A ONU é um organismo maligno dominado por nações islâmicas e tiranias.
No mês de março, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU (UNHRC), em Genebra, concluiu sua sessão aprovando cinco resoluções condenando Israel. Foi o que seguiu-se a uma série de libelos de sangue acusando o único país democrático do Oriente Médio, em uma região cercada pela barbárie, de engajar-se em uma política de assassinato deliberado de crianças palestinas.
Na verdade, ao longo da última década, o Conselho de Direitos Humanos aprovou mais resoluções condenando Israel do que a soma de todas as resoluções criticando outros governos. Isto, apesar do fato de que os países que conduzem as acusações contra Israel estão, eles mesmos, envolvidos em violações horríveis dos direitos humanos. E, apesar do fato de que na Síria, vizinha de Israel, centenas de milhares foram mortos e milhões de pessoas estão tentando fugir do país, enquanto o exército do presidente Bashar Assad e o ISIS massacram comunidades inteiras.
A realidade é que a ONU, com suas organizações filiadas, transformou-se em um organismo maligno dominado por nações islâmicas, tiranias e Estados párias cujas políticas legitima.
A Freedom House, organização de vigilância independente dedicada à expansão da liberdade e da democracia, afirma que 80% dos membros do UNHRC não são “livres” ou apenas “parcialmente livres”. Neste organismo degenerado, a Arábia Saudita foi eleita no ano passado para presidir um importante painel de direitos humanos.
O UNHRC tem consistentemente designado relatores anti-israelenses ferozmente tendenciosos e comissionado inúmeros relatos demonizando Israel e acusando as Forças de Defesa de Israel (FDI) de envolvimento em crimes de guerra.
Em março, aprovou uma resolução para boicotar produtos e compilar uma lista de empresas além da Linha Verde -- claramente um primeiro passo na direção de sanções e uma extensão do movimento BDS antissemita global.
Um ultrajante viés similar também é prevalente na Assembléia Geral e no Conselho de Segurança da ONU, onde demonizar, deslegitimar e atribuir todos os males do mundo ao Estado judeu é uma reminiscência da propaganda nazista ou da Idade Média, quando os judeus foram responsabilizados por todas as desgraças da humanidade.
As iniciativas desses esforços para demonizar Israel emanam de Estados párias que dominam a ONU
Alguns exemplos:
• Representantes da Líbia de Moammar Gadhafi e o Qatar presidiram a Assembleia Geral;
• Um representante do Irã serviu como vice-presidente;
• O presidente iraniano Hassan Rouhani, que dirige o mais virulento Estado terrorista do mundo, usou a Assembléia Geral para “condenar o terror” enquanto intercalava suas declarações com observações antissemitas;
• O Irã, que apedreja mulheres por adultério, foi nomeado para a Comissão da ONU Sobre a Situação das Mulheres;
• A Síria de Assad foi eleita para uma comissão da UNESCO para lidar com direitos humanos e a proliferação nuclear;
• Há poucos anos, em 2010, o UNHRC publicou um relatório elogiando o histórico de direitos humanos da Líbia;
• Um representante do Sudão, cujo presidente é procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade, foi eleito vice-presidente do Conselho Economico e Social, que regulamenta os direitos humanos;
• A Coreia do Norte foi eleita para presidir a Conferência Sobre o Desarmamento;
• A UNESCO condena Israel continuamente e apenas uma vez condenou a Síria, e ainda elegeu a Síria para uma das suas comissões de direitos humanos.
• Em 2015, a Organização Mundial da Saúde teve a ousadia de aprovar uma resolução, apresentada pela Síria, por uma maioria de 104 contra 4 e 6 abstenções, absurdamente alegando que Israel “prejudica a saúde dos sírios no Golã... injetando vírus patogênicos neles”. A OMS nunca aprovou uma única resolução condenando qualquer outro país.
Há inúmeros outros exemplos das maquinações hipócritas, corruptas e más da ONU.
Após a derrota do nazismo, os fundadores das Nações Unidas aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Eles nunca pretenderam que a organização que criaram fosse posteriormente sequestrada por ditaduras e tiranias que iriam explorá-la como uma plataforma para promover o mal, até mesmo incluindo o endosso do genocídio.
Israel tornou-se o canário na mina. Duas décadas depois de ter aprovado a criação do Estado de Israel, a ONU iniciou um esforço concertado para a sua deslegitimação.
Temos assistido a uma dramática espiral descendente na ONU durante os últimos 30 anos. Na década de 1990, o Conselho de Segurança foi desmoralizado por sua incapacidade para reprimir o genocídio em Ruanda, apesar do fato de que tinha forças de manutenção da paz na região. Da mesma forma, o erro chocante em Srebrenica, na Bósnia, quando um batalhão da ONU -- em uma “zona declarada livre” por ela -- entregou 8.000 civis muçulmanos para as forças armadas sérvias, que prontamente abateram todos eles. A ONU também foi incapaz de lidar com o genocídio no Sudão ou, mais recentemente, a carnificina na Síria.
Em vez disso, intensificou as suas campanhas anti-Israel. O que é moralmente desprezível é que os europeus, que inicialmente exibiram resistência simbólica a alguns dos ataques mais ultrajantes contra Israel, reverteram para o papel que desempenharam na década de 1930, quando ficaram assistindo enquanto as forças da escuridão envolveram o povo judeu.
Eles parecem ter abandonado inteiramente sua bússola moral e raramente votam contra as resoluções anti-Israel mais extremas, preferindo abster-se de modo a não antagonizar as forças que buscam deslegitimar e destruir o Estado judeu. Eles também juntaram-se aos apelos obscenos para que Israel responda “mais proporcionalmente” aos palestinos envolvidos em assassinar seus civis.
Recentemente eles foram um pouco mais longe. Em um mundo com injustiças desenfreados contra os direitos humanos, eles precederam o UNHRC com uma demanda da UE para a “rotulagem” de produtos israelenses procedentes além da Linha Verde.
Isto deve ser visto como uma extensão da campanha em curso para rescindir a Resolução 242 da ONU, que apela a negociações baseadas em fronteiras defensáveis, e substituindo-a pela exigência de retorno às indefensáveis fronteiras de 1949, a menos que um acordo sobre intercâmbio de terras com os palestinos (atualmente inconcebível) possa ser alcançado. Neste contexto, os blocos de assentamentos, os bairros judeus de Jerusalém Oriental e até mesmo o bairro judeu da Cidade Velha são consideradas como territórios ocupados.
Até agora, o Conselho de Segurança foi impedido de passar essa resolução porque os EUA protegeram Israel, empregando o seu veto. Enquanto o presidente dos EUA, Barack Obama, tem estado na vanguarda dos que exigem que Israel aceite como fronteiras futuras as indefensáveis linhas de armistício de 1949, até agora ele foi inibido, pelo Congresso e pelo seu próprio partido, de endossar uma resolução do Conselho de Segurança com esse efeito.
Mas, nos últimos meses tem havido numerosos sinais e ameaças abertas de que, a menos que Israel faça mais concessões unilaterais, não deve mais contar com um veto dos EUA para evitar uma resolução dura do Conselho de Segurança, que, por sua vez, poderia abrir caminho para sanções globais contra o Estado judeu.
É improvável que Obama aja antes das eleições presidenciais. Mas, há crescentes preocupações de que, no hiato de dois meses entre as eleições e sua entrega do cargo, ele poderia muito bem fazê-lo.
A ONU está intensificando sua campanha contra Israel. Os horrendos ataques do ISIS na Europa de modo algum impactaram a política da União Europeia (UE) em relação a Israel.
Os meses até as eleições presidenciais americanas apresentam o melhor momento para influenciar a futura política dos EUA para com a ONU e para assegurar que Israel não seja abandonado aos lobos.
Neste ano, devido a uma rotação obrigatória, os EUA não são membros do UNHRC. Os candidatos presidenciais devem ser estimulados a expressar seu compromisso de se recusarem a participar do UNHRC, a menos que interrompa suas obsessivas cruzadas anti-Israel. Eles também devem ser instados a comprometer-se a refutar qualquer esforço para impor uma solução a Israel ou para rescindir a Resolução 242 da ONU.
Donald Trump já descartou a ONU completamente. Mas o verdadeiro desafio é convencer a provável vencedora -- Hillary Clinton -- a traduzir o discurso que fez na conferência do American Israel Public Affairs Committee (AIPAC), expressando seu amor por Israel, por um compromisso claro de que, se eleita, garantirá que os EUA imporão um mínimo de moralidade na ONU -- incluindo o confronto ao ódio vil que retrata Israel como o mal encarnado -- ou de tomar medidas apropriadas.
A ONU hoje incuba o mal e fornece legitimidade a tiranias. Se isso não mudar, os EUA e outros países democráticos têm a obrigação de condenar essas ações patológicas e, se necessário, devem estabelecer uma associação global de democracias para promover os direitos humanos e combater o terrorismo.
Os líderes das democracias fariam bem em recordar as palavras de Dietrich Bonhoeffer, o teólogo alemão executado pelos nazistas, que afirmou: “O silêncio em face do mal é o próprio mal: Deus não vai nos considerar inocentes. Não falar é falar. Não agir é agir”. (Isi Leibler -- http://wordfromjerusalem.com)
Isi Leibler é um veterano líder judeu internacional. Ele nasceu na Bélgica em 1934 e escapou do Holocausto porque sua família emigrou para a Austrália pouco antes do início da II Guerra Mundial. Leibler foi o principal líder da comunidade judaica australiana de 1978 a 1995. Ele também ocupou posições de destaque no Congresso Judaico Mundial. Atualmente, vive com sua esposa Naomi e familiares em Jerusalém. Leibler é colunista dos jornais The Jerusalem Post e Yisrael Hayom.
FONTE;http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/16504-2016-05-06-21-10-09.html
| 06 MAIO 2016
ARTIGOS - GLOBALISMO
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Publicado na revista Notícias de Israel – www.beth-shalom.com.br
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