Contagem de dinheiro em 'bunker' de Geddel já chega a
R$ 40 milhões EM 05 DE SETEMBRO DE 2017
A operação foi batizada de Tesouro Perdido EM 2017.
A Polícia Federal afirmou no fim da noite desta terça-feira (05/09/2017) que a contagem do dinheiro encontrado em malas e caixas de papelão em apartamento atribuído ao ex-ministro dos governos Dilma e Temer Geddel Vieira Lima (PMDB) chegou aos R$ 40 milhões e vai continuar na madrugada desta quarta-feira (06/09/2017).
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06/09/2017
"A previsão é que o término da contagem deverá se estender pela noite, tendo em vista o volume que ainda falta", diz a PF.
Autorizada pela 10ª Vara Federal de Brasília, a ação da PF mirou o local onde seria o "bunker" do ex-ministro Geddel Vieira Lima utilizado para armazenagem de dinheiro em espécie. A operação foi batizada de Tesouro Perdido.
Geddel está em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica. O ex-ministro foi preso em 3 de julho e mandado para casa em 12 de julho 2017.
A investigação é conduzida pelo delegado Marlon Oliveira Cajado que nas últimas semanas ouviu, entre outras pessoas, o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Um outro depoimento de Funaro já havia resultado na prisão de Geddel.
De acordo com nota da PF, "após investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação Cui Bono, a PF chegou a um endereço em Salvador/BA, que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima como "bunker" para armazenagem de dinheiro em espécie."
Em depoimento à Procuradoria da República em Brasília, Funaro disse ter entregue "malas ou sacolas de dinheiro" ao ex-ministro. O corretor declarou ter feito "várias viagens em seu avião ou em voos fretados, para entregar malas de dinheiro para Geddel Vieira Lima".
"Essas entregas eram feitas na sala VIP do hangar Aerostar, localizada no aeroporto de Salvador/BA, diretamente nas mãos de Geddel", declarou Funaro.
Em agosto, Geddel se tornou réu por obstrução de Justiça. O ex-ministro teria atuado para evitar a delação premiada do corretor Lúcio Funaro, que poderia implicá-lo em crimes de corrupção na Caixa Econômica Federal.
Telefonema avisou PF sobre 'bunker' do dinheiro de Geddel EM SETEMBRO DE 2017.
Para o MPF, Geddel, após a prisão do corretor Lúcio Bolonha Funaro, monitorou e constrangeu a mulher do corretor, Raquel Pitta, com a intenção de "influenciá-lo" a não colaborar com as investigações referentes às operações Cui Bono e Sépsis, que tratam de desvios na Caixa
Na decisão em que autorizou a busca e apreensão no imóvel que seria o 'bunker' do dinheiro de Geddel Vieira Lima, o juiz Vallisney de Souza Oliveira destaca que a Polícia Federal foi informada sobre a existência do local por meio de uma ligação telefônica.
A busca no imóvel foi alvo da nova fase da operação Cui Bonno?, batizada de Tesouro Perdido. Na Cui Bonno? Geddel é investigado em razão de sua atuação enquanto vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal. Na busca foram encontradas caixas e malas contendo grande quantidade de dinheiro vivo.
"De fato, as mencionadas informações policiais dão conta que o Núcleo de Inteligência da Polícia Federal teria tecido uma notícia por meio telefônico, no dia 14/07/2017, asseverando que no último semestre um apartamento do 2º andar do edifício José da Silva Azi estaria sendo utilizado por Geddel Vieira Lima para guardar caixas de documento", explica o despacho do juiz federal.
Após a informação dada por telefone, a PF fez um trabalho de pesquisa de campo com moradores do prédio que confirmou que "uma pessoa teria feito uso do aludido imóvel para guardar pertences do pai". O trabalho de investigação na PF é conduzido pelo delegado Marlon Cajado.
Ainda em seu despacho, o juiz federal aponta que "há fundadas razões de que no supracitado imóvel existam elementos probatórios da prática dos crimes relacionados na manipulação de crédito e recursos realizada na Caixa".
Réu
Ex-ministro do governo Michel Temer, Geddel Vieira Lima já é réu em um processo na 10ª Vara de Brasília. Desdobramento da mesma operação Cui Bonno? que deu origem a ação desta quarta, a ação penal é pelo suposto crime de obstrução de Justiça praticado pelo peemedebista.
No despacho em que aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, Vallisney de Souza afirmou que "está demonstrada, até agora, a plausibilidade das alegações contidas na exordial acusatória, em face da circunstanciada exposição dos fatos tidos por criminosos e das descrições das condutas em correspondência com os documentos constantes dos autos".
Para o MPF, Geddel, após a prisão do corretor Lúcio Bolonha Funaro, monitorou e constrangeu a mulher do corretor, Raquel Pitta, com a intenção de "influenciá-lo" a não colaborar com as investigações referentes às operações Cui Bono e Sépsis, que tratam de desvios na Caixa.
FONTE;Estadão Conteúdo
http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/política/contagem-de-dinheiro-em-bunker-de-geddel-já-chega-a-r-40-milhões-1.55724005/09/2017 - 21h36 - Atualizado 22h33
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