Para onde vão os mortos? BIBLIA SAGRADA


Para onde vão os mortos
Todos os seres humanos têm curiosidade sobre as coisas do futuro e especialmente no que diz respeito ao que vem após a morte. Há muitas respostas à pergunta acima nas religiões e seitas, mas muitas delas estão baseadas em filosofias, conceitos esotéricos e experiências pessoais, e em interpretações errôneas da Bíblia.
A Bíblia diz que há um lugar preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25.46). Há várias palavras na Bíblia para identificar esse lugar de tormento, de maldição eterna, como Sheol, Hades, Geenna, Tártaro, que são traduzidas por “inferno”.


As Testemunhas de Jeová, por exemplo, negam o Céu e o Inferno, a alma e a sua sobrevivência à morte. Elas acreditam que a vida humana termina na morte, e se a pessoa tornou-se membro da Sociedade Torre de ; Vigia, a organização delas, Jeová tornará a trazer a vida depois do Armagedom. As religiões e seitas seculares e não cristãs, por sua vez, não têm a Bíblia. Com eles não há uma base comum para discussão, o que é diferente das seitas pseudocristãs, que afirmam crer na Bíblia.
A Torre de Vigia e os Adventistas do Sétimo dia não acreditam que a alma sobreviva à morte, por isso afirmam que a morte é o fim da vida. Charles Taze Russell trouxe essa crença dos adventistas, de onde veio antes de fundar seu movimento. Quanto à existência do inferno de fogo ardente, Russell também acreditava nisso, mas foi derrotado em um debate com um cético sobre o assunto, e por isso tornou-se também cético quanto a essa doutrina.
As Testemunhas de Jeová não acreditam que o destino dos salvos seja o Céu. O segundo presidente dessa organização, Joseph F. Rutherford, ensinou que o número dos que vão para o Céu se completou em 1935, como se Jeová colocasse uma placa no Céu com esses dizeres: “Não há vagas”. Por isso acreditam que no Céu há vagas apenas para 144 mil pessoas, as demais Testemunhas de Jeová têm de se conformar em herdar a Terra. Elas acreditam ainda que o destino dos incrédulos é a sepultura, e não o Inferno, isso porque receberam tal ensino de Russell, através dos periódicos e publicações da Torre de Vigia, e não porque exista base bíblica para tal doutrina, apesar de a organização delas afirmar que acredita na Bíblia. A Torre de Vigia ensina que o Inferno é um estado e não um lugar, e que é sepultura comum da humanidade.
O que acontece de fato é que sua organização pinça a Bíblia aqui e acolá para fundamentar uma crença muito antiga, que depois passou a ser defendida pelo fundador do movimento das Testemunhas de Jeová. Quando não conseguem, depois de tudo isso, moldar suas crenças à Bíblia, falsificam seu texto, como acontece na Tradução do Novo Mundo.
A Bíblia diz que há um lugar preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25.46). Há várias palavras na Bíblia para identificar esse lugar de tormento, de maldição eterna, como Sheol, Hades, Geenna, Tártaro, que são traduzidas por “inferno”. A palavra hebraica Sheol aparece 65 vezes no Velho Testamento, e segundo os dicionários de hebraico significa “o lugar invisível dos mortos, a habitação dos mortos”. Jacó não pensava numa sepultura quando desejou descer o seu filho José no Sheol, visto que para ele José teria sido devorado por uma fera (Gênesis 37.33-35).
Hades é a forma grega da palavra hebraica Sheol. É o estágio intermediário dos mortos. Lá eles estão aguardando o Dia do Juízo, quando todos os mortos, juntamente com o Hades, serão lançados no Lago de Fogo (Apocalipse 20.13-14) pois não é ainda o lago de fogo e enxofre, o inferno propriamente dito. O Hades, portanto, não é sepultura. Quando morre um justo, o homem interior, alma e espírito vão para a presença de Deus, enquanto o corpo é sepultado (Eclesiastes 12.7; Apocalipse 6.9). O incrédulo vai para o Hades.
Geena é uma referência ao Vale de Hinom (Josué 15.8; 18.16 e Jeremias 32,35).Era um lugar de prática pagã (Jeremias 7.31), onde alguns reis de Israel sacrificaram a ídolos, dentre eles o rei Salomão. O rei Josias fez uma devassa no local, fazendo dele um lugar de lixo (2Reis 23.10). Desde a era interbíblica, esse vale já tinha relação com o castigo dos ímpios. Os rabinos aplicaram Hinom ao inferno de fogo escatológico, que é identificado com o Lago de Fogo do Apocalipse. Geena é uma palavra grega, embora não apareça na Septuaginta. O Senhor Jesus empregou essa palavra como símbolo da condenação eterna (Mateus 5.29-30; 18.9 e Marcos 9.47-48).
Tártaro é uma palavra grega que só aparece uma vez no Novo Testamento (2Pedro 2.4) e etimologicamente significa “prisões eternas”. Pelo fato de aparecer só uma vez no Novo Testamento é necessário recorrer aos escritores clássicos para se saber seu significado. Na literatura latina, o Tártaro representa o mesmo que o Hades representava para os gregos. Virgílio, na Eneida, descreve a descida de Enéias ao Tártaro, de forma semelhante à de Ulysses descrita por Homero. Era crença na época dos apóstolos que o Tártaro estava debaixo do Hades.
A Bíblia diz que os salvos vão para a presença de Deus. O apóstolo Paulo cria que na sua morte estaria com o Senhor (2Coríntios 5.1-2,6,8 e Filipenses 1.23). Isso pode ainda ser visto em Apocalipse 6.9-11. O Senhor Jesus disse ao malfeitor que fora crucificado ao seu lado: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43). Esse texto foi adulterado na Tradução do Novo Mundo, que pôs uma vírgula depois da palavra “hoje”, mudando completamente o sentido da mensagem, simplesmente para adaptá-la às suas crenças peculiares.
O conhecido texto de Lucas 16.19-31, “O rico e Lázaro”, é uma prova indestrutível de que a vida não termina na morte, e que há um lugar preparado para os salvos e outro para os incrédulos. Os céticos procuram escapar dessa realidade afirmando que se trata de uma parábola. Ora, parábola é uma ilustração para extrair lições e verdades espirituais. É uma maneira figurada de se ensinar uma verdade, e não um passe de mágica com poderes para mudar o sentido da mensagem. Além disso, Jesus não disse e nem deu a entender que era parábola. Sua estrutura é diferente das parábolas. Não diz “o Reino dos Céus é semelhante” e nem “assemelha-lo-ei” ou algo desse tipo. Os títulos usados em cada texto da Bíblia vêm dos editores e não fazem parte do texto original.
O que acontece é que os sectários querem escapar do Inferno por meio de distorções, na tentativa de extinguí-lo da Bíblia por meio de traduções falsas e interpretações errôneas, recusando o Senhor Jesus e o plano de Deus para a Salvação (João 3.16-18).
Pr. Esequias Soares, Teólogo Apologista da CPAD, Assembleia de Deus Jundiaí/SP

Geen opmerkings nie:

Plaas 'n opmerking