Sr. Presidente, agradeço as palavras de V.Exa.. Quem me conhece, quem acompanha minha atuação como Parlamentar, sabe que eu, como milhões de brasileiros, estou na torcida para que o País realize da melhor maneira possível a Copa do Mundo, de 2014, e os Jogos Olímpicos, de 2016. É por isso, inclusive, que tenho demonstrado preocupação e cobrado publicamente explicações das autoridades para os atrasos nos preparativos para esses eventos. Por outro lado, assim como vários colegas da Comissão de Turismo e Desporto, tenho procurado chamar a atenção para a necessidade de que esse processo seja conduzido com absoluta transparência, com espírito cívico, e também para que não deixemos em momento algum de ter em mente o legado desses eventos esportivos, isto é, o que vai ficar para a nossa população depois que o espetáculo for embora. Por isso, Sr. Presidente, é que venho acompanhando, com apreensão, as notícias sobre o modo como têm sido realizadas, em alguns casos, as desapropriações para a realização das obras. Há denúncias e queixas sobre falta de transparência, falta de diálogo e de negociação com as comunidades afetadas, em diversas capitais. Há denúncias também de truculência por parte dos agentes públicos. Isto é inadmissível! Penso que esta Casa precisa apurar estas informações, debater este tema. Não podemos nos omitir. Diante deste quadro, nosso País foi objeto de um estudo das Nações Unidas, e a Relatora Especial daquela Organização chegou a sugerir que as desapropriações sejam interrompidas até que as autoridades garantam a devida transparência dessas negociações e ações de despejo. Um dos problemas apontados refere-se ao baixo valor das indenizações. Ora, nós sabemos que o mercado imobiliário está aquecido em todo o Brasil, em especial nas áreas que sediarão essas competições. Assim, o pagamento de indenizações insuficientes pode resultar em pessoas desabrigadas ou na formação de novas favelas. Com certeza, não é esse o legado que queremos. Não queremos que esses eventos signifiquem precarização das condições de vida da nossa população, mas sim o contrário. Também não podemos admitir, sob qualquer pretexto, que nossos cidadãos sejam surpreendidos por retro-escavadeiras que aparecem de repente para desalojá-los, destruir suas casas, como acontece na Palestina ocupada. E, como frisou a senhora Raquel Rolnik, relatora da ONU, "Remoções têm que ser chave a chave. Ou seja, morador só sai quando receber a chave da casa nova. É assim que tem que ser. Tenho confiança de que a presidente Dilma deseja que os prazos dos preparativos para a Copa e as Olimpíadas sejam cumpridos, mas não permitirá que isso seja feito atropelando a Lei e os direitos das pessoas, comprometendo o futuro das nossas cidades. Espero que ela cuide desse tema com muito carinho. É hora, Sr. Presidente, nobres colegas, de mostrarmos ao mundo que o Brasil realiza eventos extraordinários, sem faltar ao respeito com a sua população. Era o que tinha a dizer.
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Copa do Mundo,BRASIL de 2014, e os Jogos Olímpicos, de 2016=Romário -
Copa do Mundo, de 2014, e os Jogos Olímpicos, de 2016=Romário -
Sr. Presidente, agradeço as palavras de V.Exa.. Quem me conhece, quem acompanha minha atuação como Parlamentar, sabe que eu, como milhões de brasileiros, estou na torcida para que o País realize da melhor maneira possível a Copa do Mundo, de 2014, e os Jogos Olímpicos, de 2016. É por isso, inclusive, que tenho demonstrado preocupação e cobrado publicamente explicações das autoridades para os atrasos nos preparativos para esses eventos. Por outro lado, assim como vários colegas da Comissão de Turismo e Desporto, tenho procurado chamar a atenção para a necessidade de que esse processo seja conduzido com absoluta transparência, com espírito cívico, e também para que não deixemos em momento algum de ter em mente o legado desses eventos esportivos, isto é, o que vai ficar para a nossa população depois que o espetáculo for embora. Por isso, Sr. Presidente, é que venho acompanhando, com apreensão, as notícias sobre o modo como têm sido realizadas, em alguns casos, as desapropriações para a realização das obras. Há denúncias e queixas sobre falta de transparência, falta de diálogo e de negociação com as comunidades afetadas, em diversas capitais. Há denúncias também de truculência por parte dos agentes públicos. Isto é inadmissível! Penso que esta Casa precisa apurar estas informações, debater este tema. Não podemos nos omitir. Diante deste quadro, nosso País foi objeto de um estudo das Nações Unidas, e a Relatora Especial daquela Organização chegou a sugerir que as desapropriações sejam interrompidas até que as autoridades garantam a devida transparência dessas negociações e ações de despejo. Um dos problemas apontados refere-se ao baixo valor das indenizações. Ora, nós sabemos que o mercado imobiliário está aquecido em todo o Brasil, em especial nas áreas que sediarão essas competições. Assim, o pagamento de indenizações insuficientes pode resultar em pessoas desabrigadas ou na formação de novas favelas. Com certeza, não é esse o legado que queremos. Não queremos que esses eventos signifiquem precarização das condições de vida da nossa população, mas sim o contrário. Também não podemos admitir, sob qualquer pretexto, que nossos cidadãos sejam surpreendidos por retro-escavadeiras que aparecem de repente para desalojá-los, destruir suas casas, como acontece na Palestina ocupada. E, como frisou a senhora Raquel Rolnik, relatora da ONU, "Remoções têm que ser chave a chave. Ou seja, morador só sai quando receber a chave da casa nova. É assim que tem que ser. Tenho confiança de que a presidente Dilma deseja que os prazos dos preparativos para a Copa e as Olimpíadas sejam cumpridos, mas não permitirá que isso seja feito atropelando a Lei e os direitos das pessoas, comprometendo o futuro das nossas cidades. Espero que ela cuide desse tema com muito carinho. É hora, Sr. Presidente, nobres colegas, de mostrarmos ao mundo que o Brasil realiza eventos extraordinários, sem faltar ao respeito com a sua população. Era o que tinha a dizer.
Sr. Presidente, agradeço as palavras de V.Exa.. Quem me conhece, quem acompanha minha atuação como Parlamentar, sabe que eu, como milhões de brasileiros, estou na torcida para que o País realize da melhor maneira possível a Copa do Mundo, de 2014, e os Jogos Olímpicos, de 2016. É por isso, inclusive, que tenho demonstrado preocupação e cobrado publicamente explicações das autoridades para os atrasos nos preparativos para esses eventos. Por outro lado, assim como vários colegas da Comissão de Turismo e Desporto, tenho procurado chamar a atenção para a necessidade de que esse processo seja conduzido com absoluta transparência, com espírito cívico, e também para que não deixemos em momento algum de ter em mente o legado desses eventos esportivos, isto é, o que vai ficar para a nossa população depois que o espetáculo for embora. Por isso, Sr. Presidente, é que venho acompanhando, com apreensão, as notícias sobre o modo como têm sido realizadas, em alguns casos, as desapropriações para a realização das obras. Há denúncias e queixas sobre falta de transparência, falta de diálogo e de negociação com as comunidades afetadas, em diversas capitais. Há denúncias também de truculência por parte dos agentes públicos. Isto é inadmissível! Penso que esta Casa precisa apurar estas informações, debater este tema. Não podemos nos omitir. Diante deste quadro, nosso País foi objeto de um estudo das Nações Unidas, e a Relatora Especial daquela Organização chegou a sugerir que as desapropriações sejam interrompidas até que as autoridades garantam a devida transparência dessas negociações e ações de despejo. Um dos problemas apontados refere-se ao baixo valor das indenizações. Ora, nós sabemos que o mercado imobiliário está aquecido em todo o Brasil, em especial nas áreas que sediarão essas competições. Assim, o pagamento de indenizações insuficientes pode resultar em pessoas desabrigadas ou na formação de novas favelas. Com certeza, não é esse o legado que queremos. Não queremos que esses eventos signifiquem precarização das condições de vida da nossa população, mas sim o contrário. Também não podemos admitir, sob qualquer pretexto, que nossos cidadãos sejam surpreendidos por retro-escavadeiras que aparecem de repente para desalojá-los, destruir suas casas, como acontece na Palestina ocupada. E, como frisou a senhora Raquel Rolnik, relatora da ONU, "Remoções têm que ser chave a chave. Ou seja, morador só sai quando receber a chave da casa nova. É assim que tem que ser. Tenho confiança de que a presidente Dilma deseja que os prazos dos preparativos para a Copa e as Olimpíadas sejam cumpridos, mas não permitirá que isso seja feito atropelando a Lei e os direitos das pessoas, comprometendo o futuro das nossas cidades. Espero que ela cuide desse tema com muito carinho. É hora, Sr. Presidente, nobres colegas, de mostrarmos ao mundo que o Brasil realiza eventos extraordinários, sem faltar ao respeito com a sua população. Era o que tinha a dizer.
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