Múmias são sinistras, não é verdade? Estamos acostumados a vê-las na ficção, como em filmes, mas o que nem todo mundo sabe é que elas existem de verdade.
E uma das múmias da vida real é o de ‘Lady Dai’ (também conhecida com Xin Zhui), que é uma das mais misteriosas e conservadas do mundo.
11/12/2016
Enquanto viva, ela foi rica e viveu sob o mais puro luxo. E sua morte foi a mais de 2 mil anos atrás. Estima-se que ela tenha deixado este mundo no ano de 163 a.C. e o que mais chama a atenção é o fato de seu corpo estar pouco danificado apesar de todo o tempo que se passou. Seus membros ainda se flexionam, a pele é lisa e órgãos internos estão completos. Além disso, ela ainda mantém os cabelos e os cílios e há sangue em seu corpo.
A múmia foi descoberta em 1971 durante a construção de um abrigo em Hunan, na China.
Durante a vida, Xin era a esposa do marquês de Dai (do qual nasceu seu apelido) e viveu durante a Dinastia Han, período no qual a China desenvolveu fortemente sua agricultura, seu artesanato e seu comércio.
E pela autópsia, muitas informações foram reveladas e mostram que o estilo de vida de Xin Zhui estava longe de ser dos mais saudáveis: ela estava acima do peso, com a pressão arterial alta, artérias obstruídas, doenças hepáticas, pedras no rim, diabetes e doenças cardíacas. Consegue imaginar uma pessoa tendo tudo isso?
O palpite dos especialistas é que ela morreu na casa dos 50 anos, devido aos problemas cardíacos. Inclusive, ela é um dos primeiros casos documentados na história de pessoas que morreram por problemas no coração.
E apesar de todos os problemas, o corpo se apresenta quase que impecavelmente preservado. Pouquíssimas múmias já encontradas estão em estado semelhante.
A dama foi enterrada com 20 camadas de seda, imersa em um líquido ácido. Então, foi selada em quatro caixões cobertos com 5 toneladas de carvão e enfim, com barro por cima. Muita coisa para um corpo, não? Mas todo o processo foi fundamental na preservação. Nada era capaz de adentrar o espaço de seu corpo: nem a água e nem o ar. E as bactérias presentes eram incapazes de sobreviver, causando assim poucos danos ao cadáver.
E fazendo jus à sua riqueza, Xin foi enterrada com mais de 100 peças de vestuário, além de figuras de madeira que serviam como a representação de seus servos.
A mumificação faz parte da crença de transição da vida para a morte dos povos antigos. Era acreditado que o espírito um dia voltaria para buscar o corpo e por isso ele deveria estar preservado.
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