Nos últimos três anos, a malaia Shu Lam, de 25 anos, tem tido uma rotina bem diferente da de seus colegas na Universidade de Melbourne, na Austrália: todos os dias, inclusive nos finais de semana, ela acorda às quatro da manhã para cuidar de ratos de laboratório doentes.
03/10/2016
Mas a garota tem uma boa razão para isso.
Sua pesquisa envolve uma nova arma contra as superbactérias - micróbios que são resistentes a todos os antibióticos que existem, e que têm assustado o mundo inteiro.
03/10/2016
Pode parecer papo de mãe, mas as superbactérias estão se tornando um problema sério. Na semana passada, as Nações Unidas tiveram sua primeira reunião sobre o tema, e revelaram que, por ano, os micróbios resistentes matam 700 mil pessoas por ano (entre elas, 230 mil recém nascidos), e a Organização Mundial da Saúde já anunciou que três das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns - gonorreia, sífilis e clamídia - estão se tornando intratáveis.
O futuro não é nada animador. Estima-se que, em 2050, as mortes cheguem a 10 milhões, o mesmo número de vidas tomadas pelo câncer anualmente. E vai ficar caro: se nada for feito, os micróbios superpoderosos podem custar à economia global cerca de 100 trilhões de dólares.
As superbactérias são fruto do uso excessivo de antibióticos. Basicamente o que acontece é que, com tanto antibiótico circulando, as bactérias comuns acabaram "se acostumando" e ficando resistentes, geração após geração, aos remédios que conhecemos.
É aí que entra a pesquisa de Shu Lam. Usando cadeias de proteínas, a jovem cientista criou pequenas moléculas em forma de estrela, batizadas de polímeros peptídeos.
A "arma" funciona como uma serra elétrica em miniatura: o formato pontudo das moléculas "estelares" rasga a camada superficial protetora da bactéria, o que eventualmente faz com que o micróbio morra.
O grande trunfo das "estrelinhas" de Lam é que elas atacam apenas as bactérias, pois são grandes demais para entrar nas células saudáveis do ser humano. Enquanto isso, os antibióticos criam uma onda tóxica que mata muitas das células saudáveis da pessoa doente, acabando com a resistência do paciente.
O primeiro passo, que é o teste em ratos de laboratório, já foi dado: a cientista testou as estrelas moleculares em seis ratinhos, cada um infectado com um tipo de superbactéria diferente. Em todos eles, mesmo após várias gerações de mutações das bactérias, as estrelinhas venceram.
Agora, Lam espera que sua pesquisa inovadora atraia investimentos de grandes companhias farmacêuticas, para que o uso indevido dos antibióticos pare de vez.
Mas a garota tem uma boa razão para isso.
Sua pesquisa envolve uma nova arma contra as superbactérias - micróbios que são resistentes a todos os antibióticos que existem, e que têm assustado o mundo inteiro.
03/10/2016
Pode parecer papo de mãe, mas as superbactérias estão se tornando um problema sério. Na semana passada, as Nações Unidas tiveram sua primeira reunião sobre o tema, e revelaram que, por ano, os micróbios resistentes matam 700 mil pessoas por ano (entre elas, 230 mil recém nascidos), e a Organização Mundial da Saúde já anunciou que três das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns - gonorreia, sífilis e clamídia - estão se tornando intratáveis.
O futuro não é nada animador. Estima-se que, em 2050, as mortes cheguem a 10 milhões, o mesmo número de vidas tomadas pelo câncer anualmente. E vai ficar caro: se nada for feito, os micróbios superpoderosos podem custar à economia global cerca de 100 trilhões de dólares.
As superbactérias são fruto do uso excessivo de antibióticos. Basicamente o que acontece é que, com tanto antibiótico circulando, as bactérias comuns acabaram "se acostumando" e ficando resistentes, geração após geração, aos remédios que conhecemos.
É aí que entra a pesquisa de Shu Lam. Usando cadeias de proteínas, a jovem cientista criou pequenas moléculas em forma de estrela, batizadas de polímeros peptídeos.
A "arma" funciona como uma serra elétrica em miniatura: o formato pontudo das moléculas "estelares" rasga a camada superficial protetora da bactéria, o que eventualmente faz com que o micróbio morra.
O grande trunfo das "estrelinhas" de Lam é que elas atacam apenas as bactérias, pois são grandes demais para entrar nas células saudáveis do ser humano. Enquanto isso, os antibióticos criam uma onda tóxica que mata muitas das células saudáveis da pessoa doente, acabando com a resistência do paciente.
O primeiro passo, que é o teste em ratos de laboratório, já foi dado: a cientista testou as estrelas moleculares em seis ratinhos, cada um infectado com um tipo de superbactéria diferente. Em todos eles, mesmo após várias gerações de mutações das bactérias, as estrelinhas venceram.
Agora, Lam espera que sua pesquisa inovadora atraia investimentos de grandes companhias farmacêuticas, para que o uso indevido dos antibióticos pare de vez.
FONTE;http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/garota-descobre-arma-que-pode-acabar-com-superbacterias
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