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Engano Fatal - Resumo que fiz deste livro
Prefácio de “O Engano Fatal”.
A maçonaria, quando seguida com sinceridade, é uma busca de iluminação. Qualquer maçom entendido poderá dizer-lhe isto. Todavia, por baixo da superfície desta busca de luz, há muito mais. Esta verdade é poucas vezes compreendida pelo candidato a maçom.
Na verdade a vasta maioria dos que buscam a maçonaria, jamais percebe que existe qualquer coisa mais à sua disposição na maçonaria, além daquilo que vê e ouve nas reuniões de sua loja maçônica (Loja Azul). Essa grande maioria muito naturalmente aceita isso.
A própria riqueza de significado da palavra “luz”, no entanto, deveria dizer-lhes que na luz que buscam deveria haver verdades – respostas à questões profundas. Deve haver revelações do sentido da vida, da morte e das coisas eternas.
Poucos maçons compreendem isto e prosseguem através dos níveis e cargos da maçonaria e dos escritos dos filósofos maçons, numa procura infindável de iluminação – para a satisfação intelectual e espiritual.
Só um pequeno número percebe aquele compromisso extra que vai além das motivações sociais e de negócios. Eles continuam a trabalhar, estudar, buscar e aprender, subindo a montanha do conhecimento maçônico, procurando por essa luz em toda a sua plenitude. Jim Shaw foi alguém assim. Ele não se satisfez com a realização social ou com o conhecimento superficial; ele sentiu o significado mais profundo e verdadeiro dessa luz prometida e buscou-a de todo coração, mente e forças. Sua busca ardente levou-o a ocupar todos os cargos de liderança da sua loja (Loja Azul) e do Rito Escocês, chegando até a Casa do Templo em Washington, D.C., ao “Trigésimo-Terceiro e Último Grau” e à posição de Grande Soberano Inspetor Geral, Templário Comandante da Casa do Templo de Salomão. Ali, no cume da montanha maçônica, ele transpôs finalmente as nuvens e encontrou a plena revelação, o verdadeiro sentido da luz e da vida. Está é a sua história. Venha e faça com ele esta peregrinação até a Verdade.
...
O autor, nos primeiros capítulos, conta sua infância, sua saída de casa cedo para trabalhar, sua ida a guerra(2ª.guerra mundial), seu encontro com sua esposa. Fala sobre quando saiu de casa e recebeu o seguinte conselho de sua mãe:
“Quero que arranje um quarto perto do seu trabalho; e como você está sustentando-se, isso talvez não seja muito difícil. Quero que tente ser homem. Tente ser como seu Tio Irvin (irmão dela); ele é um bom homem e um maçom. Ele vai a igreja e é bom para a sua família. Se você vier a conhecê-lo melhor talvez possa ser também um homem bom e um maçom como ele”.
A seguir conta sobre seu convite para participar de uma Loja, o preparo para iniciação, e o juramento que faria, conforme abaixo:
“O Mestre assegurou-me então que o juramento que eu iria fazer a seguir, de maneira alguma estaria ‘em conflito com opiniões religiosas, políticas ou particulares, fossem quais fossem elas’ e perguntou-me se estava disposto a continuar. Eu não sabia na verdade do que ele estava falando, mas parecia algo seguro e respondi: ‘Estou’.
Fui levado então a jurar, repetindo as palavras do Venerável Mestre, fazendo o juramento de um Aprendiz Maçom. Ele dizia algumas palavras e eu as repetia, não tendo idéia do que estava jurando até que os grupos de palavras adquirissem sentido.
Enquanto o processo continuava, compreendi que estava jurando proteger os segredos da Loja. Depois me ouvi dizendo que estava ‘comprometendo-me a sofrer o castigo de ter a garganta cortada de orelha a orelha, minha língua arrancada pela raiz e enterrada nas areias do mar a uma distância de 231 metros da praia, onde a maré sobe e esvazia duas vezes em vinte e quatro horas, caso alguma vez, voluntária, involuntária, ou ilegalmente violasse o Juramento de Aprendiz, e que Deus me ajudasse e me mantivesse fiel”.
Comecei a perceber o terror do juramento enquanto o repetia, e senti medo e repulsa ao mesmo tempo. Tendo começado, porém, e tendo chegado até ali, fui até o fim. O Mestre então disse-me que para selar o juramento eu deveria beijar a Bíblia que estava diante de mim. Minha mão estava sobre ela e, portanto, eu sabia onde se achava e me inclinei e beijei-a. Eu não sabia que estava na verdade dizendo adeus a Jesus diante de um altar pagão. Não sabia que durante toda minha vida na maçonaria não teria permissão de orar no Seu nome, nem sequer ouvir ou falar seu Nome na Loja, mesmo nas leituras bíblicas. Mas eu não O conhecia então e não teria tido qualquer sentimento de perda naquele momento mesmo que soubesse disso.
Segue o autor contando sua subida nos graus da maçonaria, as palavras chaves que deveria decorar, os ritos até chegar a ser um Mestre Maçom com o uso de seu avental e tudo mais. Ilustra esse dia da seguinte forma:
“Diz o Diácono Sênior: ‘É meu dever comunicar-lhe que você não é ainda um Mestre Maçom, e também não sei se virá a sê-lo algum dia. A estrada que deve palmilhar a fim de provar a si mesmo, é um caminho longo e difícil, no qual vidas se perderam e você pode perder a sua.’
Isso acabou com qualquer dúvida sobre minha iniciação ter terminado; eu agora sabia que não terminara. Não era ainda um Mestre Maçom e o que ele dissera sobre perder a vida soava ameaçador. Com aquele medo estranho em meu íntimo, fui levado para o altar e recebi ordens para ajoelhar-me e orar por mim mesmo, em silêncio ou em voz alta. Eu não sabia como orar, ficando então à espera, ajoelhado, silencioso, e com a cabeça inclinada.
Depois de ajoelhar-me e esperar em silêncio, parecendo orar, foi-me dito para remover o que tivesse nos bolsos, tirar o relógio, e colocar tudo sobre o altar. A venda foi posta novamente sobre os meus olhos e passei a não enxergar mais nada. O Diácono Sênior falou então: “Meu irmão, até aqui você representou um candidato em busca de mais luz; agora irá representar outra pessoa, um personagem igual ao nosso Grão Mestre Hiram Abiff, Grão Mestre e arquiteto do Templo do Rei Salomão...
Segue descrevendo o restante do ritual. Conta a história de Hiram e que a primeira palavra dita por ele ao levantar-se dos mortos substituiria a “palavra perdida”.... Ele sussurrou ao meu ouvido a Grande Palavra Maçônica, “Mah-Hah-Bone” e avisou-me que ela jamais deveria ser dada a quem quer que fosse senão a outro Mestre Maçom... Fui instruído pelo Venerável Mestre a dar o “Grande Sinal de Aflição”. Este sinal é dado levantando as mãos acima da cabeça e olhando para o alto, abaixando-as depois em súplica, e deixando-as finalmente cair para os lados. As palavras que acompanham o sinal são: “Ó, Senhor meu Deus, não há socorro para o filha da viúva”.
Ele explicou-me que eu jamais deveria fazer esse sinal, a não ser em caso de mais extrema aflição e que ele é o segredo maçônico mais importante.
Vemos até esta parte do livro, o autor contando os rituais, palavras chaves e secretas e as cerimônias para subida na escala maçônica. Até aqui nada de mais, a não ser a alusão a sempre se buscar mais luz e a promessa de se adquirir outros segredos que devem ser guardados.
Continua sua explanação:
“Como disse antes, a Loja Azul com seus três graus é o coração e o fundamento da Maçonaria. É neste ponto que a maioria dos maçons pára. A sua loja local continua sendo tudo o que jamais saberão a respeito da maçonaria. Todavia para aqueles que não desejam permanecer nesse nível, para os que desejam “subir mais” existem duas opções, dois caminhos a seguir: o Rito Escocês e o Rito de York.
O Rito Escocês inclui 29 graus além da Loja Azul, culminando no 32º. O Rito York tem o equivalente aos 29 graus do Rito Escocês e o avanço por esse caminho culmina no grau de “Cavaleiro Templário”. Além disso, o Santuário Shrine (“Ordem Árabe Antiga, Nobres do Santuário Místico”) fica a disposição dos maçons do 32º. e dos Cavaleiros Templários que quiserem participar.
Segue falando sobre sua escolha pelo Rito Escocês até o 32º Grau.
“O último domingo da Reunião chegou finalmente e passamos para o 32º. Grau. Depois de completar o trabalho do grau, encerrando com a palesta do 32º. Grau, ficamos de pé e fomos levados para frente. Um por um, fomos ungidos com óleo. Quando o homem colocou a mão sobre a minha cabeça e aplicou o óleo, ele disse-me: “Eu te unjo Sacerdote e Profeta, e Príncipe Sublime do Segredo Real”.
Esta parte era definitivamente uma experiência nova para mim e não entendi de modo nenhum o que significa ser sacerdote e profeta, mas era impressionante e gostei do som e da solenidade em tudo. Para mim, a situação era imponente e irreal. Cada um de nós recebeu de presente, além do anel do Rito Escocês, uma cópia do livro de Albert Pike, “Morals and Dogma”. Fomos informados que tratava-se do livro fonte para a maçonaria e seu significado. Foi-nos dito também que ele nunca deveria sair de nossas mãos e que deveríamos tomar providências para que, após a nossa morte, fosse devolvido ao Rito Escocês.
Observação do autor:
Há um preço a ser pago, em dólares, para todos os graus maçônicos “ganhos”, desde o de Aprendiz até ao 32º. Grau. Os valores do dólar mudam com o tempo e os preços variam de lugar para lugar, mas o custo total para ir até o 32º. Grau pode ser bem grande.
Conta o autor, em seguida, sobre suas atividades e que logo foi nomeado “Diácono Sênior na Loja Azul”, além de Capelão na Loja da Perfeição. Segue dizendo:
“Havia um novo homem na classe a ser iniciada, na Loja Azul, que fora pastor da Igreja Metodista vizinha ao Salão da Loja. Fui procurá-lo e disse-lhe que era o novo Capelão na Loja da Perfeição e precisava saber alguma coisa sobre a oração. Ele prometeu ajudar-me e no dia seguinte encontrei na caixa do correio um livro chamado “As orações de John Wesley”.
Estudei o livro e depois escrevi várias das orações registradas, como Wesley as escrevera. Achei que eram muito boas e senti que estava finalmente preparado para meu novo cargo. Sempre que fosse solicitado a orar, podia apenas ler uma daquelas orações em voz alta. Eu estava pronto, ou pelo menos foi isso que pensei.
Na reunião seguinte da Guarda do Rito Escocês (para a abertura da iniciação de uma nova classe na Reunião), fiz a oração enquanto a Guarda de 25 homens mantinha-se de pé. Era uma das orações de John Wesley que eu tirara do livro.Pensei que a oração era de primeira classe e senti-me bem a respeito dela; mas quando a cerimônia de abertura terminou, o Comandante da Guarda chamou-me de lado e repreendeu-me severamente, dizendo: “Você manteve meus homens em posição de sentido durante cinco minutos inteiros!” Chamou-me também de “fanático religioso” e disse que já era bastante mau ter mantido os homens de pé durante cinco minutos, para ainda terminar a oração com as palavras “no nome santo de Cristo”. Por causa disso, disse ele, eu ia ser denunciado! Fiquei magoado com a censura dele, especialmente porque eu trabalhara tanto para fazer tudo certo e não tinha idéia de ter feito alguma coisa errada.
Respondi que, já que estava sendo tão rude comigo não me importava com o que pudesse pensar, que não sabia nada sobre as suas orações de 30 segundos, e que a partir de então, podia orar ele mesmo!
Enquanto afastava-me, ia pensando: “Que irmão esse, falar comigo desse jeito! Pelo menos podia ter deixado de taxar-me de “fanático religioso”, desde que nem sei o que é orar exceto pelas orações nos cartões e no livro.”
Pouco depois fui chamado pelo Secretário do Rito Escocês para falar sobre a minha performance insatisfatória. Ele mostrou-se amável, mas disse que JAMAIS deveria fazer uma oração com as palavras “em nome de Jesus” ou “em nome de Cristo”, e acrescentou: “Torne as suas orações universais”.
Observação do autor:
Numa loja bem organizada, Jesus jamais é mencionado exceto em termos vagos, filosóficos. As orações nunca são feitas em Seu nome, e quando passagens bíblicas são citadas no ritual, TODAS as referências a Ele são simplesmente omitidas. Por exemplo, 2 Tessalonicenses 3.6 é usado no ritual, mas não da maneira como se encontra na Bíblia; as palavras “em nome do Senhor Jesus Cristo” são completamente omitidas. Da mesma forma, o ritual inclui 1 Pedro 2.5, mas com as palavras “de Jesus Cristo” omitidas. Albert Mackey, a autoridade maçônica mais importante depois de Albert Pike, chama esta mudança das escrituras de “uma modificação leve, mas necessária” (Masonic Ritualist, pg.272)
Conta quando se tornou Venerável Mestre:
“Quando chegou a minha vez de ser eleito Venerável Mestre da Loja Azul, tive que parar de aceitar novas responsabilidades no Rito Escocês. Eu já estava trabalhando em quatro graus, além da minha participação na Estrela do Oriente e no Tabernáculo. Servir como Venerável Mestre ocupa a maior parte do “tempo extra” que a pessoa tem, pois os deveres são exigentes. Obviamente, tive a plena colaboração de meus superiores no cargo, pois eram maçons e estavam satisfeitos como meu desempenho. Deram-me licença para comparecer aos funerais maçônicos e outras atividades extraordinárias, e isto jamais constitui problema.
Conta quando o Diretor Júnior deixa a loja:
“Certo dia, enquanto eu era Venerável Mestre, o Diretor Júnior fez-me perguntas sobre a Bíblia. Ele ressaltou que no ritual dizemos que a Bíblia é “uma regra e guia de fé e prática” e que ela ensina que o Deus cristão é o único Deus verdadeiro e que Jesus é o único meio de salvação.
Entretanto, ele lembrou-me que ensinamos n Loja que todas as religiões são válidas, e mostrando-me que há contradição nesse ponto, pediu-me explicações. E, uma vez que não pude dar as explicações solicitadas, deixou a Loja e renunciou a maçonaria. Pensei que fora uma atitude um pouco extremada, mas jamais esqueci a pergunta. Esse homem tinho sido um maçom dedicado e um excelente obreiro na Loja, fatando apenas duas cadeiras para torna-se Venerável Mestre. Ele deixou tudo por Jesus e pela Bíblia.
No final do meu ano como Venerável Mestre, voltei ao trabalho no Rito Escocês com toda a minha energia. Estudei mais os graus, estudei as referências no manual “Moral e Dogma”, e em outras fontes, e continuei a fazer perguntas. Como antes, minhas perguntas continuaram a encontrar um silencio irritado ou conselhos do tipo: “Deixe de fazer perguntas que não tem respostas e siga apenas o Ritual”...
... Eu comecei a compreender que havia duas classes de maçons: uma que apenas ficava sentada nas reuniões e outra que fazia o trabalho, mas simplesmente seguindo o Ritual, decorando e lendo o mesmo sem contudo, entendê-lo. Eu não me enquadrava realmente em nenhuma dessas categorias, mas continuava cego para a Bíblia e à sua mensagem. Continuei então fazendo perguntas. Continuei buscando as respostas nos graus e nos escritos das autoridades maçônicas.
...Era novamente hora de nos prepararmos para a Reunião e havia muito a ser feito pois eu estava agora trabalhando em quatro graus ao mesmo tempo. Enquanto estudava cada vez mais, percebi com crescente clareza que a maçonaria ensina que qualquer coisa na qual o indivíduo acredite sincera e conscientemente é verdade, e que todas as religiões são igualmente válidas. Assim sendo, Jesus Cristo fica reduzido ao nível dos outros “exemplares”, tais como Buda, Maomé, Confúcio, Pitágoras, entre outros.
Albert Mackey escreveu (no Ritualista Maçônico): “Desse modo, a base (esquema para a vida) do judeu é o Antigo Testamento, dos maometanos o Alcorão; as Escrituras Veda do Hinduismo e os escritos de Baha-ullah são tão bons quanto a Palavra de Deus dos cristãos, pois o fato é que religião alguma JAMAIS chega aos pés dos ensinos puros da Maçonaria”.
Albert Mackey, esse eminente líder e filósofo maçônico que acreditava que todas as religiões humanas tem o mesmo valor, embora inferiores aos “ensinos puros da maçonaria”, também cria na reencarnação. De fato, Mackey acreditava que em uma de suas vidas anteriores na terra, ele fora Jacques DeMolay, o cruzado medieval queimado na estaca na França, por ter traído e vitimado peregrinos na Terra Santa.
Observação do autor:
A Ordem De Molay, organização maçônica para rapazes jovens demais para entrarem na Loja, foi assim chamada em homenagem a Jacques DeMolay, conhecido na tradição maçônica como herói.
Seguindo em frente:33º.Grau
“A reunião do Outono foi difícil mas boa, com uma grande classe de candidatos iniciados. No final da Reunião disseram-me que eu estava sendo considerado para o 33º. Grau. O 33º.Grau! Era bom demais para ser verdade! Eu era C.C.C.H. e Pós Mestre de todos os Corpos do Rito Escocês e isso já era um grande sucesso e honra para alguém que fora um menino abandonado. O pensamento de receber também o 33º. Grau fazia minha cabeça girar.
O 33º.Grau não pode ser comprado ou ganho. De fato, ele não pode ser sequer buscado, pois pedir ou tentar alcançá-lo significa desqualificação automática e permanente para receber a honra.
O Supremo Conselho do 33º.Grau, sediado em Washington, D.C., na casa do Templo, é quem faz a escolha. Exceto por um posto no próprio Supremo Conselho, esta honra é o fim da linha – não há outra maior. E não era só isso; eu fora um C.C.C.H durante somente quatro anos. Ninguém pode ser considerado para o 33º.Grau até que tenha sido um C.C.C.H por quatro anos. Eu estava então sendo considerado no prazo mínimo!
Inicia-se a conversão a Jesus Cristo, a verdadeira Luz!
Juntamente com estas boas notícias praticamente incríveis, comecei a notar um problema em meu trabalho e dificuldades cada vez maiores. Em meu emprego na Alfândega eu precisava enxergar os o nomes e números dos navios e barcos a distância. Em breve isto se tornou um problema. Por mais que tentasse não conseguia ler os nomes e os números claramente de onde me achava, como sempre o fizera.
Pensando que apenas precisava de óculos para resolver o caso, fui consultar um oftalmologista. Ele examinou-me e disse que tinha más notícias para mim. Não podia ajudar-me prescrevendo óculos para miopia. Na verdade não podia ajudar-me de forma alguma; informou-me que eu tinha catarata progressiva no olho esquerdo e que devia consultar um especialista.
Fui para casa e contei a Bonnie (minha esposa) o acontecido. Ela disse que conhecia um bom oftalmologista bem recomendável. Esse médico tratara de uma senhora sua conhecida e ela tinha certeza de que seria bom se eu fosse vê-lo. Este conselho de Bonnie foi talvez o ponto crítico mais importante da minha vida, e eu não sabia disso no momento. Ao fazer simplesmente o que parecia ser a coisa lógica e sem a menor idéia da importância da minha iniciativa, telefonei para o consultório dele e marquei uma consulta.
Quando chegou o dia fui para o consultório do médico. Chegou a minha vez e entrei na sala de exames pra esperar até que minhas pupilas dilatassem. O médico entrou, falou brevemente comigo e começou a examinar meus olhos. Ele completou o exame em pouco tempo e depois passou a dar-me um diagnóstico ousado e surpreendente.
Aquele homem pareceu traspassar-me com os olhos durante alguns momentos e depois disse: “Sr. Shaw, é verdade. O senhor tem uma catarata em desenvolvimento no olho esquerdo, e há outra começando no olho direito. Mas embora a sua visão física seja má, esse não é seu veradeiro problema. O seu problema está na sua visão espiritual”.
Fiquei ali sentado, entindo um estranho impacto emocional, perguntando-me o que ele queria dizer com aquilo. Antes que eu pudesse fazer perguntas, ele falou de novo com a mesma simplicidade poderosa e perguntou: “Sr.Shaw, o senhor é salvo?
Desta vez respondi e perguntei: “Salvo do que?”
Ele disse: “O Senhor já recebeu o Senhor Jesus Cristo como seu Salvador e fez dEle o Senhor da sua Vida?”
A essa altura eu já estava recuperando minha capacidade de manter tal conversa e, com orgulho religioso se formando em mim, disse a ele “Senhor, sei mais de religião do que o senhor, na verdade sei mais de religião do que a maioria das pessoas jamais saberá!”.
Ele não ficou impressionado nem surpreso com minha orgulhosa declaração. Sem tirar os olhos de mim ou mudar sua expressão, ele perguntou-me: “Mas o que sabe sobre salvação?”. De repente não tive mais argumentos para continuar a conversa. Senti que estava enfrentando algo muito poderoso e falei baixinho: “Vou pensar e lhe digo depois” e saí o mais rapidamente possível.
Nesse momento o autor conta que procurou outros maçons para lhe ajudar. Os outro maçons lhe dizem que o médico era um “Fanático Religioso”. Seu irmão que também era maçom lhe aconselhou a ir até Indianápolis e consultar outro oftalmologista. Ele fez conforme seu irmão lhe havia orientado. Contou ao outro médico o diagnóstico dado pelo primeiro. O médico de Indianápolis foi checar o outro doutor. Quando voltou ao consultório o médico de Indianápolis disse-lhe: “Sr.Shaw, o senhor tem as maiores facilidades médicas ao seu dispor na Flórida, e o médico que o examinou ali é um dos melhores. Meu conselho é que volte direto para casa e FAÇA O QUE ELE MANDAR. Meu irmão não ficou nada satisfeito. Eu estava sentindo uma estranha combinação de medo e expectativa ansiosa. “Mas – O QUE – fiquei imaginando, aquele médico estranho e profundo me mandaria fazer?”
Diz o autor então:
De volta à casa, marquei outra consulta e fui ao médico. Havia uma complicação inesperada: eu tinha uma infecção nas pálpebras. Ele disse que não poderia operar pelo menos durante seis semanas. Voltei então a trabalhar e fui uma vez por semana ao consultório para tratamento da infecção. Cada vez que eu ia ao médico para exame e tratamento, ele falava-me do plano de salvação de Deus e da necessidade de que eu tinha de ter Jesus como meu redentor pessoal. Ele falava-me do Senhor e citava versos das Escrituras.
Sua maneira de falar não me ofendia mais. Os versículos bíblicos que citava pareciam penetrar diretamente até o mais fundo do meu ser. Alguns deles pareciam explodir lá dentro, mexendo com coisas que eu não podia descrever nem entender. Decidi procurar os versos que ele mencionava e lê-los por mim mesmo. Quanto mais pensava no assunto mais queira por em prática a idéia.
...As Escrituras definitivamente falavam comigo das necessidades profundas do meu íntimo. Quanto mais eu lia, mais a Bíblia continuava falando comigo, cheia de significados. Aqueles versos bíblicos eram diferentes de tudo o que já lera antes. Eles pareciam vivos.
Um verdadeiro conflito começou a surgir em meu interior, à medida em que as Escrituras colidiam com os ensinos das autoridades e dos filósofos maçons. Eu podia sentir as nuvens dando voltas em minha mente, vagamente perturbado, mas não tentava compreender o que acontecia. Continuei a ler a Bíblia, a ouvir o médico enquanto testemunhava para mim, e fazer o trabalho da Loja da melhor forma possível.
Não tentei tomar qualquer decisão ou entender as coisas. Mas notei algo que ficava cada vez mais claro. Além da “Vida” estranha que eu sentia nas Escrituras, notei também como a sua mensagem era simples quando comparada com a complexidade dos escritos maçônicos.
...o conflito entre os ensinos da Bíblia e os maçônicos também começavam a elucidar-se. Eu percebia isso em termos gerais, mas as coisas ficaram especificamente claras quando fiz a Palestra do 32º. Grau na Coroação seguinte.
Eu tinha sido substituto por algum tempo do juiz que fazia a Palestra do 32º.Grau antes de começar a fazê-la eu mesmo. Eu a ouvira ou pronunciara muitas vezes e a conhecia muito bem. A Reunião estava próxima e Mike e eu começamos os preparativos. Estudei com afinco o meu trabalho – a Palestra do 32º.Grau – com cuidado especial. Enquanto estudava a preleção e quando a pronunciei à nova classe de maçons do 32º.Grau, vi que havia ali uma grande diferença. Vi pela primeira vez como a leitura da Bíblia diferia daquele resumo dos ensinos maçônicos que os homens haviam completado até aquele grau culminante. Havia uma diferença ali e eu via claramente que ela não podia ser reconciliada.
Ou as “Antigas Religiões” e os ensinos maçônicos estão certos e a Bíblia errada, ou a Bíblia está certa e as “Antigas Religiões” e os ensinos maçônicos estão errados. Os dois não podiam estar certos. A coisa era muito simples, como eu podia perceber agora claramente.
Com este conflito fundamental enfocado agora em minha mente, vi as implicações de tudo a longo prazo. A maçonaria ensinava a salvação por obras, dependendo da “vida virtuosa” da pessoa para remir o indivíduo. A Bíblia ensina a salvação pela graça, dependendo da vida perfeita de Jesus e sua morte expiatória por nós. A maçonaria ensina que Jesus não é o maior que os outros “exemplos” da história (tais como Maomé, Buda, Aristóteles ou Joseph Smith), e não era divino nem inspirado. A Bíblia ensina que Jesus é o Filho de Deus, que Ele sempre existiu, e que nenhum homem pode ser reconciliado com Deus Pai exceto através dEle. Uma escolha deveria ser feita aqui – eu vi isto claramente – e estava em curso de colisão com essa escolha.
2º Leva
Durante uma de minhas consultas regulares ao médico, depois da operação do olho esquerdo, eu estava sentado em uma das suas salas de exame esperando que viesse ver-me. Quase sempre fico lendo quanto tenho de esperar, por mais curto que seja o tempo de espera. Olhei então à minha volta procurando o que havia para ler até que ele chegasse. Não havia nada na sala, exceto uma Bíblia.
Peguei a Bíblia e abri no Evangelho de João, começando a ler novamente alguns dos versículos que já lera tantas vezes nos capítulos um, três e quatro. A seguir, passando para o capítulo seis, passei a ler versos que ainda não tinha lido.
Meus olhos pareciam mover-se rapidamente pelas palavras de Jesus: “Eu sou o pão da vida; o que vem a Mim, jamais terá fome, e o que crê em Mim, jamais terá sede... o que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora... De fato a vontade de Meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.
Meus olhos contemplaram então o v.47: “Em verdade em verdade vos digo: Quem crê em Mim tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia”.
Apesar de todos os versículos e passagens das Escrituras que eu já lera, e por razões só provavelmente conhecidas de Deus, este verso penetrou em mim e encheu meu coração. Fiquei atônito com a simplicidade do que dizia e com o impacto que causara em mim. Trombetas soando em minha cabeça não poderiam ter chamado mais efetivamente a minha atenção para aquele verso simples, ou mostrado mais claramente a sua importância para mim. Ele estava agindo poderosamente tanto em meu coração como em meu entendimento.
“Será que é mesmo verdade?” imaginei, “que tudo pode ser assim tão simples? Isto poderia ser mesmo verdade?”
Sem pensar sobre a questão de educação ou prioridades num grande consultório médico, eu chamei em voz alta: “Doutor, escute!”
Quando depois de alguns segundos ele olhou para dentro da sala onde eu estava, apontei para o versículo e perguntei: “Isto é mesmo verdade” ?
Ele olhou a página, leu o verso indicado pelo meu dedo e disse: “Claro, Jim, é claro que é verdade.”
Quando ficamos expostos à religião e filosofia maçônicas, com toda a sua confusão, dúvidas e incoerência, portanto tempo quanto eu ficara, é difícil crer na simples verdade quando finalmente confrontamos com ela, até mesmo a verdade viva da Bíblia.
Depois de ficar realmente convencido da verdade da “Velha Religião” e da doutrina da reencarnação, depois de crer e ensinar que Jesus não é divino nem único, não é de maneira nenhuma simples nem fácil aceitar a verdade de que Ele é divino e único.
Embora o médico viesse citando as Escrituras para mim durante quase seis meses, e eu as estivesse estudando por minha conta, sentia muita confusão a respeito de tudo.
O poder sobrenatural das palavras de Deus entretanto estava fazendo o seu trabalho dentro de mim e a simples verdade deste versículo irrompeu subitamente através da desordem dos conceitos enredados em minha mente.
A luz da Verdade subitamente surgiu por entre a névoa da confusão e da dúvida. Era VERDADE! Era realmente simples era VERDADE! Eu havia dito antes ao médico que cria nos versículos mencionados por ele, mas não estava sendo sincero. Grande parte do tempo fiquei fazendo jogos mentais com ele. Agora eu cria – cria realmente! Desta vez não estava brincando; desta vez era real.
Ao compreender que a mensagem simples de João 6,47 era verdadeira, um poder sombrio dentro de mim foi destruído, uma porta abriu-se em meu coração e a luz entrou radiante. Tive a sensação maravilhosa de felicidade e tristeza – uma torrente de emoções confusas redemoinhando em meu interior.
Não tentei interpretar o que estava sentindo, mas era definitivamente um avanço da verdade. Eu sabia que era verdade e nunca mais fui o mesmo. Algo mudou dentro de mim, algo que abriu os meus olhos para a verdade e o erro, e a mudança foi permanente. Eu iria ver as coisas de modo diverso a partir daquele dia.
...
A Páscoa estava chegando e numa manhã tranqüila estava em casa recuperando-me da segunda operação quando a campainha tocou. Era uma carta de entrega especial do Conselho Supremo de Washington, avisando-me que fora escolhido para o 33º.Grau.
Eu nem podia acreditar! Esta honra é tão alta, que a maioria dos maçons nem sequer sonha em receber. Era demais, quase fora do alcance, além dos limites da realidade. Era irreal pensar que eu fora realmente escolhido. Era uma honra ser considerado para esse último grau e eu fora realmente selecionado, escolhido por aquele pequeno e poderoso grupo, o Conselho Supremo do 33º.Grau.
...
A fim de receber o 33º.Grau era necessário ir à cidade de Washington, D.C. A iniciação e as funções relativas iriam durar três dias....
Bem lá no fundo havia uma inquietação crescente, um conflito cada vez maior, produzido pelas passagens bíblicas que eu lera. Os preparativos para receber esta “honra final” não pareciam tão emocionantes como poderiam ter sido antes.
Voei para o Aeroporto Nacional de Washington e tomei um táxi pra a Casa do Templo na rua Northwest 16. Ao chegar ao Templo fui atendido por uma recepcionista que perguntou-me se eu estava lá para receber o 33º.Grau. Fiquei surpreso ao encontrar uma mulher naqueles sagrados recintos maçônicos, mas disse que sim e mostrei-lhe a carta do Conselho Supremo. Ela disse-me então, que para receber o grau eu tinha de fazer uma “doação mínima” de uma grande importância de dinheiro (pelo menos para mim). Isto tomou-me de surpresa, pois não havia qualquer referência a uma “doação mínima” na carta recebida do Conselho. Eu não tinha todo o dinheiro comigo e deixara o talão de cheques em casa, mas consegui tomar emprestado a quantia de outros homens e dei a ela. Nós, candidatos, estávamos todos infelizes com essa surpresa desagradável e nos queixamos uns com os outros a respeito, mas não estávamos suficientemente infelizes para nos esquecer do grau. Estávamos perto demais do “topo da montanha” para voltar.
A Casa do Templo impressiona. Ela assoma grandiosa, cinzenta e silente. Na frente havia uma imensão expansão de pavimento de granito, com três níveis, com três níveis de degraus estreitos até chegar a entrada. Duas esfinges de granito ladeiam a entrada. Um deles tem uma cobra enrolada no pescoço e é adornado com um símbolo egípcio da vida e da divindade.
Adornando o pescoço e o peito do outro está a imagem de uma mulher, simbolizando a fertilidade e a procriação. No pavimento, bem a frente das altas portas de bronze, encontram-se duas espadas egípcias com lâminas curvas, e entre as duas espadas, letras de metal montadas em pedra dizendo: “Templo do Supremo Conselho do Trigésimo Terceiro e Último Grau do Aceito e Antigo Rito Escocês”.
...
Tudo era muito impressionante e provocou-me sensações estranhas, como se estivesse ao mesmo tempo num templo e numa tumba, algo sagrado mas ameaçador. Vi bustos de homens importantes do Rito, inclusive dois de Albert Pike, que está sepultado ali na parede.
...
O primeiro dia foi dedicado aos registros, explicações e entrevistas. Fomos chamados a um dos escritórios, um de cada vez, e entrevistados por três membros do Supremo Conselho.
Quando me chamaram, fui introduzido no escritório e fizeram-me sentar. A primeira pergunta foi “Qual a sua religião?” Pouco tempo antes eu teria respondido: “Creio nos Mistérios Antigos, na Velha Religião, e na reencarnação”. Todavia, sem pensar sequer em como deveria responder, achei-me dizendo: “Sou cristão”.
Então, para minha surpresa e deles, perguntei: “Vocês nasceram de novo?” O encarregado interrompeu-me rapidamente dizendo: “Não estamos aqui para falar disso, mas para fazer perguntas a você”.
Depois de sair, sentei-me e fiquei pensando. Quando o candidato seguinte saiu, eu indaguei: “Eles perguntaram ser você é cristão”, e ele disse: “Sim, perguntaram.” “E o que você disse: ‘de jeito nenhum, e nunca pretendo ser!”
Então ele disse-me uma coisa estranha. “Eles falaram que eu vou subir mais alto”, e saiu por uma porta diferente, parecendo satisfeito.
O segundo dia foi o dia da verdadeira iniciação, realizada no salão de encontros com cara de teatro. Aqueles dentre nós que estavam recebendo o grau tomaram o assento e a cerimônia foi “exemplificada” (representada em trajes completos) diante de nós, da mesma forma que havíamos interpretado os graus menores do Rito Escocês todos esses anos. As partes da exemplificação foram desempenhadas por homens do 33º.Grau. O candidato representativo apresentou-se vestido de calças pretas, descalço, com a cabeça descoberta e enrolado num roupão negro e comprido que fez-me lembrar de uma capa de chuva muito longa. Ele tinha uma corda preta em volta do pescoço, mas não estava vendado. Durante a iniciação, fizeram com que desse uma volta no palco, conduzido por dois homens com espadas, quando o grau foi executado para nós.
Instruções e sinais foram dados. Sobre o altar havia quatro “livros sagrados” (a Bíblia, o Alcorão, o Livro da Lei e as Escrituras Hindus). Em certo ponto, “o candidato” recebeu a ordem para beijar o livro “da sua religião” e, representando a nós todos, ele inclinou-se e beijou. Lembrei-me da iniciação do Primeiro Grau, quando mandaram-me beijar a Bíblia, e naquele momento o ciclo se completou. Era o beijo final que faria parte da minha vida.
Quando chegou a hora da obrigação final, todos ficamos de pé e repetimos o juramento do candidato representativo, administrado pelo Grande Soberano Inspetor Geral. A seguir juramos fidelidade ao Supremo Conselho do 33º.Grau, acima de qualquer outro voto de fidelidade, e juramos jamais reconhecer qualquer irmão como membro do Rito Escocês da Maçonaria a não ser que ele também reconhecesse a suprema autoridade do “Supremo Conselho”.
Um dos condutores entregou então ao “candidato” um crânio humano, de cabeça para baixo, contendo vinho.
Com todos os candidatos repetindo aos ele, ele selou o juramento: “Que este vinho que agora bebo transforme-se em veneno mortal para mim, como a cicuta bebida por Sócrates, caso venha a violar o juramento, consciente ou voluntariamente”.
Ele bebeu então o vinho. Um dos irmãos vestido de esqueleto saiu das sombras e lançou os braços sobre o “candidato”. A seguir ele (e nós) continuamos o selo da obrigação dizendo: “E que esses braços frios apertem-me para sempre caso consciente ou deliberadamente viole o mesmo”.
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Havia alguns homens extremamente importantes ali naquele dia, inclusive um rei escandinavo, dois ex-presidentes dos Estados Unidos, um evangelista famoso internacionalmente, dois outros clérigos internacionalmente conhecidos, e um alto funcionário do governo federal, aquele que entregou-me o certificado do 33º.Grau.
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Era bom ter chegado finalmente ao 33º Grau. Mas não foi tão excitante ou satisfatório como eu julgara que fosse durante todos aqueles anos da maçonaria. Penso que foi devido as mudanças profundas que estavam ocorrendo bem no fundo do meu ser.
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No Rito Escocês a quinta-feira antes da Páscoa, “Quinta-feira Santa”, é um dia importante. Nesse dia nós sempre realizávamos um serviço especial de Comunhão no Templo do Rito Escocês local. Desta vez eu era Mestre Sábio do Capítulo Rosa Cruz e era minha função presidir a exemplificação (dramatização) da cerimônia. Eu fizera isso muitas vezes e era elogiado pelo meu conhecimento do serviço e por “fazer um bom trabalho”.
Na noite de quinta-feira nos reunimos no nosso Templo e nós vestimos para a cerimônia. Aquela era sempre uma ocasião muito solene e parecia um tanto imponente, até para aqueles que já haviam participado muitas vezes.
Vestidos com togas longas e negras, marchamos em fila única, mostrando apenas parte do rosto, e tomando nossos lugares.
Havia algo sepulcral no cenário. O silêncio só era quebrado pelo órgão, tocando em tons plangentes como pano de fundo. Não havia luz, exceto pela pouca claridade que vinha das janelas. Depois da primeira oração (da qual o nome de Jesus Cristo era claramente excluído), fiquei de pé e comecei o serviço.
Como já fizera no passado, eu disse: “Nos reunimos neste dia para comemorar a morte de nosso ‘Sábio e Perfeito Mestre’, não como inspirado ou divino, pois não nos caber decidir isso, mas pelo menos o maior apóstolo da humanidade”.
Quando eu disse essas palavras que já havia pronunciado tantas vezes antes, tive uma estranha e poderosa experiência. Era como se eu estivesse de pé, a distância, ouvindo a mim mesmo falar, e as palavras ecoassem profundamente em mim, gritando o seu significado. Eram as mesmas palavras que eu já dissera tantas vezes, mas faziam sentido para mim agora. Elas fizeram sentir-me mal, literalmente enfermo e parei.
O significado do que eu acabara de dizer subiu dentro de mim num crescendo. Eu acabara de chamar Jesus de “apóstolo da humanidade”, que não era inspirado nem divino! Houve uma pausa silenciosa que pareceu durar muito tempo, enquanto eu lutava com uma sensação sufocante em meu íntimo.
Quando finalmente consegui, continuei o serviço e nos reunimos ao redor de uma mesa comprida do outro lado do salão, em ordem de marcha. A mesa era longa, tinha a forma de cruz e estava coberta com um pano vermelho decorado no centro com rosas.
Uma vez reunidos na mesa, levantei (bem alto) o prato com o pão, tomei um pedaço, coloquei a mão sobre o ombro do homem à minha frente, dei-lhe o prato e disse: “Tome, coma e dê aos que têm fome”.
Isso continuou até que todos tivessem participado do pão, “Tome, beba, e dê aos sedentos”.
Isto novamente continuou até que todos tivessem participado do vinho.
Tomei então o pão, andei até a primeira fila de espectadores e servi o homem previamente escolhido para a honra de representar a loja. Quando entreguei o pão a ele, disse novamente: “Tome, coma, e dê aos famintos”. Da mesma forma servi o vinho conforme antes.
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Havia um grande Menorah(candelabro judaico como seus sete castiçais) no centro do salão, com sete velas acesas. De pé outra vez, eu disse: “Este é de fato um dia triste, pois perdemos o nosso Mestre. Talvez não o vejamos mais. Ele está MORTO! Gritem e chorem, pois ele se foi”.
A seguir pedi aos oficiais que apagassem as velas do Menorah. Finalmente, só com a vela central ainda acesa, eu levantei, andei até o Menorah e apaguei a última vela – a vela que representava a vida de Jesus, nosso “Sábio e Perfeito Mestre”. Dramatizamos e comemoramos o apagar da vida de Jesus, sem mencionar uma vez sequer o nome dEle, e acena terminou com o salão em profundo silêncio e trevas. Sai do salão, deixando atrás a escuridão e o silêncio de morte.
Mas uma vez a única palavra para melhor descrever tudo aquilo seria “Trevas”. Uma Comunhão de Trevas – uma estranha Missa de Trevas.
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Eu estava sufocado com a realização terrível do que havíamos dito e feito, a maneira como blasfemamos contra o Senhor Jesus, a zombaria maldosa que fizemos com sua morte pura e altruísta. Com o choro subindo em meu íntimo, eu só pude sacudir a cabeça em silêncio e sair.
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Fui descendo as amplas escadarias do grande Templo do Rito Escocês, com a compreensão e convicção crescendo dentro de mim. Ao chegar ao último degrau eu parei. Voltando-me, olhei para o imenso prédio de granito e estudei cuidadosamente as palavras gravadas em pedra no alto da entrada: “Rito Escocês da Maçonaria Antigo e Aceito”.
Algo entrou claramente em foco em meu cérebro e tomei uma decisão. Este ponto crítico da minha vida que exigira tantos anos para alcançar, passou em segundos. A verdade foi revelada e a escolha feita – uma escolha que faria a diferença entre as trevas e a luz, entre a morte e a vida, e que duraria por toda a eternidade.
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Voltei-me e andei até o estacionamento, sabendo que jamais voltaria. Enquanto caminha na crescente escuridão daquela noite de primavera, eu estava andando em direção a luz cada vez mais clara do Deus vivo. Enquanto as trevas naturais me cercavam, a luz sobrenatural brotou dentro de mim. A cada passo que dava, era como se o Templo fosse afastando-se da minha pessoa. Sentia-me livre.
“Jamais voltarei”, eu pensava a cada passo que dava. “Jamais voltarei, jamais voltarei”.
A decisão tinha sido tomada, a sorte lançada. A partir daquela noite eu serviria ao Deus vivo e verdadeiro e não ao Grande Arquiteto do Universo. Eu iria exaltar a Ele e não a Osíris, Krishna ou Demétrio. Eu buscaria e seguiria Jesus, e não a quimera da “sabedoria oculta”.
Eu estava andando, depois de tanto tempo, das trevas para a Luz.
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No dia seguinte fui trabalhar como de costume. Durante a hora do almoço escrevi quatro cartas de demissão: para a Loja Azul, para o Rito Escocês, para a Estrela do Oriente e o Tabernáculo.... Todavia, esse não deveria ser o fim da maçonaria em minha vida, de modo algum. As coisas não iam ser assim tão fáceis.
Eu tinha folga no dia seguinte e estava em casa quando o telefone tocou. Era o Venerável Mestre da Loja Azul, que disse: “Jim, vamos fazer o serviço fúnebre para o George (o Guarda da Loja) esta tarde. Esteja no Salão as treze horas para a Loja da Tristeza. E desligou o telefone.
Eu não tinha qualquer intenção de ir ao funeral e jamais me ocorreu que viessem buscar-me. Mas foi exatamente o que fizeram. Cerca de uma hora depois do telefonema, eles chegaram à minha casa e o Venerável Mestre bateu a porta. “Jim, pensei que você estaria na Loja da Tristeza. Está pronto?” disse-me ele.
Olhei para ele por alguns momentos e falei “Não vou”.
“O que está querendo dizer com Não vou?” ele explodiu zangado. “É claro que vai!”. A seguir mais tranqüilo disse: “Vamos”.
Não me movi, replicando, “Acabei de entregar minha demissão”.
Ele não se mostrou absolutamente surpreso, mas respondeu: “Jim, você deve estar louco! Você serviu tanto tempo a Loja, serviu como Venerável Mestre, e recebeu tantas honrarias, como pode fazer isso?”
A tensão era muito grande e nesse ponto minha esposa disse: “Jim, é melhor você ir”.
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Saímos então da funerária e acompanhamos o caixão até ao cemitério. No serviço junto ao túmulo fui o “Portador das Grandes Luzes”. Eu carregava a bandeira de madeira presa ao pescoço por uma tira, onde estavam o Livro da Lei (Escrituras do Antigo Testamento), o Esquadro e o Compasso, as “Grandes Luzes” da Maçonaria.
O Mestre, que era Sacerdote, ficou na cabeceira da sepultura. Eu fiquei nos pés e os outros alinharam-se dos dois lados dela. O Mestre falou tudo que era necessário até a hora da oração. Chegou então a minha vez. Eu colocara o cartão de oração “oficial” sobre a bandeja à minha frente. Olhei para o cartão, decidi não segui-lo, e depois fiz a minha própria oração, que terminou “em nome de Jesus Cristo, nosso Salvador”.
Eu havia caminhado uma grande distância desde o dia em que fora nomeado Capelão da Loja da Perfeição e não sabia como orar; mais uma coisa completara o ciclo. A oração naturalmente ofendeu muito o Mestre e os outros maçons que encontravam-se ali, mas por causa da situação nada podia ser comentado comigo naquele momento. Deixei o meu ramo de acácia cair sobre a sepultura, disse “Ai de mim, meu irmão”, e foi como se eu estivesse olhando para além do túmulo, para uma eternidade de trevas. Disse então: “George, gostaria que você tivesse conhecido Jesus como seu Salvador pessoal, mas ai de mi meu irmão, não pode ser. Agora é tarde demais”.
Voltando para o carro e nos dirigimos para o Salão da Loja onde completamos o serviço, fechando a Loja da Tristeza. Preparava-me para sair quando o Diretor Sênior aproximou-se querendo saber o que tinha acontecido comigo para fazer-me pensar em deixar a Loja.
Contei-lhe com a maior simplicidade possível que tinha sido salvo, que eu pertencia agora ao Senhor Jesus Cristo e não podia mais pertencer a Loja Maçônica, nem a qualquer outra loja que O negasse como Senhor.
Ele imediatamente ficou zangado e gritou: “ACHO BOM QUE VÁ EMBORA”. A seguir insistiu que eu fosse até ao escritório do Secretário e falasse com ele.
O Secretário acabara de receber minha carta.
“Jim”, disse ele, “mal posso acreditar que queira sair da Loja depois de todos esses anos e depois do grande esforço que fez e das honras recebidas. Não consigo acreditar”. Eu sabia que ele não podia compreender, mas tentei explicar que o Espírito Santo agora habitava em mim e que Ele ficaria entristecido se eu voltasse ao Salão da Loja.
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Jesus encontrava-se agora em meu coração e tudo estava mudando. Eu via agora as coisas sob uma luz diferente, coisas que jamais vira antes. O Espírito de Deus estava finalmente vivendo em meu espírito humano. Uma vida verdadeiramente nova tinha começado.
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O Autor conta que Mike também se converteu a Cristo e deixou a loja e depois de sua rejeição nos círculos sociais de antes.
Prossegue contado:
Minha meia-irmã em Indianápolis telefonou-me certo dia para contar-me que o Tio Irvin (meu tio maçom que minha mãe havia me indicado como exemplo), estava muito doente; ela achava que eu devia ir vê-lo. Voltamos para Indianápolis e fomos até a casa dele. Tio Irvin parecia realmente enfermo, como se não fosse viver muito tempo.
Eu queria que ele pudesse ficar com o Senhor quando morresse, mas não tive oportunidade de falar com ele sobre a sua salvação. Ele já sabia de minha saída da Loja e não estava disposto a ouvir as minhas justificações. Ele já estava contrariado quando cheguei e imediatamente começou o ataque. Muito zangado, ele gritou para mim: “Você não PENSA? Não compreende que a Maçonaria é A MESMA COISA que JESUS CRISTO?”
Não dei qualquer resposta. Ele também não esperava que eu respondesse, nem queria ouvir-me. Com esta decepção da filosofia maçônica expressa em algumas palavras zangadas soando em nossos ouvidos, fomos embora. Ele morreu dentro de algumas semanas.
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Houve ocasiões em que eu pensava em todos aqueles anos durante os quais eu andara em trevas e perguntava-me o que poderia ter feito se usasse todo esse tempo para o Senhor Jesus. Senti, porém, que de alguma forma ele não fora completamente desperdiçado. Como prometido em Romanos 8,28, Deus podia fazer que tudo colaborasse para o bem daqueles que amam a Deus.Ele podia converter aqueles anos “perdidos” em algo útil. Se não fizeram qualquer outra coisa, aqueles anos na maçonaria haviam-me preparado pelo menos para transmitir a VERDADE a outros maçons, a verdade simples que pode libertá-los.
“Há tantos homens como eu ali” – pensei – “tantos Mikes, tantos Tio Irvin, enganados e sendo destruídos por uma fraude mortal. Alguns deles talvez me dêem atenção”.
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Termina o autor contando como se tornou um missionário para levar o nome de Cristo aos demais homens. Um dos autores do livro deixa o endereço de Jim nos Estados Unidos.
Palavra Pessoal de Jim.
Ao terminar esta história verdadeira, seria um descuido meu não deixar claro que durante minha vida pré-cristã gostei realmente da maçonaria. Gostava dos homens com quem associei-me na Loja e daqueles com quem trabalhei tão duro nos graus e corpos do Rito Escocês. Acima de tudo, tinha plena certeza de estar fazendo o que era certo e agradável diante do Grande Arquiteto do Universo.
Em todos os meus anos de serviço dedicado a maçonaria, ninguém na Loja deu qualquer testemunho sobre o AMOR e a GRAÇA salvadora de Jesus. A Loja ia à igreja uma vez por ano como grupo. Quando chegávamos, o pastor (que também era maçon) apresentava-nos a congregação e exaltava a Maçonaria, contando a todos as obras maravilhosas que fazíamos. Ao deixar a igreja, íamos geralmente pensando quão formidáveis éramos e sentíamos pena de todos aqueles na igreja que não eram maçons e não participavam de nossas boas obras.
Depois de algum tempo do testemunho do meu oftalmologista, li estas simples e belíssimas palavras de Jesus: “Em verdade, em verdade, vos digo, quem crê em mim tem a vida eterna”. Essas palavras, tão curtas e tão doces, penetraram em meu coração. Procurei mais na Bíblia e encontrei segurança abençoada em todas as passagens que examinei. Jesus Cristo, o Filho de Deus, amava-me realmente. Essa verdade libertou-me. Recebei Aquele que amava-me como verdadeiro Irmão! Ele fará o mesmo por você.
Por fim um livro tem um excelente apêndice confrontando a doutrina Maçônica versus a Doutrina Cristã que exporei mais adiante.
Considerações.
Quanto aos juramentos e o fato do mesmo “não ter sua garganta cortada”, ele apenas relata que foi a sensação que sentiu no momento que fazia o juramento. Todavia, todo cristão conhece a passagem que Cristo nos ensina a não jurar por nada, sendo apenas nosso sim, sim e nosso não, um não.
Não tinha religião, por isso que depois se converteu.
Ora, mas quem já é verdadeiramente convertido a Cristo, não precisa de mais nenhuma fonte de iluminação, pois Cristo já é o Caminho, a Verdade e Vida, sendo Ele a verdadeira Luz que veio ao mundo. Quem, em sã consciência, tendo conhecido pelo Espírito Santo, as primícias de Cristo, deixa-se chamar profano ou faz qualquer afirmação dizendo que “ainda busca MAIS LUZ”.
Mesmo aqueles que se dizem pertencentes a uma religião cristã podem muito bem não ter tido AINDA um encontro verdadeiro com Cristo.
Oração – Cristo para o cristão é o próprio Deus em unidade com Deus Pai. Quando esteve na terra ensinou que a partir dali toda petição a Deus deveria ser feita em nome de Cristo, para que o Filho fosse glorificado no Pai. Qualquer um que tenha tido um encontro com Cristo, ao orar, não tem vergonha de constranger os outros, pelo contrário, deve manifestar sua fé no Filho de Deus.
Texto resumo com partes extraídas do livro "Engano Fatal"
Exposição da Maçonaria... Por um de seus principais líderes.
Jim Shaw, Tom McKenn
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