OQUE É A MATRIX?








19/03/2018




O que não percebemos (ou não queremos perceber), mais uma vez, é que a Matrix, a nossa sociedade consumista, cria um exército de servos voluntários, que aceita os grilhões impostos pelos dominantes através da publicidade, como se fossem soluções mágicas de felicidade. 

Tomando suas pílulas azuis todos os dias, distanciam-se de si mesmos e, portanto, do autoconhecimento, tão necessário à libertação, já que, como dito, a libertação é individual e se o indivíduo não busca autoconhecer-se a fim de pensar de forma crítica o mundo que o circunda, torna-se impossível enxergar a Matrix.
A decisão entre sair ou permanecer na caverna é difícil desde Platão. Entretanto, a coragem é o que separa as almas livres dos meros autômatos que nos tornamos. A coragem é que faz um homem decidir tomar a pílula vermelha e livrar-se das amarras que tornam o mundo mais “bonito”. 

A coragem é que faz o homem manter-se erguido percebendo a decadência da humanidade fora da hiper-realidade. A coragem é o que permite que alguns homens lutem pela liberdade daqueles que se acham livres por poderem escolher entre o Bob’s e o McDonald’s. 

A coragem é o que falta para aqueles que insistem em continuar em dobrar a colher e não percebem que são eles que se dobram, pois como disse Goethe:
"Não existe pior escravo do que aquele que falsamente acredita estar livre."





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ATUALIZAÇÃO EM 2019 A 2030;  

'Matrix' chega aos 20 anos de lançamento como um dos mais estudados da ficção-científica 23/03/2019 - 06h00


Marco Aurélio Birchal, professor de Engenharia de Controle e Automação, vê como exagero a ideia de o homem ser escravizado por máquinas.

A esta altura, exatos 20 anos após o lançamento de “Matrix”, todo mundo já conhece o efeito “bullet time” (aquele em que acompanhamos em câmera lenta, de vários ângulos, o movimento de pessoas e objetos), usado agora à exaustão no cinema. Ele está longe, no entanto, de ser um dos principais legados do filme, hoje um clássico moderno da ficção-científica.

Ao mostrar a história de um Escolhido (Neo, interpretado por Keanu Reeves) para livrar a humanidade da opressão das máquinas, num futuro próximo, a obra dos irmãos Wachowski tornou-se um dos filmes mais estudados dos últimos anos, tema de aulas e conferências em áreas como Filosofia, Sociologia, Psicologia e Engenharia da Computação.

“Matrix” teve a primeira exibição em 24 de março de 1999, em Westwood, nos Estados Unidos. No Brasil, só chegou em 21 de maio do mesmo ano. O sucesso desta ficção-científica garantiu duas continuações, “Matrix Reloaded” e “Matrix Revolutions”, ambos lançadas em 2003

Para Juri Castelfranchi, professor de Sociologia de Ciência da Tecnologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o filme está mais atual do que nunca.

 “Especialmente entre os transhumanistas, que acreditam que, daqui a pouco, será possível fazer upload de nossas consciências nas redes, desistindo do corpo para ter uma consciência pura na internet atual”, constata.

Quatro questões

Castelfranchi brinca que a riqueza de discussão do filme é tão grande que daria para fazer um “congresso internacional de uma semana inteira”. Mas elege, entre os preferidos, quatro tópicos, dois ligados à Filosofia, um à Antropologia e outro à Sociologia. Começando por este último, ele chama a atenção para a questão do medo de virarmos escravos das máquinas.

“Na ficção-científica, intui-se muitas coisas que são nossos dilemas de hoje. Falam do aqui e do agora, a partir do que somos agora. Um problema que a sociedade não consegue gerir é o medo de que aqueles que seriam nossos escravos consigam ficar mais fortes e se libertar. O que ‘Matrix’ está dizendo é ‘cuidado ao construir algo ao qual tudo se delega’”, analisa.

Do lado da Antropologia, o ponto a ser levantado é: o que faz o ser humano ser humano? “Você precisa ter a consciência humana e um corpo humano. Nos filmes de terror, vemos muitos corpos sem consciência, como zumbis. No caso da inteligência artificial, são consciências humanas sem corpos e isso dá um medo danado na gente”.

Na luta que os humanos do filme promovem contra as máquinas, surge uma questão filosófica: até que ponto nossa felicidade está ligada ao corpo? Em “Matrix”, salienta Castelfranchi, a mente independe do corpo. “Se focarmos na inteligência, usando a emoção e o raciocínio, certamente seremos melhores do que as máquinas”, registra.

Por fim, o longa exibe uma discussão, também filosófica, sobre os objetos, se são eles meros instrumentos, nem do bem nem do mal. “Não é bem assim. As máquinas compram a nossa maneira de ver o mundo, refletindo relações de poder. Elas tendem a fortalecer quem está no poder”, pondera o professor.

Filme faz referências a equipamentos de rede de computadores

Especialista em Engenharia de Controle e Automa-ção , professor universitário que dá aulas sobre o tema, Marco Aurélio Birchal enxerga uma relação direta entre os personagens de “Matrix” e os equipamentos de rede de computadores.

“Personagens como Mouse e Switch carregam nomes de equipamentos. Até Morpheus, que é o nome de um software. O Oráculo, a quem Neo procura para saber se é o Escolhido, faz alusão justamente a um banco de dados muito importante e famoso”, observa.

De acordo com Birchal, há relações diretas entre os eventos da computação e situações usadas na narrativa, como o déjà vu (sensação de ter já presenciado determinado acontecimento) e o looping (repetição automática de uma ocorrência), mostrando que, “de fato, a trama ocorre dentro de um computador”.

“Quando vão em busca do Chaveiro, para abrirem certas portas, trata-se de uma referência às chaves de criptografia, de segurança de rede”, explica o professor, que vê como exagero a ideia de o homem ser escravizado pelas máquinas.

"(O cientista Albert) Einstein falava que qualquer tecnologia muito avançada parece algo meio mágico. Quando a gente não tem um entendimento da tecnologia, passa a adotar essa visão pessimista. De modo geral, a máquina está aí para auxiliar o homem, uma grande ferramenta para estender a capacidade humana”, analisa.

Para ele, o virtual nada mais é do que uma extensão do físico, que é limitante. Birchal cita como exemplo os óculos de realidade virtual, que transferem o seu usuário para outra realidade.

“Muito da discussão, especialmente no campo da sociologia, é sobre o medo de a tecnologia tomar nossos empregos. Isso não vai acontecer. De fato, um robô irá substituir o homem em situações insalubres e repetitivas que nada acrescentarão à pessoa. Na verdade, ele está dando uma condição melhor ao ser humano”, afirma.

Keanu Reeves interpreta Neo, o Escolhido para salvar a humanidade das máquinas
FONTE;http://obviousmag.org/genialmente_louco/2016/o-que-e-a-matrix-a-sociedade-de-consumo-por-marx-e-baudrillard.html#ixzz5OeTF6iwt

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/03/simulacao-de-computador-sim-voce-pode-estar-vivendo-na-matrix.html

http://obviousmag.org/genialmente_louco/2016/o-que-e-a-matrix-a-sociedade-de-consumo-por-marx-e-baudrillard.html#ixzz5OeTF6iwt

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/03/simulacao-de-computador-sim-voce-pode-estar-vivendo-na-matrix.html


https://www.hojeemdia.com.br/almanaque/matrix-chega-aos-20-anos-de-lançamento-como-um-dos-mais-estudados-da-ficção-científica-1.702743

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