GEORGE SOROS ODEIA TRUMP E O BITCOIN. POR QUÊ 2018?
Em seu recente discurso em Davos 2018, o infame bilionário George Soros criticou Donald Trump e o Bitcoin. Talvez, ele odeie os dois porque o Bitcoin é o “Donald Trump das moedas”.
Embora o Fórum Econômico Mundial anual em Davos seja quase universalmente considerado um snoozefest para a elite rica do mundo, ele tem alguma utilidade pública. Por exemplo, é útil saber quais tendências e quais pessoas são consideradas perigosas pela elite financeira e política global.Surpreendentemente, os globalistas que se reúnem em Davos são muitas vezes francos sobre seus medos e seu ódio contra os políticos, que se recusam a implementar sua agenda política e econômica. George Soros, cujo nome é sinônimo de globalismo, falou longamente sobre seus gostos, desgostos e medos. Vamos dar uma olhada dentro da mente do influente oligarca americano.
Sem surpresa, Soros realmente não gosta de Donald Trump e quer vê-lo sair do Oval Office. O oligarca húngaro é inteligente o suficiente para esconder suas razões por trás de uma máscara humanitária. “Considero a administração Trump como um perigo para o mundo”, disse o bilionário em um discurso em Davos, citado pela Bloomberg. Ele também insinuou um possível impeachment de Trump quando ele disse: “Mas eu considero isso como um fenômeno puramente temporário que desaparecerá em 2020, ou mesmo mais cedo”.
Existe um adágio frequentemente citado: “Quando os fatos mudam, eu mudo de idéia”. Este dito é atribuído a John Maynard Keynes, o pai do keynesianismo, indiscutivelmente a teoria econômica mais influente do século ХХ, então George Soros deve estar familiarizado com isso.
No entanto, parece que nenhuma quantidade de fatos pode convencer o investidor bilionário e ativista político de que sua atitude desdenhosa em relação a Trump está errada. Alguém que ganhou a corrida presidencial dos EUA, apesar dos melhores esforços do establishment político americano, não pode ser considerado um “fenômeno temporário”, porque ele claramente não o é. Trump não é uma ameaça maior para o mundo, se comparado com qualquer outro político dos EUA, que correu para a presidência em 2016, mas ele claramente é um perigo para a elite globalista, por isso o Sr. Soros expressa suas preocupações e raiva.
Há três políticos liderados continuamente por Soros e organizações financiadas por Soros: o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, o presidente russo Vladimir Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump. O que esses três políticos têm em comum? Todos eles são disruptores do status quo. Todos eles são populistas, no sentido de que eles tentam atender aos ideais e interesses das pessoas comuns e não à elite financeira global.
Todos priorizam os interesses de seus estados e nações, e nenhum deles apoia a visão de um mundo globalizado governado centralmente com fronteiras nominais ou inexistentes. As autoridades russas e húngaras derrubaram as organizações políticas apoiadas por Soros de seus respectivos países, citando acusações de intromissão política. Em sua recente entrevista para The Financial Times, o bilionário basicamente admitiu que ele apoiou pelo menos um golpe político, o que levou o Sr. Saakashvili ao poder na Geórgia.
Ironicamente, Soros também admite que seu marionete político Saakashvili acabou por ser um político corrupto, uma avaliação sustentada pelo fato de que as autoridades georgianas acusaram Saakashvili de vários cargos de corrupção depois que ele perdeu o poder. Olhando para a Geórgia, um país atormentado pela corrupção e as conseqüências de uma guerra desastrosa, iniciada por Saakashvili, é fácil ver o que teria sido o futuro americano se Trump tivesse perdido para a candidata favorita de Soros, Hillary Clinton.
Em seu discurso de Davos, Soros criticou não só Trump, mas também o Bitcoin, dizendo que o Bitcoin é uma ferramenta financeira usada por ditadores em todo o mundo e que Bitcoin está em uma bolha. “Enquanto você tiverem ditaduras em ascensão, você terá um final diferente, porque os governantes desses países vão se transformar em Bitcoin para construir um ninho no exterior”, disse ele.
Bitcoin pode estar em uma bolha e pode explodir a qualquer momento, mas existem inúmeras outras bolhas financeiras como as ações dos Estados Unidos ou títulos norte-americanos, então por que separar do Bitcoin? Um bom palpite seria que o Bitcoin é “o Donald Trump das monedas”, ou seja, um fenômeno iconoclástico, imprevisto, perturbador e incontrolável, que irrita o estilo de Soros precisamente por sua natureza descentralizada e anti-estabelecimento. O bilionário dos EUA, como todos os globalistas, é uma aberração de controle e não é de admirar que, a partir de todas as bolhas financeiras atuais, ele escolheu atacar o Bitcoin.
É improvável, mas Soros pode ter razão sobre o Bitcoin e ele pode estar certo sobre o fim da presidência de Trump, mas ele está claramente errado em relação às tendências subjacentes que estão moldando a paisagem financeira e política global.
A demanda popular por líderes políticos, responsáveis por sua base e irresponsável com a elite globalista, não vai a lugar nenhum. A demanda popular por uma moeda, que pertence a seus usuários e não a alguma autoridade central não está indo a lugar nenhum. O populismo é muitas vezes descrito como uma filosofia política que apoia os interesses das pessoas em sua luta contra uma elite privilegiada. Criptomoedas, apesar de suas falhas brilhantes, são a expressão financeira desta filosofia.
A era do populismo começou e moldará o futuro da política e do futuro das finanças, mesmo que algumas das experiências populistas em política e finanças falhem miseravelmente. Como Nassim Taleb coloca em relação à Bitcoin: “Pode falhar, mas então será facilmente reinventado, pois agora sabemos como funciona”. O futuro de todas as formas de populismo é brilhante. A filosofia globalista não tem futuro, e não há nada que George Soros possa fazer sobre isso.
FONTE;
Autor: Ivan Danilov
Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
Fonte: Sputnik News
https://dinamicaglobal.wordpress.com/2018/02/02/george-soros-odeia-trump-e-o-bitcoin-por-que/
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