Publicado em 17 de nov de 2017
O Disco de Nebra, ou disco celestial de Nebra, é uma placa em bronze com aplicações de ouro, datado como sendo de cerca de 1600 a.c..
Nesse artefato se crê estarem representados fenômenos astronômicos e símbolos religiosos. Esse disco é considerado como a mais antiga representação objectiva do firmamento (abóbada celeste) e, consequentemente, um dos achados arqueológicos mais importantes da nossa época.
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Descoberta
O objeto foi descoberto em 1999 por caçadores de tesouros que utilizavam um detector de metais num local pré-histórico, nos arredores do monte de Mittelberg, perto da vila de Nebra na floresta de Ziegelroda, cento e oitenta quilômetros a sudoeste de Berlim, na Alemanha.
O objeto foi descoberto em 1999 por caçadores de tesouros que utilizavam um detector de metais num local pré-histórico, nos arredores do monte de Mittelberg, perto da vila de Nebra na floresta de Ziegelroda, cento e oitenta quilômetros a sudoeste de Berlim, na Alemanha.
Infelizmente, os caçadores de tesouros causaram danos consideráveis ao disco quando o removeram toscamente do solo, tendo-o quebrado na extremidade, perdido uma das estrelas e lascado um grande pedaço do disco. Os saqueadores tentaram vendê-lo posteriormente a arqueólogos locais, juntamente com duas espadas, dois machados, um cinzel e fragmentos de pulseiras. Contudo, descobriram que, por lei, os objetos pertenciam ao estado onde foram desenterrados, e como tal não podiam ser vendidos legalmente. Em Fevereiro de 2003 tentaram vender o disco a um colecionador de antiguidades na Suíça por trezentos mil euros. No entanto, o colecionador trabalhava para a polícia suíça e fazia parte de uma armadilha para apanhar o grupo. O grupo foi preso de seguida e o disco recuperado.
Disco de Nebra
Coordenadas: 51° 17' 02" N 11° 31' 12" E
Disco de Nebra.
O Disco de Nebra após as escavações (representação gráfica simplificada)
O Disco de Nebra é uma placa em bronze com aplicações a ouro, originária da Idade do Bronze, onde se crê estarem representados fenómenos astronómicos e símbolos religiosos. É considerada como a mais antiga representação objectiva do firmamento (abóbada celeste) e, consequentemente, um dos achados arqueológicos mais importantes da nossa época.
O disco foi encontrado em uma câmara de pedra, enterrado cuidadosamente na vertical, durante escavações ilegais em 1999 em Mittelberg, nas proximidades da cidade de Nebra em Sachsen-Anhalt, Alemanha. De acordo com outros achados originários da mesma escavação (espadas de bronze, machados, entre outros) deduz-se que o disco foi enterrado por volta de 1600 a.C., e criado entre 1700 a 2100 a.C.. Desde 2002 o disco pertence ao espólio do Museu Pré-Histórico de Sachsen-Anhalt em Halle.
Índice
1Descrição
2Evolução dos elementos formais
3Interpretação
4Ver também
5Ligações externas
Descrição[editar | editar código-fonte]
A placa apresenta uma forma circular com perímetro de cerca de 32 centímetros, uma espessura que varia entre os 4,5 milímetros no centro e 1,7 milímetros nas extremidades, e pesa aproximadamente 2 quilogramas. O disco é feito de bronze, uma liga metálica de cobre e estanho, sendo que o seu cobre é oriundo da região de Mühlbach am Hochkönig (Áustria) na zona oriental dos Alpes. Juntamente com uma reduzida percentagem de estanho de 2,5%, apresenta uma percentagem de arsénio de 0,2, quantidade típica para a Idade do Bronze. A placa foi aquecida diversas vezes com o objectivo de evitar rachaduras no material levando a que assumisse uma coloração entre o castanho escuro e o preto. A coloração esverdeada actual do disco deve-se a uma camada de corrosão de malaquite que surgiu só após um longo período de enterramento.
Evolução dos elementos formais[editar | editar código-fonte]
Nas incrustações a ouro foram constantemente sendo feitos acréscimos e alterações, apresentando a composição, inicialmente, uma circunferência maior à esquerda (sol ou lua-cheia), uma meia-lua à direita, e 32 pequenas circunferências ( entre as quais 7 se encontram agrupadas entre a circunferência e a meia-lua) interpretadas como estrelas.
Mais tarde foram inseridos dois arcos (um na extremidade esquerda e outro na direita – orientação Este-Oeste) que foram criados com ouro de outra proveniência. De modo a arranjar espaço para estes novos elementos um dos pequenos círculos do lado esquerdo foi movido um pouco em direcção ao centro e outros dois foram tapados do lado direito, apresentando o disco agora somente 30 dos 32 pequenos círculos iniciais. Estes dois arcos ficaram conhecidos como os Arcos do Horizonte.
A última alteração consiste no acréscimo de uma nova curva, também feita a partir de ouro de outra proveniência, colocada na base e interpretada como uma Barca solar. Esta curva apresenta no seu interior duas linhas paralelas que percorrem toda a forma, e também finas incisões nos cantos.
Quando do seu enterramento já faltava o Arco de Horizonte da esquerda e o disco apresentava no bordo 40 furos regulares com cerca de 3 milímetros cada. É possível que se relacionassem com uma qualquer tentativa de periodização.
A danificação no canto superior esquerdo, assim como a da circunferência grande, foi provocada durante a escavação.
Primeira fase do disco
Segunda fase do disco: acréscimo dos Arcos do Horizonte
Terceira fase do disco: acréscimo da Barca
Interpretação[editar | editar código-fonte]
Relativamente à interpretação, as opiniões dos especialistas divergem, sendo que não é possível afirmar com certeza qual o significado de cada elemento.
Os pequenos círculos de ouro representam possivelmente estrelas, onde o agrupamento de destaque composto por 7 círculos pode ser a representação do aglomerado estelar das Plêiades, pertencentes à constelação Taurus. As outras estrelas não são identificáveis, deduzindo-se que se tratem de elementos puramente decorativos arranjados de modo a dar a ideia de céu estrelado.
O grande círculo da esquerda é interpretado como um sol ou uma lua cheia, e a forma da direita como uma lua em quarto-crescente.
Os dois arcos laterais representarão os locais onde se levanta e põe o sol ao longo do ano. O ângulo que abarcam, de 82º, equivale ao ângulo que formam o levantamento e o ocaso solar entre os solstícios de Inverno e de Verão na latitude em que o disco foi encontrado.
A barca solar aparenta ter mais relação com a religião do que com a astronomia. É encontrada por toda a Europa em escavações arqueológicas que remetem para a Idade do Bronze e é bastante frequente nas pinturas rupestres escandinavas.
O disco orientado entre os montes Mittelberg e Brocken com representação do pôr do sol.
Início do Outono e da Primavera: pôr do sol na altura do equinócio. O monte Brocken está a 41º à direita do sol.
Solstício de Inverno: o pôr do sol alcança o ponto mais a Sul. O monte Brocken está a 82º à direita do sol.
O Commons possui uma categoriacontendo imagens e outros ficheiros sobre Disco de Nebra
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Museu Pré-Histórico de Sachsen-Anhalt (em alemão) , sobre o disco (incluindo fotos)
Les secrets du disque celeste (em francês) , (vídeo da BBC narrado em francês pela TV Arte 00:29:56)
Portal da astronomia
Categorias:
Achados arqueológicos
Idade do Bronze
Arqueoastronomia
link;https://curiosidadesocultas.blogspot.com.br/2014/10/o-misterio-do-disco-de-nebra.html
https://noitesinistra.blogspot.com.br/2014/06/o-disco-de-nebra.html#.VD290fldXTo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_de_Nebra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_de_Nebra
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