARIS, José Antônio (Coords). Curso de Especialização em Direito Previdenciário, v. 1, Curitiba: Juruá, 2006, p. 269-293;
- ____. Justiça criminal em risco. In: CEJ/Conselho da Justiça Federal. (Org.). Propostas para um novo modelo de persecução criminal: Combate à impunidade. 1ª ed. Brasília: Centro de Estudos Judiciários, 2005, v. 25, p. 179-192;
- ____. ‘Questões controvertidas sobre o benefício da assistência social’. In: ROCHA, Daniel Machado (org.). Temas Atuais de Previdência e Assistência Social. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003, p. 143-160;
Tradução
- TROTT, Stephen S. O uso de um criminoso como testemunha: um problema especial. Tradução: Sérgio Fernando Moro. Revista CEJ, Brasília, ano XI, n. 37, p. 68-93, abr.-jun. de 2007.
Ver também
- Corrupção no Brasil
- Lista de operações da Polícia Federal do Brasil
- Poder Judiciário do Brasil
- Prisão de Luiz Inácio Lula da Silva
- Lista de pessoas envolvidas na Operação Lava Jato
Referências
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