Desvendando o significado secreto/ocultado pela elite dos três macaco sábio ATE 2150.


23/08/2017




Os ensinamentos dos três macacos sábios do santuário de Toshogu



O ensinamento da escultura em madeira do santuário de Toshogu que representa os três macacos sábios continua a nos inspirar até hoje. Sua mensagem original era simples e categórica: “não ouvir o que o leve a fazer maldades”, “não ver as más ações como algo natural” e ” não falar mal sem fundamento”.

Curiosamente, o tempo e a nossa visão ocidental simplificaram esse ensinamento original para ficar somente com o clássico “não ver, não ouvir e não falar.” Um lema que podemos encontrar até mesmos nos emoticons do whatsapp e que, de alguma forma, deturpa completamente a ideia original e a ordem das figuras representadas.



“Nada é mais bonito do que conhecer a verdade, nada é mais constrangedor do que aprovar a mentira e tomá-la como verdade”.
– Cicero –

No entanto, o ensinamento é muito mais do que isso, porque que a representação do século XVI erguida em homenagem ao shogun Tokugawa Ieyasum nutre suas raízes nos ensinamentos de Confúcio, e para muitos, a mensagem dos três macacos também tem muito a ver com três filtros de Sócrates.

De qualquer forma, é sempre gratificante mergulharmos neste tipo de iconografia clássica e nas suas sabedorias tão originais para refletir e atualizar um pouco o nosso conhecimento. Os três macacos sábios de Togoshu nos mostram esse código moral e esse misticismo de que gostamos tanto, e queremos compartilhar com vocês.

O que diz a lenda sobre os três macacos sábios

A lenda dos três macacos sábios tem sua origem na mitologia chinesa. É uma história surpreendente protagonizada por três curiosos personagens: Kikazaru, o macaco que não ouve, Iwazaru, o macaco que não fala, e Mizaru, o macaco que não vê.

Estas três criaturas singulares foram enviadas pelos deuses como observadores e como mensageiros. Deviam registrar todos os atos e maldades da humanidade para, mais tarde, levar ao conhecimento das divindades. Esses mensageiros divinos eram representados pela seguinte ordem:Kikazaru, o macaco surdo, era quem observava todas as pessoas que cometiam más ações. Mais tarde, ele as repassava ao macaco cego através da fala.
Enquanto isso, Mizaru, o macaco cego, transmitia as mensagens do macaco surdo para o macaco mudo, Iwazaru.
Iwazaru, o macaco mudo, recebia as mensagens do macaco cego e, por sua vez, vigiava o cumprimento da pena imposta pelos deuses aos seres humanos, já que era ele quem decidia a punição que eles deveriam receber.


O que aprendemos com esta história é que precisamos, acima de tudo, sermos puros de espírito, evitando ouvir o que nos obriga a agir mal, a falar sem fundamento e não ver as más ações como algo natural.
Os três filtros de Sócrates

Há um paralelo interessante entre a lenda dos três macacos sábios e essa história que Sócrates nos deixou, onde explicava como um aluno seu entrou em sua casa uma certa manhã, ansioso para lhe contar um boato. Diante da impaciência do jovem, o sábio ateniense lhe explicou que antes de revelar essa notícia deveria pensar sobre estas três dimensões:O boato que você vai me contar foi comprovado? Na sua opinião, é uma verdade?
O que você quer me contar é bom?
Finalmente, o que você vai me contar é realmente útil ou necessário?

Estes três filtros têm muito ver com os perfis que cada macaco do templo de Toshogu representa.



“Mesmo que a verdade esteja com a minoria, ela permanece sendo verdade”.
– Gandhi –

Kikazaru é o macaco que tapa os ouvidos

Além de sábio, Kikazaru também é prudente É o macaco que está à esquerda e opta por tapar seus ouvidos para não ouvir certas informações porque deseja preservar o seu equilíbrio.

Não se trata de evitar determinados dados, fatos ou provas. Não é uma atitude covarde ou derrotista, mas uma escolha: deixar de lado uma informação que é inútil e prejudicial com a finalidade de proteger a sua integridade.
O macaco que tapa a boca: Iwazaru

Iwazaru é o pequeno macaco do centro e representa a necessidade de não transmitir o mal, não espalhar boatos e, acima de tudo, ser muito cauteloso na divulgação dessas histórias, como nos lembra Sócrates com os seus três filtros: não são verdadeiros, não são bons e, muito menos, úteis.
Mizaru, o macaco cego

Do ponto de vista de Sócrates, Mirazu representa um convite direto para fechar os olhos para o que não serve, o que não é útil ou bom.

Também não há aqui uma atitude passiva ou covarde. Não se trata de virar o rosto, de não denunciar o mal ou o próprio malvado (lembre-se de que na lenda, são os próprios macacos que decidem o castigo). É utilizar o olhar de alguém que sabe diferenciar o bom do mau, que pune o mal para ficar com o bem, com o nobre e com o que nos ajuda a ser pessoas melhores.

Para concluir, tanto na lenda original dos três macacos sábios quanto nos três filtros que Sócrates nos deixou, há um ensinamento primordial que sobreviveu ao passar do tempo, e atualmente permanece mais útil do que nunca: devemos ter cuidado com o que dizemos, ser prudentes com o que ouvimos e hábeis na hora de direcionar o nosso olhar, em que os donos do mundo e uma agenda oculta espreita a humanidade de 2030 ate 2150....

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OS TRÊS MACACOS SÁBIOS

KIKARU, O MACACO SURDO

Kikaru observa as más ações dos homens, espantado com tudo de mal que os homens cometiam, de quando em quando ele contava ao macaquinho cego o que via, através da fala, pois este não enxergava.

MIZARU, O MACACO CEGO

O macaquinho cego Mizaru tinha como função contar a Iwaru, o macaco mudo, tudo que Kikaru contava para ele, pois Iwaru não podia pedir informações através de sua voz inexistente.

IWAZARU, O MACACO MUDO

Esse macaquinho recebia todas as mensagens de Mizaru e tinha a função de observar se os castigos dados pelos deuses aos que cometiam as maldades estavam sendo cumpridos de maneira adequada, pois no final era ele que decidia – através de gestos e do olhar – qual seria a punição para cada tipo de maldade.
APRENDENDO COM A FÁBULA DOS TRÊS MACACOS SÁBIOS

Para resumirmos a fábula dos três macaquinhos, precisamos entender que eles são enviados pelos deuses, que estão muito ocupados, para vigiar as ações humanas na Terra e verificar se essas ações são justas ou injustas, violentas ou pacíficas, boas ou más, generosas ou mesquinhas.

O que aprendemos, apenas com a observação no modo como os macaquinhos agem, é observar de maneira mais imparcial possível, contornando e compreendendo os fatos sem se envolver com os mesmos, julgá-los a uma distância justa e tomar nossas decisões baseadas nas duas observações anteriores, sem emitir nenhum julgamento que possa prejudicar algo ou alguém.

Para alcançar esse objetivo os três macaquinhos resolvem adotar a famosa postura, “nada ouço, nada vejo e nada falo”. Procedendo desta maneira certamente se chegará a uma solução mais justa para problemas de conflitos, ou como proceder em um caso que requer distanciamento.

Os macaquinhos adotam essa postura para que Kikazuro não se deixe influenciar pelo que ouve, o que pode interferir no julgamentos dos fatos que observa. Mizaru prefere fechar os olhos para ter confiança nas palavras de Kikazuro e não deixar que sua visão interfira na passagem da mensagem. Iwazaru prefere se manter em silêncio, pois quem é ele para emitir qualquer opinião sobre as ações humanas, já que eles são apenas mensageiros dos deuses e sua função é de determinar o castigo e não emitir opiniões desnecessárias?

FONTE;https://www.wemystic.com.br/tres-macacos-sabios/

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